sexta-feira, 25 de maio de 2012

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 70 


Amor Eterno Amor: 22,56
A Vida da Gente: 22,16
Cordel Encantado: 25,06
Araguaia: 21,54
Escrito nas Estrelas: 26,14
Cama de Gato: 23,87
Paraíso: 23,39
Negócio da China: 20,86
Ciranda de Pedra: 22,10
Desejo Proibido: 21,04
Eterna Magia: 26,65
O Profeta: 31,16
Sinhá Moça: 31,67
Alma Gêmea: 36,40
Como uma Onda: 24,91
Cabocla: 33,09
Chocolate com Pimenta: 35,10
Agora é que são Elas: 26,59
Sabor da Paixão: 24,94

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Avenida Brasil e o esqueleto de A Favorita

É praticamente unanimidade que Avenida Brasil é outro grande trabalho do autor João Emanuel Carneiro. Considerado ainda jovem na carreira, o novelista tornou-se a sensação dos últimos anos após engatar dois grandes sucessos no horário das 19 Horas - Da Cor do Pecado e Cobras e Lagartos - e entrar de forma meteórica para o seleto grupo dos autores do principal horário com A Favorita.

Em seu segundo trabalho neste horário, João Emanuel faz questão de criar um distanciamento saudável entre suas duas obras das 21 Horas. A Favorita sempre foi uma novela sombria, com grande carga dramática e com praticamente um único núcleo. Tudo girava em torno do épico embate entre as duas protagonistas Flora (Patrícia Pilar) e Donatela (Cláudia Raia). Avenida Brasil é muito mais colorida, com núcleos de humor espalhados pela trama e que sequer dialogam com o núcleo principal. Numa comparação rápida, a atual trama lembraria muito mais Cobras e Lagartos.

Porém, numa análise um pouco mais aprofundada percebe-se que não é bem assim. As semelhanças entre os dois produtos do autor no horário nobre não são poucas e, nestes últimos capítulos tornaram-se latentes. Recém-completados 50 capítulos, Avenida Brasil caminha para uma grande virada e todo o núcleo principal vai se contornando para este momento, tal qual ocorreu com A Favorita, quando, a esta altura do campeonato, a trama andava para revelar ao público quem era a verdadeira assassina de Marcelo.

Mas muito mais do que isso, ao comparar as duas obras, o personagem emblemático é Jorginho (Cauã Reymond). Nos últimos capítulos o personagem começou a descobrir uma série de fatos que, até então, passavam desapercebido por eles. Tudo começou quando ele descobriu quase por acaso que Nina (Débora Falabella) e Carminha (Adriana Esteves) já se conheciam. A partir daí, ele iniciou uma espécie de investigação para entender a situação e começou a descobrir inúmeras situações até chegar ao capítulo de ontem, quando descobriu que foi Carminha quem abandonou Nina no lixão. Nos próximos capítulos Jorginho ainda vai descobrir muito mais coisas.

Ao olhar para trás, situação idêntica ocorreu em A Favorita. Pouco depois do capítulo 40, a personagem Lara (Mariana Ximenes) passou a colocar em dúvida todo o amor que Donatela dizia sentir por ela e questionou quem dizia a verdade: a mãe de criação ou a mãe biológica. Também investigando, a personagem começou a descobrir situações estranhas, como o fato de Donatela dar presentes caros ao médico Salvatore, que cuidou do pai quando ele foi alvejado. Pouco depois, Lara também descobriu que a mãe de criação ajudava financeiramente a única testemunha do crime, Silene (Elisângela). Com isso, a conclusão óbvia era de que Donatela e não Flora havia matado o pai.

Jorginho é a Lara de Avenida Brasil. Os mesmos conflitos que a personagem de Mariana Ximenes viveu desde o início da trama repete-se agora. Jorginho é um personagem confuso, cheio de problemas e deslocado, exatamente como Lara era. Donatela queria se proteger de Flora que queria recuperar o que, segundo ela, lhe foi tirado e nenhuma das duas pensava em Lara. Nina quer se vingar de Carminha que, vilã, não deixa barato e nenhuma das duas pensam em Jorginho. Tal qual Lara se equivocou ao duvidar de Donatela, sabe-se que, nos próximos capítulos, Jorginho irá duvidar das intenções de Nina, apesar de desconfiar de Carminha, assim como Lara nunca confiou em Flora.

Dizer que Avenida Brasil não tem traços claros e bem pintados de A Favorita prova-se um engano. Assim como outros autores João Emanuel Carneiro utiliza elementos que o consagraram em seu trabalho anterior na tentativa de emplacar outro sucesso. A diferença, contudo, é que, ainda livre dos vícios por ser um autor mais jovem, com a ousadia que lhe é peculiar, o novelista mascara essas semelhanças e foge do óbvio, cria situações inusitadas e que prendem a atenção do telespectador. Inspirar-se em sua própria obra não é o problema, isso torna-se um erro quando há sinais de repetição por falta de criatividade. Não é o caso. Mesmo com elementos de A Favorita, Avenida Brasil mostra-se um mar de criatividade.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 50


Avenida Brasil: 36,74
Fina Estampa: 37,82
Insensato Coração: 31,96
Passione: 31,78
Viver a Vida: 36,10
Caminho das Índias: 34,04
A Favorita: 35,98
Duas Caras: 37,68
Paraíso Tropical: 38,20
Páginas da Vida: 49,06
Belíssima: 44,96
América: 44,56
Senhora do Destino: 46,24
Celebridade: 42,70
Mulheres Apaixonadas: 40,30
Esperança: 39,30

terça-feira, 22 de maio de 2012

Comparativo de Audiência - Record - média parcial

Média-parcial diária de novelas da Record até o capítulo 30

Máscaras: 7,67
Vidas em Jogo: 10,17
Ribeirão do Tempo: 9,83

Carrossel é despretensiosa e acerta

A estreia da versão brasileira de Carrossel, no SBT, na noite da última segunda-feira (21/05) causou comoção no Brasil. Os surpreendentes números de audiência apontaram que a novelinha infantil conquistou a vice-liderança no horário e mais do que dobrou a audiência para a emissora. Muito disso se deveu, evidentemente, a curiosidade do telespectador em assistir a versão brasileira de uma das tramas infantis de maior sucesso da História. As crianças da geração de 1990, hoje adultos, tem como um dos momentos televisivos mais importantes assistir Carrossel.

Ao se analisar uma novela infantil é preciso cuidado. Evidente que se faz necessária uma avaliação técnica do produto, afinal, se ele está no ar é preciso que a produção tenha um conceito técnico claro e que consiga levar ao ar uma produção de qualidade e que consiga reunir os elementos necessários para o sucesso sem que isso fira a qualidade técnica. Porém, não se pode esquecer que o principal consumidor desta obra são as crianças e elas não tem qualquer domínio sobre as técnicas de telenovelas e, por conta disso, o principal enfoque do produto deve ser saber dosar a fantasia e a realidade e envolver as crianças.

No segundo ponto todos os envolvidos com a produção da novela foram extremamente felizes. A direção acertou em cheio ao conseguir unir e aproximar o cotidiano das crianças nas escolas às fantasias que uma obra de TV precisa ter para garantir a audiência das crianças. As travessuras, os grupos que se formaram, os dramas bastante humanos, o bom humor, todos os elementos que estiveram presentes no texto foram fundamentais para que os pequenos telespectadores demonstrassem interesse em acompanhar a novela.

A parte técnica, porém, deixou a desejar. Se a direção acertou em cheio na edição das cenas, fotografia e posicionamento nas câmeras, não conseguiu fazer um grande trabalho com o elenco. Se as crianças não demonstraram qualquer talento para a interpretação, salvo alguns bons momentos de uma outra criança e da feliz escolha para o garoto que interpreta Paulo, o problema maior se deu com os adultos. Atores que deveriam ser experientes para segurarem as cenas caíram no tatibitati infantilóide e, mesmo em cenas apenas entre adultos, permaneceu o tom infantil e os diálogos em forma de jogral. Isso incomodou.

O texto de Íris Abravanel é correto, mas neste primeiro capítulo notou-se um problema. As crianças não tem qualquer condição de improviso ou de produzir cacos - pequenas mudanças no texto - e a direção não teria condições de contribuir para isso, visto que são muitas as responsabilidades. Caberia a autora produzir em seu texto diálogos com palavras menos formais e que se aproximem mais do que as crianças costumam falar, sem que pareça um discurso decorado, como aconteceu em diversos momentos. A solução neste caso, seria tomar a atitude que a Rede Globo costuma tomar ao adotar coachs - treinadores - para ajudarem as crianças a entenderam o texto e não apenas decorá-lo.

Os pequenos deslizes técnicos de Carrossel poderiam ser facilmente corrigidos, porém, parece que se tornam inviáveis as correções, uma vez que a novela estreia com 90 capítulos concluídos, o que não permite qualquer análise por parte da produção a fim de corrigir os erros. Uma pena.

Mas, o mais importante, é que a novela conseguiu entreter e chamar a atenção de seu público-alvo. Se essa atenção continuará somente o tempo poderá dizer, mas a primeira impressão é de que a trama infantil vai dar muito o que falar.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 30


Cheias de charme: 29,17
Aquele Beijo: 26,53
Morde e Assopra: 25,50
Tititi: 28,60
Tempos Modernos: 22,37
Caras e Bocas: 27,03
Três irmãs: 26,93
Beleza Pura: 27,87
Sete Pecados: 30,48
Pé na Jaca: 32,13
Cobras e Lagartos: 31,83
Bang Bang: 30,87
A Lua me Disse: 30,77
Começar de Novo: 34,53
Da Cor do Pecado: 36,93
Kubanakan: 36,63
O Beijo do Vampiro: 29,43
Desejos de Mulher: 26,07

O sucesso de Cheias de Charme

30 capítulos se passaram e parece que foi ontem que eu fiz um texto para este espaço falando do que poderíamos esperar de Cheias de Charme. Parecia unânime dizer que a novela ou seria um fracasso completo ou um fenômeno de repercussão e audiência. E, mesmo que tudo parecesse funcionar no material promocial divulgado pela emissora, ainda existia, no fundo, um medo de que a produção se perdesse pelo meio do caminho e não acontecesse, de fato.

Ainda estamos no 30º capítulo e faltam mais de 100 para ir ao ar. Pode ser que a novela se perca até o final, mas, até o momento, os autores estreantes, Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, mostraram um domínio de sua trama que impressiona pela qualidade e pelo rumo que ela vem tomando. 

A novela, a bem da verdade, afasta-se do complexo e flerta com uma trama mais simples. Erro? Muito longe disso. O texto da novela não subestima o telespectador e, pelo contrário, enriquece ainda mais a produção. Os personagens têm falas afinadíssimas e que valorizam ainda mais o produto final. 

Por vezes, a direção não tem medo de dar um toque nonsense à trama. Maior exemplo disso vem da personagem Socorro, muito bem defendida por Titina Medeiros. Em uma de suas cenas, ela, depois de se jogar num rio, sai das águas ao som da trilha do Fantástico, fazendo referência a uma das aberturas mais clássicas do "show da vida". 

O elenco, num primeiro momento, não se mostrou tão bem (à exceção das protagonistas), mas hoje não parece incomodar mais. É claro que Jonatas Faro e Jayme Matarazo continuam não sendo um exemplo de atuação para ninguém, mas não compremetem mais como antes. Parece que, enfim, captaram o que os seus personagens pedem. 

Uma das grandes viradas da trama se deu no capítulo do último sábado, com o clipe das Empreguetes sendo lançado na internet e, em questão de minutos, ter se espalhado por toda a rede. Com ele, um novo desafio surge para Isabelle Drumond, Leandra Leal e Taís Araújo, já que, sabemos, a carreira delas como cantora vai deslanchar de vez e uma nova fase da vida delas está por vir. 

Se antes, as três estavam muito bem em seus determinados papéis (Taís encarnou Penha de modo espetacular; Cida parece ter sido feita sob medida para Isabelle; Leandra Leal captou logo o que Rosário pedia), agora novos desafios surgem para elas. E alguém tem dúvidas que elas continuarão bem? Eu não tenho nenhuma. 

Mas difícil mesmo é alguém brilhar mais do que Cláudia Abreu, melhor atriz da atualidade defendendo uma das melhores personagens da atualidade. Chayene, antes mesmo de a novela começar, já era aposta fácil de sucesso. E não há decepção alguma quanto à personagem.

A repercussão que ela tem, seja pelas suas falas ácidas, seja pelas suas músicas contagiantes, é de saltar aos olhos. Cláudia mostra conhecer a personagem muito bem, por isso ela é exagerada naturalmente, mas nunca cai na caricatura. E, além de tudo, ainda canta. Não tem como não amar. 

Cheias de Charme, assim, encerra 30 capítulos com muita história contada e muito história pra contar. Em sua primeira novela solo, a dupla Filipe Miguez e Izabel de Oliveira mostra-se inspirada. Simples, mas contagiante, Cheias de Charme tem tudo para fazer ainda mais sucesso. E será merecido. 

Por João Paulo Belmok Napoleão

domingo, 20 de maio de 2012

A Disputa pela vice-liderança de audiência

A Rede Record vem atravessando, nas últimas semanas, um de seus piores momentos em termos de audiência - e também de faturamento, conforme apurou a mídia nacional - desde sua arrancada rumo ao crescimento, na segunda metade da década passada. Uma crise sem precedentes que vem derrubando drasticamente a audiência da emissora.

O período da tarde e da noite tem sido o terror da emissora da Barra Funda que vem perdendo a vice-liderança para o SBT constantemente nessas duas faixas. Se a Record ainda é vice na média-dia, o é pela audiência sólida conquistada por seus jornalísticos do período da manhã, que mantém a liderança e consegue salvar a média-dia de um desastre completo.

Esta não é a primeira grande crise que ela enfrenta. Ao final de 2009 ocorreu algo semelhante, assim como no fim de 2010 e em meados de 2011, tudo devidamente revertido. Foram alguns momentos de queda abrupta nos números que foram corrigidos com a solidificação da grade e o acerto no horário de alguns programas mais populares.

Mas este, é sem dúvida, o momento mais delicado. Se das outras vezes a queda da Record representava perda de público para a Rede Globo e, portanto, não havia com o que se preocupar no que concerne a vice-liderança, desta vez não é bem assim. O primeiro ponto de preocupação para a cúpula deve ser o SBT. Com alguns acertos importantes, a emissora de Sílvio Santos vem conseguindo crescimento discreto, mas o suficiente para elevar sua média-dia e se aproximar novamente da vice-liderança. A bem da verdade é que o SBT já é vice-líder nas tardes e no principal horário da TV, as noites, falta apenas acertar a grade no período da manhã - especificamente entre as 07h00 e as 09h30.

Mas a preocupação não é apenas com o SBT. A Band vem conseguindo resultados interessantes. Mesmo com um programa que sofre para atingir 1 ponto de audiência em pleno horário nobre - o religioso - a emissora vem conseguindo uma impressionante média e chegou a ficar a 0,6 pontos na média-noite ao concorrer com a Record

Para se ter uma ideia, na primeira metade do mês de Maio, na média acumulada, apenas a Record apresentou queda de audiência. Globo cresceu 3%, SBT cresceu 5% e Band cresceu 7%, com a emissora dos Bispos caindo 3% em relação a abril. Ainda na comparação com o mês anterior, a diferença entre Record e SBT caiu de 1,6 para 0,9, queda de 44%. 

Entre Band, Record e SBT, certamente a primeira vem com a melhor estratégia, com ótimas novidades e mostrando um crescimento sólido. O SBT começa a investir também com o lançamento da novelinha Carrossel, além de fortalecer seu domingo e trabalhar em novos projetos. É possível acreditar que, com estes acertos de Band e SBT haverá boa disputa pela vice-liderança da audiência. Essa seria a primeira disputa de fato na história recente da TV brasileira, pois tudo sempre foi muito claro. Não é mais o caso. Com queda brusca na área financeira, não é tão simples afirmar que a Record conseguirá manter a vice-liderança sem problemas. SBT e Band estão de olho.

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