quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Retrospectiva: As Novelas de 2011

Chegou a hora de falarmos um pouco de todas as novelas que apareceram em nossas telinhas no ano de 2011. É a abertura da Retrospectiva que terá amanhã a retrospectiva das Séries e no sábado é o momento de falarmos das principais atuações do ano. Então, estão preparados? Vamos lá:

Globo

Malhação

As duas temporadas de Malhação que estiveram no ar em 2011 tiveram grandes momentos. Se a primeira recobrou a qualidade do texto, mesmo apresentando mais do mesmo que a novelinha teen vinha apresentando desde sempre, a segunda foi mais ousada. Se a primeira conseguiu recolocar Malhação nos trilhos da boa audiência e teve a oportunidade de desenvolver melhor sua história e conquistar de vez o telespectador, mesmo com uma trama água com açúcar e fora da realidade dos jovens, a segunda não teve resultados e foi praticamente operada no meio do caminho com tantas mudanças que a deixaram desforme e sem sentido. O balanço anual de Malhação é apenas razoável, pois faltou enxergar melhor o universo adolescente, apesar de não ter faltado ousadia.

Araguaia

A novela das 18 Horas que teve a missão de tentar manter a audiência conquistada pela antecessora Escrito nas Estrelas e que, como se sabe, não conseguiu, teve parte de sua exibição em 2010, mas em 2011 que houve toda a estrutura narrativa bem contada e muito bem centrada e organizada. A novela bastante água com açúcar teve como principal qualidade a narrativa e os diálogos com bastante qualidade. Uma história agradável que conquistou uma importante indicação ao Emmy Internacional.

Cordel Encantado

A melhor novela de 2011. Muito mais do que isso, o folhetim de Duca Rachid e Telma Guedes entrou para a história da telenovela como uma das melhores obras do horário. Com audiência excepcional no país todo, a trama ousada que misturou conto de fadas com o cangaço brasileiro conseguiu repercussão maior que novelas das 21 Horas. Roteiro, direção, elenco e fotografias afiados marcaram presença nesta obra que vem ganhando todos os prêmios possíveis e parece fazer o caminho natural de sua antecessora rumo a uma indicação no próximo Emmy Interncional.

A Vida da Gente

Uma nova novelista. Lícia Manzo que nunca havia assinado uma novela foi escolhida graças ao diretor Jayme Monjardim que gostou de sua sinopse e comprou a ideia. E que feeling teve o diretor. Uma história completamente diferente da antecessora, mas que manteve a mesma qualidade do horário das 18 Horas - aliás, este tem sido o horário com melhores trabalhos consecutivos na emissora. Dramas familiares de primeira grandeza dão o tom da novela que termina 2011 com pouco mais da metade dos capítulos exibidos. Se a audiência está abaixo da meta, a repercussão é muito grande, tanto na internet quanto nas conversas, A Vida da Gente se tornou o centro das atenções e conquistou o público. Uma novela cheia de cenas fortes e que enchem o televisor de emoção e o telespectador de lágrimas.

Tititi

É bem verdade que o remake de Maria Adelaide Amaral foi exibida quase toda em 2010, mas pelo menos 1/3 dela aconteceu em 2011. E o melhor terço, diga-se. A parte final do folhetim foi muito bem amarrada e, mesmo sendo diferente da original, conseguiu envolver o telespectador e, acima de tudo, divertiu quase que diariamente. Com personagens muito divertidos e ricos, a trama conseguiu passar o que era necessário para o horário, a leveza, mas sem duvidar da inteligência do público, talvez por isso conseguiu ter dois tipos de público: o que assistiu a trama original e a nova geração que ficou encantada com o humor refinado que a autora apresentou.

Morde e Assopra

Um dos equívocos de 2011. Folhetim de Walcyr Carrasco que sofreu com a audiência nos primeiros capítulos devido a tentativa ousada do autor de colocar em cena efeitos especiais com robôs e dinossauros - isto foi prontamente rejeitado pelo telespectador. O autor percebeu que estava diante de seu principal fracasso e resolveu mudar tudo. Criando uma das personagens mais maniqueístas e clichês dos últimos anos, Dulce ganhou ares de protagonista e arrebatou o público com sua trama óbvia, superficial e sôfrega. Ainda que a novela tenha sido uma espécie de reciclagem de tudo que Walcyr já fez, a audiência entrou nos eixos e conseguiu terminar, assim como a antecessora, dentro da meta estabelecida pela emissora. O autor foi presenteado com o horário das 23 Horas, mas a telenovela não foi presenteada com nada em Morde e Assopra.

Aquele Beijo

Novela de Miguel Fallabella que apresenta as mesmas características de todas as suas obras. Humor refinado com situações inusitadas. Personagens que só podem existir no universo da TV, mas que arrebatam o público com seu carisma e roteiro de qualidade. Se a trama termina 2011 com quase a metade dos capítulos previstos, ela vem sofrendo com a audiência. Parte disso por conta do horário de verão e parte porque o público não se sente atraído pela história principal que não tem um eixo forte, organizado. Aquele Beijo é uma boa novela, mas que não prende a atenção de ninguém com um roteiro bom, mas nada irresistível. Típico lazer para ser consumido quando não há mais nada para fazer.

Passione

Outra novela toda ocorrida em 2010, mas neste caso os últimos capítulos foram reservados para 2011. As grandes revelações e toda a seqüência que preparou o público, mostrando que Clara (Mariana Ximenez) era, de fato, a grande vilã do folhetim e que Totó (Tony Ramos). A última semana foi num ritmo alucinante, digna das melhores obras de Sílvio de Abreu e, se Passione não foi a melhor obra do autor, os últimos capítulos foram um brinde para o telespectador que relembrou os bons momentos da teledramaturgia nacional e deu gosto de assistir.

Insensato Coração

A aguardada trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares parecia que iria explodir, tanto em audiência quanto em repercussão, devido à história que aparentava ser irresistível. Mas o que se viu nos primeiros 100 capítulos foi justamente o oposto. Um roteiro xoxo, cheio de tramas paralelas desnecessárias e com uma história principal tão lenta que irritava. Mas bastou Norma (Glória Pires) sair da cadeia e tomar as rédeas do folhetim para tudo mudar. A segunda metade foi excelente, conquistou o telespectador e aumentou consideravelmente a audiência, acabando com a constante queda na média geral do horário de novela em novela que se arrastava desde Senhora do Destino. Uma boa novela que cumpriu o seu papl.

Fina Estampa

Mais um roteiro de Aguinaldo Silva que, inexplicavelmente, faz sucesso. Um amontoado de personagens que lembram em tudo membros antigos de suas telenovelas de sucesso. O autor errou ao preparar uma narrativa em busca exclusivamente de audiência. De fato, 2011 termina com Fina Estampa tendo pouco mais de 110 capítulos e uma média que impressiona, 08 pontos acima da antecessora com o mesmo número de capítulos e quase na meta estabelecida, coisa que há muito não acontece. Porém, os louvores do folhetim terminam nos números, pois não há o que se elogiar nesta narrativa frágil e superficial. Aquele tipo de lazer que ninguém se lembra no dia seguinte.

Record

Ribeirão do Tempo

Mais uma novela de Marcílio Moraes. O autor que se consagrou com duas obras na emissora - pela qualidade, Essas Mulheres e pela audiência, Vidas Opostas, voltou ao principal horário das telenovelas da segunda principal emissora do país. Verdade seja dita, Ribeirão do Tempo somente se estendeu até meados de 2011 porque foi esticada por diversas vezes, solicitação da própria Record. Os esticamentos prejudicaram o folhetim que sofreu pela falta de histórias e barriga gigantesca que durou quase até o último capítulo. Nada do que se viu anteriormente do talento do autor apareceu em cena e Ribeirão do Tempo foi apenas mais uma novela que ninguém se lembra.

Vidas em Jogo

A autora que estava badalada pelo seu excelente trabalho em Chamas da Vida apresentou uma sinopse ousada e que foi aprovada. Tirar do foco um único protagonista e criar várias histórias com o mesmo peso é arriscado, principalmente numa emissora que ainda está engatinhando em teledramaturgia. E o risco não foi corretamente calculado. Sem peso, com direção fraca, Vidas em Jogo não foi nem sombra da novela anterior da autora e, mesmo restando muitos meses para acabar, é improvável que faça sucesso. O público rejeitou praticamente todas as tramas, restando apenas a tal história do "homem que é mulher".

Rebelde

Uma novela complicada. Rebelde Brasil tentou a todo custo emplacar o mesmo sucesso da obra original - que no quesito qualidade também nunca foi grande coisa - mas não conseguiu. O que se vê desde a estreia do folhetim é uma trama que beira a esquizofrenia e que mostra apenas o desconhecimento da autora acerca do que se passa na cabeça da juventude brasileira. Tramas equivocadas, diálogos que parecem censurados, tamanho o grau de escapismo, aliados a uma direção frágil e um elenco muito irregular foram suficientes para transformarem a novelinha teen no mico do ano da teledramaturgia. E não adianta apresentar número de vendas e produtos licenciados, afinal, o objetivo maior de uma obra de dramaturgia não é vender. Ou é?

SBT

Amor e Revolução

A pior novela de 2011. Tiago Santiago já mostrou em outras ocasiões que não tem capacidade de desenvolver uma história sólida e bem amarrada. Apesar de saber construir bons roteiros e imaginar boas situações, o autor é incapaz de desenvolver cenas de qualidades com diálogos profundos e que prendam o telespectador. Amor e Revolução pecou nos exageros. Seja nas cenas de tortura, seja na tentativa de causar a todo custo ou seja no didatismo de seu texto, ela sempre exagerou. Fadada ao fracasso desde que suas primeiras cenas vazaram na internet, o folhetim tem uma pífia audiência e certamente é uma das obras a serem esquecidas no ano.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial Diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 110


Fina Estampa: 38,65
Insensato Coração: 33,24
Passione: 32,87
Viver a Vida: 34,59
Caminho das Índias: 35,74
A Favorita: 37,47
Duas Caras: 38,82
Paraíso Tropical: 41,00
Páginas da Vida: 48,45
Belíssima: 45,94
América: 45,54
Senhora do Destino: 47.38
Celebridade: 42,80
Mulheres Apaixonadas: 43,34
Esperança: 39,00
O Clone: 43,20

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 80


A Vida da Gente: 21,93
Cordel Encantado: 25,28
Araguaia: 21,70
Escrito nas Estrelas: 26,11
Cama de Gato: 23,78
Paraíso: 23,56
Negócio da China: 20,85
Ciranda de Pedra: 22,09
Desejo Proibido: 21,31
Eterna Magia: 26,52
O Profeta: 31,36
Sinhá Moça: 31,91
Alma Gêmea: 36,50
Como uma Onda: 24,94
Cabocla: 33,33
Chocolate com Pimenta: 34,65
Agora é que São Elas: 26,61
Sabor da Paixão: 24,43
Coração de Estudante: 27,91

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 60


Aquele Beijo: 25,63
Morde e Assopra: 26,67
Tititi: 28,30
Tempos Modernos: 22,47
Caras e Bocas: 27,62
Três Irmãs: 26,18
Beleza Pura: 27,90
Sete Pecados: 31,05
Pé na Jaca: 30,40
Cobras e Lagartos: 33,75
Bang Bang: 28,40
A Lua me Disse: 31,10
Começar de Novo: 33,82
Da Cor do Pecado: 39,97
Kubanakan: 36,37
O Beijo do Vampiro: 29,25
Desejos de Mulher: 29,97

O melhor Domingão do Ano

Se, ao iniciar, a expectativa do telespectador para o último Domingão do Faustão de 2011 era um tanto quanto baixa, afinal o programa era gravado, ressuscitando a desgastada pizza do Faustão, ao final, o desejo do público, certamente era de pedir desculpas à produção pelo equívoco e pré-julgamento, afinal, assistimos um lindo programa cheio de acertos.

O próprio quadro da pizza funcionou perfeitamente e, mesmo sem levar convidados do primeiro escalão da emissora, conseguiu reunir convidados que chamam a atenção e tem o carinho do telespectador. Diante disso, Faustão fugiu do lugar-comum das entrevistas simples sobre o ano e emocionou os convidados com depoimentos de pessoas ligadas a eles - nem sempre familiares - e também dando a oportunidade de que cada convidado revesse um pouco de sua trajetória artística e familiar. Neste ponto é preciso destacar dois momentos: os depoimentos do jogador Roger, namorado de Débora Secco e do namorado da atriz Bianca Bin, momentos inesquecíveis certamente.

Mas a produção estava deixando o melhor para o final. Pelo terceiro ano consecutivo a entrega do Prêmio Mário Lago aconteceu no último Domingão do ano, ao invés de ocorrer junto com a entrega do prêmio Os Melhores do Ano - que acontece em Abril - e, desta vez, o acerto foi tão grande como poucas vezes se viu na TV.

Não apenas pela vencedora - afinal, todos que levaram o prêmio em anos anteriores mereciam - mas pelo trabalho de produção, pesquisa e cuidado para levar ao ar uma linda homenagem. Regina Duarte tem uma história riquíssima como atriz e, certamente, a nova geração - boa parte do atual público consumidor de TV - não conhecia e, dar a chance de reviver tantas personagens vividas pela atriz, toda sua trajetória e o fenômeno de repercussão que ela se tornou foi um presente não apenas a ela, mas ao próprio telespectador.

As entrevistas, os depoimentos, as cenas escolhidas, tudo funcionou perfeitamente e Regina com uma presença de palco única emocionou quem estava assistindo e também quem estava no palco. Ela merece esta homenagem não apenas por sua história - que é grande demais, uma das maiores da TV - mas também porque ela mostra o quão é apaixonada pelo que faz. Uma atriz com mais de 40 anos de profissão - são quase 40 anos de título "namoradinha do Brasil" - e que, já não tão jovem, saiu do lugar-comum, fugiu da zona de conforto para criar uma personagem incrível, sem medo de críticas. Com Clô Hayalla, Regina Duarte mostrou toda sua capacidade de atuação e deu a oportunidade dos mais jovens conhecerem a grande atriz que ela é.

O prêmio Mário Lago veio para fechar um dos melhores anos da carreira vencedora dessa atriz que merece todos os aplausos do telespectador. A atriz que sabe como ninguém incorporar uma mocinha sem deixá-la piegas, a namoradinha do Brasil merecia um momento deste e a audiência não decepcionou e garantiu um número estrondoso para o programa que merece os parabéns pela sensibilidade ao pensar no quadro e fazer um dos melhores Domingão do Faustão do ano.

sábado, 24 de dezembro de 2011

As 10 melhores cenas de 2011

Um dos momentos mais aguardados entre nossas listas anuais é este. Não foi fácil escolher as 10 melhores cenas da TV brasileira em 2011 e, para não ser injusto, foquei apenas nas novelas, pois misturá-las com as séries não seria tão fácil, já que são dinâmicas diferentes que precisam ser respeitadas. Preciso pedir desculpas aos leitores porque nem todos os vídeos foram incorporados. Com a proibição da Globo de trechos de suas obras no youtube, ficou difícil encontrar as cenas e tive que procurá-las no próprio site da emissora, o que inviabilizou a incorporação. O que estava no youtube foi incorporado, mas é só clicar no link e ver as cenas.

Vamos, portanto, às 10 melhores cenas de 2011 encontradas graças a colaboração do amigo @jupabelmok:

10 - Manu e Rodrigo se Beijam - A Vida da Gente

http://tvg.globo.com/novelas/a-vida-da-gente/videos/t/cenas/v/cena-1511-rodrigo-e-manuela-se-beijam/1697566/?mais_vistos=1

9 - Augusta é homem - Vidas em Jogo



8 - Ressurreição de Açucena - Cordel Encantado

http://tvg.globo.com/novelas/cordel-encantado/videos/t/cenas/v/cena-1209-com-um-beijo-jesuino-desperta-acucena/1627992/

7 - Norma mata Araci - Insensato Coração

http://tvg.globo.com/novelas/insensato-coracao/videos/t/cenas/v/norma-mata-araci/1493643/

6 - Ana acorda do coma - A Vida da Gente

http://tvg.globo.com/novelas/a-vida-da-gente/videos/t/cenas/v/cena-2111-apos-anos-em-coma-ana-abre-os-olhos/1704122/?mais_vistos=1

5 - Totó aparece vivo - Passione



4 - Clô matou Salomão Hayalla - O Astro


3 - Timóteo é coroado Rei de Seráfia - Cordel Encantado


2 - Léo forja a própria morte - Insensato Coração


1 - Jesuíno é enforcado - Cordel Encantado

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Mulher Invisível e uma temporada impecável

Terminou na última terça-feira a segunda temporada - e provavelmente a última - de A Mulher Invisível, série exibida pela Rede Globo e que obteve os melhores índices de audiência em sua faixa de horário em todo o ano. Apenas a título de curiosidade, a audiência de A Mulher Invisível - considerando as duas temporadas - ficou em 21 pontos de média geral, ou seja, acima de todas as séries da segunda faixa da emissora e, inclusive, acima de O Astro, novela exibida nesta faixa na primeira metade do segundo semestre.

Audiência e repercussão mais do que merecida. Se na primeira temporada a produção já mostrou ser superior ao filme, a segunda avançou ainda mais em direção à teledramaturgia de qualidade e planejada exclusivamente para TV, com linguagem própria. Ao fim da exibição ficou claro que os roteiristas beberam da fonte de criatividade das produções americanas, sem perder a essência tipicamente nacional e mantendo o estilo da TV brasileira, deixando de lado apenas o tom folhetinesco, marca maior de nossa dramaturgia.

Num ano em que as séries nacionais estiveram todas muito bem, A Mulher Invisível se destacou pela ousadia em trabalhar formatos diferentes, bem mais complexos do que os vistos na TV. Aliado a isso, uma direção forte e que também apostou ser o momento de ousar e inovar, o resultado não poderia ter sido melhor ou mais recompensador. Entre tantos episódios em que direção e roteiro estiveram afiados, destaque para o 4º episódio desta temporada, com direção corajosamente inspirada no filme O Poderoso Chefão e que funcionou perfeitamente.

O elenco dispensa comentários. Se Selton Melo já era um dos maiores atores brasileiros de sua geração antes da série, nela, ele mostrou todas as opções que ele tem em mãos e fez de Pedro uma personagem inesquecível, provavelmente a melhor atuação masculina do ano. Débora Fallabella mostrou toda sua versatilidade e fez de Clarise uma personagem divertida, leve e conseguindo se contrapor muito bem ao tom sonhador da série. E Luana Piovani, dos três a que tem menos recursos, mostrou uma performance muito superior a da primeira temporada e construiu uma Amanda quase que impecável. Um trio inesquecível.

O melhor para a dramaturgia é que uma produção saia de cena no auge, deixando saudades, ao invés de ser utilizada até se desgastar e o público quase que clamar pelo seu fim. Mas no caso de A Mulher Invisível, a impressão que ficou é que havia muitos caminhos, muitas possibilidades a serem exploradas e o fim da produção na segunda temporada foi prematuro. Mesmo que Débora esteja escalada para a próxima novela das 21 Horas, a torcida é que, ao menos em 2013 a produção possa ser retomada, enquanto isso, vai deixar saudades;

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 100


Fina Estampa: 38,79
Insensato Coração: 32,83
Passione: 32,65
Viver a Vida: 34,70
Caminho das Índias: 35,48
A Favorita: 37,35
Duas Caras: 38,68
Paraíso Tropical: 40,94
Páginas da Vida: 48,69
Belíssima: 45,86
América: 45,42
Senhora do Destino: 46,77
Celebridade: 42,45
Mulheres Apaixonadas: 43,03
Esperança: 39,11
O Clone: 42,77

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 70

A Vida da Gente: 22,16
Cordel Encantado: 25,06
Araguaia: 21,54
Escrito nas Estrelas: 26,14
Cama de Gato: 23,87
Paraíso: 23,39
Negócio da China: 20,86
Ciranda de Pedra: 22,10
Desejo Proibido: 21,04
Eterna Magia: 26,65
O Profeta: 31,16
Sinhá Moça: 31,67
Alma Gêmea: 36,40
Como uma Onda: 24,91
Cabocla: 33,09
Chocolate com Pimenta: 35,10
Agora é que são elas: 26,59
Sabor da Paixão: 24,94
Coração de Estudante: 27,25

Cante se Puder tem sérios problemas

Foi exibido na tarde de domingo a Avant-Premieré do novo programa do SBT que estreia em 2012 compondo a nova Grade da Emissora: Cante se Puder, uma espécie de Reality Show musical que desafia os participantes a cantarem enquanto cumprem os mais bizarros desafios. A ideia, muito interessante, ficou de lado nesta amostra, já que o destaque foram os problemas enfrentados.

Se o conceito do Reality é interessante e tem tudo para dar certo, ele passa pelo acerto da produção, o que não aconteceu neste domingo. E os problemas que assistimos neste domingo não foram factuais, fosse assim, não haveria dificuldades para corrigi-los. Os grandes problemas que saltaram aos olhos do telespectador foram muito mais conceitual, ou seja, há de ser mudar a ideia de como se produzir um programa assim.

A começar pelos apresentadores. Um programa com menos de uma hora de duração não pode ter dois apresentadores Fica truncado e, quase sempre, um vai atrapalhar o outro. Apesar do bom desempenho de Patrícia Abravanel e Márcio Ballas, é preciso que haja uma decisão sensata e escolha apenas um apresentador, neste caso, o carisma da filha de Sílvio Santos deveria pesar um pouco mais, já que sua performance foi um pouco superior a do colega.

Os jurados também tiveram equívocos centrais. A primeira pergunta que se deve ser feita é: qual a função do júri num programa assim? Me parece evidente que a cada prova sempre fica claro que um participante tem performance melhor, então não há necessidade de jurados escolherem quem venceu. Além disso, o júri não pode votar no vencedor baseando-se em talento, carisma, etc. A análise deve ser técnica sobre quem conseguiu superar a prova e continuar cantando. Sobre a presença do trio de jurados, os nomes de Nany People, Nahim e Lola Melnick não chegou a incomodar, são três sub-celebridades que não se levam a sério e, por isso, conseguem transformar o momento em diversão. 

Por fim, o conceito na escolha dos participantes e das provas é preciso ser revisto. Não tem cabimento colocar na mesma prova um homem cantando enquanto é depilado enquanto sua adversária deve cantar enquanto é cercada por répteis (cobras e afins). Por mais que o nível de dificuldade possa ser semelhante, não dá para compará-las, visto que na depilação há dor física o que torna inviável fisicamente acertar o trecho da música. Isso prejudica o participante e estraga a brincadeira. E também, é preciso decidir qual o tipo de participantes: celebridades, anônimos ou sub-celebridades, como aconteceu domingo. Difícil imaginar que celebridades aceitem participar de um programa assim e anônimos, talvez, não chamem a atenção, mas sub-celebridades precisam ser bem escolhidas, a presença da mini Lady Gaga no programa de estreia foi inaceitável.

Se quiser ter vida longa na grade do SBT, o Cante se Puder, precisa urgentemente rever seus conceitos de produção para que não afugente o telespectador, pois seu tema já é suficientemente delicado para que haja equívocos tão grandes. A estreia teve boa audiência e repercussão. Ficou com 07 pontos, ficando décimos abaixo da Rede Record no horário, segundo dados prévios.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Frescor de A Grande Família

Televisão é muito irregular. Existem alguns pontos a serem analisados por parte da direção de emissoras ao decidir sua grade de programação. Um deles é se, um novo produto, vai causar impacto necessário junto ao telespectador para merecer ocupar espaço. Após isso, quando este produto cai nas graças do público e se mantém estável, é preciso decidir o momento de parar, afinal, em televisão quase tudo cansa e o telespectador abandona com muita velocidade.

Não é o caso de A Grande Família. Com mais de uma década no ar, a série mostra uma envergadura dramática que impressiona e surpreende. Para uma produção com tantos anos é evidente que equívocos seriam cometidos no meio do caminho, como o foram em alguns anos anteriores, mas a atual temporada que está se encerrando é um acerto sem precedentes.

Após a decisão de Andréa Beltrão em deixar a série muitos questionaram se não seria o momento de encerrá-la antes que houvesse uma debandada geral. Ótimo para a teledramaturgia e para o público que a Rede Globo decidiu manter o show que apresentou uma de suas melhores temporadas desde a estreia.

Com episódios muito ricos em roteiro, praticamente todo o elenco teve episódios focados em si e o público pôde acompanhar episódios diferentes do padrão e uma A Grande Família muito mais voltada para a dramédia do que para a sitcom. E a mudança foi ótima, rejuvenesceu a produção e permitiu grandes momentos.

Os dois últimos episódios exibidos foram apenas amostrar disso. Episódios memoráveis em que todo o elenco brilhou Seria injusto apontar um destaque, pois todos estão maduros e sabem conduzir muito bem suas personagens. Um acerto e tanto.

De fato, em TV, tudo muda muito rapidamente e alguns programas envelhecem. A Grande Família é a exceção e a atual temporada foi uma amostra de que é possível mantê-la no ar por alguns anos sem a preocupação da falta de renovação, pois o próprio show se renova sozinho graças à competência dos roteiristas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 50


Aquele Beijo: 26,30
Morde e Assopra: 26,22
Tititi: 28,10
Tempos Modernos: 22,42
Caras e Bocas: 27,20
Três Irmãs: 26,38
Beleza Pura: 27,84
Sete Pecados: 31,04
Pé na Jaca: 31,08
Cobras e Lagartos: 33,14
Bang Bang: 28,82
A Lua me Disse: 31,02
Começar de Novo: 34,32
Da Cor do Pecado: 39,48
Kubanakan: 36,36
O Beijo do Vampiro: 29,08
Desejos de Mulher: 28,76

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um bom momento em Fina Estampa

Apesar de ser uma das novelas de maior audiência nos últimos anos, Fina Estampa vem sendo massacrada pela crítica - inclusive neste espaço - devido a uma série de equívocos que o folhetim vem demonstrando, equívocos estes que já foram enumerados no blog e não há razão para voltar ao assunto.

Três problemas que já foram discutidos são: erro no roteiro que insiste em apresentar um caminho mais fácil de diálogo pobre que não incentiva o telespectador nem o desafia; sérios problemas na direção que simplesmente não mostra o caminho das pedras para o elenco e dá a impressão que ali é cada um por si e, consequentemente, problemas de atuação, pois não há homogeneidade na composição das personagens.

Porém, estes três problemas desapareceram em uma única cena. No capítulo de segunda-feira, a seqüência final, em que Teresa Cristina (Cristiane Torloni) comunica a todos os funcionários e diante de Renê (Dalton Vigh) o fechamento do Le Velmont, tudo funcionou como se estivéssemos falando de outra novela. Um dos grandes - e poucos - momentos de Fina Estampa.

O texto, claramente destoante de tudo que vinha sendo visto no folhetim, teve bom gosto, foi cheio de ironias e sem didatismo, ajudou bastante a direção saber para qual rumo ir e, com isso, os diretores puderam preparar os atores para uma boa cena. E Cristiane Torloni simplesmente deu show. A personagem nem parecia a mesma vilã boboca e cheia de trejeitos que a trama insistia em apresentar. Dois tons abaixo do que vinha apresentando, com a fala genialmente mansa e dócil, definindo sua ira, vingança e ironia apenas pelo olhar, sem fazer qualquer outro movimento brusco, a personagem conduziu toda a cena em torno de si.

Quando uma novela erra, ainda que ela dê grande audiência, é preciso que a crítica cumpra seu papel em apresentar os problemas. Mas quando a mesma trama acerta, é preciso também apontar e aplaudir estes momentos, sem perseguição ou preconceito contra o que está por vir. Ontem, Fina Estampa - ao menos nesta cena - trouxe de volta o melhor da dramaturgia e por isso merece os parabéns.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Uma Tarde de Domingo na TV aberta

Tirar o domingo para assistir TV pode, à primeira vista, parecer deprimente, não para quem é fã do entretenimento televisivo e considera como bom momento de lazer. E quando o intuito é trabalho, já com intenção de escrever uma crítica sobre o que se tem disponível durante o dia de domingo para o telespectador, tudo fica mais interessante. Foi isto que o blog fez no último domingo e o resultado foi bem interessante. Confira:

Esquenta

A constatação para a estreia do Esquenta é uma só: o programa mais bagunçado da TV brasileira. No palco, em questão de segundos, vai de pagode a sertanejo; de funk a música japonesa. O telespectador mais desatento fica completamente perdido com tantas coisas acontecendo simultaneamente. Com apresentação descontraída e bastante improvisada de Regina Casé, o programa continua sendo uma ótima opção para quem não tem preconceito e gosta de ver a diversidade da cultura brasileira. E ver a diversidade mesmo, tudo ali acontece ao mesmo tempo e dá a impressão de muita confusão. Sabe aquelas panelinhas de churrasco em que acontece muita coisa em diversos pontos, mas é uma delícia? Este é o Equenta. Ótima opção para este fim de ano.

Domingo Legal

Difícil analisar um programa esquizofrênico como o Domingo Legal. A cada domingo a estrutura do programa é modificada e, provavelmente nem o diretor e o apresentador, sabem se existe um roteiro fixo. Neste domingo, foram horas de uma homenagem sem muito sentido para Carla Perez - sim, aquela do É o Tchan. Apesar do quadro ter sido bem dirigido e apresentado de forma coerente por Celso Portioli, ainda não faz sentido aquela homenagem a uma pessoa que está fora da mídia há tanto tempo. Mesmo assim, foi o único quadro que se salvou, pois, se o Esquenta é uma bagunça gostosa de se ver, o Domingo Legal dá a impressão de desorganização interna e o interesse em assistir algo assim é quase zero.

Tudo é Possível

Nem sei se é possível chamar o programa assim. Por quase 90 minutos seguidos um único quadro. O tal Maratona do Humor que é dos quadros mais bizarros e desinteressantes da história da TV brasileira. Além das provas serem completamente sem noção, os humoristas só devem fazer sua própria família rir. Piadas sem graça, fora de tempo e, muitas vezes, preconceituosas dão o tom do quadro de maior sucesso do programa. E ainda temos uma Ana Hickmann completamente desalinhada e fora de conexão com o quadro. O resto do tempo foi utilizado para a presença de bandas de axé que já perderam presença de mídia faz tempo. Ou seja, tanto o Tudo é Possível quanto o Domingo Legal não conseguem levar cantores de peso e que deem interesse ao telespectador.

Eliana

Faz tempo que o programa vinha sem rumo, cheio de quadros didáticos e exclusivamente voltados para donas de casa. Uma espécie de Revista Eletrônica que funcionaria melhor nas manhãs diariamente. Não sei se foi apenas ontem, mas Eliana foi interessante. Quadros bem escolhidos e que fazem o telespectador manter-se ligado o tempo todo no programa. O Beleza Renovada com Rita Cadilac foi um achado. Mesmo fora da mídia, ela tem presença de palco e, neste quadro, pôde contar sua história e emocionar o telespectador. Assim como o Rola e Enrola que é puro entretenimento e atende em cheio às expectativas.

Programa do Gugu

Entra ano sai ano e o Gugu parece não querer mais se renovar. Numa espécie de zona de conforto, o apresentador utiliza-se quase que exclusivamente o tempo todo de duas situações que garantem audiência fácil: os vídeos da internet e a exploração da desgraça humana sob o pano de fundo de assistencialismo. O quadro Sonhar mais um Sonho é tão exploração que dá vergonha alheia da exposição a que os pobres participantes são mantidos e, claro, querendo ser ajudados aceitam todas as absurdas imposições feitas pela produção. Uma pena assistir um comunicador deste gabarito desperdiçar assim seu talento.

Domingão do Faustão

O programa que tem mais armas na luta pela audiência. Mas neste domingo a produção esteve com muita preguiça de trabalhar. Nada foi interessante no Faustão, nem a participação relâmpago de Ivete Sangalo falando sobre a doença. Se a cantora ainda não tinha condições de fazer uma participação decente, era melhor nem ter aparecido. De resto, o Faustão ficou as 3 horas de programa fazendo... nada. Não houve um único quadro que chamasse a atenção, até pegadinhas estilo anos 90 teve, para se ter uma ideia. Tudo muito preguiçoso.

Resumidamente, a TV aberta no domingo é um marasmo total, mesmo tendo alguns bons momentos e um fiapo de esperança, mas parece difícil acreditar que haja solução, visto que as produções acreditam que o telespectador engole qualquer coisa e os números de audiência dão suporte para este tipo de pensamento. Uma pena.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Receitas do TVxTV: Bolo Destrói Malhação

Ingredientes:


02 latas de bom roteiro
01 caixa inovação
500 ml de falta de audiência
04 colheres de alterações bruscas
01 Kg de maniqueísmo
01 copo de tramas bobas
diálogos e atuações ruins a gosto


Modo de Preparo:


Faça uma divulgação pesada na mídia, prometendo alterações inovadoras para Malhação. Aguarde até que faça resultado, em seguida, inicie a nova temporada colocando lentamente as 02 latas de bom roteiro, sempre mexendo para não perder o ponto. Em seguida, acrescente 01 caixa de inovação. Fique mexendo até que a massa ganhe consistência e não fique com bolinhas. Coloque os 500 ml de falta de audiência e espere até que a calde perca a cor, isso pode levar um tempo. Assim que não houver mais cor na calda, acrescente 04 colheres de alterações bruscas. Importante é que elas sejam acrescentadas duma vez, para que a massa fique disforme e com várias cores. Vá colocando 01 Kg de maniqueísmo para que a massa ganhe uma expressão própria, quando ela estiver com uma forma estranha, coloque 01 copo de tramas bobas. Bata a massa na batedeira até que ela fique completamente destruída. Coloque tudo na assadeira e deixe por algumas horas no forno até que queime. Tire e sirva para o telespectador.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Faltou equilíbrio para a estreia de Patrícia Poeta

Após a emocionante despedida de Fátima Bernardes da bancada do Jornal Nacional na noite de ontem, a expectativa do telespectador - e também da crítica - continuou, afinal, nesta noite estava prevista a estreia de sua substituta. Escolhida a dedo pela direção geral da Rede Globo, Patrícia Poeta, com muita história no jornalismo televisivo, chegou com a difícil missão de substituir uma das mais carismáticas jornalistas que a TV brasileira já viu.

Analisar uma estreia assim não é tarefa fácil, principalmente porque, um crítico que se preze, deve tentar colocar todos os elementos técnicos na balança e procurar ignorar as comparações entre as duas profissionais, tarefa quase sobre humana diante das circunstância. O público sim, este sem dúvidas vai comparar Patrícia e Fátima por um bom período, mas a crítica deve ter cuidado ao fazê-lo.

Diante disso, é preciso entender que a direção geral da terceira maior emissora do mundo e que tem o jornal mais assistido do Planeta - segundo a Revista Forbes - não está ali de brincadeira. A escolha de Patrícia Poeta para o jornal de maior credibilidade do país não foi pautada por casamento, por proximidade com a chefia, longe disso, foi pautado pelo trabalho, pelo histórico da jornalista que é uma grande profissional e que, de fato, merecia a chance.

Falando exclusivamente da estreia, foi nítido enxergar em Patrícia o nervosismo natural que uma situação de tamanha dimensão traz. Principalmente no primeiro bloco, ela não conseguiu se mostrar a vontade e, em alguns momentos, ficou claro que ela lia o telepromter, um erro grave para uma Jornal com o Padrão Globo de Qualidade.

Ainda assim, aos poucos, a apresentadora foi se soltando e dominando a situação. Por conta de tudo isso, é possível dizer que o balanço dessa estreia foi positivo e que, apesar de nervosa, Patrícia mostrou bastante potencial para escrever sua própria história na bancada do Jornal Nacional. Um erro, que não tem a ver com nervosismo, contudo, precisa ser corrigido com urgência. Ela ainda carrega traços da apresentação do Fantástico e muda de expressão facial muito rapidamente, sai da sobriedade para a alegria com muita velocidade - exigência de uma Revista Eletrônica - e num jornalístico, isso é perigoso e pode perder a credibilidade. 

Ainda assim, gostei do que vi e tenho certeza que Patrícia Poeta agradou a todos na cúpula da emissora, agora, é corrigir os erros e construir sua história, como ela vem fazendo a cada desafio profissional que aparece.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Faço parte da História! Faço parte da geração Fátima Bernardes

Em 1996 foi a grande e primeira mudança no comando do Jornal Nacional, principal telejornal do país - e segundo a Revista Forbes, o mais assistido do Planeta - com a entrada de William Bonner e Lilian Witfibe. Pouco depois, ela deixou o comando da atração e foi substituída por sua colega, e esposa de Bonner, Fátima Bernardes. O ano? 1998.

Quem tem a minha faixa etária provavelmente não se lembra desta mudança e, caso se lembre, não faz a menor questão, pois não dava a devida importância para tais fatos históricos para a TV brasileira por ser muito novos. Com 15 anos, eu não tinha a menor ideia do que significa a mudança na apresentação do Jornal Nacional e, confesso, não me lembro dessa alteração, aliás, lembro-me vagamente de Lilian apresentando e nada antes do William.

Ou seja: eu faço parte da geração Fátima Bernardes. Eu faço parte dos brasileiros que cresceram, amadureceram e se tornaram cidadãos assistindo diariamente ela e seu esposo apresentando um Jornal de credibilidade que sempre primou pela qualidade das informações e, mesmo diante das adversidades - como esquecer de Maria do Bairro e A Usurpadora infernizando o jornal na audiência? - não aceitando cair na exploração da desgraça humana, como tantos outros da concorrência.

Fátima Bernardes sempre transmitiu a ideia de uma jornalista séria, respeitada, que dava a informação correta. Quando ela aparecia no vídeo e dava uma notícia, o Brasil raramente se questionava, sempre foi lugar-comum para o brasileiro acreditar em Fátima porque ela transmite verdade em seu olhar, sua entonação, seu posicionamento.

Desde que todo o jornalismo da Rede Globo passou a ser menos formal, mais leve, pudemos sentir a diferença no estilo do Jornal Nacional, de Fátima Bernardes, ela mais solta, soltando pequenos sorrisos, dialogando com seu marido no ar, tudo para deixar a notícia mais leve, mas sempre transmitindo credibilidade ao telespectador.

E as Copas do Mundo? "Onde está você, Fátima Bernardes?" Pergunta eternizada por William Bonner e que todos os brasileiros repetiram em 03 Copas - 2002, 2006 e 2010. Fátima, a musa da seleção penta campeã do mundo, é isso. Uma jornalista séria, respeitada, com credibilidade e que sabe como ninguém dar seu toque pessoal a uma notícia.

Agora, ela ganha novos ares. Novos desafios e, com a capacidade que tem, quem tem coragem de duvidar que dará certo? Eu não. Não, porque eu não sou bobo, eu acompanhei essa história, eu vi do que essa mulher é capaz. Eu faço parte da geração Fátima Bernardes. E, como jornalista, tenho orgulho disso. Boa sorte, Fátima.

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 90


Fina Estampa: 38,58
Insensato Coração: 32,36
Passione: 32,31
Viver a Vida: 35,08
Caminho das Índias: 35,17
A Favorita: 37,07
Duas Caras: 38,24
Paraíso Tropical: 40,42
Páginas da Vida: 48,52
Belíssima: 45,44
América: 45,20
Senhora do Destino: 46,18
Celebridade: 42,04
Mulheres Apaixonadas: 42,59
Esperança: 39,16
O Clone: 42,14

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 60


A Vida da Gente: 22,05
Cordel Encantado: 24,87
Araguaia: 21,38
Escrito nas Estrelas: 25,83
Cama de Gato: 24,27
Paraíso: 23,08
Negócio da China: 20,88
Ciranda de Pedra: 22,00
Desejo Proibido: 20,77
Eterna Magia: 26,25
O Profeta: 31,18
Sinhá Moça: 31,30
Alma gêmea: 36,35
Como uma Onda: 24,98
Cabocla: 32,85
Chocolate com Pimenta: 35,68
Agora é que são elas: 26,28
Sabor da Paixão: 25,13
Coração de Estudante: 26,63

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 40


Aquele Beijo: 26,60
Morde e Assopra: 25,83
Tititi: 28,30
Tempos Modernos: 22,05
Caras e Bocas: 27,20
Três Irmãs: 26,55
Beleza Pura: 27,90
Sete Pecados: 31,13
Pé na Jaca: 31,60
Cobras e Lagartos: 32,30
Bang Bang: 29,73
A Lua me Disse: 31,23
Começar de Novo: 34,58
Da Cor do Pecado: 38,70
Kubanakan: 36,43
O Beijo do Vampiro: 29,20
Desejos de Mulher: 28,05

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Os 10 Maiores Fracassos de 2011

O ano de 2011 está chegando ao fim, mas o que nunca acaba é a tradição do TVxTV em fazer as listas de fim de ano. Evidente que, para não cair no marasmo, tentamos mudar as categorias ano após ano na tentativa de manter o interesse do leitor no assunto. Neste ano, a novidade é que não há dia certo para a divulgação das listas, ou seja, fique atento, pois poderemos divulgar a qualquer momento. Para começar, vamos ver quais foram os 10 Maiores Fracassos de 2011:

10º - TV Xuxa - Rede Globo



Após reclamar publicamente por conta do horário de seu programa nos últimos anos - era exibido aos sábados pela manhã e sempre saía do ar para a transmissão esportiva da emissora - a apresentadora Xuxa Meneghel recebeu um presente da Globo. Foi inserida no período da tarde, ficando entre os programas Estrelas e Caldeirão do Huck, assim a emissora cancelou os filmes. Porém, sem mostrar força para a guerra de audiência, o programa fracassa constantemente. Com médias que raramente ultrapassam a casa dos 10 pontos - na última semana perdeu a liderança para a Record que exibia as infinitas reprises de Pica-Pau - o TV Xuxa tem sido considerado um dos grandes problemas da Grade da emissora, pois recebe bem e entrega mal, atrapalhando todo o restante da Grade e, por isso, aparece na lista.


9º Projeto Fashion - Band



A Band fez um grande estardalhaço em torno de seu novo projeto para a apresentadora Adriane Galisteu. Durante todo o ano de 2011 a divulgação do programa foi massiva e, em alguns momentos, até irritante, pois começou muito antes de sua exibição. Mas, bastou ir ao ar e o Projeto Fashion mostrou-se um fracasso retumbante, tanto de audiência quanto de crítica. Apesar de Galisteu mostrar o mesmo carisma que a consagrou, o formato desagradou bastante, além da péssima estratégia da Band ao escolher o horário de exibição - chegou ao cúmulo da reprise dar mais audiência que o inédito - e, mesmo após a divulgação de que o programa foi renovado para 2012 é impossível não colocá-lo como um dos grandes fracassos do ano.


8º Jogos Pan Americanos - Record



Impossível esquecer os Jogos Pan Americanos de 2011. Desde que venceu a concorrência e adquiriu os direitos exclusivos para transmissão dos Jogos, a Rede Record fez tanto estardalhaço que até o mais leigo no assunto ficou ansioso para acompanhar cada partida. Foram anos se exibindo e se gabando de ter tirado uma importante marca da principal rival, Globo. Porém, o ano chegou, com ele a transmissão e, apesar da emissora ter feito uma intensa cobertura, mostrando diversos esportes, horas e horas de partidas, tudo foi um fiasco. Desde a transmissão em si, com escolhas equivocadas de partidas para exibir, passando por graves problemas técnicos e a total falta de preparo dos profissionais que cobriram o evento. Pior do que isso, só mesmo o retumbante fracasso de audiência que frequentemente deixou a emissora em terceiro lugar de audiência.


7º A Fazenda - Record



Uma opção para quem gosta do formato. Um BBB de famosos. Uma Casa dos Artistas no campo. Todas essas definições cabem para o Reality da Record que, em sua primeira edição, mostrou ser uma das novidades mais interessantes dos últimos anos. Não em 2011. Com um formato desgastado, escolhas equivocadas de elenco e direção sem rumo marcaram a edição de A Fazenda - fato que já vinha ocorrendo desde a 2ª edição. Com isso, o resultado se refletiu nos números e o Reality não chegou nem perto da meta proposta pela emissora, além de não conseguir nenhuma repercussão ou interesse do telespectador, um dos grandes fracassos da temporada.


6º Marcas da Vida - Record



Muitos críticos passaram boa parte de 2011 reclamando da Grade vespertina da Record, pois eram horas de reprises com o Tudo a Ver e depois mais horas de reprises com Todo Mundo Odeia o Chris. Eis que então, a emissora apresenta a novidade que iria mudar isso: Marcas da Vida. Programa que já foi apresentado com cheiro de fracasso e, diante de todas as opções da emissora, o tombo foi maior ainda. Um programa bobo, sem graça e sem nada a acrescentar para o público, num horário equivocado em que a concorrência vem forte - disputa a audiência com a novela Marimar - são ingredientes inseparáveis para o bolo do fracasso que virou Marcas da Vida, um dos grandes micos deste fim de 2011.


5º Jornal Policial - SBT



Aproveitando-se do acerto com o seu Feriadão - programação especial exibida em todos os feriados do ano - o SBT decidiu testar um novo formato. Nem tão novo assim, afinal, o tal Jornal Policial é muito parecido com o P24 da Band. Uma das filmagens mais toscas desde que existe televisão no Brasil, cortes pífios e direção absolutamente equivocada como poucas vezes se viu deram o tom deste programa todo errado. A audiência não poderia corresponder nunca, afinal, a programação do dia era toda infantil e a quebra de público gritante, mas mesmo que houvesse estratégia correta, o programa foi tão ruim que o fracasso não poderia ser diferente.


4º Quem Convence Ganha Mais - SBT



O SBT sempre adorou surpreender seu telespectador. E também sempre adorou deixar a crítica de cabelos em pé. Essa definição cabe perfeitamente para a exibição do Quem Convence Ganha Mais, programa que ocupa a faixa nobre da emissora às sextas-feiras. Uma espécie de Casos de Família bem piorado, com uma apresentadora que não tem o menor timing para televisão e uma direção que deixa muito a desejar, o programa já pode ser considerado um fracasso apenas pelo nome, brega até onde não cabe mais. Ainda assim, com audiência ruim, rejeição da crítica e cheio de equívocos, merecia um lugar de honra na nossa lista e por isso quase subiu ao pódio.


3º O Aprendiz - Record



Abrindo o pódio, evidente que não poderia faltar ele. Um dos melhores Realities brasileiros desde sua criação, sucesso de público e crítica em suas primeiras exibições, e agora aparece em lugar de destaque na lista de fracassos de 2011. O Aprendiz mudou completamente desde que estreou no Brasil e a culpa pelo fracasso é exclusiva da Record que não soube conduzir o programa que sempre foi vitorioso, interessante e agregava qualidade e repercussão para a emissora. Esta edição está tão ruim que é difícil escolher pontos principais para citá-los, pois nada funciona direito e ele se transformou numa espécie de caricatura de péssimo gosto do que foi um dia. Não fosse por outros fracassos maiores ainda, certamente ele teria chance de vencer esta lista.


2º Cidade Alerta - Record



Não foi o maior fracasso do ano, isso é evidente, mas que foi o maior mico do ano e forte candidato ao maior mico de toda a década recém-iniciada, isso foi. A volta de Datena para a Record foi cheia de alarde, cheia de pompa, quase como a volta de um rei, porém, menos de 2 meses depois, o apresentador rescindia seu contrato e retornava para a Band alegando censura. Neste período, o Cidade Alerta entrou na grade da emissora no fim da tarde, prometendo mundos e fundos para a audiência que apenas rejeitou o produto, deixando a emissora sempre em terceiro ou até em quarto lugar de audiência. Uma sucessão de erros, gafes e momentos que divertiam pelos equívocos. Segundo lugar da lista com louvor.


1º Amor e Revolução - SBT



Sílvio Santos em um de seus rompantes emocionais tirou Tiago Santiago da Record na tentativa de reerguer a teledramaturgia de sua emissora. Se, no primeiro trabalho do autor, o resultado foi apenas discreto, para o segundo, sua primeira trama inédia na nova casa, tudo foi melhor trabalhado. A divulgação de Amor e Revolução foi intensa, os preparativos idem. Novo horário, promessa de texto carregado e cenas fortes, com visita à História do Brasil, afinal a trama se passa no período de Ditadura. Bastou uma semana de exibição para saber: a novela seria o maior fracasso de 2011 e um dos maiores dos últimos anos. Com meta de 08 pontos, a trama raramente ultrapassa a casa dos 05 pontos de audiência - chegando a anti-picos de 02, deixando o SBT em 5º lugar em pleno horário nobre. O público rejeitou fortemente a trama de Tiago Santiago que já modificou sua sinopse n vezes, mas nada funcionou e, por isso, Amor e Revolução é o maior fracasso de 2011

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