sábado, 14 de abril de 2012

Vidas Opostas destruiu a grade da Record

Muito se tem falado nos últimos dias acerca da péssima audiência que a grade noturna da Rede Record vem registrando. De acordo com os dados divulgados pelo Ibope, a queda nos números de audiência da emissora é impressionante, principalmente após o fim de Vidas em Jogo.

Para muitos, a má audiência da emissora se deve ao fato da estreia de Máscaras, trama assinada por Lauro César Muniz que vem registrando um dígito de audiência - nesta sexta-feira a novela marcou apenas 07 pontos - mas o problema atende por outro nome, trata-se de Vidas Opostas, a reprise da novela de Marcílio Moraes que tem dado um resultado pífio.

Nesta semana, Vidas Opostas sofreu para segurar a vice-liderança e, em muitos momentos foi ultrapassada pelo SBT, na sexta-feira houve momentos do folhetim ficar em quarto lugar, algo inaceitável para o padrão da Rede Record. Com uma audiência tão baixa e entregando no chão para uma trama recém-iniciada, torna-se quase impossível exigir que haja boa audiência a partir dali.

Sempre foi evidente o erro da emissora ao anunciar Vidas Opostas no horário das 21 Horas. Uma novela que nunca foi fenômeno de audiência - fechou com 13 pontos de média - cheia de violência e num horário em que a Rede Globo coloca seu principal produto, tinha tudo para dar errado, e deu.  Se CSI já demonstrava desgaste, a Record cometeu um erro crasso ao substituí-la por uma novela sem nenhuma força para brigar, de fato, pela audiência.

A cada novo capítulo mais Vidas Opostas perde público e a emissora já fez uma alteração, colocando uma edição especial - e muito violenta - de Tudo a Ver entre a reprise e a trama de Lauro César, na tentativa de aumentar os números de audiência, contudo, ao menos neste primeiro dia, não houve qualquer resultado positivo.

Parece evidente que não há outra solução, senão reduzir drasticamente a quantidade de capítulos e terminar Vidas Opostas o mais rapidamente possível, a fim de evitar um fiasco de proporções gigantescas para a Record. Agora, a aposta é essa: quanto tempo até a emissora tirar a reprise do ar.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ex-BBB 12, Daniel deve estar no BBB 13

Foi anunciado nesta semana que a décima terceira edição do Reality Show Big Brother Brasil, que vai ao ar na Rede Globo a partir de janeiro de 2013, contará com 16 participantes: sendo 10 novos e 06 ex-participantes de edições anteriores. O que ninguém sabia é que esta foi a estratégia encontrada pela emissora para ajudar Daniel, expulso da casa neste ano acusado de estupro, a limpar seu nome.

A Rede Globo já fez o convite oficial para que ele retorne ao programa em 2013 e assim todo o desconforto em torno de seu nome seria resolvido. Daniel está pensando juntamente com sua advogada para determinar qual o melhor caminho num caso assim. Ocorre que já estava decidido antes do convite, que ele entraria contra a emissora com uma ação indenizatória por manchar seu nome, alegando que a expulsão serviu de condenação pública para as suspeitas de estupro e que ele teve sua imagem prejudicada.

Daniel foi acusado de estuprar a participante Monique, após uma festa do BBB 12 regada a bebida. Os dois ficaram se acariciando por horas e, imagens estranhas suponham que poderia ter havido sexo não consentido. O caso ganhou proporções grandes, virou caso de polícia e somente foi arquivado quando Monique negou que tenha havido sexo não consentido.

As inscrições para o Big Brother Brasil 13 já estão abertas e milhares de pessoas se inscreveram para participar do programa que escolherá 10 pessoas. A tática de reconduzir participantes para novas edições é muito usada em outros países e, no Brasil, já foi utilizada no BBB 10, inclusive, vencido por um ex-participante, Marcelo Dourado.

Aquele Beijo sai de cena sendo engraçadinha

Termina nesta sexta-feira a novela das 19 Horas, de Miguel Falabella, Aquele Beijo sai de cena sem cumprir a missão de manter a boa audiência alcançada por suas antecessoras - Tititi e Morde e Assopra fecharam na meta de audiência prevista pela Rede Globo - se encerrando com 25 pontos de média e, no currículo, o título de 3ª pior audiência neste horário.

Deixando de lado a audiência que, aparentemente persegue o autor - sua novela anterior Negócio da China é a pior audiência do horário das 18 Horas - a trama não conquistou o telespectador, mas é impossível dizer que Aquele Beijo tenha sido uma novela ruim. É bem verdade que o folhetim não aconteceu e suas histórias giraram em torno de si sem caminhar com muita qualidade.

O maior problema, sem nenhuma sombra de dúvida, se deveu ao núcleo principal que simplesmente não aconteceu. Com uma história sem nenhum carisma, morna e que não tinha como atrair a atenção da audiência, pois não se criou um roteiro linear construído com qualidade e criando diversos momentos. Além de tudo, os protagonistas não mostraram carisma junto ao público e acabaram caindo em toda espécie de maniqueísmo.

Os núcleos paralelos conseguiram caminhar de forma mais agradável. Com histórias bem mais interessantes, foram eles a tábua de salvação da novela. Se a trama conseguiu não fechar com uma audiência ainda mais baixa, muito disso se deveu ao excelente trabalho de Cláudia Jimenez no papel de Mãe Iara. A atriz roubou a cena, divertiu e conseguiu construir uma personagem leve, bem humorada e, principalmente com humor crítico que o autor já nos acostumou.

Aquele Beijo, de fato, não aconteceu. Apesar do bom trabalho de alguns nomes do elenco - Marília Pêra voltou a brilhar - a trama foi apenas engraçadinha. Como aquela festa legal que, estando lá a gente se diverte, mas ninguém faz questão de ir. E ninguém fez qualquer questão em assistir Aquele Beijo. Que venha Cheias de Charme.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Globo negocia 2ª temporada de Louco por Elas

A Rede Globo abriu negociações com João Falcão (Clandestinos), produtor executivo da série Louco por Elas na tentativa de conseguir produzir a segunda temporada do show. A série que se iniciou como um simples tapa buracos de programação da emissora, foi se encorpando, segurou a audiência - derrotou a minissérie Rei Davi em praticamente todos os episódios - e se firmou como sucesso de público.

A renovação ainda está distante, mas caminhando. A princípio, o maior problema é o elenco. Débora Secco alega cansaço e não teve boa recepção diante da oportunidade de segunda temporada, o mesmo ocorre com Glória Menezes. Du Moscovis, ao contrário, ficou satisfeito, pois demonstrou gostar bastante do projeto.

Louco por Elas traz como protagonista Eduardo Moscovis, no papel de um homem rodeado por mulheres. A filha, a ex-enteada que vive com ele, a mãe (Glória Menezes) e a ex-mulher (Débora Secco) com quem ele ainda tem alguns enroscos , além de outras mulheres que aparecem esporadicamente em outros episódios.

A primeira temporada de Louco por Elas terá um total de 21 episódios exibidos e, João Falcão e Rede Globo, negociam 13 episódios para uma possível segunda temporada que, se aprovada, deverá ir ao ar no primeiro semestre de 2013.

A importante crítica social de Avenida Brasil

Avenida Brasil estreou há pouco mais de duas semanas e já vem mexendo com os ânimos de todos - sejam telespectadores ou sejam os críticos - graças a um enredo sólido e bem desenvolvido por seu autor e também por conta da trama eletrizante, cheia de situações, viradas e acontecimentos que fazem com que o público não queira tirar os olhos da TV.

Por mais que a audiência esteja voltada para a história de vingança de Nina (Débora Falabella) contra sua ex-madrasta Carminha (Adriana Esteves), além do desenvolvimento dos núcleos paralelos - e, ainda bem, eles não são muitos - é preciso fazer uma reflexão sobre a importante crítica social que João Emanuel Carneiro vem cumprindo nestes primeiros capítulos de sua obra.

Em tempos de Classe C no topo da preferência nacional, não apenas na TV, mas principalmente na economia, tudo parece ser feito para este grupo de brasileiros. O sucesso de audiência atribuído a Fina Estampa foi justamente o fato de que a Classe C se enxergou nas personagens da novela e houve identificação. Em Avenida Brasil, certamente não há qualquer tipo de transferência e cumplicidade entre personagens e telespectador.

No folhetim, as personagens interpretam a Classe C não sob seu próprio prisma, mas através de uma visão caricata da própria sociedade. Ao se colocar a família de Tufão (Murilo Benício) com muito dinheiro, mas sem saber se portar diante de eventos finos, o autor mostra claramente - de forma exagerada para provocar o riso - a maneira como a sociedade enxerga a ascensão social dos brasileiros.

Verônica (Débora Bloch) representa muito bem a visão da classe elitista sobre a nova Classe C brasileira. Quando a personagem fala para o marido Cadinho (Alexandre Borges) que a família do noivo da filha tem dinheiro, porém não aproveitou para adquirir cultura, ela representa a visão individualista e preconceituosa da elite do país.

É evidente que Avenida Brasil não tem qualquer objetivo de mostrar a realidade sobre a Classe, a crítica é sobre o esforço exagerado para agradar este grupo. A Classe C no Brasil se transformou praticamente numa pessoa, numa entidade que precisa ser tratada e mostrada de forma específica e, até o momento, João Emanuel Carneiro, faz uma crítica bem humorada sobre este fenômeno que toma conta do país e, por isso, agrada a todos.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Máscaras abandona maniqueísmo e promete

Aconteceu na noite da última terça-feira, 10, a estreia da nova novela das 22 Horas da Rede Record. Com a assinatura de um dos maiores novelistas do país, Lauro César Muniz, Máscaras entra no ar com o objetivo de elevar a audiência do horário e recolocar a dramaturgia da emissora nos eixos e tentar alcançar a meta estabelecida em 15 pontos.

Numa análise inicial, é simples apontar dois fatores preponderantes: a julgar pela estreia, certamente o folhetim irá superar em qualidade geral suas antecessoras Ribeirão do Tempo e Vidas em Jogo sem qualquer dificuldade, porém, justamente por conta desta qualidade é que parece improvável imaginar que a audiência irá corresponder, por se tratar de uma história mais complexa e de difícil interpretação.

A estreia de Máscaras não foi simples e torna-se, inclusive, de difícil análise. Num olhar raso - como muitos certamente o fizeram e o farão - o primeiro capitulo foi arrastado, moroso e sem grande impacto na maioria do tempo. Porém, ao abrir os olhos para todas as camadas do excelente texto de Lauro César, percebe-se que este começo serviu muito mais de prólogo para preparar o telespectador para a história que será contada ao longo de seus mais de 200 capítulos.

De forma intimista e reflexivo, o roteiro utilizou recursos que fugiram do maniqueísmo, afastaram a trama do folhetim e a aproximaram muito mais das tradicionais séries americanas de mistério. Ao iniciar com a história principal já em andamento, Lauro César ousou e mostrou coragem, pois poderia ter a rejeição do público - como de fato, aparentemente aconteceu. 

A história da doença de Maria (Mirian Freeland) foi muito bem contada. Mesmo começando do fim, afinal a história inicia-se com a alta da personagem - o texto soube contar muito bem para quem assistia tudo que aconteceu com a personagem. O recurso da narração em off foi utilizado de forma correta a contribuiu bastante para a dinâmica do capítulo, é preciso ressaltar.

Os conflitos desta personagem deram o tom do primeiro capítulo. Em um trabalho detalhista de composição, Mirian Freeland se destacou e mostrou maturidade enquanto atriz. Bem mais dona de si em cena do que se viu em Poder Paralelo, ela mostrou que pode segurar bem a complexidade desta personagem e foi a dona do capítulo. Enquanto isso, Fernando Pavão e Petrônio Gontijo deram claros sinais de que ainda não estavam completamente a vontade em seus respectivos papeis.

Por mais que outros personagens tenham aparecido, tudo girou em torno de Maria. E, conhecendo o que foi divulgado do roteiro, fica claro que era necessário mostrar todo o contexto da história da personagem para o público. Um grande acerto de Lauro César. O equívoco ficou por conta de parte do elenco que não compôs de forma aprofundada suas personagens, mas principalmente da direção que errou bastante o tom. Quando Lauro César criou situações em que os diálogos se completam, certamente ele não imaginou que a direção marcaria a cena de forma que tudo saísse cantado, numa espécie de jogral infantil. Esta dinâmica mal construída pela direção prejudicou as primeiras cenas da novela e algumas situações importantes.

A estreia de Máscaras foi muito mais promissora do que se poderia supor. O texto afiado de Lauro César Muniz deu o tom e as perspectivas são excelentes. Mas é importante lembrar que o primeiro capítulo não representou a história que será contada, mas apenas foi um prólogo para o pontapé inicial da trama. Ainda assim, as expectativas ficaram altas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 150


Aquele Beijo: 24,92
Morde e Assopra: 29,41
Tititi: 28,92
Tempos Modernos: 23,80
Caras e Bocas: 30,74
Três Irmãs: 24,37
Beleza Pura: 28,06
Sete Pecados: 29,94
Pé na Jaca: 29,57
Cobras e Lagartos: 37,47
Bang Bang: 27,38
A Lua me Disse: finalizada
Começar de Novo: 31,70
Da cor do Pecado: 41,89
Kubanakan: 36,57
O Beijo do Vampiro: 27,41
Desejos de Mulher: 32,53

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 30


Amor Eterno Amor: 21,37
A Vida da Gente: 21,77
Cordel Encantado: 23,67
Araguaia: 21,83
Escrito nas Estrelas: 25,27
Cama de Gato: 25,13
Paraíso: 21,73
Negócio da China: 20,67
Ciranda de Pedra: 22,20
Desejo Proibido: 21,47
Eterna Magia: 26,03
O Profeta: 32,93
Sinhá Moça: 29,83
Alma Gêmea: 36,03
Como uma Onda: 25,60
Cabocla: 33,60
Chocolate com Pimenta: 36,50
Agora é que são Elas: 25,53
Sabor da Paixão: 26,37

Carta Aberta a Cristianne Fridman



Reino Encantado dos Palhaços, 10 de Abril de 2012.

Cara autora

Venho através desta, manifestar meu total apoio a você e sua equipe. Primeiramente, quero te parabenizar por chegar ao fim mais um de seus enriquecedores trabalhos. Tenho certeza que tanto você quanto todos os envolvidos na produção de sua telenovela Vidas em Jogo sentem-se realizados e bastante felizes com o resultado geral oferecido. Sei o quanto deve ser difícil o peso de ser novelista, mas você só tem a comemorar, afinal, fechar um trabalho 24% abaixo da meta definida pela empresa é quase nada. Tempos de crise, com certeza na Europa encontraremos resultados bem piores.

Quero aproveitar a oportunidade para dizer que fiquei admirado com sua maturidade enquanto autora. Com um roteiro nas mãos, bem organizado e bem definido, você soube contar sua história por 11 meses com maestria e isso se deve ao fato de que a barriga de Vidas em Jogo foi seu charme, afinal, quem não gosta de uma gordinha? Mas quero fazer algumas importantes observações:

1 - Genial sua solução de colocar a mocinha como vilã. Super criativa esta ideia em tempos de Revenge e Avenida Brasil e uma saída bem pensada. Não se preocupe com críticas. Os buracos e as incontáveis falhas no roteiro que colocavam Rita como uma moça de valores são bobagens. O que vale é o fim, não como a história foi contada. O importante é chocar e você conseguiu.

2 - Tenho certeza que Tiago Santiago, outro grande novelista, se sentiu emocionado com sua homenagem. Utilizar o nome da novela dentro do texto, nos diálogos das personagens é um recurso riquíssimo e que autores arrogantes e cegos pela experiência não utilizam. Parabéns pela humildade em reconhecer um recurso genial criado por um colega e lançar mão dele. Me emocionou.

3 - Você tem motivo de se orgulhar de seu elenco. Que trabalho impecável. Acho que nem em O Poderoso Chefão vimos uma plasticidade tão incrível quanto em Vidas em Jogo. Guilherme Berenguer e Julianne Trevisol certamente serão lembrados pela composição mais completa da História da Teledramaturgia Nacional. Quem disser o contrário, mente.

4 - E o tratamento ao universo das drogas? Belíssimo desfecho não matar o drogado, mas o pai do menino que não era usuário, mas usou apenas no fim. Sua lição de vida de que, o filho pode levar o pai para as drogas e o matá-lo me deixou com lágrimas nos olhos. Poucas vezes me emocionei tanto na vida.

5 - Genial você mostrar que não houve assassinatos. Todos os crimes mostrados sendo explicados com o recurso da presença de um dublê. Não se preocupe quando apontarem todas as falhas no percurso, porque elas foram muitas, novamente digo: o importante é surpreender. Não precisa ter lógica, não precisa ser coerente. O público não se preocupa com linha narrativa, o público nem consegue pensar. E você surpreendeu.

6 - Se alguém lembrar que forjar a própria morte é crime em diversas áreas - falsificação de documentos é uma - não fique tensa, apenas diga: licença poética. No Brasil de Vidas em Jogo as leis são outras, mesmo que isso nunca tenha sido dito e a novela sempre tenha caminhado mostrando que tratava da realidade, o importante é que no último capítulo você provou que as Leis é você quem faz.

7 - Por fim, te agradecemos. Juntamos aos 07 palhaços que você, magistralmente criou, e nos tornamos dezenas, centenas, milhares. Milhões de palhaços que acompanharam por 11 meses a trama que chegou ao fim provando que a maior premissa da história era uma grande mentira. Parabéns

O circo da Teledramaturgia será eternamente grato.

Estamos te enviando um kit palhaço como forma de gratidão, esperamos que você receba.

Com gargalhadas, nos despedimos.

Att.

Palhaços e Bobos da Corte.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 10


Avenida Brasil: 34,90
Fina Estampa: 37,90
Insensato Coração: 32,10
Passione: 32,20
Viver a Vida: 37,70
Caminho das Índias: 35,30
A Favorita: 34,40
Duas Caras: 36,50
Paraíso Tropical: 36,10
Páginas da Vida: 46,90
Belíssima: 48,70
América: 49,50
Senhora do Destino: 46,70
Celebridade: 44,30
Mulheres Apaixonadas: 42,70
Esperança: 41.50

Vidas em Jogo concorre a Prêmio Internacional

Imagem de divulgação com Nome internacional da novela
Foram anunciados neste domingo os indicados ao Prêmio Banff, premiação canadense para diversas categorias de TV e internet em dramaturgia em todo o mundo. São diversas as categorias e, anualmente, o evento também premia a melhor telenovela. Em 2012, o único folhetim brasileiro a figurar na lista de indicados foi a novela Vidas em Jogo da Rede Record.

São seis os indicados, e a trama de Cristianne Fridman - que por sinal chega ao fim nesta noite - concorre com tramas de diversos países: África do Sul, Coréia do Sul, Canadá, EUA e Venezuela. Como não há duas novelas de um mesmo país entre os indicados, as tramas da Rede Globo ficaram de fora.

O Banff é um prêmio considerado mediano no circuito de dramaturgia mundial e, no Brasil, já foi vencido pela novela das 18 Horas da Rede Globo, Cama de Gato. É a primeira vez que a Rede Record tem uma obra sua na premiação. A lista dos vencedores será divulgada em cerimônia no Canadá e acontece no mês de Junho.

Domingo na TV: Domingo Espetacular

A coluna semanal que trata do domingo na TV brasileira está chegando ao fim. Esta é a última semana, uma vez que a análise do Pânico na Band já ocorreu em sua estreia e seria inviável fazer outra análise agora, tão pouco tempo depois. Após escrever sobre praticamente toda a programação dominical das três principais emissoras abertas da televisão brasileira, a coluna se despede analisando a revista eletrônica da Rede Record, o Domingo Espetacular.

O programa que segue os mesmos moldes da concorrência, parece ser uma boa opção para os fins do domingo, principalmente quando a produção trabalha com o que tem de melhor: o jornalismo. Mais do que até o Fantástico, o Domingo Espetacular apresenta reportagens especiais em quantidade interessante, o que torna-se uma opção interessante, graças ao tamanho exagerado desse tipo de formato que ocupa 03 horas da programação da noite.

Quando os profissionais de jornalismo do programa se voltam para o trabalho profissional de investigação na busca por denunciar um assunto de interesse público, as pautas ficam bem atraentes e, normalmente, os temas são tratados com a profundidade necessária para conseguir atrair a atenção da audiência. Neste quesito há um acerto enorme.

Importante salientar o espaço que o Domingo Espetacular deu para a própria programação da emissora. A reportagem com foco interessante sobre a próxima novela da emissora, Máscaras, foi fundamental para mostrar a maturidade e homogeneidade que a emissora atravessa em sua programação toda. Mais do que simplesmente ocupar o tempo do jornalístico, a matéria atraiu a atenção dos telespectadores para o folhetim e isso é um dos pilares da boa programação.

O grande problema é quando ele deixa o jornalismo e entra no entretenimento. Sem a mesma pegada, principalmente porque trabalha com profissionais de jornalismo investigativo, o programa perde o sentido e apresenta reportagens inocentes, quase infantis e que não conseguem atrair a atenção de ninguém. Reportagens de entretenimento sem charme e sem enfoque para o público são apenas tapa buracos de pautas e deixa o programa cansativo.

Ainda assim, o balanço é positivo. O Domingo Espetacular acerta no tom das reportagens e tenta, na maneira do possível, não ser cansativo. Os grandes problemas, contudo, são as estratégias equivocadas de break e os momentos de entretenimento em que os apresentadores se perdem completamente. De resto, uma boa opção.

domingo, 8 de abril de 2012

O Acerto na Reta Final de Aquele Beijo

Aquele Beijo encaminha-se para sua última semana. A trama assinada por Miguel Falabella certamente não deixará muitas saudades à cúpula da Rede Globo. Com 25 pontos de média, cinco abaixo da meta para o horário, o folhetim não conseguiu segurar os bons índices alcançados pelas duas últimas novelas do horário, mas sai de cena de maneira curiosa.

Após um início arrebatador, com audiência em alta, a trama foi perdendo telespectador dia após dia. Isso porque sua trama, muito elitizada, não conseguiu prender a audiência em nenhum ponto. Nem o núcleo principal, com uma história pouco chamativa e muito menos os núcleos paralelos e cômicos, com piadas e situações complexas demais para o telespectador mediano, foram capazes de atrair a população.

Porém, é inegável que Miguel Falabella acertou em cheio nesta reta final. As situações mais amalucadas ganharam espaço e o folhetim deixou de levar-se a sério para tornar-se uma novela deliciosa de se assistir. Com o mesmo humor afiado com que o autor nos acostumou, porém com situações absolutamente mais fáceis de se compreender, a reta final encorpou-se e tornou-se impossível assistir a novela sem soltar gargalhadas a todo instante.

Não apenas a solução para mãe Iara (Cláudia Jimenez) transformando-se em fantasma foi excelente e divertida. Mas uma história dramática ganhou ares de humor e foi o maior acerto da história. A revelação de que Agenor (Fiuk) era filho bastardo do cantor Fábio Jr. foi extremamente corajosa, mas muito divertida e bem colocada.

Aquele Beijo pode até não deixar saudades, mas certamente será lembrada por uma reta final corajosa, divertida e que ainda nos permitiu lembrar dos grandes momentos de Marília Pêra, retirada das vilanias e levada ao núcleo cômico com todo o cuidado e destreza.

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