sábado, 21 de abril de 2012

Record ressuscita grade da Globo

A Linha de Shows da Rede Globo, que vai ao ar sempre após a novela das 21 Horas, sempre foi tida como um dos pontos cruciais para equilibrar a grade e manter a emissora com folga na liderança até o final do dia. Porém, há alguns anos nota-se uma pequena crise no horário, principalmente em alguns dias da semana. Este fenômeno começou com o Casseta e Planeta Urgente, responsável por perder mais da metade da audiência alcançada pela novela em questão de minutos.

Este fenômeno foi se espalhando pela grade e tornou-se preocupação para a emissora. Tela Quente que já foi responsável por recordes de audiência, mal conseguia manter-se na casa dos 20 pontos. A Grande Família, outro fenômeno, vinha em constante queda, registrando números abaixo dos 25 pontos. E o tradicional Globo Repórter enfrentava o mesmo problema, com audiência abaixo dos 20 pontos. A única a conseguir manter-se bem era Tapas e Beijos que, na temporada passada, marcava números que ainda impressionava, sempre em torno dos 28 pontos.

A nova temporada começou coincidentemente nas últimas semanas da novela da Rede Record, Vidas em Jogo e, por conta disso, os números já começaram preocupantes. Ocorre porém que, com os ajustes feitos pela direção da emissora da Barra Funda, houve perda de forças e, com a estreia enfraquecida de Máscaras, a Linha de Shows da Rede Globo foi completamente ressuscitada.

A semana termina com praticamente todos os programas do horário na emissora batendo recordes e voltando a marcar desempenho bastante satisfatórios. Tapas e Beijos registrou na terça 26 pontos, ficando um acima da meta. A Grande Família também registrou ótimos números com 27 pontos e, na sexta, a prévia de Globo Repórter foi de 23 pontos, números bastantes satisfatórios para uma sexta-feira.

Além disso, a 2ª linha de Shows da emissora, recebendo a audiência em alta, também marcaram recordes e mantiveram a Rede Globo com uma distância considerável da concorrente num horário que sempre foi um dos mais concorridos. Louco por Elas fechou a semana com 17 pontos, assim como As Brasileiras. Casseta e Planeta Vai Fundo também liderou com folga.

Todos estes números são reflexos dos equívocos da própria Rede Record que, num horário em que conseguia uma disputa mais equilibrada com a líder de audiência, fragilizou sua grade colocando uma reprise num horário estratégico justamente num período de estreia de uma nova novela, justamente uma novela complexa e de difícil compreensão. Recebendo de Vidas Opostas com a audiência no chão, Máscaras não tem muito a fazer, pois não atrai público novo. Certamente, a Globo agradece.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O acerto de Tapas e Beijos

Desde que estreou, na temporada passada, a série Tapas e Beijos mostrou-se um dos grandes acertos da Rede Globo no investimento do formato de humor. Por mais que seja preocupante o fato da emissora investir todo seu esforço e grade quase que exclusivamente na confecção de shows de humor, é impossível deixar de salientar o quanto Tapas e Beijos foi um oásis para a TV brasileira.

E a segunda temporada, recém-estreada mostrou que, na verdade, a série protagonizada por Fernanda Torres e Andrea Beltrão não foi um acerto momentâneo, mas um dos grandes pontos altos dos últimos anos. A mesma leveza no roteiro que se viu na temporada inicial manteve-se para este ano, acrescentando-se a isso um avanço que fez a história amadurecer e mostrar-se muito mais sólida, consolidada e, principalmente, contextualizada.

O texto de Tapas e Beijos está longe de ser inovador ou inventivo. É a típica sitcom que não se envergonha de sua origem, mas também mantém características próprias. As situações que nunca caminham para o pastelão é o ponto alto, pois o grande perigo de séries de humor é tentar ir pelo caminho mais fácil de se fazer rir e, neste ponto, não há um único escorregão, somente acertos.

O elenco nesta temporada também continua impecável. Aliás, o verdadeiro ponto alto do show é justamente o fato de que toda a produção entende a qualidade do elenco que tem em mãos e, por conta disso, permite com que ele brilhe. O texto, as situações e até mesmo o estilo de direção, tudo é voltado para que os atores em cena possam se destacar. Fernanda Torres e Andrea Beltrão vem dando show e mostrando todo o emaranhado de talento que ambas possuem. Fábio Assunção mostrou que a aposta em seu nome foi outro acerto. Livre de problemas pessoais, o ator está arrasando em cena, aliás, com a quantidade de recursos que ele tem, não poderia ser diferente.

Tapas e Beijos é um acerto sem precedentes e, a continuar com este fôlego, se renovando, amadurecendo e conseguindo criar situações e histórias que não se repetem, pode ser muito mais longeva do que apenas duas temporadas. E o telespectador agradece.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Linha Tênue entre o Popular e o Mau Gosto

A TV brasileira está repleta de exemplos, nos últimos anos, dos mais variados tipos de programas de entretenimentos que tentam se utilizar da veia popularesca para abraçar a maior quantidade de público possível e, assim, manter-se no ar por mais tempo. Ser popular é a tarefa mais árdua, porém, a menina dos olhos da TV brasileira, uma vez que é a garantia de sucesso e é impossível ignorar a necessidade da TV aberta se popularizar cada vez mais.

Nos últimos anos têm-se visto uma série de programas que tentam seguir os moldes do popularesco, sem contudo ter o cuidado de enxergar a linha que separa este tipo de show do típico mau gosto, o exagero na tentativa de atingir o público. Pesar a mão é a tarefa mais fácil no momento de se planejar um programa de entretenimento e, ao invés de oferecer um programa interessante e com nuances populares, pender para o típico show de horrores com que a TV brasileira está acostumada.

O maior exemplo de programa que lida diariamente com este tipo de decisão criativa é o Programa do Ratinho. Por contar com um comunicador típico das massas, sua produção tem bastante liberdade na hora de criar o roteiro para cada dia do programa e isso é visto quando o show entra no ar, quase sempre ao vivo, permitindo a liberdade e utilizando as principais características de seu apresentador, o improviso.

Não há tema censurado para Ratinho, mas com anos de estrada, o apresentador aprendeu com os erros e, atualmente, tem - de longe - o programa mais popular da TV brasileira e raramente comete os equívocos de seu começo, quando os exageros o prejudicavam. Atualmente, assistir ao Programa do Ratinho é garantir de diversão, tanto pelos quadros ousados e quase sempre bizarros, quanto pelos comentários pertinentes e sem papas na língua que o apresentador brinda seu público.

Não à toa o Programa do Ratinho voltou a crescer em audiência. Utilizando um roteiro interessante, lançando mão do ótimo apresentador que tem e também contando com um bom elenco de apoio, o show tornou-se uma boa opção para quem não vê novelas e, mais do que isso, para quando acaba a novela. É uma aula de como ser popular sem exagerar na dose.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 20


Avenida Brasil: 35,50
Fina Estampa: 38,25
Insensato Coração: 31,85
Passione: 30,85
Viver a Vida: 36,60
Caminho das Índias: 34,45
A Favorita: 35,40
Duas Caras: 37,60
Paraíso Tropical: 37,30
Páginas da Vida: 47,75
Belíssima: 47,90
América: 47,10
Senhora do Destino: 46,25
Celebridade: 43,70
Mulheres Apaixonadas: 40,40
Esperança: 39,75

Globo quer Maria Adelaide Amaral no horário das 21 Horas

Como o blog antecipou, a Rede Globo planeja a sequência de autores para seu principal horário de novelas e conta com o nome de Walcyr Carrasco para substituir a trama de Glória Perez, que substitui Avenida Brasil. Ocorre que há, na própria cúpula da emissora, uma corrente que defende um descanso para o autor, pois ele vem escrevendo novelas quase anualmente e estará no ar no segundo semestre com o remake de Gabriela.

É bem verdade que ainda não é oficial o remanejamento do autor para o time das 21 Horas, apesar de todos na emissora concordarem que já é um fato consumado. Porém, sua participação no horário pode ser remanejada para 2014, o que recolocaria o problema para substituir Glória Perez. Na escalação dos últimos anos, após a autora, o próximo da lista seria Manoel Carlos, que deve ficar com o horário das 23 Horas em 2013.

Com o problema de saúde, Gilberto Braga considera ainda cedo para assumir o horário, pois nem começou a trabalhar na sinopse de seu próximo trabalho. Sílvio de Abreu, por sua vez está com o horário das 19 Horas no remake de Guerra dos Sexos, portanto, as opções praticamente acabaram. Com isso, a Globo trabalha em três frentes: a primeira e mais forte é Aguinaldo Silva retornar ao horário a título de urgência, após somente duas novelas desde seu último trabalho: Fina Estampa. Mas esta opção encontra forte resistência do autor que faz questão dos 18 meses sem trabalho a que tem direito por contrato.

A segunda opção era a de Walcyr, mas ela perdeu forças nos últimos dias devido ao desgaste natural do autor por vir trabalhando muito nos últimos anos. Com isso, volta a ganhar espaço o nome de Maria Adelaide Amaral. Ela sempre foi a preferida da cúpula global para entrar no time de autores do horário, mesmo antes de João Emanuel Carneiro, mas sempre encontrou forte resistência da autora que sempre deixou claro não querer escrever tramas para este horário.

A direção da Globo tem reuniões com Aguinaldo Silva e se o caminho natural for mesmo o de não haver acordo, é provável que a emissora procure a autora para nova negociação. Maria Adelaide já está escalada para o horário das 19 Horas, assinando trama inédita que substitui Guerra dos Sexos em meados de 2013. Caso ela seja transferida para o horário das 21 Horas, é provável que Carlos Lombardi assuma o horário das 19 Horas.

Avenida Brasil é uma coleção de acertos

Com 20 capítulos exibidos, Avenida Brasil, já mostrou o seu valor. A trama do principal horário das telenovelas brasileiras e com assinatura do autor mais badalado do momento, João Emanuel Carneiro, vem repercutindo muito na mídia e dando o que falar no dia a dia da população, ou seja, cumprindo seu objetivo de tornar-se o principal assunto.

Com audiência crescente, já na média-parcial de 36 pontos e alcançando regularmente os 40 pontos em capítulos normais, o folhetim tornou-se rapidamente badalado graças ao texto bem planejado do autor e, principalmente, cheio de acontecimentos todos os dias. Este é o principal motivo do sucesso até o momento: João Emanuel Carneiro não economiza e cria situações importantes, viradas épicas e um emaranhado de conflitos diariamente, o que torna a novela imperdível.

Normalmente, ao final de 20 capítulos já é possível dizer os rumos de uma obra e, mais do que isso, começa a ficar desenhado o que o público aprova e o que ele reprova. Em Avenida Brasil essa equação não é tão simples. A começar pelo próprio enredo que não é entregue a audiência e, por conta disso, sabe-se muito pouco dos rumos desta incrível história. O que se viu até o momento não serve como base para afirmar até quando o público irá apoiar Nina (Débora Falabella) em sua vingança contra Carminha (Adriana Esteves).

O que se sabe, porém, é que até o momento, esta é a trama mais densa e bem amarrada que o autor já produziu. Tanto quanto em A Favorita, cuja história principal é, talvez, uma das mais sólidas de toda a história da teledramaturgia nacional, João Emanuel volta a acertar no núcleo principal, mas desta vez, avança, consegue criar núcleos paralelos bem melhor amarrados e, principalmente, criou o desafogo com bastante humor.

Mas a história só tornou este sucesso graças a outros elementos que não seu autor. A direção vem sendo bastante feliz em praticamente todos os momentos. As escolhas dos takes, sempre preservando a identidade autoral e permitindo com que o público se enxergue no contexto da história tem sido o ponto forte dos diretores. Se há um escorregão é na sucessão de flashbacks que visam manter na lembrança do público o sofrimento de Nina quando criança e sua história de amor com Batata, mas estão pesando a mão e exagerando na quantidade de cenas do passado.

Outro ponto alto até o momento é o elenco. Impossível não mencionar o quão acertada foi a escolha dos nomes para comporem o cast da novela. Fica difícil apontar alguns destaques em detrimento de todo o elenco que vem muito bem, apesar de um ou outro escorregão dos menos experientes. Se Adriana Esteves vem dando show com sua Carminha, Débora Falabella não fica atrás e mostra-se madura e pronta para um papel tão complexo quanto o desta protagonista. Além disso, todo o núcleo cômico vem muito bem, com destaque para outro trabalho quase impecável de Ísis Valverde, atriz que a cada trabalho mostra mais talento.

Avenida Brasil ainda está no começo, mas já mostra-se sólida, muito bem amarrada e com uma história que continua seguindo um ritmo frenético e cada vez mais envolvendo o telespectador. Pode ser impossível prever se o sucesso seguirá até o final, mas atualmente, impossível mesmo é perder um único capítulo desta história.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cheias de Charme confirma qualidade, mas elenco morno

Estreou há pouco a nova novela das 19 Horas. Com assinatura da dupla estreante Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, Cheias de Charme chega com o objetivo fundamental de recuperar a audiência perdida pela trama anterior Aquele Beijo, o folhetim estreou recheada de repercussão e com muita expectativa por conta da inovadora proposta de seu texto.

A tirar pelo primeiro capítulo, o público pode suspirar aliviado, pois a novela já disse a que veio. Com uma trama forte, envolvente e muito bem construída, a novela já mostrou grande pegada na apresentação da história. Suas três protagonistas - as três Marias empregadas - foram muito bem delineadas e, principalmente, mostraram  a força necessária para chamar a atenção do público. Suas histórias tem toda a dose de drama, humor e, o principal, a inocência e o sonho que o horário pede.

Em falar de personagens, é impossível não falar de Chayene. Se o público esperava uma personagem histórica, o primeiro capítulo não decepcionou. A cantora brega, meio vilã e com muito bom humor, roubou a cena em todas as suas aparições. Com texto afiado e situações absurdas, mas que no universo da novela fizeram todo o sentido, ela foi a dona do capítulo.

O grande ponto baixo e que atrapalhou bastante esta estreia foi o restante do elenco. A impressão que se deu é que praticamente todos os coadjuvantes que tiveram algum espaço estavam perdidos naquele contexto fora da realidade e, por isso, estavam sempre alguns tons abaixo do que a cena pedia e se ofuscavam diante das protagonistas. Mas estava claro que o problema não era exatamente o elenco, mas a falta de construção do ambiente e dos personagens, trabalho da direção que pecou neste ponto.

Com uma abertura cheia de qualidade e muito divertida, Cheias de Charme teve uma estreia promissora, mas precisa urgentemente corrigir o problema de construção de personagem com os personagens coadjuvantes para que isso não atrapalhe o restante da produção. De resto, Taís Araújo e Cláudia Abreu foram os grandes destaques em interpretação, por mais que Isabelle Drummond e Leandra Leal tenham dado conta do recado. O fato é que o público merecia uma novela ousada e Cheias de Charme é tudo isso, merece atenção.

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média geral

Média-geral diária de novelas das 19 Horas


Aquele Beijo: 25,03
Morde e Assopra: 30,00
Tititi: 29,58
Tempos Modernos: 24,03
Caras e Bocas: 30,99
Três Irmãs: 24,37
Beleza Pura: 28,02
Sete Pecados: 29,64
Pé na Jaca: 29,84
Cobras e Lagartos: 38,41
Bang Bang: 27,58
A Lua me Disse: 33,08
Começar de Novo: 31,22
Da Cor do Pecado: 42,57
Kubanakan: 34,74
O Beijo do Vampiro: 28,35
Desejos de Mulher: 32,97

As expectativas para a estreia de Cheias de Charme

Com o término de Aquele Beijo, na última sexta-feira, 13, a Globo começa a colocar no ar, hoje, dia 16, a novela que vai substituir a trama de Miguel Falabella: Cheias de Charme, escrita pela dupla estreante Filipe Miguez e Izabel de Oliveira (com supervisão de texto de Ricardo Linhares). Na linha de frente do elenco, temos Taís Araújo, Leandra Leal, Isabelle Drummond, Cláudia Abreu e Ricardo Tozzi.

A novela conta a história de três empregadas domésticas. São elas: Penha, Cida e Rosário. Por motivos diversos, cada uma delas vai parar na delegacia. Lá, elas se encontram e começam a ficar mais íntimas. Enquanto Rosário (Leal) sonha em ser cantora, Penha (Araújo) só quer se livrar das mãos de sua patroa, famosa cantora de eletroforró, Chayene (Abreu). Cida (Drummond), por sua vez, é mais romântica e sonha com um grande amor, daqueles que vai mudar pra sempre a sua vida. Desse encontro na delegacia, elas fazem um pacto, que, elas não poderiam imaginar, mudaria a vida delas.

Chayene é cantora de eletroforró, sucesso em todo o Brasil. Em frente ao seu público, ela é uma doçura, sempre atenta aos fãs e clamando por pessoas sempre aos seus pés; por trás das câmeras, a coisa não é bem assim. Penha, que trabalha com ela, sofre nas mãos da patroa e é em uma dessas humilhações que a empregada decidir prestar queixa  contra a cantora na delegacia.

Rosário sonha alto. Acha que seus dias de empregada doméstica estão contados e, logo, logo, ela vira uma famosa cantora, seu sonho desde cedo. Ela é apaixonada por Fabian (Tozzi), cantor de sertanejo universitário, e fará de tudo para ficar pertinho do seu ídolo. Mas o destino é cruel e bom ao mesmo e Rosário acaba conhecendo Inácio, um trabalhador mais humilde, mas que, mesmo assim, é a cara de seu grande ídolo.

Cida, por sua vez, vive na casa de sua patroa, que cuidou dela desde a morte de sua mãe, também arrumadeira. Ela sonha alto. Além de encontrar um grande amor, ela tem o sonho de cursar a faculdade de jornalismo. Ela namora Rodinei (Jayme Matarazzo), um cara que não a entende muito bem, e vai acabar parando na delegacia por causa dele.

A vida das três está conturbada e não está fácil. Penha ainda enfrenta problemas com o puxadinho que acabara de construir em sua casa; seu marido, enrolado, não enviara os papéis à prefeitura corretamente e isso pode acabar na demolição da área. Rosário se envolveu numa confusão ao tentar encontrar Fabian pessoalmente (e entregar a ele um CD demo com sua música), ao se infiltrar no camarim dele usando de sua profissão no bufê. E Cida, além de tudo, ainda tem que lidar com o namorado e com um novo interesse amoroso que apareceu na área.

A julgar pelo material promocional divulgado, a novela aposta na extravagância, no colorido exagerado, principalmente quando se fala de Chayene. Seu jatinho será escandaloso e sua mansão vai ser rosa de ponta a ponta. Além disso, suas roupas são à la Joelma do Calypso e seu linguajar é bem ‘do povão’ mesmo, como expressões como “Cadê meu cheiro?”, “Sua filha duma égua” e outras mais. O que isso pretende promover? Identificação com o público e flerte com a Classe C.

Classe C, aliás, que se verá representada na novela. Assim como em Fina Estampa, Cheias de Charme será protagonizada por pessoas simples. Mas, no caso da nova novela das 7, serão 3 as protagonistas. As histórias serão simples, sem grandes complexidades e detalhes que podem passar despercebidos, bem ao estilo ‘novelão clássico das 19h’ mesmo. Será uma novela que, digamos, não vai ter medo de ser feliz.

Os autores estreantes embarcam numa jornada perigosa. Parece consensual dizer que não haverá meio termo para Cheias de Charme: ou será um tremendo sucesso ou um fracasso imenso. A campanha de divulgação está muito boa, maciça, pesada, por isso eu poderia apostar que a novela vai se sair bem no Ibope. Mas tudo pode acontecer. Eu estou bem ansioso para a produção e quero só ver no que ela vai dar.

Por: João Paulo Belmok Napoleão

domingo, 15 de abril de 2012

03 anos de blog. Crescimento e Gratidão

O TVxTV está em festa. Neste 15 de abril este espaço comemora 03 anos de existência. Parece que foi ontem que, após muito relutar, este que vos escreve decidiu finalmente retomar um projeto dos anos de faculdade, um espaço para falar sobre televisão, minha grande paixão. Não foi uma decisão fácil ou impensada, tomada na base do impulso, ao contrário.

Quem me conhece sabe o quanto sou metódico, crítico e detalhista. Assim como sou com os produtos que analiso neste blog, sou comigo mesmo. Por conta disso, demorei alguns meses refletindo até decidir se era ou não viável manter um espaço assim. Uma de minhas dúvidas se dava justamente no fato de estar sem analisar produtos de TV há algum tempo e, sem estudar especificamente o assunto há mais tempo ainda, isso causou insegurança.

Mas, tirando um tempo para reler todo o material que tenho sobre o assunto, focando a visão nas técnicas televisivas e lendo excelentes críticos, o blog pôde, enfim, nascer em 15 de Abril de 2009. Já são 03 anos desde então e muita coisa aconteceu, muita coisa mudou neste espaço, muitos leitores fiéis surgiram e eu cresci muito enquanto profissional da área.

O TVxTV nunca foi criado como hobby, a intenção sempre foi criar um espaço de análise aprofundada sobre televisão e, neste período de tempo, consegui ganhar a admiração e respeito dos leitores, além da visibilidade por parte das emissoras de TV. Por conta disso, já tivemos problemas com algumas delas, mas isso é o de menos.

Em 03 anos, a maior recompensa que o TVxTV pode ter e a credibilidade alcançada junto aos leitores e que nos garantem uma visibilidade casa vez maior, mas mais do que isso, a ideia primária do blog se mantém, que é o respeito à opinião diversa, mas sempre objetivando ultrapassar o limite da simples opinião e apresentar argumentos técnicos. E é por isso que continuaremos aqui por muitos e muitos anos ainda.

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