sábado, 13 de março de 2010

Cultura lança DVD da série Tudo que é Sólido pode derreter


Exatamente neste momento está acontecendo em São Paulo, mais precisamente na Livraria Cultura do Shopping Bourbon Pompéia o lançamento do DVD da 1ª temporada da série da TV Cultura, Tudo que é Sólido pode derreter.

O DVD é um prêmio da TV Cultura para os telespectadores que não puderam, de alguma forma, acompanhar esta série que é uma luz no fim do túnel para a TV brasileira, pois é de uma qualidade ímpar, marca registrada dos produtos da emissora. Diferentemente de outros sucessos da Cultura ao longo da história - como Rá-tim-bum, Castelo Rá-tim-bum, X-Tudo e Mundo da Lua - esta série não é voltada para o público infantil, mas para um grupo um pouco maior, os adolescentes.

Se pensarmos que existem outros produtos voltados para o mesmo público, como Malhação, da Rede Globo, percebe-se nitidamente a preocupação da produção da TV Cultura em apresentar algo diferente, mais aprofundado, fugindo do estereótipo dos adolescentes e mostrando os conflitos, sempre com um prisma interessante.

Tudo que é Sólido pode derreter não fez o mesmo sucesso estrondoso que outras grandes produções da emissora fizeram ao longo da história, porém a qualidade impressiona, tanto na produção, quanto no texto, na direção e também nas atuações. O elenco foi muito bem escolhido e o resultado visto nas telas foi muito bom.

A 1ª temporada conta com 13 excelentes episódios que mostram o universo adolescente e também permite ao telespectador ter uma visão ampla dos pensamentos destas pessoas sob vários temas, como literatura, música, relacionamentos. Escrita por Rafael Gomes e Esmir Filho, a série pode ter uma 2ª temporada. De acordo com a direção da TV Cultura que falou ao TVxTV, existe a possibilidade de uma outra temporada, a emissora está em negociação com a produtora responsável pela série.

No lançamento do DVD, na Livraria Cultura, estarão presentes parte do elenco, além do criador e diretor da série Rafael Gomes, todos respondendo perguntas dos fãs, além de realizar sessão de autógrafos. Haverá ainda o sorteio de 2 boxes da primeira temporada completa. O evento começou as 11 da manhã e tem previsão de se estender até as 3 da tarde. Eu não moro em São Paulo e infelizmente perderei este excelente programa, se você é da Capital, não perca. Livraria Cultura, Shopping Bourbon Pompéia.

Na TV Cultura a série Tudo que é Sólido pode derreter vai ao ar às segundas às 6 da tarde com reprise aos domingos a 1 e meia da tarde, para quem não conhece, vale a pena conferir.


sexta-feira, 12 de março de 2010

SBT tenta contratar Tom Cavalcante


O blog recebeu uma notícia já faz algumas semanas, mas por prudência preferiu apurar com mais cuidado as informações até que, nesta semana outra fonte confirmou a informação de que Tom Cavalcante está negociando secretamente com o SBT para, ainda em 2010, fazer parte do cast da emissora paulista.

De acordo com a fonte ligada ao SBT, o desejo de contar com Tom é principalmente da filha de Sílvio Santos, Daniela Beyrute que assumiu a direção geral da emissora desde o ano passado e é responsável pelas principais e mais positivas mudanças na grade da Rede. Ela considera o humorista um dos melhores do país e acredita que ele pode contribuir muito para que a emissora recupere a vice-liderança de audiência.

As negociações não são fáceis. Um dos pontos é o salário, uma vez que Tom Cavalcante recebe um gordo salário por mês na Record, mas as partes estão tentando chegar a um consenso que agrade a ambos. O SBT está disposto a pagar, pelo menos, o mesmo que ele ganha atualmente. Outro ponto é a recisão com a atual emissora, pois a multa é alta e Sílvio Santos não quer pagar tantas multas como já fez em 2009. Mesmo assim, Daniela Beyrute tenta convencer o pai desta possibilidade mostrando que esse investimento pode ser muito acertado, já que além de audiência, Tom pode levar faturamento para a nova casa.

Por parte de Tom Cavalcante, tudo que ele mais quer é que paguem sua multa e assim ele saia da Record sem olhar para trás. O humorista está muito decepcionado com o tratamento que vem recebendo da Rede e não tem mais a menor vontade de continuar lá. Quando ele foi contratado, além do alto salário, um dos argumentos utilizados para convencê-lo a deixar a Rede Globo, foi que lá ele era tratado como mais um comediante, enquanto na Record ele seria o principal e teria muitas regalias.

Atualmente, seu programa, o Show do Tom, está escondido na grade da emissora, indo ao ar aos sábados já quase meia noite e sem grande repercussão, pois além de ir ao ar na pior noite da TV aberta, ainda não recebe muita divulgação. Seu segundo programa, a série, ficou no ar pouco tempo e logo a Record rifou. Tom tem dito abertamente a amigos que prefere sair da Record, pois tem sido pior tratado do que era na Globo.

A idéia de Daniela Beyrute é dar a Tom um programa nos mesmos moldes do que ele apresenta na Record, provavelmente aos domingos e ainda permitir que ele produza uma sitcom semanalmente, que entraria nas férias de algum dos programas do SBT Show. Daniela acredita que as sitcoms podem ser o diferencial da emissora para os próximos anos.

As negociações, segundo a fonte, estão avançadas, mas longe de estarem fechadas, pois existem muitos itens contratuais que estão emperrando o acordo mais rápido. E aparentemente a Record não tem interesse em barrar isso, pois julga que o humorista não vem contribuindo muito com a emissora nos últimos tempos. É esperar para ver o desfecho da história.


quinta-feira, 11 de março de 2010

Por que tantos remakes? Falta criatividade?


Nos últimos anos a TV aberta brasileira evoluiu bastante na quantidade de folhetins produzidos pelas emissoras. Existem núcleos de dramaturgia na Rede Globo, na Rede Record e no SBT, além da BAND que teve seu núcleo até bem pouco tempo e já está reativando, ao que parece.
Técnicos e profissionais da área agradecem, afinal, com o Mercado aquecido aparecem novas oportunidades de emprego para um grupo de pessoa que antigamente ficava resumido a Rede Globo que, durante um bom tempo foi a única a produzir folhetins no Brasil, o que significa ser muito pouco.
Três emissoras atualmente produzem novelas. Na Globo são as tradicionais três novelas no ar, na Rede Record atualmente é uma novela, mas logo serão duas e no SBT também uma novela, ou seja, atualmente temos 05 folhetins nacionais passando diariamente na TV aberta.
Por si só isto já é sensacional, mas poderia ser melhor, bem melhor. O problema é que todas as emissoras brasileiras sofrem do mesmo mal: a insistência em produzir e investir em remakes de folhetins antigos e de sucesso. Eu não sei quem foi o criador desta criação que, em determinados momentos, pode ser positiva, mas quando explorada a exaustão se torna desgastada e indica um problema.
A Rede Globo finalmente está com três novelas inéditas e originais no ar, porém, até bem pouco tempo atrás exibia o remake de Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa e, nos últimos anos ainda produziu Cabocla e Sinhá Moça, também remakes do mesmo autor. Num futuro próximo, mais precisamente em julho, os remakes voltam a tela da Rede na próxima novela das 7, Ti ti ti, obra de Cassiano Gabus Mendes que Maria Adelaide Amaral irá explorar.
A Rede Record atualmente está no ar com uma única novela, e é remake. Bela a Feia é mais do que remake, é uma repetição sem fim, já que foi explorada por todos os lados, mas no caso da emissora da Barra Funda, a idéia original é baseada em Beth, a Feia da Televisa, rede de TV mexicana e atualmente parceira da emissora no país. Em breve a emissora terá duas tramas no ar, uma original, Ribeirão do Tempo, de Marcílio Morais e Cuidado com o Anjo, mais um remake mexicano.
O SBT retomou seu núcleo de dramaturgia com força ao contratar Tiago Santiago e alguns grandes nomes da dramaturgia como Betty Faria e Jussara Freire, porém a escolha do folhetim para inaugurar este período foi também um remake. Tiago Santiago está reescrevendo a trama de Vicente Sesso, Uma Rosa com Amor.
Parece inacreditável que um país considerado por muitos como o melhor produtor de telenovelas do mundo fique tão preso a idéias antigas e que todos conhecem. A impressão que se dá é que falta criatividade para a atual geração de novelistas do Brasil, porém se pensarmos um pouco além disso, vemos que não é este o problema. Está claro que os remakes são desejo das emissoras e não propriamente dos autores, então não se pode acusá-los de pouco criativos. O que falta, portanto, não é criatividade aos autores, mas ousadia às emissoras que parecem preferir o velho com cheiro de naftalina ao jovial e criativo. Uma pena, pois novelas inéditas podem apresentar gratas surpresas como é o caso de Cama de Gato.
Não sou defensor de banir os remakes, pois entendo que grandes obras da dramaturgia merecem ser vistas com outro prisma e em outro momento histórico da TV, mas sou contra o exagero. As emissoras estão utilizando o remake como muleta para a falta de ousadia e isso deve ser combatido, pois pode levar a teledramaturgia do país ao buraco sem fim.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Record e SBT unidas... no caminho errado

A idéia do título é sugestiva. Se pensarmos que a 2ª e 3ª maiores emissoras do país juntas, não chegam a audiência da Rede Globo que continua liderando, talvez uma junção se tornasse interessante, mas evidentemente inviável e não é sobre isto que este texto vai tratar, mas sobre a unidade da Record e do SBT em reclamar, reclamar e reclamar ao invés de trabalhar.

Ninguém se esqueceu ainda do estardalhaço que a Rede Record fez ao produzir em seu principal jornalístico, o Domingo Espetacular, uma grande reportagem 'denunciando' o sistema de medição feito pelo Ibope. Na ocasião a emissora fez questão de mostrar o que ela enxergava como inúmeras falhas e distorções no sistema da empresa. A Rede divulgou nota informando que, por não acreditar e confiar no sistema do Ibope iria, a partir daquele momento, parar de se basear nos números. Algumas semanas depois o que vimos? A emissora divulgando releases para a Imprensa mostrando os bons resultados de audiência de seus programas, ou seja, quando o número é satisfatório deve ser utilizado, quando não é deve ser denunciado.

A emissora foi duramente criticada pela mídia e por telespectadores que freqüentam o mundo virtual. Alguns desses, fãs assumidos do SBT, zombavam da Record afirmando que a emissora não sabia aceitar uma derrota. Porém, o caminho do SBT não é tão diferente. Ontem, durante exibição do filme Harry Potter e a Ordem da Fênix (5º filme da saga e ainda inédito na TV aberta até então), a emissora certamente esperava grandes resultados em audiência como normalmente ocorre quando um filme da franquia vai ao ar. Mas não foi o que aconteceu, Harry Potter obteve apenas 8 pontos de média contra 11 de Bela, a Feia e 10 de A História de Ester.

Então, o que um diretor do SBT fez? Foi para o twitter reclamar do Ibope. Sensacional, não? Segundo o diretor - que para piorar ainda apagou o twitt depois - mesmo que o SBT comprasse os direitos de exibição de Avatar e divulgasse amplamente o dia da exibição, daria 06 pontos e "lá" daria 65. Engraçado é que não vimos este diretor reclamando dos números do Ibope quando o Sílvio Santos venceu o Gugu, ou quando, em alguns domingos, a Eliana chegou a liderança. quando o filme A Fantástica Fábrica de Chocolates chegou a picos de liderança e deu 13 pontos de média, ele também não reclamou.

Ou seja, a Record e o SBT se atracam, as vezes até de forma exagerada, brigam com todas as suas armas - algumas até pífias - na busca pela consolidação da vice-liderança entre as emissoras abertas do país, mas o que se vê, é que nem uma nem a outra merece esta posição. Ao invés de seus diretores irem trabalhar para melhorar os números de audiência, eles preferem sentar e reclamar de protecionismo às rivais.

E há uma explicação perfeitamente lógica para o resultado da audiência do filme. Início de ano letivo, crianças dormindo cedo para ir ao colégio e, principalmente, os cortes abusivos que a direção da emissora fez sabe Deus por que quase que descaracterizando o roteiro.

Este é um dos motivos - e não o principal, mas importante - pelo qual a cada dia mais a Rede Globo segue tranqüila em seu reinado absoluto como líder da preferência do público. As concorrentes mais reclamam do que trabalham, uma pena.


A História de Ester é uma afronta a Bíblia e a dramaturgia


Assisti três episódios de A História de Ester, primeira minissérie produzida pela Rede Record e que foi alardeada aos quatro cantos do país até a estréia e o que eu vi foi mais do que suficiente para uma conclusão óbvia: a produção é ruim, muito ruim.

Desde a primeira cena já era possível notar que não sairia nada de proveitoso dali. A seqüência de guerra em que a Pérsia toma o povo de Israel por escravo beira o ridículo. Principalmente se pararmos para pensar que a emissora tentou a todo custo copiar sem um pingo de vergonha a seqüência de guerra do filme 300, evidente que a cópia não ficou igual ao original e o que se viu na TV foram cenas de dar vergonha alheia. Como bem definiu uma amiga: "Utilizaram o restante da verba de Os Mutantes para produzir a cena".

Se o problema fosse exclusivamente nas cenas de guerra, não haveria motivo para tantas críticas, afinal, essa seqüência é apenas no começo, antes da história em si iniciar-se. Mas quando as personagens são apresentadas e o texto começa a valer, o que se vê é um total desconhecimento de uma das mais lindas histórias bíblicas e a falta de compromisso do roteirista em tentar, no mínimo, se manter fiel a história. Novamente este não é o maior problema, pois adaptações são sempre bem vindas, mas não quando são, é de lamentar.

O texto é ruim, os diálogos são tão infantis que, as vezes, parecem escritos por Tiago Santiago e as situações tão arrastadas que lembram o selo Manoel Carlos, só que tudo muito piorado. Frases mal colocadas, diálogos que nunca - repito NUNCA - seriam ditos na época do reinado persa, ou seja, total desconhecimento histórico, além de falta de criatividade para se produzir.

As atuações também não são exceção. Seguem o mesmo caminho da produção como um todo e a maior parte dos atores e atrizes compuseram muito mal suas personagens, dando um ar superficial e irreal para as cenas. Claro que muito disso se deve a péssima estrutura montada pela Rede Record com essas barbas falsas que parecem oriundas de festa de carnaval de fundo de quintal e os penteados ridículos das personagens.

Existe um único detalhe positivo nesta produção infeliz da emissora. E ela atende pelo nome de Vanessa Gerbeli. A atriz está impecável e mesmo diante de um texto ruim, vem sabendo construir bem sua personagem e se sobressaindo diante de todo o elenco.

Uma emissora como a Record não se pode mais dar ao luxo de produzir algo tão ruim. A teledramaturgia da emissora melhorou muito nos últimos anos e, com o interesse em produzir outros produtos e não apenas novelas, a Rede deve apostar sim no formato de minisséries que é muito interessante, mas deve produzir algo de qualidade e deixar de ter preguiça. Minissérie por ter poucos episódios deve ser feita com maior cuidado, mais carinho e com acabamento bem amarrado, senão o resultado é catastrófico, exatamente como vemos na tela.

A diferença entre A História de Ester e Dalva e Herivelto - minissérie produzida pela Rede Globo em 2010 - é gritante. Ao comparar não parece que uma foi feita pela primeira emissora do país e outra pela segunda, neste caso, a produção da Record lembra mais as da Rede TV.

Quando a emissora anunciou que iria produzir uma minissérie baseada no livro bíblico de Ester eu fiquei muito empolgado porque conheço a história e sei o quanto é bela. Mas uma série de erros fazem a Record pagar mico diante de todos que prezam pela verdadeira História de Ester e também por todos os amantes de dramaturgia. Pena.


terça-feira, 9 de março de 2010

Hebe, Danilo Gentili e a Hipocrisia no Brasil

Ontem um furacão passou pelo Twitter e pela internet brasileira. Logo no início do programa Hebe - que marcou a volta da apresentadora ao SBT após sua parada para férias e tratamento do Câncer - o humorista Danilo Gentili fez uma piada em seu Twitter. Uma frase mais ou menos assim: "Assistam: Agora no SBT O Retorno da Múmia".

Essa piada foi suficiente para que uma onda de críticas ao humorista partissem de todos os lados obrigando-o a apagar seu twitt para evitar maiores problemas. As pessoas acusaram Danilo de tudo que se possa imaginar, inclusive com ofensas a sua pessoa, caráter e personalidade, tudo "em prol de defender a rainha da TV brasileira" que para essas pessoas havia sido desrespeitada.

Essas são as mesmas pessoas que seguem ou seguiam Danilo Gentili no Twitter e muitas, inclusive, retuítam várias vezes as piadas parecidas que o humorista costuma colocar no microblog. Piadas piores já foram feitas com outras celebridades, inclusive na época do erro gramatical de Sasha, filha de Xuxa, boa parte dessas pessoas riram das piadinhas dos humoristas no Twitter.

A justificativa dos corneteiros de plantão foi que Hebe enfrenta uma doença e merece respeito. Isso mostra o tamanho da hipocrisia e atraso que o Brasil vive, afinal, ainda se ofendem com qualquer brincadeira, e pior, acham que ofendendo de volta estarão dentro de suas razões como se vivêssemos na terra de ninguém. Eu afirmei no meu Twitter e fui criticado, mas reafirmo que a piada foi bem feita e eu a vi como uma homenagem a Hebe, dentro do padrão dos humoristas do CQC.

Duas verdades precisam ser ditas também. A primeira é que Danilo Gentili e afins são ótimo para fazer piadas... com os outros porque quando fazem com eles, normalmente o que se vê são eles reclamando e apelando, o que mostra que os próprios vivem a hipocrisia reinante do Brasil. Outro ponto e que foi abordado também no Twitter pelo ótimo jornalista Alê Rocha é que chegamos num ponto em que tudo que se fala é preciso de autorização ou se inicia uma campanha #ForaFulano. Ele tem razão. Ontem tentaram até Campanha pedindo Danilo Gentili fora do humorístico da BAND, um grau de paranóia sem tamanho.

No Brasil tudo é muito simples. Quando a piada é com alguém que não conhecemos e não temos carinho pode-se fazer e vamos rir juntos. Mas o mesmo estilo de piada, com alguém próximo, se torna ofensivo. Pimenta no dos outros é refresco, ne?


A Volta de Hebe e o desafio do SBT


A Hebe voltou. Uma volta triunfal e digna de realeza - já que a maior parte das pessoas gostam de tratá-la como a Rainha da TV brasileira. Num programa muito bom, como há muito a apresentadora não via, com grandes atrações e quadros bastante interessantes e que prenderam a atenção do público, além de excelentes musicais.

A audiência não decepcionou e, como era previsto, foi a melhor marca do programa nos últimos anos, já que principalmente em 2009 Hebe vinha amargando péssimas audiências, chegando a dar pífios 02 pontos em algumas vezes, o que para uma apresentadora do porte dela chega a ser humilhante.

O programa desta segunda-feira foi completamente diferente. Nem de longe lembrava a coisa monótona, sem graça e impossível de se assistir que havia se tornado o "Hebe" pelo SBT nos últimos tempos. A direção do programa soube fazer uma homenagem e uma volta digna a uma das maiores apresentadoras do Brasil que estava completamente deslocada na grade da emissora e era carregada como se fosse um peso morto.

A empolgação foi grande. O resultado ótimo. Mas e agora? A partir da próxima segunda-feira o desafio da direção do programa é tornar Hebe atrativo para o público. Afinal, atrair a audiência com o casting Global é fácil - segunda-feira esteve no programa Xuxa, Ana Maria Braga, Marília Gabriela, e o Rei Roberto Carlos - o problema, é tornar o programa interessante sem este elenco estelar comparecendo para alavancar os números do Ibope.

O grande desafio está lançado. Será que a cúpula do SBT irá conseguir dar um programa digno a Hebe Camargo ou a partir da próxima segunda-feira voltaremos a ver a mesma coisa chata de sempre?


segunda-feira, 8 de março de 2010

A Nova Grade do SBT é boa, mas pode melhorar


Com uma semana todos os programas do SBT já foram exibidos, sejam os novos programas que entraram na grade ou os mais antigos que tiveram alteração de data e horário devido aos ajustes na programação que a emissora tanto alardeou para o mês de março de 2010. E com a exibição e as mudanças vistas já é possível fazer uma análise calma e sensata das decisões da cúpula do SBT.

A primeira conclusão a que se pode chegar é que a Nova Grade é interessante, além de muito mais organizada e clara aos telespectadores, o que é uma vantagem e tanto se considerarmos que a emissora tem longa tradição de não apresentar muita organização na disposição de seus programas ao longo da grade. A Linha de Shows as 10 de noite tem por objetivo principal receber migração com o fim da novela das 8 e isso deu muito certo em anos anteriores e também em outras Redes de TV.

A grande questão e esse é um ponto fundamental, é que os programas se repetem, e isso, não há dúvida irá prejudicar os números de audiência. O SBT ainda não entendeu que alguns de seus programas precisam de descanso entre temporadas exatamente como ocorre em outros países. O Qual é o Seu Talento - que agora é apresentado todas às segundas - tem um grande potencial, mas sem descanso, faz com que o público perca o interesse, pois mal acaba uma temporada e já se inicia as audições da outra. O mesmo ocorre com o ótimo Esquadrão da Moda, com um diferencial, o Esquadrão é mais ágil, mais prática, o que o torna bem mais atraente, mesmo que sem descanso.

Nos novos programas o SBT acertou em cheio no formato e errou de forma retumbante nas datas. Conexão Repórter é, de longe, o melhor jornalístico que já passou pela emissora nos últimos anos. Com o selo de Roberto Cabrini, um dos mais competentes jornalistas investigativos deste país, o programa é ágil, interessante, e muito aprofundado. A estréia foi excelente em termos de conteúdo, porém, a data está equivocada. Quinta-feira não é dia para um programa como este, uma vez que, ao longo de todo o ano irá disputar espaço com a Linha de Show de maior audiência da Rede Globo, A Grande Família, o que torna inviável uma grande audiência. Cabrini e seu programa deveriam estar aos domingos, as 7 da noite, batendo de frente com Domingo Espetacular da Record, sem dúvida chegaria a liderança.

O mesmo problema ocorre com Aventura Selvagem. O programa é bom e Richard Ramussem sabe dar o tom correto para o estilo. O grande diferencial do formato, na verdade, é o apresentador que é extremamente ousado e mostra de um jeito absolutamente diferente a vida animal, tornando o programa charmoso e bem divertido. Novamente o SBT desperdiça o potencial ao colocar Aventura Selvagem aos sábados, quando certamente poderia colocá-lo às quintas, no lugar de Conexão Repórter. Entenda: Aventura Selvagem não tem pretensões de liderança, mas poderia facilmente atingir dois dígitos de média e ser vice-líder na quinta, e Conexão Repórter aos domingos iria disputar a liderança.

E ainda existe a novela Uma Rosa com Amor que, como eu já disse, apresenta elementos muito interessantes, mas vai levar um tempo até o público se acostumar com produções de teledramaturgia no SBT, por isso a audiência tende a crescer aos poucos. De qualquer forma, a nova grade é interessante e muito importante para esta nova fase da Rede e, aos poucos, deve trazer resultados. Porém, os resultados mais significativos deverão aparecer apenas em Abril, quando acaba a novela Bela a Feia, na Rede Record e o público deve migrar, como acontece sempre em início de nova novela e é aí que o SBT deve apresentar excelentes programas para conquistar o público e retomar a vice-liderança. Se é que isso é possível.


*Este texto também está disponível no site Famosidades, do MSN Entretenimentos. O melhor site sobre o mundo dos famosos.

domingo, 7 de março de 2010

A chatice que se tornou o Pânico na TV


Desde que voltou das férias, o programa Pânico na TV, exibido aos domingos pela Rede TV ainda não disse a que veio. Após longas férias que, de acordo com os próprios membros da equipe, serviram para que o grupo preparasse novidades, desse um ar jovial aos quadros e também preparassem novos quadros, o que se viu no humorístico que já foi a grande atração da TV brasileira, foi um amontoado de quadros velhos e mofando e que já não tem mais o apelo popular.

Quando saiu do Rádio e surgiu na televisão, o Pânico na TV foi considerado uma das maiores novidades do veículos na década. Com um jeito diferente de fazer humor, sátiras e sem medo de perguntar nada a ninguém, até com piadas infames a famosos, o grupo conseguiu atingir números expressivos de audiência, principalmente se considerarmos que eles pertencem ao casting da 5ª - apenas a 5ª - emissora do país e conquistar momentos de liderança no horário nobre de domingo era um feito e tanto.

Ocorre que entra ano e sai ano e praticamente não há mudança no esquema do programa. Sempre com humoristas visitando festas de famosos - ou não - fazendo piadinhas infames sobre o aspecto físico ou psicológico de seus entrevistados e sempre tentando pregar peças em alguém. Não há inovação, não há criatividade e as piadas já perderam graça há muito tempo, principalmente porque são sempre as mesmas, mudando apenas a variação conforme a vítima.

Desde que outro humorístico de qualidade surgiu - CQC pela BAND - o Pânico começou a perder a visibilidade, principalmente porque os meninos do CQC mostraram como fazer humor de qualidade sem precisar apelar para os clichês e para as ofensas. Ainda assim, o programa sobreviveu bem - e muito bem - em 2009 com uns últimos suspiros de inspiração do grupo ao criarem quadros interessantes que alavancaram a audiência.

E após as tais férias de fim de ano, voltou o Pânico na TV com o mesmo formato, mesmo perfil, mesmos quadros, mesmos humoristas, mesmas piadas e sem nenhuma graça. E pensar que houve algumas pessoas que ousaram dizer que eles seriam os propensos substitutos ao Casseta e Planeta, hoje essa afirmação é quase uma heresia ao se pensar na baixa qualidade do programa da Rede TV que aposta sempre nas piadas infames e nos abusos de clichês para tentar, e não conseguir, fazer graça.

Hoje, temos melhores programas na televisão ao se pensar em humorísticos. Já não faz mais sentido assistir ao Pânico quando temos CQC - que mesmo em baixa em 2009, segue muito melhor - e o novo achado da TV brasileira, o excelente É Tudo Improviso. Dois programas que não apenas ofuscam, mas apagam e escondem o Pânico na TV que tem duas opções: ou se renova, ou está fadado ao fracasso.


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