quarta-feira, 27 de junho de 2012

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 80


Avenida Brasil: 37,54
Fina Estampa: 38,44
Insensato Coração: 32,20
Passione: 32,20
Viver a Vida: 35,66
Caminho das Índias: 34,85
A Favorita: 37,10
Duas Caras: 37,91
Paraíso Tropical: 40,19
Páginas da Vida: 48,51
Belíssima: 45,03
América: 45,08
Senhora do destino: 45,79
Celebridade: 41,83
Mulheres Apaixonadas: 41,75
Esperança: 39,25

Conceito do Encontro com Fátima Bernardes é todo equivocado

Foram três os programas exibidos e este que vos fala assistiu apenas 02 - nenhum ao vivo - mas já é possível fazer uma análise mais aprofundada da mais importante estreia da grade da Rede Globo nos últimos tempos. Encontro com Fátima Bernardes é, não apenas um desafio para a apresentadora e ex-âncora do Jornal Nacional, mas também um desafio para a própria emissora que, historicamente, é conhecida por sua rigidez na grade de programação e ajustes raros.

O que se viu nos dois primeiros programas, contudo, não são nada animadores. A audiência mostra claramente que Fátima Bernardes não conseguiu agregar nenhum público ao share do horário. Isso significa dizer que o número de televisores ligados é o mesmo que o de antes da estreia do programa. Com isso, seu programa passa a dividir a fatia do público adulto com o Hoje em Dia da Record, até conseguindo vencê-lo, porém, a fatia das crianças que antes se dividia entre SBT e Globo, agora vai toda para o Bom Dia e Cia que consegue liderar com relativa folga.

Acima de tudo, é preciso entender que não há nenhuma rejeição ao Encontro. O público-alvo aceitou o programa, tanto que migrou da Record para a Globo e colocou Fátima a frente da concorrência direta. A audiência patina porque, óbvio, as crianças preferem desenhos e, o mais importante, a fatia do telespectador que está diante de outras mídias - TV a Cabo - não se sentiu atraído pelo programa e quem não via TV, continua não vendo.

Isso parece evidente e por uma razão simples. O conceito do programa é todo equivocado. Ao tentar apresentar um talk show pelas manhãs a produção deveria ter tentado entender o público que está em casa neste horário. É preciso cuidado nesta avaliação, pois um julgamento mais simplório pode concluir que o problema está nos temas, quando a verdade não é esta. Qualquer tema afundaria porque a tratativa é que apresenta sinais claros de problemas.

Ao se discutir temas interessantes na clara tentativa de emocionar e envolver o telespectador a produção peca. Quem está diante da TV às 10 e meia da manhã não quer se emocionar. Mais do que isso, boa parte destas pessoas está com a TV ligada e sequer presta atenção, pois são donas de casas que estão fazendo algo - cozinhando, limpando - ou crianças e adolescentes que não querem debater nada. Para este horário, a tratativa precisa ter abordagem leve, sem profundidade e muito mais popular. Sem esta visão, não há como obter sucesso.

Encontro está longe de ser um programa ruim, ao contrário, é uma das boas novidades da TV brasileira nos últimos anos. Fátima Bernardes mostrou-se absolutamente competente diante do desafio de comandar um talk-show, soube se descongelar fácil, mostrou-se carismática e muito bem informada sobre os temas. Porém, o conceito todo aprofundado, cheio de informações e com o objetivo de envolver e causar emoção no público, está em horário errado. Fosse nas tardes, certamente o resultado de audiência seria outro e muito mais agradável, pois este formato está pronto para o horário vespertino.

A produção do Encontro precisa compreender com urgência. O horário exige tratativas mais leves e populares para agregar o público menos exigente e aqui inclui-se as crianças que se dispõe a assistir programas adultos, mas populares. Ou muda-se o conceito ou muda-se o horário. Caso contrário, Fátima Bernardes vai se encontrar cada dia com menos pessoas.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 60 


Cheias de charme: 30,30
Aquele Beijo: 25,62
Morde e Assopra: 26,57
Tititi: 28,30
Tempos Modernos: 22,47
Caras e Bocas: 27,62
Três Irmãs: 26,18
Beleza Pura: 27,90
Sete Pecados: 31,05
Pé na Jaca: 30,40
Cobras e Lagartos: 33,75
Bang Bang: 28,40
A Lua me Disse: 31,10
Começar de Novo: 33,82
Da Cor do Pecado: 39,97
Kubanakan: 36,37
O Beijo do Vampiro: 29,25
Desejos de Mulher: 28,97

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem quer se encontrar com Fátima Bernardes

Como não vou assistir ao vivo a estreia do Encontro com Fátima Bernardes, decidi agir diferente e escrever a crítica antes da estreia: não, não sou vidente e não tenho como saber se o programa será bom ou ruim e muito menos analisar a parte técnica e de conteúdo da estreia que acontece em poucos minutos. Mas não é disso que quero falar. Quero falar da movimentação de Fátima Bernardes rumo ao entretenimento e o que isso implica na TV brasileira.

Fátima foi, por mais de uma década, apresentadora do principal telejornal do país. Sua credibilidade sempre intocável e sua marca sempre próxima ao jornalismo frio, sem opinião e meramente informativo. Mas, diferentemente do marido e companheiro de bancada do Jornal Nacional, William Bonner, Fátima teve grandes momentos de entretenimento. A cobertura da Copa do Mundo de 2002 foi praticamente um quadro de entretenimento dentro do Jornal Nacional. A tradicional pergunta: "Onde está você Fátima Bernardes" foi eternizada por Bonner e repetida nas Copas seguintes. Mas foi em 2002, com o título brasileiro que Fátima mostrou seu lado bem humorado sendo eleita pelos jogadores a Musa da Copa.

Agora, fora do jornalismo, Fátima tem um desafio, mostrar para o telespectador que sua credibilidade não está arranhada neste novo trabalho. Mais do que isso, a Fátima do Jornal Nacional não pode existir neste programa. O público não busca isso, ele busca a Fátima da Copa de 2002, a irreverente, pronta para se divertir, mas sempre em busca de apresentar a melhor reportagem ou quadro para seu telespectador.

A começar pelas chamadas, ela parece pronta para o desafio. Um programa matinal é diferente de um programa dominical que é sustentado pelo apresentador, senão o for, há desgaste. Um programa diário pelas manhãs precisa de conteúdo forte e que atinja um público muito específico. Se a produção do Encontro com Fátima Bernardes não compreender que o nome dela não vai segurar o público, a situação pode se complicar. Com bom conteúdo, Fátima deve arrasar e mostrar um novo jeito de se fazer televisão. É o que esperamos e assim todos irão querer se encontrar com Fátima Bernardes.

domingo, 24 de junho de 2012

Um Oásis chamado Esquenta

Foi ao ar neste domingo, 24, o especial de São João do Esquenta, programa comandado por Regina Casé e que entra na grade da Rede Globo apenas nos primeiros meses de férias, cobrindo as férias da programação oficial da emissora. O programa, como era de se esperar, foi ótimo e gerou grande repercussão entre os telespectadores.

Entrando no ar em 2011, o Esquenta sempre se mostrou um oásis na programação dominical da TV brasileira. Todo o jeito informal e o domínio de palco de Regina Casé ficam expostos na máxima potência num programa com este formato. E neste domingo, o especial de São João, serviu apenas para deixar o público ainda mais saudoso, pois num país em que a programação da TV aberta é tão pobre, um formato assim não pode ser desperdiçado com tão pouco tempo no ar.

Como se não bastasse toda a qualidade que já vimos tanto em 2011 quanto em 2012, este especial estava ainda melhor do que nos acostumamos. Com todos os participantes fixos e com um elenco convidado de peso, trazendo como tema "a vida no interior", o show foi um espetáculo a parte e teve grandes momentos, sempre muito bem mediados por Regina Casé, uma das apresentadoras mais completas da televisão brasileira e que simplesmente não pode ficar fora do ar em momento algum.

A notícia de que em 2013 o programa já está confirmado para a grade da Rede Globo de janeiro a junho é uma das melhores dos últimos tempos, uma vez que a programação brasileira precisa ousar exatamente da forma como a produção do Esquenta ousa, conseguindo aliar todas as classes sociais numa espécie de festa ou almoço de domingo em família em que se encontra todos os tipos. Tudo isso comandado por uma Regina Casé inspirada e num de seus momentos mais maduros em sua carreira. Chega a ser heresia deixar o Esquenta fora do ar com tantos programas fracos no Brasil.

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