sábado, 10 de abril de 2010

Gugu está em situação delicada na Record


Quem diria, após tanta pompa em sua chegada, poucos meses depois é delicada a situação de Gugu Liberato na Rede Record. Com audiência pífia, o Programa do Gugu passa por uma crise sem precedentes e a emissora da Barra Funda já pensa em tomar providências drásticas se o programa não emplacar até o mês de Junho.

Engana-se quem pensa que o programa pode ter apenas mais um diretor, como este blog já publicou, atualmente a imprensa fala muito no nome de Vildomar Batista para assumir a atração, é possível que Gugu tenha seu horário modificado se ele não apresentar reação nos próximos domingos, e o pior é que nem a cúpula da Record acredita nesta reação.

Não é solução vencer o Programa Sílvio Santos. Não vem sendo fácil e na esmagadora maioria dos domingos de 2010 Sílvio Santos venceu o ex-pupilo com tremenda facilidade, mas mesmo que Gugu reaja e passe a vencer Sílvio com diferença de 0,5 1 ou 2 pontos, isso não fará diferença para a Record.

Isso porque, segundo pessoas de dentro da emissora, o apresentador não foi contratado para passar sufoco e nem para ser vice-líder apertado. O próprio apresentador disse em sua chegada que seu programa disputaria com o Fantástico a liderança de audiência, o que hoje, parece não apenas um sonho distante, mas um sonho improvável e até impossível.

Ainda há estudos sobre o motivo da rejeição de Gugu e um dos fatores pode ser o horário, já que o público ainda estranha o fato do apresentador aparecer no ar tão tarde, uma vez que no SBT se acostumaram com ele sempre a tarde. Porém, por enquanto não há movimentação para alguma mudança, a cúpula da Record aguarda resultados, que não dão a entender que chegarão.


sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sem alarde, Separação faz público rir e consegue cativar

Separação foi sem dúvida a melhor estréia entre as três novas séries da nova grade da Rede Globo em 2010. Certamente durante a divulgação, a série foi a menos badalada e a que menos teve espaço na mídia, mas foi incomparavelmente superior a A Vida Alheia e SOS Emergência.

Os Normais é uma boa lembrança ao se pensar em Separação. Os traços do estilo de Fernanda Young, roteirista de ambas, estão todos lá. As frases curtas, despojadas de qualquer pudor, as situações estranhas, bizarras e, ao mesmo tempo comuns, e os diálogos rápidos, ágeis e cheios de violência e furor. Evidentemente contados de um jeito diferente e com um outro tom, que muda completamente o ângulo de abordagem.

O principal diferencial da série foi o narrador. Um sujeito que antecipa as situações, sempre em off, e ainda tem a coragem de zombar descaradamente dos dois protagonistas, tornando tudo ainda mais estranho e, pra variar, hilário. O narrador é exatamente o responsável por dar o tom das situações e que prepara o telespectador para as situações que virão a seguir, uma idéia muito interessante.

Débora Bloch esteve impecável nesta estréia. Soube compor sua personagem para não se aproximar demais de Vani, personagem de Fernanda Torres em Os Normais e ainda criou trejeitos com os olhares e com as viradas de cabeças que por si só já são engraçados sem parecer forçados. Vladimir Brichta, que normalmente compromete todas as cenas em que aparece, desta vez não foi mal. Não esteve sequer próximo da sua companheira, mas não chegou a atrapalhar as cenas, o que já é um começo.

Enfim, numa semana tão aguardada por todos os telespectadores em que a frustração tomou conta após a exibição de A Vida Alheia e um episódio estranho e caricata, e também com SOS Emergência e suas situações sem graça, Separação veio de forma simples, sem alarde e mostrou a todos que uma série de humor não precisa ter tiradas geniais, não precisa ter frases brilhantes, precisa apenas fazer o público rir. E a gente riu muito.


Lamentável: Som e Fúria não terá segunda temporada


A produtora O2 Filmes, anunciou publicamente que a série Som e Fúria não terá uma segunda temporada, ao menos não na Rede Globo. A decisão partiu da própria emissora que não considerou viável produzir uma segunda temporada de uma série que não emplacou no Ibope, apesar de ter sido a mais elogiada pela crítica ao longo de todo 2009.

Som e Fúria, com roteiro e direção geral do premiado cineasta brasileiro Fernando Meireles, foi inspirada numa série canadense e contava a história do grupo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, mostrando ensaios, produção e também as vidas particulares das pessoas envolvidas nesse mundo tão complexo e que é conhecido por muitas poucas pessoas. Trazia como protagonista Felipe Camargo que encarnou divinamente bem o papel de Dante, ator frustrado que teve um trauma quando atuava e que dirige um grupo pequeno de teatro até se deparar com o papel de assumir a direção do grupo do Teatro Municipal.

A série foi muito elogiada pela crítica por mostrar um ritmo completamente diferente do que a TV brasileira está acostumada. Drama, humor, romance, tudo estava envolvido na produção de Som e Fúria que apresentava situações dramática bem teatrais, mas que se encaixavam com perfeição na tela da televisão. Nomes de peso no elenco como Pedro Paulo Rangel, Andréa Beltrão e Dan Stulback.

A Rede Globo ao cancelar esta série - uma das melhores já produzidas no país e completamente diferente de tudo que a emissora vem produzindo nos últimos anos - comete um erro crasso, exatamente o mesmo erro que as menores emissoras cometem. Definir sua programação, baseando-se exclusivamente no Ibope. É evidente que por ser muito mais clássica, Som e Fúria não teria um grande retorno na audiência, mas os prêmios e a crítica valeriam a pena o investimento em uma segunda temporada.

Segundo pessoas ligadas a produtora, ainda há quem queira produzir, não agora, a segunda temporada da série de forma independente, ou seja, sem o apoio da Globo. Como fazer isso é que não se sabe, já que boa parte do elenco é contratado da emissora. O jeito é suspirar fundo e lamentar o fim precoce da melhor produção de 2009.


A Vida Alheia: uma sucessão de equívocos

Ares de super produção, grandes nomes no elenco e aposta no formato que vem fazendo sucesso nos EUA, a dramédia. Tudo para dar certo e mesmo assim a estréia de A Vida Alheia, exibido nesta quinta-feira, 08, foi deprimente, graças a uma sucessão de erros que certamente é culpa de todos os envolvidos.

A série é uma aposta da Rede Globo e mostra o dia a dia da redação de uma revista de fofocas e seus meandros para conseguir escândalos com os famosos e transformá-los em notícias que interessem ao grande público. Escrita por Miguel Falabella, o episódio piloto foi responsável por uma série de equívocos.

A começar pelo próprio roteiro, Miguel Falabella parece não conseguir mais acertar a mão. Mesmo em 2009, na última temporada de Toma lá, dá cá, o autor já vinha se perdendo. As idéias de roteiro para cada episódio eram muito boas, mas o desenvolvimento da história era muito superficial. A Vida Alheia apresentou o mesmo problema, uma história que parece interessante e que poderia se tornar um marco de produções no país, mas o erro na condução dos acontecimentos atrapalhou bastante a história. Mal desenvolvido, o roteiro não foi apenas superficial, como não teve nenhum gancho interessante e nada que prendesse a atenção do público, além de diálogos que, em alguns momentos, davam vergonha alheia.

Outro ponto baixo desta estréia foi o figurino. Na tentativa de inspirar o glamour do mundo das celebridades, a direção de figurino cometeu diversos equívocos ao escolher as roupas para cada personagem. Roupas irreais e que em nada se aproximam da realidade das celebridades e muito menos dos empresários brasileiros, o que se viu foram roupas e maquiagens exagerados que funcionariam apenas numa série de humor pastelão.

Mas ainda assim, o maior equívoco se deu nas personagens. Ninguém entre todo o elenco foi capaz de cativar o público. Algumas personagens podem vir a tornar-se interessantes, como é o caso de Alberta Peçanha (Cláudia Gimenez) que tinha tudo para engrenar, mas não funcionou devido a péssima composição da atriz. Gimenez pecou ao pensar que sua personagem, por ser uma mulher implacável, devia ser apenas ranzinza. Claramente inspirada em Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada, a atriz não conseguiu colocar nenhuma das emoções que Meryl impôs a sua personagem no filme, tornando Alberta vazia e sem graça.

Marília Pêra foi outro equívoco do episódio. Dona da revista, a personagem Catarina Faissol é mais política, tenta sempre ficar bem entre as celebridades, mas não é menos implacável que sua editora. Porém, Marília cometeu o erro de criar uma personagem que, para ser política, está sempre sorrindo. Em todas as situações, em todas as falas, a personagem aparecia sorrindo, como se tivesse visto o passarinho verde.

Mesmo tendo duas feras da arte de interpretar no elenco, o destaque positivo ficou por conta de Danielle Winitz. Interpretando uma jornalista que quer subir dentro da revista a todo custo, ela foi muito bem, soube compor a personagem sem parecer exagerada e fugindo dos clichês, apesar de seu texto ser entre todos, o mais fraco.

Ainda assim, há esperança para A Vida Alheia porque a principal aposta da série é boa. Mostrar o mundo dos paparazzi, a produção mostra - evidentemente de forma escrachada - jornalistas que fazem tudo para conseguir um furo, com ou sem ética, isso é um mero detalhe. E, seguindo essa toada, e acertando os equívocos - que foram muitos - do episódio de estréia, a série pode melhorar.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ratinho, Guilherme de Pádua e a intolerância

Desde que a produção do Programa do Ratinho divulgou que entrevistaria com exclusividade o ex-ator Guilherme de Pádua começou uma série de protestos sem fim pela internet, orquestrada principalmente pela trupe dos famosos da Rede Globo que frequentam o twitter e adoram tecer comentários sobre todos os outros programas, que não os seus.

Para quem não se lembra, Guilherme de Pádua foi condenado na década de 90 pelo assassinato da atriz Daniela Perez, filha da autora Glória Perez. O crime na época chocou o país devido aos requintes de crueldade como ele e sua esposa deram cabo com a vida da jovem e promissora atriz.

Atualmente, Pádua já cumpriu sua pena, vive em liberdade, reconstituiu sua família, casando-se novamente e vive em Belo Horizonte. O convite do Programa do Ratinho certamente foi aceito por ele após uma série de negociações que devem incluir não ser achincalhado em público.

A Campanha contra o apresentador Ratinho incluem diversos protestos que se justifica sob a alegação de "não dar voz a um assassino", como colocou Glória Perez em seu twitter, sendo apoiada por diversas celebridades. O que estas celebridades não explicaram é porque não houve tamanhos protestos quando a Rede Globo - que a maioria é funcionária - exibiu uma extensa reportagem e entrevista com Suzane von Richthofen, no Fantástico. O crime de Guilherme de Pádua é, de alguma forma, mais grave que o de Suzane por ele ter matado uma famosa?

Discutir se uma entrevista agora, anos depois do ocorrido, é importante ou não, é super válida. Mas é impossível determinar a importância da entrevista antes que ela tenha ido ao ar. Há prismas interessantes que podem ser abordados numa entrevista com uma pessoa como Guilherme de Pádua que, publicamente arrependido, tenta reconstruir sua vida diante duma sociedade que não perdoa.

O ponto da discussão não é se o que ele fez é certo ou errado. Todos sabemos que foi um crime grave, porém, ele já cumpriu sua pena diante da justiça e tem o mesmo direito que qualquer pessoa de fazer seja o que for. Pode ser duro de ouvir isso, mas é a verdade, Guilherme de Pádua não é um fugitivo da polícia, não representa perigo para a sociedade e, portanto, não há mal algum, jornalisticamente falando, em ouvi-lo.

O que temos visto nas Redes de Relacionamento é um protesto infundado e um pré-julgamento de como será a entrevista, como fez o autor Walcyr Carrasco, já decidindo que a entrevista será sensacionalista, antes mesmo dela ir ao ar. A posição de Glória Perez de não querer ver o assunto a tona novamente é perfeitamente válida, mas não justifica tamanho burburinho que vem ocorrendo por algo tão corriqueiro entre jornalistas.

Na prática, essa onda de protestos e falácias dos famosos se dá porque o crime ocorreu com uma colega deles. Não é uma posição social ser contra entrevistas com criminosos, se fosse, a trupe já teria protestado em outras ocasiões. Ou seja, puro protecionismo de classe visando o próprio umbigo.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

É surpreendente a última semana de Cama de Gato

Ainda não vou falar de Cama de Gato como um todo, isso deixo para a noite de sexta-feira, após a exibição do último capítulo da novela. Hoje, acho importante falar da forma como as autoras Duca Rachid e Thelma Guedes decidiram desenvolver os acontecimentos da última semana.

Para quem acompanhou o folhetim desde o início certamente foi um susto - e está sendo - assistir esta última semana. Desde segunda-feira passada o ritmo frenético, as cenas ágeis, as falas rápidas e as constantes mudanças foram substituídas por situações corriqueiras, discursos ao invés de diálogos e cenas maiores. A adrenalina constante das personagens e também do telespectador foi substituída por lágrimas, sorrisos, risos, beijos e abraços.

Por conta de tantas mudanças, parte da audiência começou a reclamar. Não é raro ver em fóruns de discussão ou menos no twitter os fãs da novela reclamando do ritmo - que para ele se transformou em modorrento - que a trama tomou. Os fãs frustrados consideram que as autoras se perderam no ritmo e adiantou em uma semana o que era para ser o final da novela, a semana passada, da prisão da Verônica, que teve um ritmo absurdo de tão alucinante, mesmo para Cama de Gato.

Porém, é preciso calma ao se fazer essa análise. O folhetim não se tornou lento e muito menos a dupla de autoras se perdeu. Ao contrário, apenas quem tem controle absoluto da trama e das subtramas pode fazer o que estamos vendo na última semana da novela. É preciso coragem e ousadia para transformar um folhetim ágil que tem o mérito de revolucionar o estilo do horário em uma trama voltada para as emoções humanas, e mudar completamente o foco em apenas 5 capítulos.

Duca Rachid e Thelma Guedes transformaram Cama de Gato na novela das viradas. Foram tantas ao longo desses meses de exibição que, sequer é possível enumerar. Nesta semana de despedida, elas fizeram mais uma e a maior das mudanças. Tiveram a coragem de diminuir o ritmo e, ao invés de velocidade, apostaram nos diálogos, nas cenas cheias de emoções como amor, tristeza, dor, saudades. Ou seja, elas foram capazes de caminhar por onde quiseram com suas personagens e sem em um único momento perder a mão, sem tornar algo falso.

Não dá pra dizer que o desfecho da novela será brilhante, apenas na sexta-feira saberemos disso. Mas essa última semana faz de Cama de Gato uma novela que foi tantas em uma só. Foi a novela das viradas, a novela que brinca com os clichês, a novela das vilanias, a novela da inovação no horário e, agora, a novela do romance, dos sentimentos, da cor, porque, de escura, Cama de Gato se transformou numa novela colorida.


Mônica Iozzi cala a boca de críticos


Quando Marcelo Tas divulgou o resultado do concurso Oitavo Elemento do CQC, em 2009, mostrando Mônica Iozzi como a grande vencedora e a nova integrante do grupo, a mídia em sua maioria se mostrou contrária a decisão e alguns até apontaram amizades como responsáveis escolha. Este blog também não apoiou a decisão por não considerar Mônica a mais indicada.

Após um começo absolutamente tímido que sugeriu um equívoco em sua escolha, Mônica Iozzi finalmente parece ter se adaptado ao ritmo do programa e ao formato, e nesta terceira temporada - sua segunda - cresceu bastante sendo o grande destaque do humorístico em seu retorno para a grade da Band.

A escolha da direção do programa em colocar Mônica como a nova repórter a cobrir Brasília e, por conseqüência, entrevistar os senadores e deputados federais, foi uma ótima tacada e mostrou um lado interessante da moça. Ao contrário do que fazia em suas reportagens de 2009, quando nitidamente procurava se parecer o máximo possível com os outros integrantes, Mônica despiu o método utilizado pelos repórteres do CQC e criou um jeito próprio de realizar as entrevistas, pensou em seus trejeitos, seus olhares e sua postura, tornando-a única dentro do grupo.

Com essa postura, Mônica mostra-se, além de muito inteligente e com perspicácia para ter sempre uma tirada excepcional diante dos políticos, uma grande humorista e com tarimba para participar de um programa como o Custe o que Custar. Mais do que isso, ela cala a boca de muitos que não gostaram de sua escolha, inclusive a minha, e retribui a aposta que a direção do programa fez ao escolhê-la. As reportagens 2010 de Mônica Iozzi mostram, sem sombra de dúvida, que sua escolha foi completamente correta.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Pra que séries estrangeiras quando se tem Força Tarefa?

Estreou nesta terça-feira a segunda temporada da série Força Tarefa, da Rede Globo. Após um ano dinâmico, interessante, mas com a impressão de que sempre faltou alguma coisa em cada um dos episódios, a emissora divulgou que daria mais espaço para as cenas de ação, para as situações complexas e, principalmente, daria mais 05 minutos de exibição para a série.

Um acerto e tanto. A episódio de estréia da série mostra um texto mais caprichado, situações cheia de ações - não necessariamente com tiros desnecessários - e cenas fortes, como todo público deste segmento procura. Em determinados momentos do episódio não se tinha a impressão de estar assistindo a um programa da Globo. Expressões populares cheias de palavrões povoaram o episódio, afastando as falas do tal Padrão Globo, mas a aproximando e muito da realidade das personagens vivendo aquelas situações.

Desde a primeira temporada já se sabia que Força Tarefa era a melhor série policial brasileira já produzida, isso era indiscutível. Porém, o primeiro episódio da segunda temporada traz uma análise ainda mais surpreendente, ela começa a se aproximar do padrão americano de se produzir séries policiais - e olha que o padrão de lá é alto para este formato.

O que se viu neste episódio não foi apenas um texto impecável de Fernando Bonassi e Marçal Aquino, mas também uma direção correta e caminhando para o trilho certo feita por José Alvarenga Júnior. O elenco de Força Tarefa melhorou bastante e, para variar, o destaque do episódio continua sendo Murilo Benício que, cada vez mais, assume com maestria o papel do policial durão e todo certinho. Tenente Wilson voltou ainda melhor.

É preciso calma e não se empolgar muito. Um episódio é pouco para definir o nível da 2ª temporada. Os números prévios apontaram para liderança de Força Tarefa com 17 pontos de média no arredondamento. Numa noite em que o SBT colocou um de seus maiores filmes, A Hora do Rush 3 e a Record manteve Bela a Feia até as 23h17 - quase 25 minutos disputando com a série - com um capítulo que muitos esperavam, a liderança representa muito, principalmente se lembrarmos que houve mudança de data, no ano passado, Força Tarefa ia ao ar na quinta e não na terça.

SBT e Record não têm produções suficientes para combater Força Tarefa todas as terças e, pelo nível do episódio, é certo que a audiência vai crescer, mesmo assim, a estréia ficou apenas 1 ponto abaixo da meta estabelecida pela Globo para o horário, nada mal para uma estréia tão disputada.

Muito mais importante que os números apresentados pela audiência, é saber que finalmente o Brasil foi capaz de produzir uma série policial interessante, sem ser fake e também sem exagerar. Nós merecemos, afinal.


Solução caseira para a apresentação de Revista Eletrônica no SBT

Já é dado como certo nos corredores do SBT que haverá uma revista eletrônica nas manhãs da emissora de Segunda a Sexta. A idéia é, como se sabe, um programa nos moldes do Hoje em Dia, da Rede Record, com um grupo de apresentadores que apresentem credibilidade e saibam fazer ao vivo um programa que misture jornalismo e entretenimento.

Ao que parece, a solução para este programa deverá ser caseira. Segundo pessoas ligadas ao SBT, Patrícia Salvador e Luiz Bacci já estão confirmados como dois dos apresentadores do tal programa, ele segurando, inclusive, a parte jornalística. Sílvio Santos, segundo fontes, gosta muito de Patrícia Salvador e acredita que é o momento certo de investir na jovem por acreditar que ela está pronta.

Porém, isso muita gente já sabe, o que não se sabe é que o nome que será a cara do programa, é uma surpresa, e uma surpresa caseira. Secretamente a direção da emissora vem estudando os moldes do novo programa e preparando a apresentadora que irá comandar as principais atrações, sendo uma espécie de nova Ana Hickman, só que do SBT.

A queridinha de Sílvio Santos e de toda a cúpula da emissora é a escolhida e, caso o programa saia do papel, irá comandar a Revista. Isabela Fiorentino já aceitou o convite e espera que dê tudo certo para que o programa entre no ar, pois ela acredita ser um novo desafio em sua carreira bem sucedida.


Isabela Fiorentino, além de apresentar a Revista Eletrônica continuaria participando das gravações do Esquadrão da Moda, que ela não abre mão por gostar bastante dos resultados. Ainda estão sendo estudados alguns nomes para assumir a direção, nomes da emissora e nome da concorrência.

O projeto é mantido em sigilo na cúpula da emissora e todos os diretores estão proibidos de tocar no assunto em qualquer instância, seja em entrevistas ou pela internet, a ordem é não abrir o jogo. A intenção é estrear o programa matutino em Maio com o horário ainda sendo estudado, mas provavelmente irá ao ar das 7 às 10 da manhã.


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Campanha: Eu quero Tempos Modernos de volta.


Definitivamente o que vai ao ar de segunda à sábado às 7 da noite na Rede Globo não é Tempos Modernos. Pelo menos não a novela que eu tanto defendi neste espaço. O que Bosco Brasil - pressionado ou não pela emissora em busca de audiência, pouco importa - fez com uma novela promissora é crime e deveria ser punido.

Tempos Modernos surgiu muito antes de estrear como um sopro de criatividade para as telenovelas de humor brasileiras que há anos caminhavam pelo mesmo marasmo e eternas situações de humor pastelão, entupidas de bordões repetidos a exaustão e que faziam o telespectador rir quase que mecanicamente.

A proposta da novela era interessante, o elenco montado foi muito bom e antes da estréia a expectativa era gigante. Após a estréia, após a primeira semana, após a segunda semana, a expectativa deu lugar a sensação de tiro no alvo. A trama teve em seus 30 primeiros capítulos uma história muito bem desenhada, poucas vezes vista na TV, inovação que todas as telenovelas necessitavam, humor ácido, citações clássicas, tiradas criativas, piadas inteligentes e rápidas. Enfim, todos os ingredientes para torná-la um divisor de águas para o humor brasileiro.

Mas o público rejeitou. Pois é, acontece. Como o telespectador não aceitou boa parte das tramas, não conseguia acompanhar as piadas, não entendia as referências a Literatura e Cinema clássico, surgiu a decisão de mudar para elevar os malditos índices de audiência, como se isso fosse tudo.

E então Bosco Brasil perdeu a mão. Transformou a mais inovadora novela dos últimos 15 anos - levando em consideração o formato para as 6 ou 7 da tarde - em uma trama água com açúcar, cheia de clichês, de personagens vazios, de piadas prontas e de bordões ridículos. Não é que a novela tenha ficado ruim ou pior que outras já exibidas, não.

Ela ficou igual. Assistir Tempos Modernos é como assistir mais uma novela da TV brasileira. Não é o folhetim que vinha para inovar o horário, para mostrar a possibilidade de ousar, de mudar e de se produzir produtos de qualidade incontestável. Os números de audiência venceram a inovação.

Uma pena, é bem provável que o Ibope da novela reaja, pois agora ela tem todos os ingredientes que o grande público gosta, mas certamente, isso será responsável pelo engessamento dos autores brasileiros por mais uma porção de anos. Faltou coragem a Bosco Brasil, a coragem que sobrou, por exemplo, a João Emanuel Carneiro que inovou do início ao fim em A Favorita, a coragem que vem sobrando a Duca Rachid e Telma Guedes com uma novela completamente diferente no horário das 6 com Cama de Gato. Bosco Brasil olhou para a tela e entre qualidade e audiência, preferiu a audiência. Pena.

Este texto estará disponível a partir de terça-feira, no site Famosidades, odo Grupo MSN Entretenimentos.


Esfriam negociações entre SBT e Tom Cavalcante

Esfriou a possibilidade do SBT contratar o humorista Tom Cavalcante. Nos últimos dias o humorista tem dito a amigos e pessoas ligadas a ele que não está muito empolgado com os termos contratuais que a emissora do Anhanguera ofereceu a ele durante as negociações que aconteceram pouco antes da Páscoa.

De acordo com pessoas próximas a Tom, ele teria perdido a empolgação de mudar emissora ao saber que não há garantias de que seu programa iria para o ar aos domingos a tarde. Fontes de dentro do SBT falaram com exclusividade ao TVxTV e explicaram que a decisão de não aceitar colocar cláusula contratual garantindo data de exibição do programa partiu do próprio Sílvio Santos que não pensa em repetir o mesmo estilo de contratos que fez com Eliana e Roberto Justus.

Mesmo assim, a direção da casa garantiu pessoalmente a Tom Cavalcante que seu programa iria ter um horário muito melhor do que seu atual na Rede Record que começa as 11 da noite. Rumores davam conta que existia a possibilidade do humorista assumir as tarde de sábado da emissora com um talk show de humor um pouco diferente do apresentado na Record.

Esse formato não atraiu o humorista e outro ponto fundamental para esfriar as negociações se deu pelo fato de que o SBT insiste em não contratar toda a produção do Show do Tom. A emissora entende ter humoristas capazes de trabalhar num programa semelhante e que, portanto, não é necessário se gastar tanto com contratações. Tom faz questão de trabalhar com o mesmo grupo que trabalha atualmente e isso tem sido um grande impedimento para se fechar o acordo.

Como a Rede Record também o chamou para um conversa e liberou novamente a exibição do quadro Bofe de Elite, desde que seja com um texto mais leve e menos ofensivo, o humorista parece novamente empolgado com essa possibilidade. E também tem o fato de que muita gente da emissora da Barra Funda que não põe a menor fé no novo programa Legendários e que logo Tom deve voltar a seu horário antigo, portanto, é mais lucro ele continuar onde está.

Não é que não exista mais a chance do negócio se concretizado, mas depende muito da boa vontade de Sílvio Santos para que aceite os termos pedidos por Tom Cavalcante. O que não parece muito próximo de acontecer.


domingo, 4 de abril de 2010

SOS Emergência tem boa premissa, mas falta humor

Estreou neste domingo na Rede Globo a série de humor SOS Emergência. Mais uma tentativa da emissora em recuperar a tradição em ter séries de humor ocupando a faixa de domingo logo após o Fantástico e que foi ocupada durante 07 anos pela excelente Sai de Baixo.

A princípio, o que se viu no 1º episódio foi um elenco de peso. Nomes como Ney Latorraca, Bruno Garcia, Marisa Orth e Fábio Lago ocuparam os espaços mostrando que estão a fim de realizar um bom trabalho com interpretações firmes e ousadas. A apresentação das personagens também foi muito bem conduzida e não deixou dúvida em ninguém nem houve qualquer espécie de conflito ou exagero, o que é bom.

A premissa de SOS Emergência é muito - muito boa. Mostrar de forma bem humorada, ágil e sem efeito pastelão de humor o dia a dia de equipe médica na condução de diversas situações comuns a um hospital é muito interessante. E as situações são realmente bem comuns, pelo menos as que foram abordadas neste episódio de estréia, como um parto e uma cirurgia de vista.

Mas nem tudo são flores para a série. O ponto baixo do episódio foi a falta de situações realmente engraçadas. Uma série cômica pode ser inteligente, pode ser ágil e, se conseguir unir isso tudo e fugir do humor pastelão é ainda melhor, mas ela precisa fundamentalmente fazer o telespectador rir. Se as situações não são muito engraçadas, isso é um problema grave e, na maior parte do tempo, as situações, apesar de muito interessantes, não provocaram o riso. A situação em si era bem bolada, mas os diálogos não eram engraçados, não eram suficientemente de humor para arrancar longas gargalhadas.

O excesso de agilidade foi outro ponto baixo. É elogiável quando uma produção se propõe a ser ágil mesmo sendo um sitcom, porém, ao exagerar, falta tempo para desenvolver melhor as situações. Essa falta de tempo não permite que o telespectador se envolva melhor com as situações e acabe não achando graça de seu desfecho. Isso pode ser prejudicial a trama. O tempo em que esteve no ar foi pouco maior de 30 minutos, com os dois intervalos, pode-se concluir que SOS Emergência é uma sitcom e, portanto, precisa distribuir melhor este tempo, ou diminuindo na quantidade de situações ou diminuindo na quantidade de cenas curtas.

De qualquer forma, para um episódio de estréia, SOS Emergência esteve bem. Mostrou boa premissa, personagens interessantes e, além disso, e mais importante, mostrou que pode ser uma série a ser vista com gosto durante muitos domingos.


Ana Hickman segue jogando sua carreira pela janela


Este domingo (e todos os domingos para quem presta atenção no assunto) foi uma prova do que este blog já disse anteriormente, o público não gosta de Ana Hickman. Quando a apresentadora está no ar diante das câmeras, a audiência de seu programa cai muito em questão de minutos e, basta entrar um quadro em que ela não aparece por longos minutos para os números de audiência reagirem. Isso é um fato consumado, gostem ou não.

E o que pior acontece para o Tudo é Possível é que a estratégia da Record de colocar o excelente Troca de Família como quadro do programa já não está mais funcionando. Neste domingo de Páscoa, a atração não deu nem de longe os mesmos resultados e durante a exibição ficou em 2º lugar de audiência vencendo o SBT nos décimos e empatando no arredondamento.

Além disso o programa fechou com audiência abaixo dos 7 pontos de média, muito baixo para um domingo e para uma emissora que é a 2ª colocada em audiência. Esses números deveriam ser vistos de forma fria por quem gosta de televisão e sem nenhuma espécie de fanatismo e agressividade pelos fãs da apresentadora. Ana Hickman sempre foi muito firme a frente do Hoje em Dia e já tinha um público cativo, ocorre que um programa dominical não é fácil e ela não tem maturidade, experiência e nem ginga para conduzir este tipo de programa de entretenimento.

Ao invés de comemorar vice-liderança no sufoco, isolada e sempre sem a presença de Ana, a Record devia rever a decisão de mantê-la a frente de um programa fraco, sem conteúdo e que não a ajuda em nada a crescer como profissional. E ela também deveria repensar sua decisão de continuar aos domingos porque está queimando sua carreira, jogando pela janela o que construiu nestes anos de televisão e se perdendo como apresentadora, além de não estar aprendendo nada como animadora.

O que se vê quando Ana Hickman está no ar, é uma sucessão de equívocos, frases mal colocadas, uma forma de falar tão erudita que chega a ser irritante, além da total falta de jogo de cintura para conduzir as atrações. Ana não sabe entrevistar, erra nas perguntas, não tem impostação vocal correta, enfim, nada ali funciona.

Até quando ela e a Record vão enganar? Ninguém sabe.


Entretenimento fácil ou de qualidade?

Essa é uma questão que, aparentemente, parece ser simples e óbvia. Afinal, quem iria preferir audiência fácil ao invés de audiência com qualidade? Que profissional em sã consciência consideraria apresentar a seu público um produto ruim, sensacionalista e sem qualidade, apenas em troca de audiência ao invés de um público qualificado, crescente e regular? A resposta não é óbvia.

A televisão brasileira é uma prova clara dos motivos que tornam esta pergunta uma reflexão complexa e quase filosófica. É preciso partir do princípio que o público brasileiro não é mais nem menos exigente que qualquer público. Isso é mera lenda. Como em qualquer lugar do mundo, quando se é apresentado algo de qualidade na TV, o telespectador adora, mas quando é apresentado algo imediatista e que atiça a curiosidade humana, mesmo que sem qualidade alguma, o telespectador também adora.

Partindo desta premissa a dúvida já começa a se estabelecer na cabeça de quem produz televisão. Afinal o que o público prefere? Um produto de qualidade, que consiga misturar entretenimento e cultura ou um programa vazio, sensacionalista e com pitadas de emoções humanas exacerbadas? E, a partir disso, a escolha do estilo de programa começa a se formar na mente dos produtores de TV.

Se é possível fazer um programa de qualidade, como Eliana, pelo SBT e O Melhor do Brasil, pela Record mostraram, então por que ainda somos obrigados a assistir programas horríveis como Domingo Legal e Tudo é Possível? Por que produtores, diretores e apresentadores optam deliberadamente por quadros sensacionalistas, apelativos e quase sempre com premissa sexual quando o público não rejeita bons programas?

A resposta é simples. Falta talento, falta criatividade e falta profissionalismo. Não existem profissionais do gabarito de Eliana com muita facilidade na TV, ela segura um programa muito bem e, por isso, consegue apresentar ótimos quadros sem torná-los enfadonhos. O mesmo ocorre com o excelente Rodrigo Faro que resgatou o papel do animador de TV e com louvor.

Profissionais como Celso Portiolli e Ana Hickman não conseguiriam estar a frente de um programa de qualidade, pois este não é o forte de ambos. Ele, precisa se apoiar no exagero, nas frases de duplo sentido, nas piadinhas insanas e nas situações bizarras para fazer sucesso. Ela não é animadora, não tem cacife para estar a frente de um programa dominical, mas é uma excelente profissional que tem condições de estar a frente de programas mais formais, como era o Hoje em Dia.

Os exemplos foram citados apenas para elucidar a reflexão, muitos outros poderiam ser utilizados, e a discussão não deve ser pautada entre os que gostam e os que odeiam esses programa citados. A discussão é mais profunda, a discussão deveria ser abrangente, sobre a importância do entretenimento para a população. Esses programas são claramente de entretenimento, mas é possível criar entretenimento de qualidade, sem apelação e sem deixar o nível baixo? E por que a insistência em abusar insistentemente para o apelo sexual? É possível criar entretenimento popular fugindo dos clichês e das piadinhas infames?

Muitos consideram que o domingo na televisão aberta é um martírio, normalmente essas pessoas se intitulam intelectuais, acima do senso comum e, portanto, preparadas para fazer uma análise mais interessante. Porém, o senso comum também não é o que dá audiências altas ao Melhor do Brasil? Não é o responsável por colocar o Programa Sílvio Santos como vice-líder de audiência? O público brasileiro não quer e evidentemente não precisa de programas culturais 24 horas por dia, mas ele gosta sim de entretenimento bom, divertido, simples e sem apelação, sem baixo nível.

A aposta por programas sensacionalistas é uma cartada - válida ou não, depende da visão - das emissoras nesta ferrenha briga pela audiência e todas fazem isso sem o menor peso na consciência, afinal, o público também gosta desse tipo de programação, então, exatamente para que se preocupar e passar horas pensando em bons programas, quando os maus dão exatamente a mesma audiência?


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