sábado, 29 de janeiro de 2011

Impressões sobre “Ribeirão...”, tempos depois

Confesso que passei um bom tempo sem assistir Ribeirão do Tempo. O horário ingrato para a turma que acorda cedo foi o principal fator que de certa forma me afastou da história (ao menos parcialmente) algumas semanas depois da morte de Madame Durrel (Jacqueline Laurence) – uma das minhas personagens preferidas, por sinal - ; mas volta e meia a turma aqui de casa assiste.

Esta foi uma novela que a princípio não chamou minha atenção de maneira alguma. Eu via os teasers e, a bem da verdade, eles não estavam propriamente teasing me. A bem da verdade, não me diziam nada. O interesse real só foi surgir de fato quando assisti ao primeiro capítulo e aquela história da mulher que retornava à terra natal para procurar o filho que havia abandonado há mais de cinquenta anos me segurou. E a trama detetivesca também tinha algo de atraente. Nada arrebatador e sensacional, mas ainda assim tinha/tem seus méritos.

Lá se vão pouco mais de oito meses desde sua estreia (para quem não lembra, Ribeirão do Tempo entrou no ar no dia 18 de maio de 2010) e ainda teremos pelo menos mais uns dois ou três (como é de conhecimento geral, as novelas da Rede Record primam pela longevidade) a novela segue no ritmo da cidade interiorana que lhe serve de plano de fundo e título: devagar e sempre; mas sendo pontuada por eventos que balançam a rotina: a chegada de Madame Durrel e sua morte uns três meses depois do início da trama; a morte da esposa do Professor Flores (Antonio Grassi); a descoberta de que o bêbado Querêncio (Taumaturgo Ferreira) é o herdeiro procurado por Durrel, entre outros acontecimentos que acabam por segurar seu público cativo nos sofás durante a exibição.

O elenco pode ser considerado de regular a bom. Taumaturgo Ferreira, Jacqueline Laurence, Antonio Grassi, Juliana Baroni, Liliana Castro, Heitor Martinez, apenas para citar alguns nomes. E uma menção honrosa à jovem atriz Letícia Medina; que vem sabendo conduzir bem a trajetória de sua personagem Diana:  começou disfarçada de menino de rua e sofreu uma virada ao se apaixonar, ser acolhida por Arminda (Bianca Rinaldi) e se adaptar a uma nova vida. Ainda no campo do elenco, tive uma surpresa ao ver Scheilla Melo em uma cena da boate que é um dos cenários principais da novela. Ainda não dá para tecer comentários sobre a atuação da moça visto que foi uma passagem muito pequena, mas vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos.

Naturalmente, há um ou outro problema. Um deles atende pelos nomes de Arminda e Joca (Caio Junqueira). O romance enrolado da executiva com o guia turístico da cidade e detetive formado por correspondência definitivamente não me segurou [e olhe que tentei!] mas anda repetitivo o ritual de encontros furtivos e ele sendo obrigado a se esconder em um dado momento.

Em outras palavras, Ribeirão do Tempo pode não ser uma novela perfeita; mas vale a pena conferir. Nos próximos meses, espera-se que ainda há muito o que se desenrolar no novelo.


Por Evana Ribeiro

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BBB: Até ruim é o melhor Reality do Brasil

Já se foram duas semanas do Big Brother Brasil 11 e, ao que parece, o programa ainda não emplacou. Entre todas as edições exibidas até aqui, esta sem dúvida é a que mais está demorando para chamar a atenção do público, levantando torcidas, rixas e toda a repercussão que apenas o Reality Show mas importante do país é capaz de produzir.

A bem da verdade é que não dá sequer para dizer que esta edição irá empolgar. O perfil dos participantes não indica em nenhum momento que teremos as confusões históricas que outras edições provocaram (como a célebre briga entre Elenita e Lia ou as muitas brigas entre Ana Carolina e Max). Ao contrário, o que se vê no atual BBB é muito mais parecido com uma colônia de férias do que um Reality Show valendo mais de um milhão de reais.

É frustrante assistir ao programa nessas condições. E pensar que, pouco menos de um ano atrás, o Brasil todo discutia temas como homofobia, educação, palavreado vulgar, má escolha do povo brasileiro, tudo graças a um programa de entretenimento. Basta lembrar que houve até a formação de uma "facção" na internet que levou Marcelo Dourado a vencer a competição. Em 2011 sequer é possível escolher para quem torcer em meio a tantas pessoas tão apagadas.

Ainda assim é preciso fazer uma importante ressalva. Mesmo diante da que parece ser a mais fraca edição do Big Brother Brasil, a qualidade técnica, a criatividade da produção e, principalmente, a ótima edição que consegue criar histórias interessantes, faz deste o melhor Reality da TV brasileira, sem nenhuma chance de comparação com os outros que são exibidos. O que mostra a superioridade da Rede Globo no quesito produção de programas. O jeito é espiar até que se torne interessante novamente.

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