sábado, 16 de outubro de 2010

Os 10 Melhores Bordões da Década

Ainda temos algum caminho pela frente em nossa lista dos Melhores da Década, lista que tem sido um sucesso como todos bem sabem e, portanto, vamos tentar ao máximo mantê-la nesses moldes até o final de 2010 para, em 2011, pensarmos em modelos diferentes para continuarmos com elas aqui no blog. Nesta semana o tema escolhido é dos que mais caem na boca do povo, afinal, para ser bordão, deve cair no gosto popular. Eis a lista dos 10 Melhores Bordões da Década:

10 - Prefiro não comentar - Toma lá, dá cá

A série criada por Miguel Fallabella nunca caiu exatamente no gosto popular, tendo audiência apenas razoável durante suas três temporadas. Mas Toma lá dá cá foi mestre em criar elementos de humor como os bordões. Um deles, inesquecível era dito a exaustão por Copélia (Arlete Sales). Sempre que a personagem começava uma história e os outros queriam saber o restante, porém era muito picante, ela soltava o bordão que passou a ser repetido por muita gente no Brasil: "Prefiro não comentar"

9 - Cada Mergulho é um Flash - O Clone

Pode-se falar muito das novelas de Glória Perez e encontrar diversos defeitos, o que não se pode negar é que a autora é mestre em criar bordões que caem no gosto do povo. Em O Clone, a personagem Odete (Mara Manzan) levava o telespectador a loucura com sua animação, alegria contagiante e sempre uma boa resposta para tudo. A personagem tornou-se um dos pontos altos da trama complicada e até meio sem nexo do folhetim. Para Odete "cada mergulho é um flash".

8 - Poia - A Diarista

Outro humorístico da Globo que sempre lutou para agradar a gregos e troianos, mas diante de temporadas excelentes e outras nem tanto, a série A Diarista nunca conseguiu ser unanimidade para os telespectadores, mesmo assim, ainda hoje é lembrada com muito carinho por todos. Graças ao talento de Cláudia Rodrigues vivendo o papel de Marinete e de todo o elenco, como Dira Paes vivendo a inesquecível Solineuza. Sempre que Solineuza falava uma bobagem, e eram muitas por episódio, Marinete repetia o bordão que caiu na boca do povo. "Poia".



7 - Né brinquedo, não - O Clone

Para se ter uma idéia da capacidade de Glória Perez em criar bordões que sempre caem no gosto popular, mais uma frase inesquecível de O Clone, novela do início da década que tentou ser inovadora, mas como folhetim foi muito criticada por ser confusa e meio perdido. Porém, os bordões, ao contrário, agradaram a todos, em cheio. Solange Couto fez sucesso com o bar da Dona Jura que recebeu diversas celebridades ao longo da novela e ela repetia a exaustão a sua frase predileta: "Né brinquedo, não".

6 - Olha a Faca - Zorra Total

Se existe um humorístico criticado na TV brasileira desde sempre e que, mesmo assim, consegue se manter no ar por mais de uma década com audiência estável e sempre conseguindo se renovar com novos personagens que chamam a atenção, este programa é o Zorra Total. Um destes personagens, nesta década, caiu por um bom período no gosto popular, trata-se de Patrick (Rodrigo Fagundes) que vivia um homossexual tresloucado que tentava dar uma de machão gritando a todos: "Olha a Faca".






5 - Sou chique, bem - Chocolate com Pimenta

Walcyr Carrasco segue em praticamente tudo os mesmos passos de Glória Perez. Enquanto ela produz novelas confusas, ele produz novelas com humor pastelão e quase sempre exagerado em muitos tons, mas é inegável também seu poder em criar bordões que agradam a praticamente todos que assistem suas obras. Foi assim em Chocolate com Pimenta em que Márcia (Drica Moraes) esteve inesquecível e alegrou o público ao dizer constantemente sua frase de auto-afirmação: "Sou chique, bem".

4 - A La Kristek Panaia - Belíssima

Sílvio de Abreu já foi, principalmente na década de 80, o Rei dos Bordões, prática que abandonou ao entrar para o grupo de autores de novelas das 8. Porém, em Belíssima, ele conseguiu resgatar essa prática através da divertidíssima Katina (Irene Ravache) das personagens mais completas da década. Katina emocionava, saia do drama para o humor numa incrível velocidade e, como boa grega que era, sempre exagerava e dizia em plenos pulmões: "A La Kristek Panaia"

3 - Vem pra cá - Big Brother Brasil

Essa frase não é exatamente um bordão único. E muito menos vindo de um programa dramático, mas de um Reality Show. Frase que quase sempre era adaptada, conforme a situação se desenrolava, mas é inegável que a frase de eliminação do Big Brother Brasil virou um bordão em todo o país. Durante os primeiros meses do ano, todas as terças, o Brasil para tentando descobrir quem, após seu discursos filosófico, Pedro Bial irá eliminar da competição, dizendo sua frase predileta: "Vem pra cá, pra fora".

2 - É a Treva - Caras e Bocas

E não é que Walcyr Carrasco consegue, assim como Glória Perez, dois lugares nesta lista. Fato raro, porém merecido, graças a capacidade de ambos de agregar junto ao público frases que acabam se tornando repetidas em todo o país e por todas as classes sociais. Em Caras e Bocas a personagem Bianca (Isabelli Drummond) encantou o país por seu carisma e sua capacidade de resposta afiada na ponta da língua, e, com seu jeitinho metido, quando acontecia algo que a desagradava ela somente dizia: "É a treva"



1 - É Mara - Toma lá, dá cá

Impossível fazer uma lista com os melhores bordões da década e não imaginar esta frase como a primeira da lista. Pelo simples fato que foi a frase mais repetida por todos os brasileiros e, atualmente, com um ano do fim de Toma lá, dá cá, a frase ainda é repetida quase que diariamente em diversos locais e sob diversas circunstâncias. Seu Ladir (Ítalo Rossi) encantou o telespectador por apenas uma temporada, mas foi capaz de criar o melhor bordão da década dizendo para todos: "É Mara"

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Andréia Horta: a maior revelação dos últimos anos

Quando surgiu para a televisão num trabalho grande na extinta novelinha teen Alta Estação da Rede Record, ninguém sabia dizer ainda até onde iria a capacidade artística da, então desconhecida, atriz Andréia Horta. Com uma direção ruim, numa trama adolescente bem abaixo da crítica - inclusive pior que o roteiro da péssima Malhação - era difícil conseguir algum destaque positivo trabalhando nesta produção.

Mas ela conseguiu chamar a atenção da cúpula de dramaturgia da emissora -vale lembrar que antes, a atriz já havia participado da novela Prova de Amor, também da Record e da minissérie JK na Rede Globo, sem ter conseguido destaque - e se firmou entre o elenco da Rede. Seu primeiro grande trabalho fixo foi na série da HBO brasileira Alice, em que foi extremamente elogiada pela crítica que ficou espantada com sua atuação por ser tão jovem.

Em seguida, Andréia Horta retornou para a Record e atuou em Chamas da Vida, seu primeiro papel de destaque numa telenovela brasileira. Se Beatriz constava como uma personagem importante, porém coadjuvante, no início da trama, graças ao carisma e a capacidade de criação da atriz, a personagem tornou-se dona da novela escrita por Cristiane Fridman e se transformou em protagonista da história.

Todo este talento iria chamar a atenção da Rede Globo, mais cedo ou mais tarde e, dois anos após começar sua atuação na novela da Record, a Globo conseguiu contratar a atriz. Escalada para protagonista da série A Cura, de João Emanuel Carneiro, a atriz teria mais um desafio a vencer, afinal, ser protagonista de uma história escrita pelo autor mais badalado do momento e contracenar com dois grandes atores, como Selton Melo e Juca de Oliveira, além de um elenco de peso, não é uma tarefa das mais simples.

Andréia Horta poderia ter ficado tímida diante de tamanha responsabilidade, mas ela fez uma grande composição, inclusive recuperando o sotaque mineiro que havia perdido ao longo da vida, tudo para caracterizar a personagem Rosângela Guedes. Desde o primeiro episódio a atriz se destacou de forma positiva e mostrou uma incrível capacidade de composição de sua personagem, levando-a através de meandros da atuação que raramente são vistos dentro da Rede Globo em que tudo é muito ensaiado.

Se na primeira temporada toda a atriz conseguia elogios, no último episódio da temporada ela conseguiu o inexplicável. Praticamente no episódio todo a atriz dividia a atuação ora com Selton Melo ora com Juca de Oliveira e ora com Ary Fontoura, três nomes consagrados da TV brasileira. A atriz não se intimidou, mergulhou no texto, no sofrimento da personagem e, desculpem os três atores, mas Andréia engoliu-os e se tornou o maior destaque do episódio com uma atuação impecável, surpreendente, agressiva e merecedora de todos os elogios.

Andréia Horta já faz parte do casting fixo da Globo com contrato de longa duração. Está escalada para a 2ª temporada de A Cura, que deve voltar ao ar no 1º semestre de 2011 e já há negociação para que ela receba um dos papéis importantes na próxima novela de João Emanuel Carneiro no horário nobre, em 2012. De personagem em novelinha teen da Record em 2007 a um dos principais papéis na principal novela da Globo em 05 anos, a atriz torna-se, disparada, a maior revelação feminina dos últimos anos em atuação no Brasil. E com todos os méritos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TVxSéries: ótima opção para os fãs de séries

Aos que não sabem, o autor deste espaçog que vos fala - de forma cafona neste momento, diga-se - participa de outro projeto de blog, paralelo a este e sem relação em si, apesar do nome ter sido emprestado a um excelente projeto sério e com um mentor muito eficaz e inteligente.

Trata-se do TVxSéries, um blog voltado para o universo da Séries. Produto tradicional nos EUA, principalmente na atual década com a ajuda da internet e dos downloads e torrents, os seriados são considerados por muitos críticos da teledramaturgia como a cereja do bolo que as telenovelas não conseguem ser. Discordo e penso que são dois produtos distintos e ambos com qualidade e linguagem própria, porém, é inegável que, dada a correria do mundo moderno é muito mais fácil acompanhar as séries por serem semanais do que as telenovelas que são diárias.

Gostos a parte, o TVxSéries apresenta notícias em primeira mão sobre o universo dos seriados e dá também a oportunidade do leitor ler Reviews de cada episódio das principais séries exibidas atualmente nos EUA e que arrebatam milhões de fãs por todo o mundo. Séries como as premiadas Glee e Modern Family, as tradicionais Smallville e Supernatural e praticamente todas as novas da atual safra americana, como Boardwalk Empire, Nikita, Hawai Five-0, No Ordinary Family, Hellcats e Mike and Molly estão lá, além de muitas outras.

O projeto do blog foi idealizado por uma pessoa dona de duas qualidades fundamentais: paixão pelos seriados e excelente capacidade de interpretação do que vê e argumentação na escrita. Trata-se de João Paulo Belmok que, além de responsável pelo ambiente, ainda escreve diversas Reviews e posta vídeos de promos e notícias em primeira mão. O sucesso do blog deve-se exclusivamente a sua dedicação em mantê-lo no ar e bem atualizado. Atualmente o TVxSéries conta ainda com a minha participação nas Reviews e também com a de João Pedro Ferreira. Vale a pena conferir e conhecer.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Cura 1x09

João Emanuel Carneiro coloca o mundo da dramaturgia a seus pés e se torna o rei entre os roteiristas

* Este texto contém spoiler do último episódio da temporada se você ainda não assistiu, evite o post.

Se cada um dos episódios da primeira temporada de A Cura já foi espetacular, o último episódio fechou com chave de ouro uma obra de arte da TV brasileira e colocou a série no patamar de melhor produto de dramaturgia da História da televisão brasileira e, sem exagero, entre as melhores séries já produzidas em todo o mundo da dramaturgia.

É impossível descrever o sentimento do telespectador enquanto assistia ao desenrolar dos acontecimentos neste último episódio. Cada diálogo, cada cena, cada minuto de suspense levava o público para dentro da história e produzia em cada um de nós os mesmos sentimentos das personagens. Não é fácil citar um momento como o ponto alto desta exibição, pois foram inúmeros os momentos em que o público ficou abismado e boquiaberto com o incrível roteiro criado por João Emanuel Carneiro.

A morte de Graciema (Ana Rosa) caiu como uma bomba em Diamantina e Turíbio (Ary Fontoura) fez questão de lembrar Rosângela (Andréia Horta) que não apenas Dimas (Selton Melo) era responsável pela morte da esposa, mas a própria filha, ao permitir que o curandeiro se aproximasse da mãe. Muito forte a cena em que Turíbio diz a filha: "Você cravou aquela faca em sua mãe, você é a responsável pela morte dela", num show de atuação de Ary Fontoura e Andréia Horta.

Oto (Juca de Oliveira) seguiu seu plano maquiavélico para incriminar Dimas e, aparentemente tudo funcionava. Enquanto isso, ele ordenou a morte de Luis Camilo (Caco Ciocler) emparedado, exatamente da mesma forma como José Silvério (Carmo Dalla Vecchia) fazia no século XVII com seus inimigos. Cena terrivelmente forte de assistir quando Luis Camilo era emparedado e também muito forte quando ele conseguiu se libertar, graças a chuva que deixou o barro mais mole.

Oto, claramente um demônio que ultrapassou gerações, conseguiu atrair Rosângela para a mansão abandonada e a usou de isca para atrair Dimas. Ameaçando a vida da garota obrigou Dimas a curá-lo. Muito boa a cena em que mostrou Dimas pronto para curá-lo e, colocando a faca no pescoço de Oto ameaçando matá-lo para, em seguida, mostrar exatamente a mesma cena com José Silvério gritando para Ezequiel matá-lo e acabar com seu sofrimento. Ezequiel diz que não sabe matar e José Silvério ordena a morte da mãe do garoto, desesperado, ele consegue matar o vilão que comemora, lembra-se da maldição do índio e diz que, a partir dali, a maldição foi transferida para o garoto e eis a explicação de porque os dois se perseguem por tantas gerações.

Ao contrário de Ezequiel, Dimas manteve-se firme e não mata Oto que, irado, foii contra Rosângela e a feriu gravemente e deixou Dimas caído, desmaiado, com a ajuda do avô do médico. Por fim, temos a cena de Dimas numa prisão psiquiátrica recebendo a visita de Luis Camilo que afirma que o tirará de lá para ele curar Rosângela e, juntos, encontrarem Oto para matá-lo. A cena em seguida é a de Rosângela em coma no hospital, a câmera se aproxima dela até que ela abre os olhos e acaba a temporada, deixando claro que teremos a segunda temporada da série em 2011.

Um fim espetacular com um gancho sensacional coloca a primeira temporada de A Cura como a maior produção da história da TV Globo e deixa o telespectador ansioso pela segunda temporada e o desenrolar dos acontecimentos. Enquanto isso, só nos resta aplaudir João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein pelo roteiro excepcional, a Ricardo Waddington pela direção impecável e a todo elenco, sem exceção, pela interpretação impressionante da melhor série brasileira de todos os tempos.

Em tempo: O último episódio de A Cura registrou média de 16 pontos com picos de 18, garantindo a liderança para a Globo. A temporada fechou com média de 16 pontos e a liderança em todos os episódios.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A mudança de estilo de Sílvio de Abreu não funcionou em Passione

Sílvio de Abreu é o rei do estilo policial de se fazer televisão no Brasil. É impossível que qualquer pessoa questione isso e, se alguém tivesse dúvidas, na década de 90 ao criar a excepcional A Próxima Vítima e a ótima Torre de Babel, o autor mostrou ter o total controle de suas obras policianescas, utilizando todos os elementos necessários para atrair a atenção do telespectador e criar um clima de suspense, sempre muito bem resolvido no final da novela.

Desde que Passione começou, o autor bate na tecla de que nem tudo é o que parece e que o público deveria prestar máxima atenção para as histórias e para cada um dos personagens, pois, após o capítulo 110 haveria um assassinato que mudaria os rumos da trama. Ele disse ainda que uma pessoa que está "do lado do bem" não é tão boa assim e será o responsável pelos crimes.

Após surgir a confirmação que Eugênio (Mauro Mendonça) foi assassinado e não morreu de ataque do coração, a trama ganhou um tom escuro e, desde então, não se falava em outra coisa que não fosse o próximo crime. A Globo fez um excelente trabalho de divulgação, tanto na TV, como em revistas, jornais e até na internet ao criar no site do folhetim um espaço chamado "Na mira de Sílvio de Abreu", em que vários personagens apareciam como suspeitos de serem assassinados. Por fim, tivemos 05 suspeitos e 05 cenas de crimes gravados, todas exibidas no Fantástico. Melina (Mayana Moura), Fred (Reynaldo Giannecchini), Gérson (Marcelo Antony), Diana (Carolina Dieckman) e Saulo( Werner Schünemann) eram os suspeitos de morrerem.

O capítulo em questão foi ao ar nesta segunda-feira e, mudando sua forma de fazer folhetins, quando sempre deixa o principal acontecimento para o último bloco, Sílvio de Abreu jogou a revelação do assassinato de Saulo no primeiro bloco. A estratégia parecia funcionar, a novela chegou a 44 de pico e caminhava para conseguir números expressivos. Ocorre que o autor não conseguiu fazer deste capítulo especial algo fora do normal. Um capítulo meia boca, sem grandes informações e mostrando inúmeras cenas de personagens chorando, mas sem dar grandes informações, acabou por irritar o telespectador.

A única grande cena do capítulo, foi Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) olhando fotos de infância do filho morto. A atriz deu um show de interpretação e mostrou porque é considerada a melhor atriz do país. O restante do capítulo foi enfadonho, inclusive na estratégia em mostrar os suspeitos, tudo caricato e exagerado demais. Sem necessidade.

Sílvio de Abreu tentou utilizar-se da vitoriosa estratégia de João Emanuel Carneiro que quase sempre jogava grandes revelações de A Favorita no primeiro bloco - como a revelação de quem era a vilã - e conseguia as melhores médias do folhetim. Acontece que João Emanuel produzia um capítulo excepcional de ponta a ponta nestes casos e, por isso, a audiência não reclamava. Sílvio de Abreu não conseguiu e o tão esperado capítulo de Passione foi apenas meia boca.

Em tempo: O capítulo em questão, mesmo não atingindo índices impressionantes, bateu o recorde da novela e atingiu média de 41 pontos com picos de 44, participação de 60% e participação especial de 64%, segundo a prévia. O consolidado só sai na quarta devido ao feriado.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Raul Gil e os sábados problemáticos do SBT

Desde a contratação do apresentador Raul Gil que boa parte dos sábados do SBT tiveram uma melhora significativa. Desde que assumiu as tardes de sábado da emissora, o apresentador conquistou 12 semanas com a vice-liderança para a emissora e, nas últimas semanas, vice-liderança tranqüila, sem ser incomodado pela Record. O apresentador também vem conquistando nas últimas semanas significativas vitórias no confronto direto com o xodó da Record, Rodrigo Faro.

Definitivamente este é um resultado para se comemorar, afinal, entre todas as grandes contratações da emissora nos últimos tempos, o único que se firmou no 2º lugar é Raul Gil. Basta ver que Eliana, apesar de garantir a vice em boa parte do Brasil, não é sempre que vence Gugu em São Paulo e, Roberto Justus conquista números pífios e nem sequer merece comentários, assim como Roberto Cabrini.

Porém, realmente o SBT deve comemorar os resultados de audiência aos sábados? É evidente que não. Principalmente porque, também no fim de semana, fica evidenciada a falta de estratégia, planejamento e uma grade com o mínimo senso de sentido lógico. É impossível que semanalmente um programa feche com média de 09 ou 10 pontos e, poucos minutos após seu fim, a emissora esteja com 03 pontos de audiência.

Já passou da hora da cúpula na Anhanguera perceber que, para recuperar ou ao menos tentar brigar pela vice-liderança, é necessário planejamento em sua programação. Não basta ter grandes nomes se não há uma grade sólida que saiba não perder, mas agregar audiência entre um produto e outro. Caso contrário, o resultado será sempre este, um programa conquista sensacionais índices e, poucos minutos depois, estará o SBT tentando não perder para a Band.

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