sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 100


Aquele Beijo: 25,20
Morde e Assopra: 28,12
Tititi: 28,76
Tempos Modernos: 23,01
Caras e Bocas: 29,64
Três Irmãs: 25.26
Beleza Pura: 28,10
Sete Pecados: 30,22
Pé na Jaca: 29,76
Cobras e Lagartos: 35,74
Bang Bang: 27,83
A Lua me Disse: 32,03
Começar de Novo: 33,76
Da Cor do Pecado: 41,37
Kubanakan: 36,87
O Beijo do Vampiro: 28,32
Desejos de Mulher: 31,28

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tereza Cristina é a verdadeira Rainha do Nilo

Entrando na reta final, Fina Estampa, folhetim do principal horário de novelas da Rede Globo, começa a afunilar suas histórias e caminhá-las para o desfecho. Ainda que a trama de Aguinaldo Silva continue cheia de problemas já elencados por este espaço, é preciso levar em consideração a sensível melhora das sequências que agitam os momentos recentes.

Uma análise um pouco além do superficial, leva a clara compreensão de que a novela foge dos padrões - mas nem tanto - no que diz respeito ao universo do protagonismo. Tida como a principal causa do alavancamento de audiência do horário, a protagonista da história, Griselda (Lília Cabral) que, no começo, caiu nas graças do telespectador com seu jeito de mulher batalhadora, pobre e que enfrentava o trabalho duro sem reclamação, após enriquecer acabou tendo seu eixo deslocado e não mais conseguindo ter a força necessária para ser o centro das atenções.

Mas o novelista Aguinaldo Silva é entendido do assunto e soube conduzir sua linha narrativa sem prejudicar o andamento do todo. Se Griselda não tinha história para protagonizar mais de 180 capítulos, o autor conseguiu construir outra protagonista. Trata-se de Tereza Cristina (Christiane Torloni). A personagem, vilã da história, tornou-se a verdadeira dona da história há pelo menos uns 30 capítulos e vem encantando os telespectadores com suas armações insanas, momentos divertidos e maldades extremas.

O lado vilão de Tereza Cristina funciona muito bem porque a personagem não tem limites - assim como outras vilãs de sucesso, Flora (A Favorita), Laura (Celebridade) - e esse tipo de personagem quase sempre cai no gosto popular. Mas, diferente de Nazaré (Senhora do Destino) em que a personagem foi muito caricata por sair do drama para o humor sozinha, Tereza Cristina consegue transitar pelo cômico de forma correta.

O autor entendeu que é muito difícil tirar um antagonista do drama e levá-lo para a comicidade sozinha, por isso, soube construir uma história inteligente. As maldades da personagem são divididas em um núcleo, a comicidade é dividida em outro. As cenas de Tereza Cristina ao lado de Crô (Marcelo Serrado) e Baltzar (Alexandre Nero) funcionam com ótima química e numa dinâmica muito diferente das sequências de maldade da vilã.

Mais do que simplesmente transitar por dois universos, a personagem tem a novela toda em torno de si. Atualmente em Fina Estampa tudo acontece por meio de Tereza Cristina. Sequestros comandados por ela, cenas de morte, tentativa de assassinato, humor, o tal segredo descoberto o outro segredo. Basicamente, Tereza Cristina transformou-se na protagonista de Fina Estampa, a Rainha do Nilo. O público agradece este recurso acertado do autor.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Rebelde: um problema para a Record

Desde que estreou, a novelinha teen da Rede Record, Rebelde, já rodou pela grade da emissora tantas vezes que seria impossível saber o número certo sem ser um especialista em estatísticas. A trama passeou por toda a programação noturna como se estivesse fazendo um tour pelos horários a fim de conhecer um pouco da realidade do telespectador, praticamente uma excursão gratuita.

Gratuita? Que nada. Por mais que se critique uma emissora por não ter uma grade minimamente coesa e fixa, é preciso reconhecer um ponto fundamental nesta discussão. Nenhuma emissora em são consciência muda um programa de horário se este programa estiver com a audiência satisfatória. A programação só é modificada para se adequar às necessidades de audiência e de organização da emissora.

É bem verdade que boa parte da programação noturna da Rede Record foi alterada em virtude dos Jogos Pan Americanos, mas muita coisa ficou fixa. Rebelde não ficou porque não teve qualquer imposição diante da cúpula da emissora. Não havia como se impôr diante de uma média tão abaixo do mínimo esperado por todos. Sem imposição pela audiência, fica fácil optar pela alteração de horário, por menor que seja a necessidade.

Atualmente, com um horário aparentemente fixo, Rebelde não consegue sair de seus 08 pontos de média - muito abaixo da meta estabelecida - e vai se firmando como um dos maiores fracassos da Rede da Barra Funda nos últimos anos. E não se justifica isso com as constantes mudança de horário que somente vieram porque o folhetim já era um fracasso retumbante e sem público fiel.

A trama tem tantos problemas que é complicado elencá-los em apenas um texto. A priori, o que se vê diariamente na tela, é uma espécie de caricatura mal feita da juventude brasileira. É um desenho da realidade dos jovens do Brasil feitos por uma criança de 07 anos. Sem qualquer proximidade com a realidade, a trama afasta seu público alvo e não conquista nenhum tipo de telespectador.

É bem verdade que a Banda formada por conta da novela não chega a ser um fracasso - nem de longe tem o sucesso da Banda original, é preciso reconhecer também - e talvez apenas por conta da Banda que formou um número importante de fãs, é que a novela consiga se sustentar no ar ainda e tenha a tão sonhada nova temporada. Mas verdade seja dita, se sair do ar, Rebelde não fará falta nenhuma para a TV brasileira.

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