sexta-feira, 15 de julho de 2011

Comparativo de Audiência: 19 Horas - Média Parcial

Média-parcial diária das novelas das 19 Horas até o capítulo 100


Morde e Assopra: 28,12
Tititi: 28,76
Tempos Modernos: 23,01
Caras e Bocas: 29,64
Três Irmãs: 25,26
Beleza Pura: 28,10
Sete Pecados: 30,22
Pé na Jaca: 29,76
Cobras e Lagartos: 35,74
Bang Bang: 27,83
A Lua me Disse: 32,03
Começar de Novo: 33,73
Da Cor do Pecado: 41,37
Kubanakan: 36,87
O Beijo do Vampiro: 28,32
Desejos de Mulher: 31,28
As Filhas da Mãe: 28,43

Final de Ídolos é deprimente

A Rede Record levou ao ar na noite desta quinta-feira a grande final de um de seus principais Realities Shows, Ídolos. A 4ª edição do programa na emissora - houve outras duas anteriormente produzidos pelo SBT - foi como um todo um grande equívoco. Desde a estreia neste ano já ficava claro os problemas da produção e que não haveria nenhuma possibilidade de sucesso.

Numa temporada em que perdeu constantemente para A Praça é Nossa e não se cansou de figurar em terceiro lugar de audiência, ficando em alguns momentos na quarta posição, Ídolos mostrou toda sua fragilidade como produção que não chamou a atenção do telespectador e, em nenhum momento ao longo de toda a temporada, conseguiu empolgar quem quer que fosse.

E todos os problemas exibidos ao longo do ano foram levados ao ar maximizados nesta quinta-feira. A Record cometeu uma série de equívocos que tornaram esta a pior final da história da produção. Os pífios 09 pontos de média, a pior entre todas as temporadas na emissora, foram reflexo da falta de planejamento e também do momento da emissora que enfrenta uma crise de audiência sem precedentes.

Uma final recheada de nomes da música brasileira, porém, que foi ao ar até uma da manhã em plena quinta-feira não tinha condição nenhuma de segurar a audiência. E o horário não foi todo o problema. Uma final morna, mal produzida e que não conseguiu empolgar. Com tantos equívocos, era impossível esperar algo demais. Tanto foi ruim, que o anúncio do vencedor da temporada foi anunciado no último momento, o pobre moço começou a cantar e já subiram os créditos anunciando o fim da temporada. Uma palavra define a temporada de Ídolos: fiasco.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Comparativo de Audiência: 18 Horas - Média Parcial

Média-parcial diária das novelas das 18 Horas até o capítulo 80


Cordel Encantado: 25,28
Araguaia: 21,70
Escrito nas Estrelas: 26,11
Cama de Gato: 23,78
Paraíso: 23,56
Negócio da China: 20,85
Ciranda de Pedra: 22,09
Desejo Proibido: 21,31
Eterna Magia: 26,52
O Profeta: 31,36
Sinhá Moça: 31,91
Alma Gêmea: 36,50
Como uma Onda: 24,94
Cabocla: 33,33
Chocolate com Pimenta: 34,65
Agora é que são elas: 26,61
Sabor da Paixão: 24,43
Coração de Estudante: 27,93
A Padroeira: 25,69

Pressa atrapalha estreia de O Astro

Estreou na noite da última terça-feira a produção que comemora os 60 anos da telenovela brasileira. Inspirada na obra de Janete Clair, considerado um dos maiores fenômenos da teledramaturgia nacional, O Astro chegou cercado de pompa, cheio de expectativas e, principalmente, trazendo uma nova aposta de formato para o horário, sempre complicado para a Rede Globo.

A ideia de se colocar uma produção no formato mais vencedor do país - a telenovela - para combater o principal produto da emissora rival, A Fazenda estreia pela Rede Record na próxima terça, foi uma ideia acertada por parte da Globo, principalmente ao realizar uma estratégia de divulgação tão vitoriosa como foi a que vimos, gerando no público um grau de expectativa poucas vezes visto.

Independente de tudo isso, o primeiro capítulo de O Astro teve um saldo positivo, com boas atuações, roteiro interessante e encaminhamento interessante para chamar a atenção do público, porém, os autores se equivocaram ao optar pelo ritmo da estreia e isso ficou bem claro em todos os momentos. Como a produção se aproxima muito mais de uma macrossérie do que propriamente de uma novela - apenas 60 capítulos - isso permite que não haja barriga e a história seja contada de forma mais rápida, mas velocidade e pressa são completamente distintos.

O que se viu no ar foi uma apresentação muito rápida de cada um dos personagens e que, em alguns momentos, acabou por comprometer a profundidade e densidade par que o telespectador pudesse se identificar com eles. Alguns destes personagens foram apresentados como se estivessem ali o tempo todo, como se fosse um vizinho, um amigo e isso é muito perigoso, pois pode fazer com que o público não se sinta envolvido e, portanto, não compre a história como verossímil.

O roteiro, mesmo apressado, foi seguro. Bons diálogos e seqüências muito bem planejadas foram levadas ao ar, isso ajuda na composição das personagens. Graças a um elenco de peso e que esteve quase sempre muito bem afinado, deu garantia de ótimas atuações neste primeiro capítulo. O destaque positivo do elenco na estreia coube a Carolina Ferraz que já conseguiu convencer, encantar e chamar para si toda a responsabilidade de mocinha deste projeto. 

O ponto baixo, contudo, foi a composição de Salomão Hayala. Daniel Filho voltou a atuar mostrando sua incrível competência, mas o texto, neste caso, não ajudou muito. O roteiro tentou a todo custo mostrar o personagem como arrogante, frio, capitalista e rude. Não conseguiu. Em todas as seqüências o que se viu foi um amontoados de falas feitas e completamente irreais - a cena em que Salomão chama a atenção de seus funcionários, na festa em sua casa, foi de um constrangimento sem tamanho. Óbvio que os autores tentam tornar o personagem odiado pelo país para garantir a mesma repercussão de sua morte, mas, se não pensarem melhor seu texto, não vão conseguir.

Mesmo com essas falhas que atrapalharam bastante a estreia, O Astro mostrou força, trouxe de volta uma história bem amarrada e permitiu que o público mais jovem conhecesse de perto uma construção narrativa daquela que é considerada a dama da teledramaturgia brasileira, Janete Clair. Mas, é preciso corrigir os equívocos se quiser garantir o mesmo sucesso da obra original.

Em tempo: O Astro estreou com média de 27 pontos, na prévia do Ibope.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Comparativo de Audiência: 21 Horas - Média Parcial

Média-parcial diária das novelas das 21 Horas até o capítulo 150


Insensato Coração: 34,73
Passione: 33,83
Viver a Vida: 34,75
Caminho das Índias: 36,95
A Favorita: 38,11
Duas Caras: 39,66
Paraíso Tropical: 42,37
Páginas da Vida: 47,49
Belíssima: 46,40
América: 47,21
Senhora do Destino: 48,67
Celebridade: 43,67
Mulheres Apaixonadas: 45,01
Esperança: 38,12
O Clone: 44,09
Porto dos Milagres: 43,16

Insensato Coração vira o jogo

Desde que estreou, Insensato Coração - a novela das 9 da Rede Globo - sofreu uma série infindável de críticas, inclusive deste espaço, principalmente por tentar inovar o formato de telenovelas e não conseguir acertar o tom. Foram críticas das mais variadas passando por todos os temas possíveis e explorando praticamente todos os aspectos dramatúrgicos da novela.

Atualmente, com 150 capítulos exibidos, a história é bem diferente. Ainda que os primeiros 100 tenham sido absolutamente irregulares, a segunda metade do folhetim encorpou e passou a fazer bastante sentido. Mesmo que hajam críticas severas ao início nebuloso de Insensato Coração, no momento, é muito mais fácil compreender as situações apresentadas até então e que, quando foi ao ar, soavam estranhas e sem muita necessidade.

Chegou um momento do folhetim em que todos os núcleos se tornaram fundamental para embasar a trama e, muito mais do que isso, nenhum personagem ficou solto em meio a teia de acontecimentos da história. Tudo passou a fazer muito sentido e cada cena que vai ao ar mostra uma faceta importante deste produto que, de uma hora para outra, conquistou o telespectador brasileiro.

Os números de audiência apenas refletem o acerto de tom da novela - Insensato Coração já tem audiência parcial superior a de suas antecessoras. A bem da verdade é que muito mais do que se recuperar nos números, o folhetim se recuperou na qualidade e vem conseguindo finalmente empolgar. Desde A Favorita o brasileiro não vê tamanha repercussão de uma novela das 9, o que prova que Gilberto Braga e Ricardo Linhares tinham uma dose de razão ao construir sua história na forma como foi feita. Insensato Coração virou o jogo, contra os números e contra os críticos.

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