sexta-feira, 27 de abril de 2012

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 10


Cheias de Charme: 29,40
Aquele Beijo: 27,50
Morde e Assopra: 26,20
Tititi: 28,70
Tempos Modernos: 24,70
Caras e Bocas: 27,60
Três irmãs: 29,40
Beleza Pura: 30,20
Sete Pecados: 31,50
Pé na Jaca: 35,40
Cobras e Lagartos: 31,50
Bang Bang: 32,30
A Lua me Disse: 29,90
Começar de Novo: 36,50
Da Cor do Pecado: 36,40
Kubanakan: 35,50
O Beijo do Vampiro: 30,70
Desejos de Mulher: 27,20

O capítulo incrível de Avenida Brasil

Que Avenida Brasil é a melhor novela do momento não resta qualquer dúvida. Que o folhetim de João Emanuel Carneiro parece caminhar para repetir o feito da obra anterior do autor e se tornar a melhor novela da atual década também parece ponto pacífico. O que vem se tornando rotina, contudo, são os capítulos memoráveis que vem acontecendo com grande frequência.

O capítulo exibido nesta quinta-feira, 26, que teve como plot principal o sequestro forjado da vilã Carminha (Adriana Esteves) foi mais um para a coleção de capítulos épicos da trama que sequer chegou aos 30 capítulos exibidos. Para uma trama com menos de um mês no ar, o número de dias acima da média - não da novela, mas do que é comum no formato - surpreende, mesmo se tratando de João Emanuel Carneiro.

Após uma estreia com ares de genialidade e outros grandes momentos, parece que o autor e sua produção estão dispostos a tornar Avenida Brasil inesquecível e contam, para isso, com toda uma equipe absolutamente inspirada. Se João Emanuel parece uma fonte interminável de criatividade ao escrever os capítulos - o texto de ontem mostrou como o autor está afiado e sem medo de criar situações e diálogos incrivelmente ricos - seus diretores não ficam por menos.

Sob o comando do excelente Ricardo Waddington, a direção é um dos grandes pontos do folhetim até aqui. A cena do sequestro de Carminha poderia ter sido um dos momentos constrangedores da TV brasileira, se não o foi, deve-se muito ao ótimo trabalho de quem dirigiu a sequência. A câmera nervosa funcionou muito bem para o momento, tal qual os takes no momento correto e, principalmente, a trilha envolvente - ponto alto do folhetim.

E o elenco não deixa por menos. Se Débora Falabella como protagonista não decepciona, especificamente ontem, a atriz esteve melhor ainda. Ao encarnar uma espécie de detetive para descobrir onde ficava o esconderijo de Carminha, a personagem Nina teve de enfrentar momentos importantes e Débora esteve bem em todos. Assim como todo o núcleo mostrou seu talento, o que já é comum na novela. Mas o destaque mesmo foi Adriana Esteves. Após um começo arrasador como uma vilã implacável, a atriz viu sua personagem viver uma vida de fingimento, tendo que se tornar uma "mulher de bem" para garantir a boa vida com o casamento. Mas no capítulo de ontem, a Carminha que o público conheceu na estreia esteve de volta e mais forte do que nunca. O texto da vilã dito pela atriz soa de forma genial e as caras e bocas que Adriana faz dá um charme ainda maior para as sequência - a cena da personagem dentro do carro reclamando dos sequestradores foi simplesmente épica.

João Emanuel Carneiro repete sua estratégia de sucesso e mostra que em A Favorita, as grandes viradas e os capítulos épicos não eram exceções, mas são regras da vida deste autor que, aparentemente, caminha para se tornar um dos maiores nomes da teledramaturgia nacional. E, com Avenida Brasil, isso parece apenas se consolidar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Comparativo de Audiência - Record - média parcial

Média-parcial diária de novelas da Record até o capítulo 10


Máscaras: 8,70
Vidas em Jogo: 10,90
Ribeirão do Tempo: 11,10


Obs: Somente essas três novelas podem ser feitas comparativo, pois as anteriores ou eram exibidas de segunda a sábado ou tiveram constantes mudanças de horário, o que inviabiliza a comparação.

O Desastre do Roda a Roda diário

Com uma estreia quase que surpresa - a divulgação aconteceu poucos dias antes - ocorrida na última segunda-feira (23), o Roda a Roda, um dos games criados por Sílvio Santos há décadas e que, atualmente, faz parte da grade dominical do SBT, passou a ter edição diária, de segunda a sexta, mas sob o comando de Patrícia Abravanel com apoio de Liminha.

Muito mais do que dar à filha do patrão a oportunidade de comandar um programa diário, essa decisão certamente serve para contribuir na divulgação ainda maior da Rede de Cosméticos Jequiti, também do Grupo Sílvio Santos e que oferece o game, porém isso não chega a prejudicar o desempenho do programa, como nunca ocorreu com a versão de domingo.

Existem dois problemas na decisão de tornar este show diário. O primeiro passa pelos mesmos equívocos que o SBT comete em sua história e com que o público certamente já se acostumou e, por isso, foge da emissora: a falta de estratégia. Parece evidente que o telespectador que está diante da TV de segunda a sexta no horário das 18h30 não tem nenhum perfil para este tipo de programa, principalmente porque as donas de casa que assistem Sílvio Santos aos domingos, neste horário, estão assistindo a novela da Globo.

E o segundo problema, este muito mais grave, é a ausência de Sílvio Santos. É preciso entender que não há aqui uma crítica a Patrícia Abravanel que, mesmo tendo o peso de ser filha de quem é, cresceu muito enquanto apresentadora e vem se saindo muito bem no Cante se Puder. Ocorre que o Roda a Roda foi todo projetado para depender de Sílvio Santos. É um game que o público está familiarizado ao estilo de Sílvio apresentar. Tudo no programa, assim como em todos os seus programas, gira em torno do carisma do comunicador.

Sem Sílvio Santos, o Roda a Roda torna-se mais um programa e, o mais grave, com rejeição do telespectador que está acostumado ao jeito inconfundível com que o maior comunicador do país comanda o game. Muito mais do que um prêmio por ser filha de Sílvio, Patrícia foi castigada com este projeto, uma vez que é impossível - tanto para ela quanto para qualquer um - competir com Sílvio Santos no estilo de se apresentar um game - e as comparações tornam-se impossíveis de serem deixadas de lado e, com isso, a rejeição só aumenta.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 40


Amor Eterno Amor: 21,83
A Vida da Gente: 21,53
Cordel Encantado: 24,30
Araguaia: 21,55
Escrito nas Estrelas: 25,60
Cama de Gato: 24,63
Paraíso: 22,38
Negócio da China: 20,93
Ciranda de Pedra: 22,40
Desejo Proibido: 21,35
Eterna Magia: 26,30
O Profeta: 32,58
Sinhá Moça: 30,73
Alma Gêmea: 36,45
Como uma Onda: 25,00
Cabocla: 33,25
Chocolate com Pimenta: 36,68
Agora é que são Elas: 25,98
Sabor da Paixão: 26,05

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Os exageros sobre (e do) Pânico na Band

A trupe do Pânico voltou a ficar no centro das atenções graças ao programa exibido neste último domingo (22/04). A última hora do Pânico na Band foi toda voltada para as Panicats e, numa daquelas atitudes que somente o grupo entende, decidiu-se por raspar a cabeça de Babi ali no palco, ao vivo.

A atitude, que a principio parecia uma blefe, chocou boa parte dos telespectadores e a repercussão da decisão foi muito negativa nas Redes Sociais. A maioria dos telespectadores se mostraram revoltados quando os cabelos da jovem foram raspados e consideraram um exagero de mau gosto. No twitter subiram diversas tags de protestos, a duas mais duras foram: #ForaPânico e #TudoporAudiência.

A análise disso precisa ser menos drástico e com maior tranquilidade. Não é a primeira vez que a trupe se coloca no meio de uma polêmica desse nível. Aliás, o grupo está se tornando expert em produzir momentos que nada tem a ver com humor e tornam-se o centro das atenções em atitudes absolutamente suspeitas e que quase sempre visam boa audiência - e conseguem o objetivo, diga-se. A marca do programa é a polêmica e, aparentemente, parece ser um caminho sem volta e que todos os membros gostam.

Um humorístico deve se pautar exclusivamente pelo humor. Quando o Pânico na Band ultrapassa esta linha e migra para a polêmica, para a exploração excessiva de um assunto e, principalmente, pela humilhação de algum artista, quem perde é o próprio grupo. Perde-se credibilidade, perde-se o foco, mas principalmente, perde-se a oportunidade de mostrar o quanto são bons em sua própria área, que é o humor.

Ao gastar tanto tempo em um quadro absolutamente desnecessário que, na prática, serviu apenas para humilhar a panicat e não produziu um único momento de humor espontâneo, o programa deixou de exibir o melhor e mais interessante quadro desde a estreia na Band, o Jornal do Bóris. Isso por si só mostra-se um equívoco estratégico da produção. É bem verdade que toda a polêmica colocou o grupo no centro das atenções e deu picos de liderança folgada, mas são números momentâneos e de um telespectador que não será fidelizado, enquanto o quadro de humor consolidaria ainda mais.

Porém, os exageros na análise também mostram o quanto o povo brasileiro ainda é conservador. Babi não é uma iniciante. Ela está na mídia a tempo suficiente para saber utilizá-la a seu favor e, mais, conhece com detalhes o grupo para o qual trabalha. Ficou evidente que a jovem já sabia que teria de raspar os cabelos e mais óbvio ainda que ela havia concordado. Não há o que se discutir quanto a decisão da moça. Não houve qualquer espécie de assédio moral ali e, se houve, ela não é inocente a ponto de achar que teria de fazer aquilo para continuar trabalhando. Óbvio que ela concordou em se tornar o centro das atenções justamente para atrair mais mídia.

Se não houve humor e o Pânico errou ao exibir o quadro, o telespectador exagera ao se sentir ofendido com algo que não é ofensivo. Exatamente em que ofende os valores morais e éticos assistir uma pessoa raspando os cabelos? Não é o caso de se protestar porque não houve baixaria ou ofensa a um grupo social. É o caso simples de trocar de canal se o programa não transmitiu o que dele se esperava. Mas ninguém trocou de canal. Todos assistiram, mesmo os "ofendidos". Porque se colocar na posição de juiz é tarefa simples para quem é ultraconservador. Um país de exageros.

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