sábado, 5 de março de 2011

Bem Estar é uma grata surpresa

Quando a Rede Globo passou a anunciar o programa Bem Estar como parte de sua programação em 2011, confesso que fiquei bastante reticente. A começar por não entender o motivo de um programa destes moldes logo depois de Mais Você e também por acreditar que não faz o menor sentido um programa assim num horário em que há mais crianças vendo TV do que donas de casa.

Ledo engano foi eu pensar que Bem Estar era um programa voltado para o público feminino. Com coragem, ousadia e profissionalismo, a Globo conseguiu imprimir um ritmo completamente diferente do que já se viu na TV aberta neste formato e fazer com que o telespectador mais variado tenha interesse em assistir o programa o tempo todo.

Os temas são muito bem escolhidos e de interesse público e, mesmo aqueles voltados para uma parcela específica da população, são tratados de forma tão interessante que fica impossível sair da frente da TV até que o tema seja completamente esmiuçado.

Aliás, o título do programa já foi uma tacada de mestre, pois a proposta é realmente esta, ajudar o telespectador a viver em bem estar, ou seja, viver de forma saudável, não apenas partindo da premissa alimentar, mas em todos os sentidos da vida, como o trabalho, lazer, relacionamento familiar e até elementos culturais que são fundamentais para uma vida tranquila.

É bem verdade que a Globo demorou bastante para explorar o formato que já tornou-se meio velho, mesmo no Brasil, mas quando o fez, mostrou o motivo de ter disparado a melhor programação do Brasil. Um programa de qualidade ímpar, com linguagem extremamente popular, tratando de temas que de fato interessam a todos. Isso sim é fazer televisão.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Momento épico do BBB - TODOS COMEMORA

Sou fã do Big Brother Brasil. Aliás, sou fã de qualquer Reality Show. Não nego, nunca neguei, acho o formato atraente e muito interessante, uma forma inovadora de entretenimento que a TV brasileira tem sabido explorar com precisão na maior parte das vezes, principalmente por saber ser independente e respeitar a cultura nacional na forma de assistir televisão.

Acompanho o BBB desde sua primeira edição, já faz tempo, e sou um dos telespectadores que viu diante de seus olhos este fenômeno de audiência, faturamento e repercussão, ir se tornando independente, maduro e desenvolvido. Em sua 11ª edição, o Reality global teve momentos inesquecíveis e impossíveis de se registrar todos neste espaço, para citar apenas dois deles: Ana Carolina matando formigas com sabão em pó e a briga espetacular entre Elenita e Lia.

Na noite da última terça tivemos dois momentos ótimos no programa. O primeiro, foi a saída do participante mais intragável da história de todos os Realities Shows que já foram produzidos no Brasil. Diogo, o ogro gago, foi eliminado e baixou a bola dele e de seus amigos, outro bando de gente insuportável e mostrou que o público está atento, notando as trapalhadas dos participantes.

Confesso que nunca fiquei tão satisfeito com uma eliminação como fiquei ao ver Diogo chorando copiosamente por deixar os "amigos" e ter que abandonar o jogo. BEM FEITO!!!! Mas, o melhor ainda estava por vir, após o fim do programa de terça, já no PPV, o que se viu foi um momento épico, uma cena que jamais sairá da mente de quem viu.

Maurício, ou Maumau para os íntimos, sentado, inconsolável, chorando copiosamente pela saída do amigo e dizendo frases de uma verdadeira viúva ao melhor estilo luto: "Ele era tão carinhoso comigo, os abraços, as conversas, os beijos. Vou sentir tanta falta". Ri, e não ri pouco, minha barriga doeu e acordei quase toda a casa com minhas gargalhadas.

E tem gente que insiste em dizer que Big Brother não é entretenimento. Tem programa de humor melhor que este?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Final de semana difícil para a TV aberta

Fiz um experimento neste final de semana e tentei, ao máximo, assistir trechos da programação de TV aberta das três principais emissoras do país, Globo, Record e SBT, e, confesso, me sinto um herói por ter sobrevivido a essa prova de fogo, que aliás, poderia ser usada como prova de resistência no BBB ou até pelo Survivor americano, seria super chique e quase ninguém resistiria.

Porém, sem mais delongas, vamos aos comentários da programação por emissora, começando pela Rede Globo, a única que dá algumas boas oportunidades que, mesmo assim, não são tão aproveitadas. O Caldeirão do Huck, no sábado, já foi um baita programa, mas entrou no piloto automático faz tempo e, sem nenhuma espécie de inovação criativa, nos faz assistir as mesmas coisas e ver um apresentador que, em alguns momentos, parece estar completamente desmotivado. Também, pudera, seu programa já atingiu o máximo que poderia e não tem mais potencial para caminhar a lugar algum.

Esquecendo as três novelas, a seguir, a emissora nos apresentou um BBB chato e sem graça como, aliás, vem sendo todos os sábados. O programa de sábado já foi bem maior e com festas ótimas, porém, nesta edição, o bom da festa tem ficado para as madrugadas e, com um início monótono, a direção acaba bem rápido. Em seqüência, o péssimo Zorra Total, outro programa que já foi bom um dia, mas perdeu seu rumo e não consegue mais produzir bons quadros de humor. 

Os domingos da Globo são tão ruins quanto de qualquer emissora. Logo depois do almoço já começa com o Esquenta, um programa promissor e que começou muito bem, mas vem sendo pessimamente editado e isso prejudica bastante o ritmo do programa e cansa o telespectador. Os filmes escolhidos quase sempre cansam qualquer pessoa e, o Faustão, faz tempo que anda precisando de novas idéias e um rumo para seu programa que, apesar de não explorar a miséria humana e manter o bom gosto, ficou meio que preto e branco, enfadonho. Fantástico segue salvando as noites de domingo ao lado do próprio BBB.

Pela Record, temos no sábado a seqüência chata de filmes durante a tarde que ninguém quer ver, isso se dá a pura preguiça da direção da emissora em pensar num programa interessante. Em seguida, vem O Melhor do Brasil, programa de Rodrigo Faro que, já viveu seu auge e, há muito tempo segue com os mesmos quadros e tenta sobreviver com as performances do apresentador, outra coisa que já cansou faz tempo. O programa tem sido muito chato. Para fechar as noites de sábado, Legendários, aquele programa que não é de humor, não é jornalístico, não é nada. É só ruim mesmo.

Aos domingos, a Record extrapola a capacidade do mau gosto e já começa com Tudo é Possível, atualmente o pior programa da TV brasileira, de um mau gosto que impressiona, com uma apresentadora completamente deslocada. Quadros que irritam pela quantidade de bobagem e que só é visto mesmo por quem adora essa coleção de bizarrices. Programa do Gugu segue o mesmo estilo, com o diferencial de tentar ser jornalístico e, como isso é só uma piada, é melhor nem comentar, deixa só o programa ser ruim mesmo. Por fim, Domingo Espetacular que há muito tempo deixou de ser jornalístico para virar uma mistura de nada com coisa nenhuma.

E o SBT? Ah, o SBT. No sábado vem com o Programa Raul Gil, programa tão inocente, tão "puro" que, às vezes, dá sono assistir. Não é que o programa seja ruim, mas, além de ser absolutamente cafona para os padrões atuais da TV brasileira, ele é completamente robótico, ensaiado, sem nada de diferente, às vezes cansa. A partir daí a emissora segue com a programação normal de sua faixa nobre que, seja sábado ou em qualquer dia, já enjoou faz tempo.

E os domingos que sempre foram sinônimo de SBT? Foi-se o tempo. O Domingo Legal, de Celso Portiolli, é tão, mas tão ruim que, em alguns momentos, é tão constrangedor assistir que o ideal é manter a tv desligada. Ou se explora a miséria humana ou abusa dos longos vídeos que, até hoje, ninguém sabe para que serve. Em seguida vem Eliana, único programa no estilo que ainda é aproveitável na TV brasileira. Ainda que tenha perdido o foco, esteja sem identidade, seja monótono e cansativo, Eliana ainda é a melhor opção de domingo para qualquer telespectador. O Programa Sílvio Santos fecha a noite do mesmo jeito que era ha 30 anos, ou seja, programa que não muda, velho e que cheira a poeira, um museu seria um lugar ideal para o formato que, só funciona ainda, graças a capacidade incrível de Sílvio Santos como animador.

Um conselho: saia de casa nos finais de semana, economize energia e deixe a TV desligada. Você não vai perder nada.

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