sábado, 22 de agosto de 2009

Os Melhores Atores Internacionais de Todos os Tempos

Como todo sábado, vemos agora mais uma lista do blog. Eu e mais nove amigos elegemos dessa vez os 10 Melhores Atores Internacionais de Todos os Tempos, lista difícil e complicada, visto o número grande de atores ao longo da história do Cinema. Mas creio eu que esta lista é, de alguma forma, justo, pois não esquecemos dos maiores nomes da interpretação mundial. Confira:

10º – Leonardo DiCaprio – 1974



Numa lista dos melhores atores de todos os tempos colocar Leonardo DiCaprio pode parecer exagero, muitos podem achar que o ator foi colocado apenas em virtude do sucesso que foi Titanic, o filme que o tornou famoso para o mundo. Mas Leonardo é muito mais do que simplesmente Titanic. Ele já era um bom ator antes desse filme, com excelentes trabalhos em seu currículo e, após o sucesso impressionante do longa, ele conseguiu a visibilidade que todo ator busca para poder selecionar melhor os trabalhos escolhidos.
O primeiro trabalho dele foi em 1991 quando participou do filme Critters 3, na pele do bondoso Josh. O filme não ficou conhecido do grande público e Leonardo quase nunca foi citado pela crítica, tanto por ser novo, quanto por ter um papel não muito importante. Ele fez outros longas, mas ficou mais conhecido mesmo quando estrelou o excelente “The Basketball Diaries”, que no Brasil ficou conhecido como “O Diário de um Adolescente” em que na pele de Jim Carrol, Leonardo roubou a cena interpretando um adolescente que se perde no mundo das drogas.
Depois desse trabalho em que recebeu muitos elogios, “Leo” como é conhecido no meio, participou de três longas que também lhe renderam muitos elogios: Eclipse de uma Paixão, Romeu e Julieta e As Filhas de Marvin.
Em 1997 ele estrelou o filme que iria mudar sua carreira, Titanic, um dos principais filmes da história do cinema mundial. Na pele do pobretão, e esperto Jack, Leonardo DiCaprio retirou suspiros de todas as meninas do mundo que choraram com seu triste desfecho.
Depois de Titanic, Leonardo começou a selecionar seus trabalhos e fez grandes filmes como “Gangues de Nova York”, “O Aviador” e “Prenda-me se for capaz”. Ele já recebeu três indicações ao Oscar, mas ainda não conseguiu levar a estatueta para casa e por tudo isso, Leonardo DiCaprio abre nossa lista em 10º lugar.

9º – Kevin Spacey -1959



Kevin Spacey é o típico ator que possivelmente é mal agenciado. Em seu currículo não há trabalhos brilhantes e muito elogiados pelos críticos de cinema. Os filmes, porque ele sempre consegue criar personagens espetaculares, mesmo diante de textos abaixo da crítica, o que por si só já deveria o colocar na galeria dos grandes do cinema mundial, mas ele nem sempre é lembrado, já que não participou de tantos filmes bons assim,
Tem em seu currículo filmes como O Arbitro e Jogos de Adulto que foram duramente criticados e que atualmente pouquíssimas pessoas conhecem ou lembram, devido ao retumbante fracasso junto ao público na época em que foi filmado. Mesmo nesses dois filmes Kevin foi elogiado pela crítica que chegou a afirmar que ele era o “ator bom sempre tentando salvar um filme ruim”.
Mas ele também fez filmes que foram sucesso de público, mesmo não sendo elogiado pela crítica, como foi o caso de A Corrente do Bem. Filme que fez um sucesso gigantesco mundo afora graças a sua história bonita e com uma mensagem positiva, mesmo com inúmeras falhas técnicas de direção e de roteiro, o público se apaixonou pelo filme. A crítica apontou os erros, mas teceu a Spacey muitos elogios na construção de seu personagem.
Spacey fez ainda outro grande sucesso de público Beleza Americana que também recebeu alguns elogios da crítica e por esse filme ele venceu o Oscar de melhor ator, sua segunda estatueta, a primeira havia sido entregue em 1995 como ator coadjuvante pelo filme Os Suspeitos.
Sua mancha negra no cinema talvez seja o filme Superman, o Retorno que foi massacrado por crítica e fãs. Mesmo assim Kevin Spacey foi muito elogiado e por todo esse trabalho aparece em 9º lugar na lista de melhores atores internacionais.

8º – Charles Chaplin – 1889 a 1977



Muitos consideram Charles Chaplin como o maior gênio da arte mundial. Brilhante em tudo que se propunha a fazer, Chaplin praticamente estreou o cinema mundial com seus filmes mudos, mas também dirigiu, escreveu, fez músicas. Típica pessoa que pensava além, muito além, de seu tempo, tanto que ainda hoje é admirado, lembrado e seus trabalhos continuam a receber inúmeros elogios.
Se tivéssemos que falar da filmografia completa de Charles Chaplin seria necessário um único texto para ele que era um incansável trabalhador em prol da sétima arte e por isso é ainda hoje o cineasta mais premiado de todos os tempos, não há uma pessoa que não se renda a história dele.
Mesmo com tantos filmes, tantos prêmios, tantas homenagens e tanta admiração, existem um personagem na vida de Chaplin que se tornou emblemático e provavelmente será lembrado enquanto existir o cinema e a arte. Carlitos, considerado como um dos melhores personagens de todos os tempos no cinema, é admirado ainda hoje e marcou história na arte e no mundo todo, muito pela brilhante interpretação de Charles Chaplin que sabia como ninguém conquistar o público através da interpretação.
Poucos atores têm em seu currículo o que Chaplin conquistou, um Oscar especial pelo conjunto da obra, que foi entregue ao ator em 1972 oportunidade essa em que Charles Chaplin, um dos maiores nomes do cinema, foi aplaudido de pé por mais de cinco minutos por todos os presentes na cerimônia de entrega ao Oscar, feito que ainda não foi repetido. Aqui, Charles Chaplin aparece como o 8º em nossa lista.

7º Jhonny Depp – 1963



“Um ator deve saber se livrar dum personagem. Quando ele faz um trabalho, o anterior deve ser completamente esquecido, não pode haver traço algum do outro personagem no atual, é isso que faz um grande ator.”, disse certa vez um crítico de cinema. E essa descrição cabe como uma luva para Jhonny Depp que se notabiliza ainda hoje no cinema por criar tipos incríveis e se livrar deles com a mesma capacidade que tem para cria-los.
Desde que apareceu para o cenário do cinema quando participou do filme A Hora do Pesadelo, já se sabia que ali estava um grande ator. Em seguida Depp mudou o foco, do terror pulou centenas de quilômetros para a comédia pastelão com o filme Férias do Barulho que fez muito sucesso pelo mundo, o que já mostrava sua capacidade de mutação.
Ele sempre gostou do desafio de interpretar personagens complexos e os cineastas todos querem trabalhar com Depp quando existe no roteiro um personagem nesse estilo, difícil de se criar e difícil de se imaginar, porque ele consegue fazer isso sem torna-lo caricata.
Ele tem um currículo respeitável com filmes que só receberam elogios de todos, como Gilbert Grape, um aprendiz de sonhador que ainda hoje é aclamado e lembrado como um grande trabalho do cinema.
Mas é realmente com tipos que Depp se dá bem e ele gosta desse título, desde que participou de A Lenda do cavaleiro sem cabeça, convites não pararam de chegar para que ele interpretasse tipos únicos e inusitados no cinema, por isso talvez, aceitou fazer o ótimo Chocolate que fez com que o mundo se rendesse a ele.
Fazendo terror, comédia, drama, em qualquer filme ele aparece bem, e isso o colocou como favorito para estrelar uma super-produção já anunciada como sucesso, Piratas do Caribe que colocaria de vez Jhonny Depp na lista dos principais atores do mundo. Mas outros dois trabalhos são lembrados pelo público por sua interpretação brilhante, como em A Fantástica Fábrica de Chocolate e Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet.
Depp é como DiCaprio, recebeu três indicações ao Oscar, um por Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, outro por Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra e ainda por Em Busca da Terra do Nunca, mas nunca conseguiu levar a estatueta para casa. Mesmo assim é aclamado por críticos e fãs do cinema e por isso aparece no honroso 7º lugar de nossa lista.

6º Jack Nicholson – 1937



Um ator que interpreta ele mesmo em todos os filmes, mas faz com tamanha maestria que se torna brilhante. É assim que muitas pessoas definiriam a interpretação de Jack Nicholson, um dos principais nomes do cinema nas décadas de 70 e 80 com trabalhos memoráveis e idolatrados ainda hoje.
Nicholson nunca gostou da mesmice no cinema, recusando sempre personagens que se pareciam com algo que ele já havia feito, por isso não tem em currículo uma longa lista de filmes como a maioria dos atores a tem. Seu primeiro grande trabalho foi em 1960, quando passou a ser amado pelo público norte-americano após o excelente filme Selvagem e Brutal, filme que tornou o rosto de Nicholson um dos mais conhecidos do momento nos EUA.
Naquela década Jack passou a se dedicar a linha de terror fazendo personagens bizarros em filmes considerados trashes como A Pequena Loja de Terrores e Sombras do Terror e filmes muito elogiados como O Corvo e o Demônio sobre Rodas. Ele também aproveitou o momento do faroeste no cinema e participou – e muito bem, diga-se – do filme A Vingança de um Pistoleiro.
Entrou na década de 70 como um dos atores mais convidados para trabalhos e mudou o foco, deixando de lado o terror Nicholson trabalhou em filmes mais complexos, como Cada um vive como quer, Ânsias de Amar, Um Estranho no Ninho e o polêmico Chinatown.
Mas foi em 1980 que o mundo inteiro passaria a saber de fato quem era Jack Nicholson. Ele aceitou o desafio de voltar à linha de terror e interpretou o que é considerado até hoje o principal personagem do terror em todos os tempos em O Iluminado, também o principal filme de terror eleito em praticamente todas as listas. Nesse filme Nicholson incorporou o personagem de tal forma que a impressão que se tinha era de que o próprio ator havia enlouquecido.
De lá para cá o ator fez menos trabalhos devido a sua saúde fraca, passou a evitar filmes em que aparecia muito e selecionar bem seus trabalhos, o principal deles veio em 1997, quando ninguém mais se lembrava dele e ele fez Melhor é Impossível, considerado um dos grandes trabalhos daquela década.
Jack Nicholson recebeu dois Oscars ao longo da vida por Um Estranho no Ninho e outro por Melhor é Impossível como ator e como coadjuvante venceu mais um por Laços de Ternura e por toda essa incrível história, ele aparece em 6º lugar na lista.

5º - Tom Hanks – 1956



Falar de um ator que consegue se desprender de personagens, dar vida a outros e repetir a mesma expressão em todos e ainda assim parecer excepcional não é nada fácil. Essa é uma boa descrição para Tom Hanks, um dos maiores nomes de Hollywood no momento e respeitado por praticamente todos os setores do cinema mundial, sejam produtores, cineastas, atores ou críticos.
O primeiro grande sucesso de Hanks foi com o filme Splash, uma comédia romântica que deu tamanha popularidade ao ator que ele passou a ser conhecido nos quatro cantos dos EUA, já começando a receber os primeiros elogios da crítica.
Em 1988 Hanks foi convidado a fazer o filme Quero ser Grande, sucesso de crítica e público, arrecadando mais de 100 milhões de dólares, números muito expressivos para a época em que estavam. Com esse filme, ele foi indicado pela primeira vez ao Oscar, mas não conseguiu a vitória, provavelmente por ainda ser um jovem e promissor ator.
Escolhas erradas fizeram com que Tom Hanks sumisse da mídia, já que seus filmes não fizeram muitos sucessos. Mesmo assim, o ator voltou a ser o centro das atenções em Philadelphia, interpretando um advogado homossexual demitido da empresa para o qual trabalha por ser soro positivo. Esse papel deu a ele seu primeiro Oscar, numa interpretação comovente.
A partir daí, a carreira de Tom Hanks deslanchou, recebendo centenas de roteiros por emana, o astro passou a selecionar apenas super-produções complexas e de cunho profundo para trabalhar. Foi assim que aceitou um de seus principais papéis no cinema em Forrest Gump, que lhe rendeu a segunda estatueta do Oscar. Ele estrelou também O Resgate do Soldado Ryan, novamente indicado ao maior prêmio do cinema, dessa vez não vencendo.
Ele fez ainda grandes trabalhos como O Terminal e Prenda-me se for capaz, recebendo inúmeras críticas positivas que o colocavam sempre entre os principais atores do momento em Hollywood. Ele recebeu cinco indicações ao Oscar e venceu por duas vezes e por isso aparece em 5º lugar no nosso ranking.

4º Al Pacino – 1940



“Ele tem um dos sorrisos mais macabros do cinema”, assim descreveu um cineasta sobre Al Pacino, considerado até hoje um dos maiores astros da história do cinema, sempre com interpretações sólidas e muito criativas na sua capacidade de encarnar qualquer tipo de personagem.
Pacino é respeitado, inclusive por colegas de trabalho, que sabem que sua forma de interpretar dá vida a um personagem e utiliza todos os elementos da dramaturgia para conseguir o efeito desejável.
Atingiu a fama já no seu terceiro filme, quando Francis Ford Coppola o escolheu para trabalhar num filme que viria a ser considerado o maior filme da história “O Poderoso Chefão” deu fama – e provavelmente fortuna – ao ator que viu sua vida se modificar, tudo graças a seu talento único.
Em “O Poderoso Chefão II”, Al Pacino passaria a ser o centro das atenções e a crítica se derreteria em torno de seu nome, considerando uma das criações mais brilhantes da história do cinema.
Não é fácil listar a filmografia do ator, pois ele sabia como ninguém selecionar os papéis escolhidos, como em Perfume de Mulher, em que ele é aclamado por fãs do mundo todo, ou como O Informante em que ele tem uma das principais atuações recentes da história do cinema.
Al Pacino é um dos atores mais premiados de todos os tempos, recebeu 05 indicações ao Oscar e venceu em Perfume de Mulher, na época todos sabiam que ele sairia vitorioso mesmo antes da cerimônia. Como ator coadjuvante foram 03 indicações, inclusive por O Poderoso Chefão, o que o coloca como um dos atores mais vezes indicados ao prêmio. Aqui Al Pacino aparece em 4º lugar na nossa lista.

3º - Anthony Hopkins – 1937



Um ator preguiçoso e que por isso não fez inúmeros trabalhos espetaculares e nem recebe muitos convites para super-produções. É assim que a crítica hollywoodiana define Anthony Hopkins, mas ainda assim não são poucos os críticos que se rendem ao talento do ator.
Hopkins é conhecido por seu temperamento difícil e pela capacidade quase única de improviso, o que torna a cena muito mais rica e cheia de elementos, como a maior parte dos diretores que trabalhou com ele afirma.
O primeiro grande trabalho do ator foi em Hamlet no final da década de 60, um filme que não foi visto por muitas pessoas, mas recebeu muitos elogios da crítica. Filme pequeno, produção tímida, mas que teve uma interpretação sólida e muito bem feita pelo astro.
A fama chegou para ele em 1980 quando fez o grande filme O Homem Elefante, filme polêmico, mas muito elogiado pela crítica e que fez com que Hopkins passasse a ser visto pelos grandes cineastas do mundo, lhe rendendo futuros trabalhos interessantes, além do aumento do número de convites.
Mas foi mesmo em 1991 que Anthony Hopkins carimbou seu nome na história do cinema, quando aceitou o desafio de participar dum filme polêmico, complexo e que daria o que falar. No papel do psicopata Hannibal Lecter, ele roubou a cena no filme O Silêncio dos Inocentes e fez com que o mundo considerasse esse papel um dos melhores de todos os tempos. Sempre que se cria uma lista com os melhores personagens, Lecter aparece nos primeiros lugares. Esse papel rendeu ao ator o Oscar e muito dinheiro, além de coloca-lo no topo dos astros no início dos anos 90.
Ele fez outros filmes sensacionais, como Chaplin, em 92 ou Instinto que também foi muito elogiado. Anthony Hopkins é sempre lembrado por sua interpretação ousada e criativa e por isso aparece em 3º lugar na nossa lista.

2º - Robert De Niro – 1943



Robert Mario De Niro Jr. é um ator norte-americano. É conhecido por ter protagonizado diversos filmes de Martin Scorsese. Apreciado por levar muito a sério seus papéis, de Niro engordou 27 quilos e aprendeu a lutar boxe para melhor encarnar o personagem "Jake LaMotta" em Touro Indomável; afiou os dentes para fazer Cabo do Medo; e aprendeu a tocar saxofone para atuar em New York, New York (todos esses filmes de Scorsese). Por isso, é considerado normalmente como um grande observador de tiques e detalhes físicos, assim como de ser um perfeccionista.
O primeiro filme em que entrou foi Quem Anda Cantando Nossas Mulheres. Após esse filme, participou em muitos outros filmes, com papéis maiores e menores, mas nenhum deles com grande sucesso, até que atingiu a popularidade com o seu papel em A Última Batalha de um Jogador, em 1973. No mesmo ano, começou a trabalhar com Scorsese. A partir daí, entrou em vários filmes de Scorsese como: Taxi Driver, New York, New York, Touro Indomável, O Rei da Comédia, Os Bons Companheiros, Cabo do Medo e Cassino. Neste filmes, de Niro representa personagens normalmente simpáticas mas emocionalmente instáveis e que revelam tendências sociopáticas.
No meio da década de 80, de Niro começou a fazer também papéis cômicos, com os quais teve bastante sucesso tais como: Brazil, Fuga à Meia-Noite, Mera Coincidência, Máfia no Divã e Entrando Numa Fria.
O ator é muitas vezes comparado com Al Pacino, ator com o qual disputou papéis no início da carreira de ambos. Os dois contracenaram em Fogo Contra Fogo. É para muitos críticos o melhor ator de sua geração no quesito filmes dramáticos, precedido por Marlon Brando e sucedido por Edward Norton e Sean Penn.
Recebeu cinco indicações ao Oscar na categoria de Melhor Ator, por Taxi Driver (1976), The Deer Hunter (1978), Raging Bull (1980), Awakenings (1990) e Cape Fear (1991); venceu por Raging Bull e venceu em Raging Bull, na nossa lista Rober De Niro aparece como o 2º melhor ator de todos os tempos.

1º Marlon Brando – 1924 a 2004



Marlon Brando Jr. foi um ator americano considerado um dos maiores atores de língua inglesa de todos os tempos, adepto do estilo realista de interpretação conhecido como Método Stanislavski em que todo e qualquer objeto em cena é considerado por ele como um elemento com potencial dramatúrgico.
Brando começou a chamar atenção atuando na peça de Tennessee Williams, Um Bonde Chamado Desejo. A peça foi filmada, mas acabou tendo seu lançamento atrasado, o que levou que figurasse como seu primeiro trabalho em cinema o filme, de 1950, Espíritos Indômitos . Esta produção contava a história de um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em combate angustiado por estar preso a uma cadeira de rodas.
Uma Rua Chamada Pecado com a presença da atriz Vivien Leigh no papel de Blanche DuBois, Brando fazia o papel de Stanley Kowalski, um desocupado e explorador da esposa. Tornou-se um símbolo sexual ao aparecer em fotos como o personagem, sempre de camiseta que lhe realçava seus músculos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles premiou o filme nas categorias de melhor atriz, Vivien Leigh, melhor ator coadjuvante, Karl Malden e melhor atriz coadjuvante para Kim Hunter. Brando também foi indicado ao Oscar, mas mesmo sendo o franco favorito , não ganhou. Brando seria indicado mais três vezes em cada ano posterior em "Viva Zapata!" em 1952, Júlio César , 1953, no papel de Marco Antônio, e Sindicato de Ladrões em 1954.
Mas seu estilo como ator alcançaria o auge do sucesso e da fama nos anos 70, com O Poderoso Chefão e Último Tango em Paris, entre outros, tendo sido indicado para mais dois Oscars pela Academia de Hollywood. Venceu pela sua interpretação de Don Vito Corleone, que rendeu ao personagem o título de "maior vilão da história do cinema".
Quando venceu em 1973 o Oscar pelo filme O Poderoso Chefão, Marlon Brando enviou uma índia (que mais tarde se descobriu ser uma atriz) fazer um discurso em seu nome, protestando contra a forma como os EUA e Hollywood discriminavam os nativos americanos.
Marlon Brando é considerado por praticamente todos como o maior ator de todos os tempos, recebendo 7 indicações ao Oscar e vencendo duas vezes ele lidera nossa lista.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Rede Fazenda de Televisão


A Fazenda, sem dúvida nenhuma pegou, exatamente como eu disse que aconteceria assim que assisti a exibição do 1º programa, afinal, o reality reúne uma série de características e ingredientes que unidos fazem qualquer programa ter sucesso junto ao público. O sucesso tem se refletido na excelente audiência do programa ao longo de cada um de suas exibições, nunca ficando abaixo dos 13 pontos de médias e, às quintas e domingos, brigando ponto a ponto pela liderança com a Rede Globo.

Mas não é exatamente disso que vamos falar, o que quero falar é sobre a exposição exaustiva que a Rede Record tem feito com o programa. Se você ligar sua TV em qualquer horário do dia ou da noite e colocar na Record vai ver algum programa da emissora falando de A Fazenda ou pior, vai ver algum ex-participante comentando ou, como todos mais gostam, fazendo algum barraco.

A emissora começou explorando tudo de forma interessante, levando o eliminado da semana ao programa Hoje em Dia, matutino interessante de se ver, sempre com entrevistas leves e divertidas, era um prato cheio para quem curte A Fazenda e queria assistir as opiniões do eliminado.

Como o Hoje em Dia começou a liderar a audiência todas as segundas-feiras (dia seguinte a eliminação), outros programas da emissora decidiram que o ideal era explorar esses eliminados e, a partir daí começou o exagero. O pior programa da TV brasileira atualmente, Geraldo Brasil, passou a explorar as histórias dos participantes da casa e, sem o menor pudor, exibia à exaustão trechos da Fazenda e entrevistava ex-participantes e familiares, coisa bizarra mesmo.

Ontem, porém, o bizarro passou a ser intolerável. Após a saída de Carlinhos da Casa, com sua história de vida tão interessante, a Rede resolveu explorar a tragédia da vida do coitado e levou a família dele para o Hoje em Dia. Carlinhos reencontrou a mãe e a irmã e, diante das câmeras, se emocionou. Muitos podem achar isso lindo, eu não acho, é exploração exacerbada da vida e da privacidade alheia.

Mesmo assim, esse não foi o pior erro, o pior erro foi que, ao ver como a audiência do programa estava ótima (Hoje em Dia chegou a dar 15 pontos contra 5 da Globo), a emissora mandou a grade pro espaço e manteve o programa no ar até as 2 da tarde. Começou o Geraldo Brasil e, adivinhem, mais Carlinhos e família, o programa também deu ótima audiência e, novamente a grade foi chutada fora, mantendo o programa no ar até incrivelmente às 7 e 45 da noite. Eu nunca havia visto nada semelhante.

Por isso já passou da hora da Record mudar seu nome para Rede Fazenda de Televisão, mas infelizmente para eles, o programa acaba domingo e, no máximo, após uma semana do fim, o assunto terá se esgotado, e então? O que será da pobre programação da emissora?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

28 anos de SBT: a nossa história junto a emissora

Na noite de ontem foi ao ar o SBT Repórter Especial em comemoração aos 28 anos de fundação da emissora paulista, considerada por praticamente todos - público e crítica - a emissora mais popular do Brasil.

Quando o programa era anunciado na grade da emissora com inserções nos intervalos dos outros programas, confesso que não me empolguei muito, principalmente porque o editorial do SBT Repórter com César Filho nunca me agradou. Eu nem estava lembrando que o programa iria ao ar, visto que estava assistindo outra emissora, por pura sorte zapeei a TV e fiquei no SBT. Pra não sair mais.

Um programa redondinho, com uma edição muito boa, excelentes lembranças e ótimas reportagens mostrando os bastidores da emissora "mais feliz do Brasil". A começar pelas reportagens que falaram da capacidade do SBT em descobrir novos talentos para a TV e, não se iludam, não foram poucos.

Assistindo ao programa, mais do que ter simplesmente um olhar crítico sobre o formato do SBT Repórter, o mais interessante foi notar que a história de vida da maior parte dos brasileiros passa pela história do SBT. Não foram poucas as vezes que me lembrei com nostalgia da minha infância e adolescência.

Como esquecer dos programas infantis do SBT, tempo em que um programa para criança tinha identidade própria e não era recheado com desenhos apenas. Bozo, Vovó Mafalda, Papai Papudo, Sérgio Malandro e Mara Maravilha fazem parte dessa história rica para a criançada da minha geração.

A emissora também lançou moda com um estilo próprio de programa como o Show de Calouros, o Programa Sílvio Santos, Viva a Noite, Sabadão Sertanejo, Programa da Hebe, Porta da Esperança, que marcaram a vida da população brasileira nos finais de semana, colocando o SBT em segundo lugar da audiência no Brasil.

Outros programas mais recentes também marcaram nossa vida como Chiquititas, Aqui Agora, Chaves (que nem é recente, mas é atual), A Praça é Nossa, Domingo Legal, Popstar, Casa do Artistas, Show do Milhão e tantos outros programas de entretenimentos que fizeram a diversão do país.

O SBT se perdeu nos últimos anos, mas 2009 tem sido promissor para a emissora, desde que Daniela Beirute assumiu a direção de programação da Casa, somente acertos, como o fim da grade voadora e o começo de ótimos programas como Esquadrão da Moda, a volta do Show do Milhão e do Programa Sílvio Santos e o achado Qual é o Seu Talento? mostram que a emissora está no caminho certo.

Para o segundo semestre, tudo continua promissor para a Casa. A volta de Eliana - agora com programa voltado para a família - e a aquisição de Roberto Justus foram excelentes tacadas, assim como Thiago Santiago que deve assinar a próxima novela. O SBT definitivamente entrou na briga pelo segundo lugar de audiência e, esperamos, que ele vença.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Estreia de Ídolos


Começou ontem na Rede Record a 2ª edição de Ídolos, desde que a emissora comprou os direitos de exibição do programa, deixando o SBT, antigo exibidor, a ver navios, literalmente.

Eu sou um fã incorrigível do formato do programa. Assisti Ídolos em todas as suas versões no SBT - e pra falar a verdade só me lembro bem da 1ª versão em que todo mundo assistia, quando a média de audiência beirava os 15 pontos, e eu torci muito para Lucas Polleto, mas quem venceu foi Leandro, o Pica-Pau. - também assisti a primeira versão da Record.

A estreia da segunda temporada pela emissora foi infinitamente melhor que todos os episódios da primeira temporada, é algo que não tem comparação. A edição do programa de estreia estava redondinha, muito bem feita, com lembranças da temporada passada para localizar os fãs, mostrando como funciona passo a passo para cada candidato até conseguir chegar aos programas finais.

Os jurados aparentemente também melhoraram, na primeira temporada nenhum dos três funcionava, faltava carisma, faltava identificação e faltava química de grupo que os tornassem três em um, exatamente o que sobrava com os jurados do SBT - que agora estão no programa Qual é o seu talento?

Luis Calainho este ano parece finalmente ter acertado o tom entre o profissionalismo e as brincadeiras, sem exagerar e nem se tornar um personagem caricata que apenas incomoda os participantes, como era no ano passado. Ele parece que percebeu que a melhor forma de ser leve e divertido é descontrair-se com o próprio candidato.

Paula Lima continua sendo a fofa do grupo. Ano passado ela ficou enfadonha durante as exibições das audições, a expectativa é que neste ano ela não se perca, não exagere e nem tente interpretar a mocinha triste que tem a obrigação de julgar a todos. Se a escolha dela é para ser a jurada boazinha, devia se espelhar na Cyz, que faz isso com maestria.

Marco Camargo, ao contrário dos outros dois, continua bizarro. Eu ainda não sei quem disse a ele que existe possibilidade dele se dar bem num programa com este formato. Ele não tem carisma diante da câmera, é irritante e absurdamente chato. Tomara que ainda melhore.

A volta de Ídolos aparentemente deu um bom retorno de audiência a Record, apesar de que nos 30 minutos finais do programa, o SBT incomodou bastante a concorrente com a exibição do filme "300" e a tendência é que o programa mantenha a audiência equilibrada se a Record conseguir manter o programa equilibrado e a qualidade das edições e, principalmente, dos candidatos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Algumas observações

1 - Já saiu do cansativo e entrou no insuportável essa briga estúpida entre Globo e Record com as duas emissoras se atacando durante seus telejornais. O telespectador não é obrigado a participar de uma rixa que simplesmente não é dele nem de aguentar reportagens bizarras e tendenciosas como as que os telejornais da Rede Record vem realizando. Eu já decidi, quando o assunto for este, eu troco de canal no mesmo instante.

2 - Ao que parece a Grade sólida do SBT vem mostrando resultados satisfatórios. É evidente que a emissora perdeu muitos pontos ao longo dos últimos anos, mas nesse semestre de 2009 já mostra recuperação, como é o caso do Programa do Ratinho e de Casos de Família que aparentemente já se solidificaram como vice-líderes em seus horários. Falta ao SBT se tornar forte no horário nobre, quando ainda fica há alguns pontos da Record, quem sabe Tiago Santiago consegue este feito.

3 - A novela Bela, a Feia da Record não pegou. A audiência comprova que pelo visto o público já enjoou do tema, afinal o SBT já produziu uma novela assim, já foi veiculada a novela original, existem a série Ugly Betty que tem este tema, é muito coisa igual para a cabeça do telespectador. Mas ainda assim, é preciso dizer que a qualidade da novela me surpreende. Fotografia impecável, elenco quase muito bem afinado e texto gostoso de se ver.

4 - Como Caras e Bocas é boa. Novela que dá para se rir quase que do início ao fim, quando não pelas cenas em si, pelo fato de tentarmos antever o que vai acontecer e quase sempre errando, dado ao número pequeno de clichês. A Bianca a cada dia que passa está mais divertida e faz por merecer o título de personagem mais querida da novela. Não é a toa que a novela recuperou o horário e atualmente dá quase 10 pontos a mais de média que sua antecessora.

5 - CQC finalmente foi bom. Já faz algumas semanas que o humorístico da BAND estava sem graça e repetitivo. A impressão que se dava é que o excelente programa entrava em declínio e a tendência era que todos enjoassem dele. Se formo ter como parâmetro o episódio de ontem, podemos ficar tranquilo. Excelentes piadas, ótimas reportagens e finalmente o trio de apresentadores novamente afiados e engraçados.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A situação das emissoras abertas


Não quero e não vou falar especificamente da briga que tomou conta da TV brasileira na última semana entre a Globo e a Record. Simplesmente por considerar que ambas estão exagerando e criando factóides sem necessidade e, na tentativa de continuar a briga, prejudicando completamente seus telespectadores. Só quero deixar registrado que neste, e somente neste caso, meu apoio está integralmente com a Globo.

Mas essa briga toda chamou minha atenção para um fato que é o atual momento das Redes abertas da TV brasileira e, considero essa discussão, muito mais importante e saudável.

Comecemos pela Rede que iniciou há alguns anos um ambicioso projeto de se tornar líder de audiência no Brasil, a Rede Record, que apostou em dramaturgia e jornalismo de qualidade para desbancar a Globo e afirmava para quem quisesse ouvir que conseguiria o objetivo. Em princípio, a impressão que se tinha era de que os sonhos da Record não eram assim tão inalcançáveis, pois, sem grande dificuldades, a emissora simplesmente tomou o segundo lugar do SBT que sequer conseguiu apresentar algum tipo de resistência. Com programas de qualidade como o excelente Tudo a Ver e novelas bem escritas como a ótima Escrava e Isaura e a não tão boa, mas com público cativo Prova de Amor, a emissora começou a caçada a Rede Globo. Diariamente suas novelas alcançavam espantosos 15, 20 e até 25 pontos de audiência, deixando a produção da Globo de cabelo em pé.

No desespero pela primeira posição, a emissora dos bispos começou a errar e errar violentamente. Apostou na audiência fácil com novelas que exploravam a violência e, a partir desse momento se perdeu. A grade voadora entrou em ação, ninguém mais conseguia acompanhar seu programa predileto porque constantemente muda-se o horário. Isso já se reflete nas audiências, as novelas, principal produto da emissora, atualmente dão 8 pontos de média (Bela, a Feia) e 11 pontos (Poder Paralelo), muito abaixo das antecessoras. E o principal produto da casa passou a ser A Fazenda, mas que está chegando ao fim e deixa a emissora sem perspectivas, pois ela já começou a perder o segundo lugar para o SBT que encostou na emissora no mês de julho e até agora, em agosto, é vice-líder.

O SBT sempre foi uma emissora perdida. Principalmente nos últimos anos quando seu dono, Sílvio Santos, parece que queria brincar com a grade, fazer testes e enlouquecer seus telespectadores. A impressão que se tinha era de que ele duvidava que seu público fiel algum dia migraria para outras emissoras. O fato é que o público perdeu a paciência com a grade voadora e desistiu do SBT em 2008. A programação do canal era impossível de se acompanhar, já que ninguém tinha idéia de quais programas seriam ou não exibidos.



Além de tudo, as apostas da emissora pareciam ser erradas e, quando apostava-se certo, perdia-se para a concorrência, como no caso de Ídolos que migrou do SBT para a Record. Brigando com seus profissionais, como fez com Ratinho e Adriane Galisteu, Sílvio Santos parecia não mais se reencontar e a lembrança da TV Manchete começou a pairar sobre a Anhanguera, parecia o fim da emissora mais popular do Brasil.

Então veio 2009 e com ele Daniela Beyrute, filha de Sílvio Santos e que assumiu a direção de programação da Casa. Audaciosa, ela começou a preparar a emissora para recuperar o segundo lugar, apostando na grade fixa, em programas interessantes, como os ótimos Esquadrão da Moda e Você se lembra? E, no mês de julho iniciou uma guerra contra a Record, contratando de forma surpreendente quatro profissionais de primeira grandeza da concorrente: Roberto Justus, Thiago Santiago, Roberto Cabrini e Eliana.

Hoje, o SBT tem muito mais cara de emissora, mesmo faltando apostar em jornalismo forte e de qualidade. A emissora parece ter se acertado em 2009, já no mês de julho houve um empate técnico em audiência com a Record e no mês de agosto, nos 15 primeiros dias ela já é vice-líder disputando acirradamente com a concorrente, além de ter se recuperado aos domingos e conseguindo o segundo lugar. A briga promete ser boa.

Após uma crise de audiência sem precedentes, a impressão que se tinha em meados de 2007 era de que a Rede Globo não mais recuperaria a hegemonia de audiência, já que seus programas caminhavam em queda livre. Novelas de horário nobre registrando audiências impensáveis há alguns anos, girando na casa dos 33 a 35 pontos, Jornal Nacional - principal veículo de jornalismo da emissora - também muito abaixo da meta, tudo parecia assustador. A Globo que nunca via ninguém pelo retrovisor começava a enxergar a Record, que mesmo muito longe, estava em crescente, na contra-mão da emissora da família Marinho que não parava de cair.

Começou 2009 e a Globo apostou em mudanças. Não foram mudanças radicais na grade nem no formato da grade, mas no formato dos programas. Toda a programação da Casa ficou mais leve, como o Vídeo-Show ao vivo e a ótima sacada de descongelar a forma de apresentação do Jornal Nacional. A emissora apostou em nome conhecidos para assumir os horários das 6 e das 7 nas suas novelas e a aposta provou ser correta. Oito meses depois do ano começado, a Globo segue tranquila e crescendo em audiência, com o horário das seis e da sete recuperado (a novela Caras e Bocas é um verdadeiro fenômeno de audiência) e o horário nobre caminhando para a recuperação.

Com tudo isso, fica claro que enquanto Record e SBT travam uma ferrenha batalha pelo segundo lugar, a Globo se aproveita e dispra na liderança. E a tendência é que a Record continue caindo e perca de vez a vice-liderança, se não acordar para a vida.

Twitter Facebook Adicionar aos Favoritos Mais

 
Tecnologia do Blogger | por João Pedro Ferreira