sábado, 27 de outubro de 2012

Direção e Elenco são o câncer de Guerra dos Sexos

Suceder um sucesso de grandes dimensões nunca é tarefa fácil. Mais ainda quando se trata de um fenômeno que recolocou boa parte dos telespectadores diante da TV num horário ingrato, o das 19 Horas. Cheias de Charme deu novo fôlego para a teledramaturgia e mostrou que é possível fazer humor de qualidade no horário, ser criativo e ainda assim conseguir ser extremamente popular. Guerra dos Sexos já estreou com uma tarefa hercúlea, substituir uma obra assim;

Sílvio de Abreu fala deste remake desde meados de 2009. Sua promessa sempre foi reconstruir o texto e apresentar uma guerra um tanto diferente entre homens e mulheres, já que, atualmente, as mulheres conquistaram muito mais espaço do que reivindicavam em meados dos anos 80. Era preciso uma atualização. De fato, ela ocorreu. Muito mais nos postos de trabalho em que acompanhamos as mulheres da novela do que propriamente no discurso.

O novelista é sensato, premiado e um dos maiores nomes vivos da nossa teledramaturgia. Mas, assim como derrapou com Passione, parece não ter acertado a mão novamente neste remake. O texto não é ruim, os diálogos continuam ágeis e o humor afiado ainda chama a atenção. Ocorre que as tramas, a disputa em que o homem é machista e a mulher só fala, mas continua submissa, incomoda porque foge de qualquer realidade atual. É como se assistíssemos uma novela de época situada em 2012.

Porém, discordo de quem considere este o maior dos problemas de Guerra dos Sexos. É possível uma novela fugir do realismo atual e, ainda assim, conseguir conquistar o público através de texto ágil, criatividade e bastante bom humor. O remake tem todos estes ingredientes e poderia cativar não fosse dois graves empecilhos: elenco e direção. Cada um com sua parcela de responsabilidade, muito maior para Jorge Fernando, o diretor que se equivoca a cada cena que dirige neste folhetim.

O problema do elenco se dá na construção das personagens, ou seja, culpa do diretor. Basta olhar as personagens de Tony Ramos e Irene Ravache. O texto não exige que eles sejam teatrais, a obra original também não levava por este caminho. Como tanto um quanto o outro decidiram construir personagens quase de desenho animado, parece claro que foi uma orientação do diretor. Tony e Irene são dois grandes atores, mas num texto que não é de história em quadrinho, este tipo de interpretação cansa, não faz rir e parece voltada para um público infantil, escolar.

Se todo o elenco fosse assim, ainda faria algum sentido. O problema é que, enquanto alguns seguem a cartilha da animação dos protagonistas, caso de Reynaldo Giannecchini e Edson Celulari, outros optam por uma interpretação naturalista ao extremo, dando um tom cinza para a interpretação. Exemplos não faltam: Bianca Bin, Luana Piovani e Mariana Ximenes se encaixam perfeitamente nesta definição. 

E ainda há um terceiro grupo diferente nas interpretações. Glória Pires e Drica Moraes parecem as únicas que acertaram o tom e encontraram um lugar-comum para suas personagens. Sem exageros, mas também sem dar a impressão de atuarem num velório, a dupla vem garantindo excelentes cenas. Glória mostra que domina o humor com rara felicidade e Drica Moraes novamente se dá bem numa personagem cômica.

Com três grupos heterogêneos no estilo de interpretação, é impossível dizer que Guerra dos Sexos erra por escalação. Aliás, a novela tem um elenco de peso, um dos melhores para o horário nos últimos anos, mas fica claro que o diretor está completamente perdido. Ou ele tem deixado o elenco a vontade para compor suas personagens ao bel prazer, ou ele próprio criou estes grupos tentando apresentar uma novidade. Não funcionou.

Assistir uma novela que ora parece um desenho animado, ora parece uma rádio-novela e poucas vezes texto e interpretação combinam fica muito difícil para agradar qualquer telespectador. Se Sílvio de Abreu errou ao não atualizar sua guerra, Jorge Fernando é o grande responsável pelo fracasso retumbante deste remake que parece não ter um futuro melhor, pois como um câncer, já tomou conta do organismo do folhetim.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

As 10 frases mais engraçadas de Carminha

Fazia tempo que o TVxTV não publicava uma lista. Mas, a partir de hoje, na medida do possível, o blog retoma a tradição e deve publicar diversas listas relembrando o retumbante sucesso de Avenida Brasil, novela recém-terminada. De João Emanuel Carneiro, o folhetim que parou o Brasil por 07 meses já faz falta, mas ainda guarda ótimas lembranças no coração dos telespectadores.

Para tal, nada melhor que inaugurar a lista com as 10 frases mais engraçadas da principal personagem desta obra. Carminha (Adriana Esteves), uma vilã típica. Cruel, sem nenhum escrúpulo e, justamente por isso, com um incrível número de frases engenhosas e muito divertidas. Foi difícil selecionar apenas 10 frases e espero que vocês concordem. Eis a lista.

10º - "Muito obrigada, Lucinda. Tudo que eu precisava era de conselho de uma mendiga"

Em um de seus muitos momentos épicos, já na reta final da novela, Carminha recebe a visita de Mãe Lucinda, personagem emblemática que tenta sempre salvar a vida da vilã, mostrando que as maldades não são o melhor caminho. Em nova sessão de aconselhamentos não solicitados, Lucinda implora para que Carminha mude, ao que a vilã, fazendo uma de suas muitas caras de cinismo responde com essa frase acima. Divertidíssimo.

9º - "4 a 0 pra Carminha. É uma goleada senhoras e senhores"

Após sofrer horrores nas mãos de Nina, a vilã percebe o calcanhar de aquiles de sua adversária. A mocinha não era capaz de ir tão fundo quanto Carminha, não era capaz de ver pessoas que amava sofrendo. Por isso, Carminha foi conseguindo novos aliados e deixando a concorrente sozinha. A cada avanço, a vilã comemorava como se fosse um placar esportivo. Ao conquistar a 4ª vitória, ela soltou esta pérola que reproduzimos, digna de entrar na lista.

8ª - "Doze anos jogando fora doce de mamão"

Um dos momentos mais tensos da novela. Carminha, já desmascarada, expulsa da mansão, vive de favores na Casa Paroquial. Ao ser descoberta por Muricy, as duas voltam a mais um embate, agora no meio da rua. Numa sucessão de ofensas e frases de efeitos, elas vão jogando tudo que sentem verdadeiramente pela outra, até que Carminha lembra como conheceu a sogra, o fatídico doce de mamão que a mãe de Tufão levou para a então pretendente de Nora. Para humilhar Muricy, a vilã lembra como o doce era horrendo e diz o que fazia com ele. Épico.

7º - "Desliga esse pré-pago, menina"

Nina não conseguiu enganar Carminha por muito tempo. Depois de serem melhores amigas, a vilã começou a desconfiar do comportamento da cozinheira. Começava o primeiro embate de vilã e mocinha em busca de melhor sorte para cada uma delas. Numa das muitas divertidas refeições da família Tufão, Nina servia a família quando seu celular tocou, já sem nenhuma paciência, a vilã solta esta frase que entrou para o hall das melhores em toda a novela.

6º - "Eu quero Tchu. Eu quero Tcha"

A frase nem é original. A bem da verdade, esta frase não faz qualquer sentido fora de seu contexto original e até mesmo para letra de música pode ser considerada fraca e apelativa. Mas, após se fazer de vítima junto à família e ter conseguido fazer com que Tufão reconsiderasse o pedido de divórcio, voltando triunfal para o seio da família, Carminha começou a guardar suas roupas comemorando, cantando a música que fazia parte da trilha sonora da novela, com direito a coreografia e tudo. Sensacional.

5º - "Motorista, toca pro inferno"

Até em momentos dramáticos Carminha sabia divertir. Enlouquecida pela tortura emocional que Nina vinha realizando com ela, a vilã foi surtando aos poucos e perdendo todo o controle. Desesperada, ela se embriagou num desses bares pé sujos, comprando literalmente pinga. Completamente bêbada, a personagem entra num caminhão de lixo, soltando impropérios contra a humanidade e contra Deus, ela encerra seu discurso filosófico com a frase acima, num dos momentos mais geniais da trama.

4º - "Então vá lá no fundo e choque o ovo até ele virar frango"

Uma das vítimas prediletas de Carminha, ao longo de Avenida Brasil, foi sua empregada mais fiel, Zezé. A patroa não se cansava de maltratar a doméstica, seja com frases épicas ou até mesmo beirando a agressão física. Num desses dias, após se livrar de Zezé para ficar com o amante, Carmem Lúcia ficou surpresa com o retorno da empregada segurando uma dúzia de ovos nas mãos. O pedido havia sido de um frango, ao que a empregada disse: "Eu comprei ovo, é quase frango" e Carminha, possessa respondeu com esta frase que divertiu muito o telespectador.

3º - "Cadê a Nina que estava aqui? A Carminha comeu"

Foi chocante para a personagem descobrir que a única amiga que ela tinha, uma das poucas pessoas que ela usava como confidente era, na verdade, sua maior inimiga. Quando Carminha soube que Nina era Rita ela ficou desesperada, mas, aos poucos, começou a arquitetar um plano para se livrar da oponente. Sem dizer o que pretendia fazer, Carminha disse a Max que se livraria de Nina e quando a família retornasse para a mansão perguntando da cozinheira, ela diria isso. Genial.

2º - "Sabe como eu gosto, ne? Sem açúcar. Era só o que me faltava, engordar"

Uma vilã boa é uma vilã que nunca perde a pose. A última frase de Carminha ao longo de Avenida Brasil, para fechar com chave de ouro sua participação épica e colocá-la no hall das principais vilãs da história da dramaturgia foi essa. Morando no lixão, sem glamour, sozinha e abandonada, a vilã se despede da TV mostrando que não perdeu a pose. Após uma visita amistosa de Nina e Jorginho que, não serviu para o perdão, mas para a convivência apenas, Nina se oferece para servir o café e, Carminha, recuperando a pose, diz a frase.

1º - "Sabe o que vc tá parecendo? Uma bisnaga enrolada em papel de padaria"


Mas entre todos os personagens, Carminha gostava mesmo era de aterrorizar sua própria filha, Ágata, a quem ela tinha um carinho todo especial. Numa das primeiras cenas após a primeira passagem de tempo da novela, na primeira aparição da filha, a vilã já demonstra toda sua crueldade e sem piedade detona a menina. Ágata foi toda animada mostrar o vestido para a mãe e Carminha não perdoou, julgou que a filha escolheu a roupa errada, pois parecia ainda mais gorda e soltou a frase acima, fazendo a pequena chorar.

E você? Concorda com essas frases? Lembra de alguma mais divertida? Comente.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tema bom, desenvolvimento ruim. Esta é Salve Jorge

Quem é leitor costumaz deste espaço sabe que, após toda estreia de uma nova novela, a primeira frase é quase sempre a mesma. Sendo clichê ou não, vamos a ela: analisar uma obra de 179 capítulos apenas por sua estreia é covardia e estupidez, mas é possível dar uma pincelada sobre quais são as expectativas do que está por vir. Com isso, pode-se afirmar que Glória Perez fez o que faz de melhor: pesquisou. Num primeiro olhar fica claro que a obra da autora com direção de Marcos Schechtman vai dar o que falar justamente pelo tema proposto. 

Ao escolher o tema tráfico de mulheres, a autora mostrou que conhece bem o público de TV. É fácil afirmar que, uma hora ou outra, Salve Jorge vai cair na boca do povo e virar tema de discussões acaloradas, seja na TV ou fora dela. O tema é forte, aguça a curiosidade de quem vê e, sem dúvida nenhuma, repercute bastante. O chamariz para a audiência está aí, por isso, parece óbvio dizer que a aposta é para mais um sucesso na carreira da autora de obras consagradoras como O Clone e América.

Contudo, nem só de tema vive uma obra. O primeiro olhar sob o que o texto propôs dentro do tema mostrou um desenvolvimento cansativo. Antigamente, o principal objetivo do primeiro capítulo de uma telenovela era o de apresentar para o público os personagens. Este artifício não funciona mais. Glória seguiu este caminho e mostrou-se equivocada. Sem ação, sem uma linha bem costurada, mas com frequentes acontecimentos que prendam a atenção, o público se dispersa e perde o interesse. Foi o que aconteceu.

E olha que o roteiro acertou em cheio ao colocar a primeira sequência no melhor estilo Lost de Flash Forward. Morena (Nanda Costa) sendo leiloada, já como prostituta, no futuro ao tempo que se passa a novela. É óbvio que a cena lembrou muito a estratégia de estreia de Revenge (que também rendeu comparações com a novela que antecedeu a atual, Avenida Brasil). Uma cena de impacto no futuro para prender o público até que presente e futuro se unam e e se expliquem. Esta estratégia foi muito boa, mas só ela em todo capítulo.

Os dias presentes de Salve Jorge foram maçantes, chatos e cansativos. A apresentação das personagens serviu apenas para causar tédio e nenhum núcleo entre os apresentados conseguiu chamar a atenção. Giovana Antonelli em seu papel de delegada, aliás, chamou mais a atenção por não deixar claro se tem um papel cômico ou dramático nas mãos e isso incomodou bastante.

O elenco, inclusive, mostrou-se bastante verde - o que quase sempre é natural numa estreia. Os protagonistas já se conheceram no primeiro capítulo, mas não apresentaram qualquer química. Aliás, a cena final do capítulo, o encontro do casal foi patética. O texto foi por um caminho, Nanda Costa foi por outro e Rodrigo Lombardi por outro. Uma sucessão de equívocos. Nanda, aliás, terá que se esforçar muito para não ser metralhada pela crítica, pois esteve errada em quase todas as cenas. 

Do elenco, só Cláudia Raia chamou a atenção. A atriz, com uma vilã nas mãos, em poucas cenas já mostrou que tem uma personagem muito mais emblemática que a da maioria do elenco. É preciso desenvolvê-la, é bem verdade, mas seu texto ajudou no primeiro capítulo e a atriz demonstrou estar bem familiarizada com sua personagem.

A direção também chamou a atenção. As cenas de invasão do Complexo do Alemão foram bem estruturadas e sem violência gratuita, o que é sempre bom na dramaturgia. O que pôde ser observado, contudo é que, diferentemente de América, quando assumiu a direção no meio da novela e de Caminho das Índias, Marcos não deu o tom colorido para esta estreia. Diferentemente das novelas anteriores, esta obra tem temas muito mais fortes e uma trama toda colorida destoaria. Ponto para ele por ter tido essa sensibilidade.

Deixando a viuvez de lado pelo fim de Avenida Brasil. Parece fácil cravar que estamos diante de um novo sucesso. Salve Jorge certamente vai agradar ao público e parece destinada a cair na boca do povo. Porém, a produção precisa caprichar um pouco mais, se quiser também cair na boca da crítica. Os erros da autora em obras passadas já puderam ser observados novamente e o elenco precisa dominar melhor seus personagens. Caso contrário, estaremos diante de uma novela que todos assistem pelo tema, apesar da condução toda equivocada. O que seria um desperdício e tanto.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A.Avbr. D.Avbr. na Teledramaturgia Nacional

Nenhuma obra é perfeita. Toda obra é perfeita. Estas duas afirmações, por si só, são paradoxais, mas, ao mesmo tempo, complementares se vista numa análise mais simplista. Para um crítico, nenhuma obra consegue ser completamente perfeita, sempre é possível encontrar um elemento que poderia ter sido melhor explorado. Para um fã, toda obra é perfeita e todas as falhas apontadas são justificáveis na cabeça e, principalmente, no coração deste fã.

Fui um grande - senão o maior - fã de Avenida Brasil. A novela de João Emanuel Carneiro - mais jovem autor do principal horário das telenovelas brasileiras - com direção estonteante de Ricardo Waddington, Amora Mautner e José Luiz Villamarim tornou-se, disparada, a minha predileta entre todas as que já assisti. Posto isso, é preciso analisar de uma forma menos subjetiva o resultado que este folhetim levou para a emissora, para o público e para a própria teledramaturgia.

A trama que contou a história de sede de justiça de Nina (brilhantemente interpretada por Débora Falabella) contra a mulher responsável por destruir sua vida ainda na infância, Carminha (um monstro chamado Adriana Esteves) tornou-se um fenômeno de repercussão por todo o país e angariou milhões de fãs, transformando-se, durante sua exibição, no principal tema de conversas por todo o Brasil. Onde houvesse mais de uma pessoa reunida por alguns minutos, certamente em algum momento, essas pessoas falariam da novela.

Os números de audiência comprovam este fenômeno. Com 39 pontos de média, segundo dados do Ibope para a Grande-SP, o folhetim empatou com a antecessora Fina Estampa e tornou-se a maior audiência do horário desde A Favorita, novela do mesmo autor. No Painel Nacional de Televisão - que mede a audiência em todo o Brasil - os números foram ainda melhores e Avenida Brasil tem a melhor audiência desde Paraíso Tropical.

Do ponto de vista técnico, a novela de João Emanuel Carneiro foi arrebatadora. Poucos erros puderam ser observados - alguns de continuidade e que sequer prejudicaram a obra - outros, mais subjetivos, dentro do andamento do roteiro - o caso do pen drive é um marco, pois deve gerar uma discussão eterna sobre a questão de haver ou não furo. Como este texto foi iniciado, nenhuma obra é perfeita, sempre é possível encontrar pequenos problemas.

Mas, entre defeitos e qualidades, a história que parou o Brasil e gerou uma repercussão gigante, teve muito mais qualidades. A começar pelo roteiro devastador de João Emanuel que não economizou e, novamente, produziu um texto brilhante. O autor mostrou que já é um dos melhores autores deste país e deve entrar para a História dos grandes nomes da teledramaturgia. Foi sua melhor obra por ter sido uma novela muito mais orgânica, melhor distribuída e com estrutura mais equilibrada.

A direção casou tão perfeitamente com o texto como poucas vezes - eu pessoalmente nunca - se viu. Os três diretores mostraram uma competência que, em alguns momentos assustou. Praticamente todos os capítulos a direção saltava aos olhos, mas em dois momentos principais isso ficou evidente: na sequência em que Carminha enterra Nina viva e na sequência de assassinato de Max ( Marcello Novaes) o texto não foi o maior destaque, as atuações idem. O destaque foi a incrível competência dos diretores.

E o que dizer do elenco? Raramente se vê um casamento tão feliz entre elenco e texto. Improvável conseguir citar um destaque negativo no campo das atuações. Praticamente todos foram brilhantes, exceção de alguns poucos que foram "apenas" corretos. Seria injusto citar nomes, mas mais injusto ainda não citá-los, pois houve quem merecesse, dentro do contexto de brilho geral, este destaque. Murilo Benício que mostrou ser um dos melhores atores do país atualmente em outro trabalho impecável. José de Abreu e Vera Holtz numa composição tão detalhada de seus personagens coadjuvantes que saltava aos olhos do público a qualidade dramática de ambos. Débora Falabella que, no início, muitos questionaram se conseguiria compôr uma protagonista tão densa e, hoje, merece só elogios e palmas por ter delineado das melhores mocinhas que este país já viu. E Adriana Esteves. Um monstro sagrado numa das atuações mais selvagens que este país já viu.

Avenida Brasil saiu de cena como nunca se viu. A novela que parou o Brasil conseguiu uma repercussão assustadora, inclusive a Rede Globo, tão tradicional, se rendeu a este sucesso e, desde sexta-feira, praticamente toda sua programação foi dedicada ao folhetim, fato raro - senão inédito - na história da maior emissora do Brasil. Por isso, não é exagero dizer que, em pleno 2012, momento em que a TV perde espaço para outras mídias, a Teledramaturgia Nacional virou A.Avbr. e D.Avbr. - Antes e Depois de Avenida Brasil.

PS: abaixo, alguns textos sobre o último capítulo da trama que chamaram a atenção deste blog.

Teoria de que Jorginho matou Max - blog De Olho nos Detalhes

O que vi da Vida - Parte 1    O que vi da Vida - Parte 2 (sobre Avenida Brasil) - Blog Além dos 140 Caracteres


Um blog inteiro dedicado a Avenida Brasil - blog Cativeiro da Carmimha

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