sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E a Band, hein? Por onde anda?

Quando se fala de TV aberta brasileira logo se pensa em algumas emissoras tradicionais como Rede Globo, SBT, Rede Record e BAND. Todas as outras emissoras abertas estão ainda buscando seu espaço e, nem de longe, possuem a rica história cultural que as 04 principais Redes de TV do país são donas e carregam em seu "currículo".

Na atual década falou-se muito do crescimento vertiginoso da Rede Record em sua escalada rumo a vice-liderança, que se consolidou de fato na atual década e também da grave queda do SBT que, desde a década de 80 era a emissora vice-líder do país e, nesta década, perdeu o lugar para a concorrente e também perdeu muito de sua credibilidade.

Porém, não se vê muito falar da BAND. Uma década triste para uma emissora que já foi a predileta da classe masculina no Brasil, principalmente na década de 90 quando a emissora tinha por slogan: "Bandeirantes, o canal do esporte". Com as mudanças da cúpula da Rede, nos primeiros dez anos do novo milênio, o que se viu foi um afastamento gradual do esporte e o perfil da emissora passou a mudar consideravelmente quando em comparação com os 10 anos anteriores.

Porém, é nítido que essa mudança não surtiu o efeito esperado. Atualmente, poucos são os programas da emissora que o público queira assistir e, mais do que isso, exceção feita ao excelente CQC, praticamente nenhum programa da grade atual da BAND tem qualquer tipo de repercussão junto ao público e também junto a mídia especializada.

Apesar de, em 2010, a emissora ter tido certa melhora, principalmente no horário nobre e se aproveitando da fragilidade do SBT, ao lançar programas interessantes como A Liga, isso é pouco perto do que a emissora outrora especializada em esporte vem fazendo atualmente. A bem da verdade é que ninguém sabe por onde anda a estrutura da BAND e, ao que parece, ninguém saberá, pois a próxima década não promete nada de interessante.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

As Cariocas 1x09: A Suicida da Lapa

Todas as séries, praticamente sem exceção alguma, mesmo as melhores, passam por momentos delicados e sofrem em um momento ou outro com episódios abaixo da média. Quando a série é boa, isso fica mais evidente quando surge um episódio que se destaque por não ter a mesma qualidade da maioria que normalmente é exibido.

As Cariocas pode servir como exemplo disso. Uma primeira temporada realmente muito boa, melhor até do que muita gente esperava. Em nove episódios, ao menos 06 foram excelentes, o que é uma marca e tanto para uma produção deste porte. Ainda houve um regular e, pena, dois abaixo da média. E o de ontem foi um deles, o mais fraco até o momento.

A Suicida da Lapa não chamou a atenção em nenhum momento. O roteiro não conseguiu atrair a atenção do telespectador que viu um episódio arrastado e que tentava a todo o tempo ser engraçado, sem conseguir nem arrancar sequer um sorriso amarelo de quem assistia. As metáforas que foram inseridas tentando levar o público a buscar elementos históricos e poéticos também não surtiram efeito e, em conseqüência disso, nada houve de importante.

As frases todas muito fracas, inclusive as de narração que normalmente dão o tom divertido e até poético para as histórias, chamaram a atenção dessa vez pela falta de criatividade e, em alguns momentos, chegaram a irritar o público. A personagem principal, Alice, não tinha carisma algum, ao contrário, a imagem de psicótica que ela passou muito mais fez o público bocejar do que se divertir ou torcer por um desfecho surpreendente.

Para ajudar, Débora Secco não esteve bem. Ela ressuscitou a fraca interpretação de Sol em América e voltou a falar gemendo, um de seus principais defeitos como atriz. Todas as cenas em que Alice demonstrava sua insegurança e indecisão foram prejudicadas por um texto ruim e por uma atriz que não soube compor uma personagem um pouco mais densa.

O jeito agora é esperar pelo episódio final - o que gera mais expectativa por ser protagonizado por Angélica - e torcer para que a última imagem de As Cariocas seja positiva, porque, de qualquer forma, a temporada teve um balanço muito bom.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Hebe deixa SBT. Destino pode ser Rede TV!

A apresentadora Hebe Camargo anunciou nesta segunda-feira, durante gravação de seu programa especial de fim de ano que, 25 anos após comandar seu programa na emissora de Sílvio Santos, está deixando o SBT. Segundo a apresentadora, foram mais de duas décadas de uma parceria vitoriosa e vivendo literalmente como uma família, porém, era chegado o momento de sair e manter os laços de amizade que criou com praticamente todos da emissora.

Porém, nos bastidores, o que se comenta não é bem isso. A proposta salarial feita por Sílvio Santos não agradou a apresentadora que optou por não renovar o contrato que vence no último dia de dezembro de 2010. Por isso, a apresentadora achou melhor deixar o SBT ao invés de manter uma relação profissional que vem sendo desgastada ao longo dos anos com constantes reduções salariais também motivadas pela significativa queda de audiência do programa.

Muito se cogitou que o destino da apresentadora seria a Rede Globo que vem fazendo uma série de homenagem a ela ao longo de 2010. Quando Hebe anunciou estar com câncer, logo após a cirurgia, a primeira emissora a ouví-la foi a Rede Globo, através do Fantástico. No último domingo, ela recebeu também uma homenagem da emissora. Tudo muito estranho.

Mas engana-se quem acha que já está tudo acertado. Segundo fontes dentro da emissora dos Marinho, há o interesse em contar com Hebe, porém, como ela não atrai mais audiência, existe preocupação da cúpula, pois pode ser um tiro no pé na briga pela audiência e abrir mais um horário em que a concorrência pode se aproveitar.

Segundo o jornalista Alê Rocha divulgou em seu perfil no twitter e confirmado por fontes dentro das emissoras de TV, o provável destino da "rainha" da TV brasileira deve ser a Rede TV! Caso isso se confirme, seria um fim de carreira deprimente para uma mulher que já chegou a liderar a audiência e fechar sua vida profissional apenas na 5ª emissora do país. A aposentadoria seria muito melhor. Mesmo assim, pode haver uma reviravolta e ela ir parar na Globo. Vamos esperar.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Parabéns Sílvio Santos

Neste dia 12 faz aniversário o maior comunicador que o Brasil já viu. Senor Abravanel, o popular Sílvio Santos. Donos de uma das mentes mais brilhantes que a TV brasileira já viu, ele é responsável por criar um modo de se fazer televisão e dar a ela o típico jeito brasileiro, popular, divertido, sem frescuras e, acima de tudo, com improviso.

Sílvio Santos já era um baita apresentador há 40 anos, ainda na Rede Globo e dono dos domingos da TV ele criou quadros, programas e tinha a incrível capacidade de se manter por até 8 horas no ar sem nenhuma dificuldade, sem que seu programa se tornasse cansativo ou que o telespectador cogitasse mudar de canal. Isso por si só é prova do que ele representa.

Ainda hoje, Sílvio Santos parece ser o único apresentador da televisão brasileira que não precisa se renovar. Todos os mais antigos comunicadores tiveram que repensar seus estilos para continuar no ar, ou então a audiência começou a ser afetada. Não com Sílvio Santos. Ele faz a mesma coisa que fazia na década de 70 e, ainda hoje, todos a sua volta gostam e o admiram. O telespectador tem um carinho incrível para com ele e ninguém se cansa de ver seu programa.

Sílvio também representa muito para a TV de um outra forma, como empresário. Afinal, desde que a Globo derrubou a extinta TV Tupi e assumiu a liderança da audiência, Sílvio Santos foi o primeiro a conseguir assustar a vênus platinada. Ao adquirir o SBT, Sílvio Santos montou uma programação alternativa, popular e com cara própria, colocando rapidamente a emissora no segundo lugar de audiência.

Pertence a ele as idéias mais geniais da televisão e as maiores audiências fora da Globo com programas como Casa dos Artistas, Show do Milhão. Como empresário, Sílvio sempre teve ótima visão, por isso fez do SBT um celeiro de sucessos como Bozo, Mara Maravilha, Show de Calouros, Domingo Legal e tantos outros programas que conseguiram boa audiência.

O momento do aniversário de Sílvio pode ser o pior de sua vida profissional. A notícia do rombo em seu Banco (Panamericano) e com o SBT não conseguindo disputar a vice-liderança com a Record, parece que é o fim da linha. Mas não é, para um homem como Sílvio Santos, nunca é, pois ele sempre encontra uma saída criativa. Independente se o SBT voltará ou não a ser a segunda maior emissora do país, o público brasileiro tem muito o que comemorar graças ao maior comunicador do país.

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