sábado, 18 de fevereiro de 2012

Do que o Telespectador Brasileiro gosta?

Escrever uma crítica tendo este título é das tarefas mais árduas. Certamente, para tentar encontrar uma resposta aceitável seriam necessários anos de pesquisa científica e, provavelmente, encontraria-se, sérios problemas dada a dinâmica do telespectador mediano da TV brasileira. Atualmente, é uma tarefa hercúlea para os diretores de programação encontrar produtos que se encaixem ao perfil do público e, mesmo quando isso ocorre, as chances de rejeição não são baixas.

Numa análise simplória, poderia-se dizer que o telespectador brasileiro, com a imersão da classe C, piorou bastante nos últimos anos. Basta notar que a novela de maior sucesso da última década foi Senhora do Destino, uma trama extremamente popular, mas sem grandes valores criativos. Atualmente, dois fenômenos justificariam essa crença. Fina Estampa - por coincidência, escrita por Aguinaldo Silva que também escreveu Senhora do Destino - e Rei Davi são dois claros sucessos de audiência, cada qual em sua emissora e com sua respectiva meta de números. Outra coincidência é que ambas não acrescentam absolutamente nada para a teledramaturgia, é apenas a reciclagem dos mesmos clichês e das mesmas construções maniqueístas, além de entregar tudo mastigado para um telespectador preguiçoso.

Ao basear-se nos dois sucessos do momento e enxergar que uma trama bem amarrada, muito bem construída e que foge de todo tipo de obviedade feito A Vida da Gente, é um fracasso retumbante de audiência, a conclusão óbvia e simplória é: o público brasileiro gosta de lugar-comum na teledramaturgia, gosta de tudo pronta e de mais do mesmo.

Será? O sucesso de público e crítica de Cordel Encantado mostra que essa afirmação não é totalmente verdadeira. Uma construção sólida, sóbria e que uniu diversos elementos de teledramaturgia que pareciam incombináveis fez sucesso diante do público e mostrou que o telespectador gosta de produtos com qualidade.

Mas como justificar os recentes trabalhos de grande qualidade e que não tiveram o resultado esperado? Foi assim com a série O Brado Retumbante e, um pouco mais atrás, com a novela Poder Paralelo. Difícil responder esta pergunta, mas, aparentemente, o público brasileiro se interessa ou não por uma obra desde a estreia. Se, no começo, ela já for um fracasso, as chances de reverter isso são pequenas - mas não impossível.

De qualquer forma, a pergunta-título acaba ficando retórica porque atualmente é impossível entender a mente do telespectador brasileiro. A única certeza é que o autor precisa fazer com o que o público compre sua história porque, quando o telespectador acredita que o que está vendo diante da TV é verdade, é algo próximo de si, ele compra a história e se torna fiel. Parece ser o único caminho possível e, o único palpável atualmente.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Caso Eloá: Record erra feio e Globo acerta em cheio

Uma emissora de TV se pauta prioritariamente pelo respeito ao telespectador fiel. Afinal, é a pessoa que sintoniza a programação dessa emissora todos os dias que dá a audiência verdadeira, a audiência chamada "pura" na linguagem de publicidade. A audiência volante pode ser importante e interessante pra uma Rede de televisão nanica, não para as de grande porte.

Novamente agindo como se fosse uma das pequenas do país, a Record buscou audiência fácil, desrespeitando seu público fiel e desrespeitando o próprio brasileiro. Ao explorar por horas e horas a fio nesta quinta-feira o julgamento de Lindemberg, assassino de Eloá, a emissora ultrapassou o limite da informação e invadiu o trilho da exploração da miséria humana em troco de audiência.

O contraponto disso tudo aconteceu na maior concorrente da emissora da Barra Funda. Num exemplo de respeito a anunciantes, a sua própria história, ao telespectador e, principalmente, aos princípios básicos do que é jornalismo, a Rede Globo fez uma cobertura coesa, séria e centrada do julgamento. Sem alardes, sem abdicar de sua programação para falar do assunto, a cobertura aconteceu com ótimas reportagens nos seus telejornais. O anúncio da sentença proferida pela juíza, somente foi ao ar na líder de audiência do país, ao final da sentença, e num Plantão rápido e sem devaneios. 

Verdade seja dita, com a cobertura imensa e cansativa, explorando a desgraça humana e desrespeitando o público que acompanha a programação regular da emissora, a Record aumentou e muito sua audiência, inclusive, com o Plantão que transmitiu toda a sentença da juíza, chegou perto de liderar. Muita gente pode pensar que a Globo falhou e entrou tarde com o seu Plantão e por isso a Record conseguiu audiência. São dois pontos de discussão.

O primeiro ponto é a análise dos números de audiência da Record. Eles servem para o que exatamente? Amanhã, sem julgamento, sem sentença, sem exploração da miséria humana, a emissora volta a sua pontuação vexatória do início de noite, disputando a vice-liderança com SBT e Band, ou seja, falta de estratégia, porque o público que deu audiência hoje, não será fidelizado porque não viu a programação da emissora, viu apenas uma cobertura pseudo-jornalística. E o telespectador fiel, desrespeitado, pode até não querer continuar assistindo. Ou seja, um tiro no pé a médio prazo.

Outro ponto é sobre a "demora" para o Plantão da Globo entrar no ar. Qual o interesse público em acompanhar toda a leitura da sentença da juíza? De fato, a concorrência teve audiência porque o ser humano tem essa curiosidade mórbida que o aquece, porém, não é função de jornalismo acariciar o ser humano em suas bizarras curiosidades e no seu intenso prazer em acompanhar o sofrimento humano. Ao entrar com o Plantão após a leitura da sentença, ou seja, quando havia, de fato algo a se noticiar, a Globo respeitou seu público e respeitou os princípios básicos do jornalismo, mantendo-se isenta, e cuidadosa, sem exagerar, sem transformar o julgamento num show de horrores.

Repito: saber o resultado da sentença é de interesse público porque é o resultado do sistema judiciário brasileiro. Porém, acompanhar horas e horas do caso, a leitura inteira da sentença, não é de interesse público, é de interesse privado - família e amigos dos envolvidos - e utilizar esse tipo de ferramento na busca por alguns pontos de audiência que vão se derreter feito água no futuro é, no mínimo, falta de respeito. 

Muito mais enterra carreira de Adriane Galisteu

Quando surgiu no Superpop, da Rede TV!, no fim de 1999, a ex-modelo Adriane Galisteu iniciava sua carreira de apresentadora na tentativa de buscar um espaço só seu na TV brasileira. Aos poucos, com desenvoltura e estilo próprio, ela foi construindo uma história muito interessante que teve seu ápice na Rede Record, a frente do excelente É Show.

Após sua fracassada passagem pelo SBT, Galisteu voltou à mídia com seu novo programa na Band. O Muito Mais, numa definição simplória, mais um programa destinado a falar da vida particular das celebridades, entrou no ar há pouco tempo, mas já mostrou do que é capaz: destruir com a credibilidade e a imagem que a apresentadora construiu ao longo de mais de uma década.

Como já foi dito em outra crítica, o Muito Mais é um show de horrores, de péssimo gosto e que constrói seu espaço na TV às custas da vida privada das celebridades. Como se tudo isso não bastasse, em tão pouco tempo no ar, o programa vem colecionando desafetos e sua produção já foi acusada por diversas pessoas da TV de agir sem nenhuma ética ou profissionalismo.

A briga por audiência e espaço na TV aberta é feroz e, principalmente no programa vespertino, a exploração e sensacionalismo sempre deram resultado imediato, portanto, não é de se estranhar que uma emissora nanica invista neste tipo de assunto para tentar ganhar um ou dois pontos a mais. Num país cujas emissoras menores sempre apelam em busca de audiência, algo assim já se transformou em corriqueiro.

O estranho da história é que uma apresentadora do quilate de Adriane Galisteu empreste sua imagem para esse tipo de proposta. A apresentadora não se cansa de se queimar no mercado com esta atração apelativa e que não contribui em nada para a TV brasileira. Por mais que ela seja a mais discreta do programa e quase sempre evite ficar no fogo cruzado, toda a produção faz questão de sempre colocá-la em saias justas, também pudera, ela está ali cercada por gente desconhecida, sem história na TV e sem qualquer apelo junto ao público.

É incrível o que se faz a troco de ter um pequeno espaço e um programa de TV. Adriane Galisteu não parece se preocupar em ser usada como uma espécie de prêmio para um programa que ultrapassa qualquer nível de respeito e mau gosto, porque a definição do que acontece é justamente essa. O programa não precisa do conhecimento, carisma e profissionalismo de Galisteu, o Muito Mais apenas usa a imagem da apresentadora para tentar se segurar na audiência. Um desperdício de tempo para o telespectador e o fundo do poço para Adriane Galisteu.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Show em A Vida da Gente

Que A Vida da Gente se perdeu no emaranhado de capítulos encomendados pela Rede Globo, parece ponto pacífico. A trama de Lícia Manzo mostrou que não tinha fôlego suficiente em sua sinopse para sobreviver ao número de capítulos proposto pela emissora e, de uns tempos para cá, passou a andar em círculo, sem conseguir avançar um milímetro da história.

Ainda assim, é impossível esquecer boa parte do folhetim que teve uma qualidade impar e colocou-a como a melhor novela no ar na TV brasileira. E isso foi provado no capítulo da última terça-feira, quando finalmente foi ao ar a cena de embate entre as irmãs, protagonistas, Manuela (Marjorie Estiano) e Ana (Fernanda Vasconcellos).

A cena mostrou a competente direção de Jayme Monjardim que teve cuidado em todos os elementos da sequência, permitindo o tom sombrio que era exigido para a fotografia, sem contudo deixá-la escura a ponto de prejudicar a dinâmica. A escolha dos closes e da abertura da câmera em determinados momentos foi fundamental para garantir a escalada conflituosa dos diálogos. Por fim, a marcação da cena foi tão perfeita, pois não permitiu uma aproximação exacerbada das duas atrizes, mas também não as manteve distantes, o que tiraria a força do texto.

E que texto. Lícia Manzo mostrou-se afiada e com grande capacidade em produzir textos de qualidade. Se toda a estrutura narrativa de A Vida da Gente já mostra todo um apuro nos diálogos, a autora se superou na cena em questão. Frases bem pensadas, trabalhadas e que revelavam o sentimento interno das personagens foram traduzidas perfeitamente com a melhor escolha de palavras possíveis. Em cenas assim, com barracos, normalmente o autor pode escorregar e levar para o tom pastelão ou popular, mas Lícia manteve o tom firme e cuidadoso.

Por fim, a atuação impecável das duas atrizes em cena contribuíram para a construção da melhor sequência da novela - e a melhor cena de 2012 até o momento. Fernanda Vasconcellos provando o quanto amadureceu na profissão, segurou uma cena muito difícil para sua personagem, Ana. A personagem teve de mostrar dois momentos distintos na cena e a atriz construiu essa evolução emocional muito bem. Num primeiro momento, devastada, a personagem teve de mostrar-se triste, contida e tentando convencer a irmã de que era o momento para as pazes. Num segundo momento, Ana já estava num tom de acusação, mostrando-se também magoada com a irmã e Fernanda Vasconcellos construiu os dois momentos muito bem.

E Marjorie Estiano? Mais um show desta competente atriz - o melhor trabalho da TV brasileira no momento - que já tornou-se lugar-comum. Defendendo a sua Manuela com unhas e dentes, a atriz mostra uma maturidade incrível, que poucas atrizes de sua idade possuem. Com pequenos olhares, e expressão facial que mostraram toda a fúria e mágoa da personagem, a atriz fez o público comprar a briga - independente das torcidas - e acompanhar cada momento. Foi uma sucessão de olhares fulminantes, e o texto dito com uma empostação vocal que impressionou.

É bem verdade que A Vida da Gente não vai caminhar muito por conta deste embate, até porque, ao que parece, não há mais caminhos para a novela que apenas aguarda o dia de encerrar os trabalhos, mas a cena foi absolutamente impecável e um presente para os telespectadores fieis da história. Bem que ela poderia ter vindo antes e aberto portas para outros caminhos. Mas, antes tarde do que nunca.

Assista à cena


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Corações Feridas e esforçada, mas só.

Já com mais capítulos exibidos é possível fazer uma análise um tanto quanto mais apurada da novela do SBT, Corações Feridos. Com a assinatura de Íris Abravanel, a trama assumiu o novo - que na verdade é velho - horário para a teledramaturgia da emissora e com o objetivo maior de iniciar a consolidação do horário para as novelas, como opção a outras emissoras que exibem jornais neste momento.

A primeira impressão que se teve ao final do primeiro capítulo ficou mantida nos posteriores. O principal problema do folhetim é, sem qualquer dúvida, o ar de minissérie que ela transmite. Como obra fechada - foi gravada toda antes da exibição - ela passa distanciamento do telespectador, mas mantém a linguagem e a produção de novelas, o que deixa um ar muito superficial e falso para quem assiste.  Somente isso já é suficiente para afastar a audiência que não consegue comprar uma história assim.

O elenco vem se mostrando outro ponto baixo do folhetim. Cheio de altos e baixos, a maioria das cenas vem carregada de problemas de interpretação, que variam entre a falta de composição de personagem e, consequentemente, verossimilhança, e empostação vocal que soa tão falsamente que acaba irritando. Quem se destaca positivamente neste grupo são Lívia Andrade, uma das poucas que fez a lição de casa e conseguiu criar uma personagem totalmente humana, e Cyntia Falabella. A segunda, responsável pela vilã da trama, demonstra completa e total insegurança e imaturidade como atriz, porém, num papel de vilania de quadrinhos, em que o exagero torna-se necessário para que a história faça sentido, ela consegue segurar bem o papel.

A direção, apesar de esforçada, comete deslizes que atrapalham sobremaneira a fluidez dos trabalhos. Boa parte das cenas são amarradas, com marcações que se tornam evidentes e, por conta disso, se torna quase impossível acreditar no que se vê, pois a impressão constante que se tem é de que estamos diante de um ensaio de peça infantil. Sem agilidade, a direção não consegue impor ritmo e tirar a novela da morosidade constante.

Já o texto é o mais esforçado. Percebe-se que Íris Abravanel quer mesmo ser novelista. De seu primeiro trabalho até hoje, ela conseguiu evoluir bastante, principalmente na amarração dos núcleos que são muito bem estruturados e estão quase sempre interligados. Outro ponto positivo do texto é a criação de situações que funcionam e fluem naturalmente, além de dar o tom folhetinesco que a trama precisa. O único ponto baixo são os diálogos, ainda irreais e que afastam as personagens da audiência.

Corações Feridos esforça-se para ser um bom produto e opção de novela para o telespectador, mas esbarra nos problemas estruturais do SBT e, por conta disso, seu esforço torna-se quase nulo e um desperdício, pois a novela poderia ser boa.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 150


Fina Estampa: 38,97
Insensato Coração: 34,73
Passione: 33,83
Viver a Vida :34,75
Caminho das Índias: 36,95
A Favorita: 38,11
Duas Caras: 39,66
Paraíso Tropical: 42,37
Páginas da Vida: 47,49
Belíssima: 46,39
América: 47,21
Senhora do Destino: 48,67
Celebridade: 43,67
Mulheres Apaixonadas: 45,01
Esperança: 38,12
O Clone: 44,09

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 120


A Vida da Gente: 21,86
Cordel Encantado: 25,76
Araguaia: 22,18
Escrito nas Estrelas: 25,67
Cama de Gato: 23,37
Paraíso: 24,90
Negócio da China: 20,45
Ciranda de Pedra: 21,92
Desejo Proibido: 22,69
Eterna Magia: 25,92
O Profeta: 32,07
Sinhá Moça: 33,27
Alma Gêmea: 36,67
Como uma Onda: 25,74
Cabocla: 33,31
Chocolate com Pimenta: 33,92
Agora é que São Elas: 27,82
Sabor da Paixão: 23,97
Coração de Estudante: 28,88

Domingo na TV: Eliana

A partir desta segunda-feira, este espaço abre um novo modelo de crítica. Nas próximas semanas e, até que consiga ver o maior número possível, o TVxTV irá analisar todas as segundas-feiras um programa dominical. Para tal, o programa analisado será assistido no dia anterior, para que o julgamento seja o mais imparcial possível. Serão analisados todos os programas nacionais exibidos aos domingos pelas 03 principais emissoras e, caso possível, alguns das outras também.

A primeira semana é de análise do programa do SBT Eliana. Um programa tido por praticamente toda a crítica, em determinado momento, como o melhor programa da TV brasileira e que enfrentou diversas mudanças a fim de combater a audiência das concorrentes no horário e em busca de encontrar maior identidade tanto para a emissora quanto para a apresentadora.

De melhor a pior. Este é o caminho desta produção. O que se vê no programa Eliana é absolutamente vergonhoso e a maior parte dos quadros sequer é digna de nota. Sem qualidade, sem conteúdo e, principalmente, sem qualquer tipo de identidade, Eliana se transformou numa atração esquizofrênica e que causa constrangimento em quem assiste, talvez por isso não tenha qualquer condição de brigar por audiência atualmente.

Deixando de lado os excelentes quadros que o consagraram e atraíram o público, o programa apresenta uma sucessão de equívocos, quadros que não se falam e que em nenhum momento conseguem causar qualquer tipo de identificação com o telespectador. Em determinado momentos, Eliana parece uma Revista Eletrônica Feminina no pior estilo possível, em outros parece uma espécie de Superpop piorado. Caminha sem nenhuma vergonha nos dois extremos, o cult e o exageradamente pop, e pior, não transmite verdade em nenhum deles.

O que se vê diante da tela, com atrações que só conseguem levar subcelebridades atualmente - e olha que já tivemos grandes nomes da música naquele palco - é a preguiça. Com um contrato muito bem amarrado e que não permite ser tirada do ar nem jogada em horários ruins, a apresentadora Eliana aparenta estar bem confortável em seu programa, também pudera, ganhar o salário astronômico que ela ganha sem precisar ter nenhum bom desempenho.

O fato é que o atual Eliana pode ser gravado em poucas horas, sobrando muito mais tempo para toda a produção se preocupar com trabalhos paralelos. Resumindo, falta dedicação e compromisso a todos os envolvidos - direção e apresentadora - que precisam resgatar a identidade da atração em seus primórdios e voltar com quadros que, ainda que dessem muito trabalho para serem realizados - agradavam bastante o telespectador. Quem assiste Eliana tem certeza de uma coisa, é o programa mais preguiçoso da TV Brasileira.

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