sábado, 4 de setembro de 2010

As 10 Melhores Mocinhas da Década

E chegou o sábado e, com ele, a tradicional Lista do Blog TVxTV com os melhores da década. Quero agradecer a repercussão que os leitores estão dando para a lista na internet - ela vem sendo postada em diversos locais, thanks. Hoje é o dia de mostrarmos as 10 melhores mocinhas da década que se encerra em 2010. Não é uma lista tão simples, já que as mocinhas normalmente sofrem alguma rejeição do público, mas vamos a ela:


10 - Jade (Giovana Antoneli)



Primeiro grande papel da atriz Giovana Antoneli após fazer sucesso na pele de Capitu na trama Laços de Família. Numa novela tão cheia de meandros como foi O Clone, a personagem Jade, dançarina e dona de um olhar sedutor e lindo, fez muito sucesso não apenas entre o público masculino, mas conquistou todas as fãs que torceram por ela.

9 - Clara Febberman (Bianca Castanho)



Única personagem de novelas do SBT nesta lista. Clara Febberman foi, sem dúvida, a personagem mais marcante da carreira de Bianca Castanho e fez o público se emocionar e torcer muito para que ela vencesse tantos complôs contra ela na ótima novela Canavial de Paixões (que aliás está sendo reprisada pela emissora atualmente). 

8 - Preta (Taís Araújo)



Primeira mocinha negra da história da Rede Globo, a personagem Preta vivida obviamente por Taís Araújo conquistou o público na primeira novela de João Emanuel Carneiro, Da Cor do Pecado. A personagem foi muito querida e fez sucesso logo de cara. Todos torciam por ela, principalmente por traços importantes de sua personalidade como a ânsia por justiça.

7 - Aurélia Camargo (Christine Fernandes)



Contar a história de Aurélia Camargo, uma das grandes divas da Literatura Brasileira (Senhora, de José de Alencar) mostrou coragem da parte do autor Marcílio Moraes. E Christine Fernandes abraçou a personagem na novela Essas Mulheres e compôs divinamente uma personagem marcante. A Aurélia da novela não foi tão forte como a da Literatura, mas para as telenovelas foi divina. 

6 - Lulu de Luxemburgo (Fernanda Montenegro)



Conseguir atrair a atenção do público numa novela de humor não é tarefa fácil. Mais difícil ainda quando a novela sofre rejeição das Classes D e E do público que não entendiam o humor refinado de As Filhas da Mãe. Ainda assim, Lulu de Luxemburgo é lembrada pela qualidade, força e grandeza de sua personalidade, numa atuação a altura de Fernanda Montenegro.

5 - Bete Gouveia (Fernanda Montenegro)



A novela está no ar e ainda podemos nos arrepender - o que é improvável devido a qualidade da trama - mas a bem da verdade é que Bete Gouveia é de uma grandeza impressionante. A personagem mais marcante de Passione. Tudo gira em torno de Bete que lida com todos os problemas com uma tranquilidade e astúcia ímpares. Fernanda Montenegro em mais um momento muito feliz de sua carreira com uma personagem deliciosa presenteada a ela por Sílvio de Abreu.

4 - Donatela (Cláudia Raia)



A personagem responsável pelo amor do público. São poucas as novelas em que o telespectador logo de cara torce pela mocinha. Muitas vezes alguma outra personagem ganha destaque ou até mesmo os vilões são adorados. Em A Favorita não foi assim. Apesar de Flora ter um grande destaque e se tornar a maior vilã da história, Donatela sempre foi amada, querida e o público sempre torceu e acompanhou emocionado sua via sacra. A personagem foi uma das poucas mocinhas na década que caiu no gosto popular desde o início.

3 - Fernanda Lira (Paloma Duarte)



Uma personagem complicada e que não tinha traços de mocinha. Foi amante de um poderoso deputado e, com isso, conseguiu alavancar sua carreira de atriz. Depois, foi amante de um importante empresário e o fez abandonar a família. Acabou descobrindo que era, agora, mulher do maior mafioso do país. Foi amante de outro mafioso e viveu com ele um grande amor. Nada de mocinha típica e cheia de bondade no coração. Fernanda Lira era irresponsável, cega e absolutamente movida pela paixão e isso encantou o telespectador de Poder Paralelo.

2 - Júlia Assumpção (Glória Pires)


A mocinha mais complexa da história recente da TV. Júlia Assumpção não tinha nada para ser mocinha. Era sem graça, mal arrumada, simples e não tinha boca para nada. Era maltratada por todos e tinha uma história sem graça. Aos poucos, a personagem sofreu muito e foi ganhando força em sua personalidade e enfrentando os problemas e os vilões (inclusive a poderosa Bia Falcão) na novela Belíssima. Glória Pires numa atuação impecável compôs a personagem mais difícil de sua carreira e deu um banho de interpretação.

1 - Rose (Camila Pitanga)



Disparada a melhor mocinha da década. Única mocinha com personalidade forte e que nunca se deixava abater. Rose mostrou na novela Cama de Gato que é possível ser uma mocinha tradicional, cheia de bondade e mantendo os valores tradicionais, sem que com isso seja obrigatório cair na chatice e nos clichês. A personagem era forte, vivia o amor como deveria e enfrentava tudo e todos que se colocassem no caminho daquilo que ela acreditava. Enfrentou a vilã, enfrentou ex-marido, enfrentou até o grande amor da vida dela mantendo a fé naquilo que acreditava. Um show de personagem.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Hipertensão é um show de horrores

Passei horas tentando descobrir o que leva uma emissora como a Rede Globo - líder de audiência e faturamento no país há década e sem receber nenhuma ameaça, além de ser a 4ª maior estrutura televisiva do Planeta - a produzir e levar ao ar um programa como Hipertensão.

Nos primeiros minutos no ar já deu para perceber do que se tratava. Uma cópia mal feita e apelativa do ótimo No Limite com o péssimo Jogo Duro. Aliás, é bem próximo mesmo do último, provavelmente com outro nome para não constranger o ex-apresentador Paulo Vilhena que teve um desempenho pífio naquela ocasião.

Não há muito o que se dizer de um programa cujo principal objetivo é chocar o telespectador através dos piores artifícios que podem haver. O choque, quando baseado em um roteiro bem elaborado e que gire em torno de conflitos interessantes, como é o caso de No Limite, é um atrativo a mais que chama a atenção de todo o tipo de público. Porém, o choque vulgar, que explora a exaustão os 05 sentidos dos participantes e do telespectador, sem causa, sem rumo e apenas para atrair audiência - desqualificada, diga-se - é atitude de emissoras que não se orgulham de ser um exemplo mundial pelo padrão de qualidade.

A Rede Globo errou ao produzir o Jogo Duro e passou atestado ao produzir Hipertensão. Uma emissora que preza pela qualidade, sempre foi atenta aos detalhes, por menores que sejam, levar ao ar um produto que lembra muito mais o jeito Rede TV de fazer televisão, é lamentável.

Mais lamentável ainda é imaginar que a emissora encurtou a ótima A Vida Alheia para colocar esse show de horrores para competir com A Fazenda. Um equívoco dos grandes e que, se o Reality da Record for minimimanete atraente - coisa que a segunda edição, infelizmente não foi - custará caro, pois o caminho da liderança está aberto.

O único ponto positivo desta abominação chamada Hipertensão é a forma solta, eficaz e atraente que Glenda Kozlowski conduziu o programa mostrando ser uma apresentadora madura o suficiente para saber lidar com situações bizarras. Infelizmente, estar a frente de um programa deste porte, pode manchar a carreira desta ótima profissional.

Em tempo, a estreia de Hipertensão registrou média de 15 pontos para a Globo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Cura - 1X04

E pensar que já se foi metade da excelente primeira temporada - e infelizmente provavelmente a única - de A Cura. O episódio que dividiu exatamente a metade da série mostrou-se o menos maduro, porém, o mais rico em acontecimentos, aventuras e principalmente em conflitos dramatúrgicos que um bom produto televisivo necessita para atrair a audiência.

Após 04 semanas em que o público se viu envolto a um roteiro complexo e, aparentemente sem fios condutores para uma história única, o que começa a ganhar vida é um quebra cabeças muito bem estruturado e que faz total sentido, mais do que simplesmente fazer sentido, é auto-explicativo. Personagens soltos, histórias paralelas que não pareciam ter nenhuma ligação e passado e presente finalmente se encontrando, foram estes os principais focos do episódio de número 04.

Após Dimas (Selton Melo) se descobrir realmente um curandeiro e retornar a Diamantina, o que parecia por si só um evidente sinal de que ele estava disposto a cumprir seu destino, mostrou-se na verdade, mais um momento de profunda confusão e indecisão neste intrínseco roteiro que é sua vida. O médico optou por ouvir os conselhos de Turíbio (Ary Fontoura) e seguir apenas sua profissão de médico. Porém, o destino parece conspirar contra isto e em favor das curas espirituais, pois novamente ele curou uma pessoa praticamente contra sua vontade. A cena em que ele cura a moça acidentada (sem saber que ela tinha leucemia) foi uma das mais bem estruturadas do ano na TV brasileira, apenas pelo olhar de Selton Melo que realmente deu a Dimas um ar de 'possuído' naquele momento, mostrando ser mesmo o maior ator brasileiro de sua geração.

Por outro lado, se torna cada vez mais claro que todos os personagens mais antigos e que vivem em Diamantina guardam segredos terríveis. Todos eles escondem a sete chaves o destino de Oto (Juca de Oliveira) e tudo de podre que houve por trás desta história. O diálogo entre Turíbio e Margarida (Nívea Maria) durante o enterro de Edelweiss (Inês Peixoto) foi interessante, mas causou mais perguntas do que respostas.

Enquanto isso, o passado começa a se ligar ao presente. Silvério (Carmo Dalla Vechia) descobriu o curandeiro mirim e, aparentemente, irá tentar ser curado da maldição indígena. Vale lembrar que em 1768 - tempo em que vive Silvério - o menino realizava curas espirituais usando instrumentos médicos que foram utilizados no presente por Oto e, atualmente, pertencem a Dimas. Já no presente, o senhor que estava na CTI no momento em que Edelweiss foi assassinada conseguiu contar a Dimas e Rosângela (Andréia Horta) que alguém esteve presente no local, e desenhou um chapéu - chapéu este utilizado por Silvério.

Como se vê, o excelente 4º episódio de A Cura trouxe ligações, elos e muitas dúvidas para o telespectador. Mostrou dois fatores muito importantes: Dois objetos tornaram-se fundamentais em busca pelas respostas, o chapéu e os instrumentos cirúrgicos. O outro fator é ligado a estes instrumentos. Seria de fato Dimas a reencarnação de Oto que por sua vez, já seria a reencarnação do pequeno curandeiro de 1768 ou o poder de cura está relacionado apenas aos objetos?

Além de nos brindar com outro episódio acima da média, João Emanuel Carneiro ainda se permitiu encerrar a metade da temporada com o gancho mais espetacular de 2010 colocando Dimas frente a frente com sua mãe num questionamento que todos fizemos: "Qual a relação de Oto com ela? Seria Oto pai de Dimas?" 

Entrevista: Reinaldo Gottino

Ele é paulista. Com 33 anos de idade, nascido numa coincidência de números sete: 07/07/77, já conta com 12 de profissão no jornalismo e tem sido a sensação da TV Brasileira no meio do telejornalismo. Bem humorado, realizado profissionalmente e com a vida pessoal bem resolvida, casado e pai de um casal, Reinaldo Gottino é o entrevistado do TVxTV.

A Entrevista que foi feita em clima de completa harmonia e cordialidade será dividida em duas partes e postada na íntegra, conforme resposta por email de Gottino. Confira:


TVxTV: Primeiramente queremos agradecer pela entrevista e manifestar nossa admiração por seu trabalho.
Gotino: Obrigado.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eliana completa um ano de SBT como melhor opção para os Domingos

O domingo na TV aberta brasileira sempre foi o dia mais rico em opções para a família. Esta frase foi utilizada durante anos a fio como um mantra por praticamente todos os envolvidos em produções nas emissoras de televisão do país. Não era uma mentira completa nem uma verdade absoluta, porém, na atual década, houve queda significativa de qualidade nas produções dos programas de entretenimento e, em conseqüência, dos programas de auditório que vão ao ar nos domingos.

Na guerra pela audiência, boa parte dos tradicionais programas e apresentadores se perderam pelo caminho e saltaram o muro entre o entretenimento, a diversão com qualidade e leve para o sensacionalismo, o assistencialismo desumano e covarde. Uma pena, pois o Brasil não merecia isto em sua televisão em pleno século XXI.

Mas, reclamações à parte, no último ano, um raio de esperança iluminou a televisão brasileira. Após o troca-troca mais sensacional entre apresentadores de emissoras abertas no Brasil, Eliana voltou a sua antiga casa e estreou aos domingos. Ela própria afirmou considerar uma bênção seu retorno para a Rede que a descobriu e, mais do que isso, uma honra estar nos domingos do SBT, tradicional por excelentes programas para a família.

E Eliana comprou a idéia. Formou uma parceria interessante com a brilhante diretora Leonor Corrêa e os resultados já foram vistos logo no início. O programa tornou-se muito mais que um mero produto de variedades ou um programa de auditório no formato com que todos os telespectadores se acostumaram ao longo da história.

Eliana mostrou ser possível inovar o formato e manter o frescor e a qualidade. Em um ano de programa a apresentadora já enfrentou altos e baixos de audiência, liderou em todos os confrontos possíveis e também amargou momentos de 4º lugar na audiência. Mas a produção mostrou maturidade, mesmo com tão pouco tempo no ar, e não se empolgou com os resultados bons nem se atrapalhou nos momentos ruins. Mantendo o foco desde a estreia todos ali enfrentaram as dificuldades e com calma, trabalho e, acima de tudo, criatividade, foram cavando seu espaço.

Hoje, com um ano de SBT, Eliana se consolida na briga dominical com vitórias e derrotas sobre a principal concorrente, Rede Record, mas mostra ter um público mais fiel que a de qualquer concorrente - inclusive Fausto Silva da Rede Globo. Mais do que simplesmente resultados satisfatório e que mostram crescimento, Eliana mostra para todos que é possível fazer televisão de qualidade numa época em que todos querem produzir o mais fácil, o que dá resultados mais rápidos. O programa, sem dúvida, tornou-se fácil a melhor opção de entretenimento para os domingos.

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