sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma série para a Jaqueline. URGENTE

É raro, muito raro ocorrer o que vem acontecendo em Tititi. São anos e anos de telenovelas brasileiras no horário das 7 e, a maioria delas, sempre carregando forte apelo de comédia. Ainda assim é muito raro acontecer de um personagem cômico cair nas graças do público e haver unanimidade entre todo tipo de crítica e todo tipo de público. É o que acontece com Jaqueline.

O trabalho que Cláudia Raia vem desempenhando na novela das 7 não é apenas digno de nota, mas digno de várias e várias notas, principalmente ao se levar em conta um ano como o de 2010 em que temos atuando na TV atrizes do porte de Fernanda Montenegro, Eva Wilma e Aracy Balabanian. Mas não resta dúvida que o grande nome feminino da TV brasileira em 2010 é Cláudia Raia.

Jaqueline não é apenas uma mulher, é um furacão que deixa seu rastro de bom humor e frases geniais por onde passa. Tititi nem bem está na metade e Jaqueline já coleciona uma série de frases divertidas e que entraram para a história recente das novelas. Isso também se deve ao excelente texto de Maria Adelaide Amaral, inspiradíssima e mostrando ser hoje a melhor autora do país, ao lado de João Emanuel Carneiro, e com a interpretação forte, coesa e divertida de Cláudia Raia, tudo vai bem.

É importante ressaltar que Cláudia Raia tem uma personagem difícil. Além de ser um remake e, claro, as comparações viriam - só no começo, pois hoje ela é dona da personagem - é difícil interpretar uma personagem tão cômica e não cair na caricatura. Jaqueline passa longe disso, além de ter também uma forte proximidade com o drama e a atriz manda muito bem também.

De qualquer forma, tenho certeza que todos os fãs de Tititi concordam com o título do texto. Jaqueline não apenas é o grande destaque da novela de Maria Adelaide Amaral, como merece uma série só para ela, devido ao sucesso e a qualidade da personagem que pode render muitas risadas.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

As Cariocas 1x08: "A Iludida de Copacabana

Nem dá para dizer que já há um preparo para o fim de As Cariocas, afinal, a série apresenta episódios independentes e histórias com começo meio e fim num único episódio, mas só de pensar que a série está perto do fim, começa a causar nostalgia e saudades de um trabalho tão bem feito que marcou o retorno de Daniel Filho para a TV.

Em oito episódios é óbvio que nem todos mantiveram o mesmo nível, isso é natural mesmo em séries conceituadas tanto no Brasil quanto fora dele. Porém, é inegável também que As Cariocas entrou para a lista das boas produções brasileiras em 2010, mesmo antes de seu final - ainda restam dois episódios para serem exibidos.

O que se viu em A Iludida de Copacabana foi a junção de tudo de melhor que os episódios anteriores haviam mostrado. Uma história consistente, apresentando Marta, a carioca da noite. Uma mulher que faz de tudo para provar que tem uma vida normal, casada e com filha. A história foi se contando aos poucos, como uma mulher devota de um marido que não lhe dá bola, mas ainda assim permanece fiel a ele.

Achei bem interessante como tudo foi mostrado com calma, principalmente a personalidade de Marta, interpretada genialmente por Alessandra Negrini que deu um show de interpretação em cada uma das cenas. O público foi se acostumando a protagonista e a vendo como uma mulher ímpar e completamente humana, cheia de conflitos e necessidades guardadas para si.

De longe, este foi o episódio mais complexo da série até agora e, sem dúvida, o melhor ao fazer uma análise geral. Desde a construção narrativa da história, até a intromissão do narrador, mas principalmente o desfecho surpreendente e muito divertido marcaram este episódio e mostrou que Daniel Filho realmente sabe fazer televisão.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Fazenda perdendo força

Após ter sido certamente o maior fenômeno de audiência do ano, A Fazenda 3 parece começar a perder o fôlego e justamente na entrada de sua reta final, o que pode parecer estranho, já que é normalmente quando o público mais se interessa por Realities Shows deste tipo.

Em 2010 nem a Globo pode se gabar por algum fenômeno de audiência - talvez Tititi em algumas médias que surpreenderam - e A Fazenda conseguiu números interessantes, bem acima da edição anterior e liderando até com mais freqüência que a primeira edição do programa. Com o elenco bem montado e um roteiro de tirar o fôlego, o programa conquistou a audiência graças às constantes brigas entre os participantes, brigas essas que, em determinados momentos, eram não apenas diárias, mas quase como o anúncio da tele-sena, de hora em hora.

Porém, o público brasileiro sempre deu mostras de ser tradicional. A última edição do Big Brother Brasil mostrou bem isso, quando todos os participantes considerados briguentos, causadores de confusão e, mesmo sendo honestos, falando o que ninguém quer ouvir, o telespectador foi tirando um por um do programa. O mesmo se repete agora. Os mais briguentos e que movimentavam a casa já saíram faz algum tempo e o que se vê diariamente é algo sem graça, parado, sem fôlego.

Para uma reta final isso é muito ruim. Foi o que aconteceu na segunda edição que teve uma audiência catastrófica e, é provável que A Fazenda 3 consiga boa audiência em seu programa final, mas começo a ter dúvidas se a média geral irá manter. Na última semana, o programa registrou a pior média semanal desde a estréia, o que mostra ser preocupante. No sábado e no domingo, o programa chegou a ficar alguns minutos com um dígito e, no domingo, ficou boa parte do tempo na terceira posição da audiência.

O que parecia ser um fenômeno, pode se tornar um final completamente fiascado. Tudo porque a edição quis criar novelinha com mocinhos e vilões e atrapalhou o jogo se é que há algum jogo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O marasmo de volta aos Domingos

Por praticamente um ano o domingo das TVs abertas do Brasil ficaram muito movimentados. Após a troca de emissoras de Gugu Liberato e Eliana, todo o Brasil queria saber como os dois se sairiam a frente de seus programas nas novas emissoras. Esse interesse durou de agosto a dezembro de 2009. 

Já no começo de 2010, após as férias do mês de Janeiro, o interesse ficou por conta de outro assunto. Eliana perdia fôlego e começava a cair vertiginosamente na audiência, saindo de médias incríveis de 13 pontos - e liderança em muitos momentos - para pífios 06 pontos e o quarto lugar. Já Gugu que, no começo, chegara a liderar contra o Fantástico, já não tinha mais forças para disputar contra seu ex-patrão Sílvio Santos e também seguia em 4º lugar.

O interesse se manteve após o primeiro quatrimestre do ano, pois a Rede Record não aguentou muito tempo as derrotas de Gugu e o transferiu de horário, voltando o apresentador para as tardes de domingo, horário que havia o consagrado na década de 90 no SBT. A partir daí, o interesse passou a ser em saber quem venceria aos domingos, Eliana ou Gugu.

Foram meses assistindo a derrotas e vitórias de ambos. Os interesses por vezes mudavam, como ver o Domingo Legal disputar com o Tudo é Possível e o Domingo Espetacular disputar com o Fantástico e o Programa Sílvio Santos.

Fato é que, aparentemente, não há mais disputa acirrada. Tudo se estabilizou, tudo perdeu o interesse e a disputa pela audiência aos domingos, pouco mais de um ano de intensa briga, voltou a ser o que era, um marasmo só. Enquanto as emissoras não buscarem novos formatos, novos quadros e até adaptarem horário, o público não mais se interesserá e não haverá mais disputa que chame a atenção da mídia.

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