sábado, 18 de abril de 2009

Tudo novo de novo - Episódio 1

* spoilers



Uma coisa precisa ser dita: a Globo sabe produzir obras primas como nenhuma outra emissora consegue sequer se aproximar. Eu preciso dizer que para os amantes do formato seriado, essa semana foi um prato cheio para as produções nacionais.

Estreou na noite desta sexta-feira a nova série da Rede Globo "Tudo Novo de Novo", um drama familiar que conta a história de Clara (Júlia Lemertz) e Miguel (Marco Rica). A série mostra o conflito da vida individual de cada protagonista; Clara tem dois filhos, frutos de dois casamentos desfeitos. Miguel tem uma filha também oriunda de um casamento desfeito. Os dois convivem quase diariamente com os filhos e, obviamente, com os parceiros que ainda influenciam e muito o cotidiano da vida de cada um.

Em meio a isto tudo, Clara - que é arquiteta - conhece através de um novo emprego Miguel - que é engenheiro - com tantas coincidências que os unem, é óbvio que um clima iria rolar, e rolou.

Foi exatamente isto que o primeiro episódio da série trouxe. Uma apresentação clara, leve, com bom gosto de cada um dos personagens envolvidos nesta trama divina. A complexidade da relação de Clara com os filhos e principalmente com o último ex-marido Paulo é intensa. Como ela mesmo disse no episódio: "Eu me sinto um garçom tendo de atender a 50 mesas sozinha", essa é a impressão que o telespectador teve dessa mulher moderna e tipicamente brasileira.

Já Miguel é um homem que chegou muito bem aos 40, absolutamente realizado profissionalmente, mas evidentemente frustrado como homem. Com a família desfeita ele está aprendendo a lidar com isso, morar sozinho, ter compromissos com a filha, aguentar a reclamação de ex-mulher sobre pensão - e ex-mulher muito atrevida.

A história foi contada de forma leve e ágil, muito bem narrada pelos próprios personagens, o que faz com que cada um dos telespectadores se apaixonem logo de cara pela série.

Teve drama, muito drama. Vimos como é difícil para uma mulher ser mãe, profissional, ex-mulher e namorada, tudo ao mesmo tempo e também para um homem que não é nada fácil ser pai presente e tentar ser ex-marido ausente, além de bom profissional e bom amante.

E teve humor, ah como teve. A frase da semana (que você lê logo abaixo) foi sen-sa-cio-nal! E teve ainda a cena do mercado com Clara e sua irmã, juntamente com as duas caixas do supermercado, trocando figurinhas sobre "as novas mulheres de nossos ex", divertidíssimo.

É evidente que ainda é necessário novos episódios para termos um parâmetro exato do que será a série, mas aparentemente, vem aí a melhor obra dramática da emissora carioca em muitos anos.

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Marco Ricca me surpreendeu, está firme e muito bem no papel.

O que a Globo errou com a abertura de "Força Tarefa" acertou na abertura de "Tudo novo de novo", ótima tacada (literalmente para quem viu).

Falando em abertura, notaram a estrutura de séries americanas? A abertura e após não teve intervalo comercial. Gostei.

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Frase da semana é de Clara, a protagonista, falando sobre a vida sexual com seu ex-marido para sua irmã: "Já tinha dois anos que ninguem comia ninguem nesta casa"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Força Tarefa - Episódio 1

* Texto sobre o novo episódio de Lost "Some Like it Hoth" está no post anterior

** spoilers



Primeiro é preciso dizer que pensei e refleti muito a respeito do episódio de abertura, até vir aqui escrever este humilde texto.

Força Tarefa foi a novidade da programação da Globo que mais me causou ansiedade, pois quanto mais via os teasers e as chamadas, mais empolgado eu ficava porque dava pra notar que a maior emissora do país filnamente estava apostando num novo produto e com qualidade.

A série conta a história do Serviço Reservado, uma equipe da Polícia que investiga crimes cometidos pela própria polícia.

Dito e feito, "Força Tarefa" superou e muito as minhas expectativas. Confesso que eu esperava uma série boa, mas apenas ágil e com muita ação como pano de fundo para as histórias. Foi muito além disso, a história do Tenente Wilson (Murilo Benício) é absolutamente complexa - até demais para TV aberta - e fez do primeiro episódio da série, brilhante.

O sonho dele relembrando o dia em que seu "padrinho" na polícia se suicidou, preferindo se matar ao invés de ser preso por ele que havia descoberto que o próprio padrinho havia se tornado corrupto foi demais.

Inclusive o personagem do "padrinho corrupto" aparecendo para ele em várias cenas, com Wilson acordado, foi uma tacada muita boa. Porque o personagem representa muito mais do que um "encosto" (termo que o próprio tenente usou em determinado momento), mas representa o alter ego de Wilson, o lado negro dele querendo vir a tona. Um dos pontos altos do episódio (que teve muitos pontos altos ) foi a frase dita pelo "encosto": "Pra existir policiais como você, tenente Wilson, é preciso existir policiais como eu". Frase forte e verdadeira.

Outro ponto alto do episódio foram as aparições de Milton Gonçalves como o Capitão que comanda o Serviço Reservado, ele encarnou o personagem e está muito bem, tenho certeza que seu personagem irá crescer. Adorei uma frase dele: "Sem açúcar, açúcar engorda".

O episódio em si foi muito bom. A história do policial corrupto foi muito bem articulada, principalmente pela dubiedade que não deixava o Serviço Reservado e muito menos os espectadores saberem se a esposa do tal policial estava ou não mancomunada com o marido.

E como não podia faltar ação, as últimas cenas, da prisão do corrupto foram muito boas. Os vários tiros deram a exata noção de como os policiais do Serviço Reservado detestam policiais bandidos e acho que isso vai causar muita polêmica.

Ah, Murilo Benício atirando no policial em plena área de espera do aeroporto com várias pessoas no local foi sensacional! Boa, tenente Wilson, o babaca mereceu.

Ah de novo, só eu ri com o Tenente Wilson querendo comemorar os 4 anos e 10 meses de namoro com uma pizza de alicce?

Último ah, forte a frase final do episódio, quando o "encosto morto" aparece para Wilson, após o policial corrupto ser morto durante a prisão e diz: "Pronto tenente, você matou mais um dos nossos, está feliz?" ao que ele responde sem nenhum pingo de emoção: "Não. Mas tem que ser assim". Cheirinho de Jack Bauer brasileiro.

Enfim, a-do-rei a série que vai dar o que falar e tem tudo pra ter várias temporadas.

Posto isso, vamos dividir por tópicos:

1 - A abertura de Força Tarefa é a mais brega de todos os tempos de todas as séries da TV mundial;

2 - A Globo podia caprichar melhor na escolha dos figurantes. A primeira cena com fala da série me deu asco devido às péssimas interpretações dos atores;

3 - Rever a Lorena de "A Favorita" foi mara!

4 - Calypso num episódio de série policial não, ne?

5 - Notaram uma das cenas, quando Wilson chega para uma reunião, na entrada há dois policias conversando que saem ao ver Wilson? Medo do Serviço Reservado? Gostei!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lost: Some Like it Hoth


* spoilers



Antes de mais nada preciso começar fazendo uma afirmação: eu adoro Lost. Considero uma das melhores séries da história da TV e sou um fã de carteirinha da criação de JJ Abrams. Acompanho a série desde a primeira temporada e fico em luto entre as temporadas por não poder saber das novidades.

Dito isso, faço uma pergunta: Pra que este episódio? Pra saber que o Miles fala com gente morta? Hã, tipo assim, eu já sabia! Talvez seja pra contar que o Miles é o filho do carinha das fitas Dharma? Bom, certo, mas I DAE?

Sério mesmo, não é má vontade, mas alguém me explica pra que os roteiristas de Lost fazem isso com a gente? Por que toda temporada precisa ter um episódio desses? Nem com toda boa vontade do mundo dá pra dizer que "Some Like it Hoth" foi ao menos razoável. Sem dúvida esse episódio do Miles entra pra história de Lost como um dos piores.

Tá, teve a cena legal do Hurley querendo aproximar pai e filho, teve o Hurley escrevendo "O Império Contra Ataca", mas estamos falando de uma série com a repercussão de Lost, com os mistérios de Lost e na penúltima temporada e eles usam um episódio inteiro pra... nada, absolutamente nada.

Após o melhor episódio da temporada e um dos melhores da série - de fato todos os episódios centrados no Ben são sensacionais - a gente é obrigado a ver algo como isso? Sorry, mas estou revoltado. Um episódio desperdiçado, pois quebrou o ritmo da temporada, não explicou nada, não criou expectativa alguma e foi chato.

PS1: Alguém sentiu qualquer espécie de emoção enquanto criavam a senha da escotilha? Cena bobinha, ne?

PS2: Faraday is back! Ele e aquela cara assustadora de menino mau e nerd, finalmente.

PS3: Juliet fingindo emoção enquanto fala com o pai de Ben é, tipo assim, mara!

As meninas do Jô




De todos os programas da nova grade da Globo, o único que me pareceu continuar do mesmo jeito, seguindo os mesmos moldes, é o programa do Jô. O retorno do entrevistador na segunda-feira não foi nada promissor. Entrevistas sem graça, entrevistados que não tinham muito a dizer e a conclusão óbvia: não valeu a pena esperar madrugada adentro para assistir ao Jô. O mesmo se repetiu a nterça-feira e eu já começava a me preocupar, uma vez que o Jô já chegou a ser o meu programa favorito.

Mas eis que chega a quarta-feira e por pura coincidência, já que eu havia esquecido completamente do programa, coloco na Rede Globo no momento em que está se encerrando o Jornal da Globo, aí deixei para ver quem seriam os entrevistados e pra minha surpresa, eis que a "mesa redonda do Jô" estava lá, de volta com as meninas do Jô.

Parei, fiquei e assisti. Obivamente não me arrependi. A forma como o apresentador e as jornalistas conduzem esse debate sobre a atual condição da política brasileira, é sensacional. São jornalistas de credibilidade que estão espalhadas pelos principais jornais do país e que ali viram meninas realmente, fazendo piada das bizarrices da política local, mas também fazendo análises sólidas e inteligentes.

Neste primeiro programa da temporada estiveram reunidas Lilian Witfibe, Lúcia Hypólito, Ana Maria Tahan, Flávia (que eu não recordo o sobrenome) e Cristiana Lôbo (que estava em Roma, na Itália). Elas deram um show de bom humor e fizeram ótima análise da economia, dos problemas envolvendo o Congresso e até aula de História tivemos.

Recomendo esse programa porque é uma forma prática de aprendermos um pouco mais sobre a política brasileira e nos tornarmos mais críticos. Segundo o Jô, "As meninas do Jô" irá continuar neste início de temporada todas as quartas-feiras, é o que esperamos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

24 Horas - 01h00 and 02h00




* spoilers



Essa semana foi uma luta para assistir ao episódio de 24 Horas. O motivo? Sabia que a filha de Jack Bauer, Kim Bauer, que infestou meus pesadelos devido à sua participação bizarra na série, sempre estragando tudo, iria voltar. Mas como essa 7ª temporada até o episódio 17 estava entrando pra história como a melhor temporada da série, não pude resistir ao episódio.

Graças a Deus que não resisti muito, o episódio, só pra variar um pouco manteve o nível da temporada. Nem me irritou a presença do Jack na sede do FBI morrendo enquanto o Tony e o Larry pegam no pesado. Afinal, o Jack morrendo é quase tão legal quanto o Jack em ação.

A presença da Kim nem foi assim tão importante, tenho certeza que ela volta, mas só de poder ouvir ela dizer o que eu sempre disse sobre ela: "I was a stupid". Quase pulei da cadeira ao ouvir aquela pirralha imbecil reconhecendo isso. Foi super fofo ver o Jack Bauer chorando copiosamente, momento totalmente emo, eu sei.

E a série ainda teve ação! E que ação. De novo o Jack deu uma baita lição de moral na presidente (eu to começando a achar essa presidente muito mole), achou uma solução para o caso das bombas com o Tony e, morrendo, conseguiu salvar o país.

Agora OMG, o Tony é realmente um terrorista? Esses segundos finais do episódio me deixou completamente sem rumo. Afinal, faz sentido o cara ser terrorista, depois não ser mais e ajudar todo mundo e depois ser de novo? Eu não entendi nada e a-do-rei!

Poder Paralelo

Estreou nesta terça-feira na Rede Record a novela de Lauro Cézar Muniz "Poder Paralelo". Confesso que assisti absolutamente ressabiado, afinal, o último trabalho do autor "Cidadão Brasileiro" me deixou com um pé atrás e, principalmente, devido aos últimos trabalhos da própria emissora que deixam muito a desejar.

Mais uma confissão necessária: gostei do capítulo de estréia. A intenção de todo 1º capítulo de novela é apresentar os personagens, os núcleos e mostrar as situações que serão desenroladas ao longo da trama e Lauro Cézar fez isso com maestria.

Apesar da direção que parece ser fraca e do protagonista definitivamente não me agradar, já que Gabriel Braga Nunes deixa muito a desejar como ator pra segurar um rojão de protagonista. Ainda assim acredito no sucesso da novela, após seqüência de obras fracas apresentadas pela Record finalmente tenho a impressão que teremos uma boa novela.




Mas todos sabem que é impossível julgar uma novela apenas por sua estréia, vamos esperar mais alguns capítulos para ver se a obra mantém o nível e se também a curiosidade que envolve o tema principal da trama não se perde conforme for ocorrendo o desenvolvimento dos fatos. Mas isso, só o tempo dirá.

A Volta de Toma lá, dá cá






O que eu temia aconteceu. Toma lá, dá cá voltou na noite desta terça-feira, juntamente com a programação oficial 2009 da Rede Globo e a primeira impressão não foi das melhores, não mesmo.

A série teve sua primeira temporada muito boa, com episódios que variavam do espetacular ao muito bom, mas poucas foram as vezes em que vimos episódios fracos. A segunda temporada melhorou e muito com a entrada de um novo personagem mara, o Seu Ladir, brilhantemente interpretado por Ítalo Rossi. Com frases inteligentes e sacadas ótimas, o personagem roubou a cena na temporada passada e seu bordão "mara" tomou conta do Brasil.

Com a saída de Ítalo Rossi que não quis continuar na terceira temporada, meu receio era de que Toma lá, dá cá, retornasse ao mesmo patamar da primeira temporada e foi exatamente isso que vimos no primeiro episódio exibido na noite de terça.

O episódio não foi ruim, longe disso. Mas a todo momento em que assistíamos dava a clara impressão de "mais do mesmo". As piadas batidas, os bordões repetidos e as mesmas situações que, diga-se de passagem, são engraçadas.

Eu sempre disse que com a saída de Seu Ladir, a série para continuar deveria inovar e não foi isso que vimos nesse episódio, porém, ainda há salvação. De acordo com a Globo, uma nova personagem foi preparada para assumir o lugar do nosso querido "mara", é a psicóloga Doutora Percy que ainda não apareceu em cena. É possível que já apareça no próximo episódio.

Esperamos que ela consiga trazer novidades para a série, senão, temo que a terceira temporada da nossa querida TLDC será fadada ao fracasso. Mas nem só de críticas vive a série, a nova idéia de colocar a Bozena dizendo pequenos "causos" de Pato Branco, sem aquela enrolação das temporadas passadas, tudo muito rápido e com começo, meio e fim, ficou bem melhor. Espero que continue.

E vocês, acharam o que?

Novo Blog

Bom galera, eu de novo e espero que dessa vez pra sempre amem me mantendo aqui.

Neste espaço vou falar sobre tudo que tiver relação com TV: séries, novelas, filmes e até programas em geral. E espero que possamos fazer uma discussão legal dos mais variados temas sobre a TV atual - tanto a aberta quanto a por assinatura e até a americana, afinal, as séries vem via down.

Séries como Lost e 24 Horas terão comentários por episódios, outras por enquanto não. Novelas terão comentários específicos apenas nos primeiros capítulos e filmes obviamente terão resenhas.

Espero meus amigos aqui, hein. Todos comentando.

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