2ª Temporada de Rebelde acerta o tom

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Ainda que a primeira temporada tenha sido promissora e, em seguida, mostrado-se um completo equívoco e, por conta disso, não haver nenhuma justificativa para a Record investir na produção da 2ª temporada, é preciso reconhecer que a novelinha teen Rebelde está com uma pegada diferente neste início de nova temporada. Com histórias mais condensadas, organizadas e povoando o imaginário teen.

A grande crítica que se faz ao ano anterior da novelinha se devia ao fato de que o roteiro era completamente distinto da realidade do universo infanto-juvenil brasileiro. Se a novela não mantinha o roteiro original sob a alegação de agregar valores culturais à realidade nacional, isso não acontecia e, por conta disso, tornava-se impossível entender o motivo do investimento.

Mas neste ano tudo parece ser diferente. Apesar de ser cedo para julgar os rumos que a temporada vai tomar, a sensação que se tem assistindo aos primeiros capítulos é bastante positiva. Os conflitos parecem muitos mais reais e próximos do que se vê no dia a dia dos jovens brasileiros e, essa novidade, por si só já torna a trama mais charmosa.

A inserção de elementos sobrenaturais também vem funcionando. Novos alunos que fingem ser vampiros são uma boa pedida e um prisma interessante para o momento, uma vez que os jovens do mundo todo são apaixonados pela toada vampiresca. Brincar com estes elementos, sem fugir da verossimilhança e sem tirar os olhos do universo teen, parece um bom caminho.

Rebelde fincou os dois pés no público infanto-juvenil. Não é um programa para toda a família. Não é um programa infantil e está muito longe de ser um programa adulto. O telespectador mais exigente certamente não conseguirá assistir um capítulo inteiro sequer, porém, o público-alvo, os jovens, pode assistir sem medo, é um produto todo planejado para eles. E até aqui, o resultado tem sido promissor.