sábado, 25 de setembro de 2010

Os 10 Melhores Personagens Cômicos da Década

E como todo sábado, chegou o dia de mais uma Lista de Melhores da Década. Lista que está se tornando tradicional no blog e tem feito muitos internautas aguardarem ansiosamente pelo sábado a fim de saberem qual o novo tema. Nesta semana, vamos divulgar a Lista dos 10 Melhores Personagens Cômicos da Década e, por termos tantos programas e núcleos cômicos, dá a impressão que foram muitos, quando na verdade, a maioria era humor fraco. Vamos a lista:

10 - Cássio - Caras e Bocas

Um personagem pega, normalmente, quando todo o público se identifica com ele e, nos núcleos cômicos, você nota isso quando o telespectador começa a repetir os bordões criados para o personagem. E foi exatamente assim que ocorreu com Cássio, personagem da novela Caras e Bocas. Homossexual tratado de forma leve, caricata e muito divertida, ele divertia o público com suas frases que deixavam qualquer um rindo por bastante tempo. Foram muitas frases como: "Choquei", "Perua", mas a principal delas e que sempre estará na lembrança é: "Eu estou rosa chiclete".

9 - Agostinho - A Grande Família

Dos personagens mais complexos para se fazer e se assistir. Agostinho não é apenas um personagem divertido por suas falas. Mas ele tem trejeitos na hora de falar, de andar, de agir, que tornam o personagem um dos mais deliciosos de se ver na TV. Pertencente a melhor série de humor da TV brasileira, A Grande Família, Agostinho consegue a cada episódio, surpreender o telespectador por sua ousadia, falta de moral e bom senso, mas um coração imenso. Muito bom.




8 - Seu Ladir - Toma lá, dá cá

Após o fim da 1ª temporada de Toma lá, dá cá, todos sabiam que seria necessário inovação para a série tentar manter o bom nível da estréia. E conseguiram. Após passar uma temporada inteira somente como citação, eis que surge Seu Ladir, um personagem completamente maluco. Casado com a síndica, Dona Álvara, completamente gay (não que ele concordasse), o personagem caiu no gosto popular logo em sua primeira participação. E o seu bordão tornou-se, sem dúvida, o mais repetido no Brasil em toda década. Afinal, seu Ladir "é mara"!.




7 - Safira - Belíssima

As personagens cômicas de Sílvio de Abreu sempre foram motivos de muitas gargalhadas do público seja qual for a novela. Mas Safira, em Belíssima,  se superou. Com o sangue grego nas veias, a personagem era de um exagero único e de uma postura que já fazia qualquer um rir, pelo simples fato que ela anunciava sua chegada com toda a pompa. Além das tradicionais frases em grego como o inesquecível "papapapapa", Safira tinha presença e um texto delicioso. 


6 - Bozena - Toma lá, dá cá

Outra personagem do humorístico Toma lá, dá cá, e sem dúvida a personagem que sempre segurou os episódios nas três temporadas da série. Em determinados momentos, todos estavam muito cansativos e chatos, menos Bozena. A empregada paranaense de Pato Branco era uma delícia de se ver, com frases e trejeitos únicos para a TV e uma composição magistral da atriz. Bozena também tinha seus bordões, mas diferente dos outros, seu melhor bordão eram a histórias de "Pato Branco, daí".


5 - Rui e Vani - Os Normais

Tá, a lista é para se colocar um só personagem em cada colocação. Mas é possível pensar em Rui e Vani de forma separada? Não há como considerar um engraçado sem a presença do outro. A bem da verdade é que em Os Normais, o texto, as situações, o diálogo, tudo fizeram com que o público enxergasse Rui e Vani como um único personagem, e este era o charme da série. Numa das sitcoms mais bem sucedidas da Rede Globo, a dupla alegrou a sexta-feira a noite de muitos e muitos telespectadores.


4 - Foguinho - Cobras e Lagartos

Personagem inesquecível numa novela deliciosa. Numa trama em que o humor tomava conta e que contava com personagens ricos na veia cômica, era difícil imaginar que alguém pudesse se destacar, e não é que desde o primeiro capítulo, Foguinho tomou conta da novela? Inocente, incoerente, agindo por impulso e dono de uma inteligência quase nula, o personagem agradou logo de cara e produziu cenas inesquecíveis, com frases geniais - quase sempre burrinhas - e tiradas de humor clássico, mas nem por isso menos deliciosos.



3 - Jaqueline - Tititi

Fazendo par com Agostinho, como únicos personagens da lista a estarem no ar atualmente na TV, Jaqueline é a dona de Tititi. Antes da novela estrear não se sabia como seria o novo jeito da personagem, mas em pouco tempo notou-se que seria daquelas personagens que tomam conta da trama e fazem com que o público queira vê-la o tempo todo. Jaqueline tem disparada as melhores frases da novela e quando ela entra em cena o público já começa a rir. Ela realmente mereceria uma série só para ela.



2 - Giovani Improta - Senhora do Destino

Sim, a novela foi ruim no meu conceito, como todos sabem. Mas se existia um núcleo que se salvava ele atendia pelo nome de Giovani Improta. Composição divina de José Wilker que transformou o personagem em lendário para a TV brasileira. Cheio de jeitos na hora de falar, com um português horrendo e completamente cafona na hora de se vestir, Giovani era o que tinha de melhor na trama de Aguinaldo Silva. Suas frases se tornaram inesquecíveis como a ótima: "Eu se vou me, porque o tempo urge e a Sapucaí é grande".

1 - Arthur Fortuna - Pé na Jaca

É bem verdade que a novela não foi a melhor e nem surge entre as melhores. Mas, Arthur Fortuna, é disparado o melhor personagem cômico da década. Numa composição genial de Murilo Benício, o personagem não tinha apenas frases sensacionais - e olha que suas frases são únicas - mas empostação vocal, presença, tudo nele era muito engraçado. Arthur não tinha bordões, mas todo o seu texto era repleto de humor e muita diversão. Uma frase emblemática é quando anunciam que uma personagem grávida, perdeu o bebê e ele pergunta: "Onde? No shopping?" Humor leve e de muito bom gosto, merece o topo da lista.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Escrito nas Estrelas: uma novela que quase aconteceu

Quando Escrito nas Estrelas estreou, logo após uma semana de exibição, a impressão que se tinha era de que pela primeira vez em muitos anos a Rede Globo conseguiria colocar no ar no horário das 6 três novelas seguidas que estavam num nível acima do razoável. Ledo engano, a novela que tinha tudo para ser interessante e muito bem amarrado foi se perdendo ao longo do tempo até tornar-se essa trama disforme e sem pé nem cabeça a que estamos sendo submetidos.

A bem da verdade é que o primeiro terço do folhetim de Elizabeth Jhin foi muito bom, melhor que de muitas novelas já exibidas, inclusive, porém, a partir daí, ficou claro que a autora não havia escrito uma sinopse bem construída o suficiente para resistir a quase 150 capítulos e o resultado foi o que vimos. Após seu primeiro mês, a história parou e começou a andar em círculos. A própria história de Viviane (Nathália Dill) gerar o filho de Daniel (Jayme Matarazzo) que parecia muito interessante começou a ficar enfadonha porque era irritante a enrolação da autora para fazer com que tudo se desenvolvesse.

Pior do que isso era a história de amor entre Viviane e Ricardo (Humberto Martins) que demorou meses para começar - sim, começar, porque engrenar, até hoje não engrenou - e, após começada ficou ainda pior. Elizabeth Jhin não ficou satisfeita em tratar do tema vida após a morte de forma tão bizarra como o fez, ainda inseriu elementos de vidas passadas e transfigurou o roteiro em um conto de fadas mal escrito e que beirava o ridículo. A história de Valentina era ainda pior do que a de Viviane e, quanto mais fomos conhecendo do período de vida passada, mais tudo perdeu o sentido. E o Vicente (Antônio Calloni) de grande exemplo de moral e ética, de homem espiritual e ser evoluído, transformou-se num amigo traidor, detentor de segredos e ainda cruel em vidas passadas?

Se todo esse samba do criolo doido estava previsto em Escrito nas Estrelas, não dá para saber quem é pior, a autora por ter pensado numa história assim ou a direção da emissora que aprovou algo desse jeito. De positivo mesmo somente os personagens Gilmar (Alexandre Nero) e Judite (Carolina Kasting), graças as geniais atuações da dupla.

A bem da verdade é que em sua segunda novela solo, Elizabeth Jhin (também autora de Eterna Magia) mostrou-se capaz de produzir histórias que começam interessantes e que terminam de forma modorrenta e deprimente. Seria o caso da autora se dedicar às minisséries, não? Porque Escrito nas Estrelas que, tinha tudo para ser um sucesso impressionante de crítica e audiência (na primeira parte, a trama chegou a beirar os 28 pontos de média parcial e caiu vertiginosamente, fechando com 26 pontos de média geral), tornou-se deprimente. E que venha Araguaia e com ela, fluidos melhores.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ribeirão do Tempo melhora, mas ainda é fraca

Quando Ribeirão do Tempo estreou na Rede Record a impressão que se tinha era de que Marcílio Moraes havia recebido um espírito nostálgico e, com isso, decidira se lançar de corpo e alma num folhetim típico dos anos 80. Em pleno século 21 era evidente que a aposta estava errada e que o público rejeitaria a idéia, afinal, o telespectador atual não é como o de 20 anos atrás, ele exige agilidade e histórias muito mais realistas e menos românticas e sem mofo.

Como era previsto, a novela foi rejeitada e começou a perder não apenas para o SBT, mas em determinados momentos chegava a ficar em 4º lugar na briga pela audiência - com antipicos assustadores de 04 pontos. Mais do que acender a luz amarela, esses resultados obrigaram com que o autor e sua equipe mudassem radicalmente a postura e a forma de se contar a história. É bem verdade que o roteiro é o mesmo, os personagens são os mesmos, o que se mudou foi a forma como a história passou a ser mostrada na telinha.

E, vamos combinar, que Marcílio acerta muito mais o tom quando carrega suas tramas de frescor, agilidade e com diálogos reais. Ele o fez assim em Essas Mulheres e, a partir dos ajustes, está fazendo em Ribeirão do Tempo, que se tornou uma trama muito menos enfadonha para se assistir. O grande problema, contudo, é que a história contada não interessa, não chama a atenção e não faz com que o público queira continuar assistindo.

Sem cumplicidade com os personagens - aliás, o único que agrada de fato é o Dr. Flores (Antônio Grassi) - não há como esperar que o telespectador torça e, com isso, acompanhe diariamente quaisquer produtos. Para haver um elo entre personagens, histórias e público, é necessário a cumplicidade, a identificação e isso é tudo que a novela não tem. 

Ribeirão do Tempo melhorou em qualidade e, conseqüentemente, em audiência, mas ainda assim, não recorre a um chamariz forte, pois suas histórias são fracas e, sem elas, os altos e baixos de audiência continuarão até o fim.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Cura 1x07

Quanto mais se aproxima do fim mais complexa fica a história de A Cura. Essa foi a sensação de quem assistiu ao 7º episódio da temporada que foi exibido na noite de ontem pela Rede Globo. Mesmo com 07 episódios é impossível se familiarizar com qualquer um dos personagens, é impossível saber quem diz a verdade e quem mente e muito menos possível ter alguma idéia de qual será o desfecho deste intrincado roteiro criado por João Emanuel Carneiro.

Mais do que a complexidade dos significados de cada pista dada pelo autor, o que torna a série ainda mais complicada é saber que há dois grupos que estão claramente divididos. A elite da cidade de Diamantina, controlada pelo Dr. Turíbio (Ary Fontoura) e o pessoal que se manteve durante 30 anos fiel ao Dr. Oto (Juca de Oliveira). Nesses dois grupos percebe-se claramente que não há um mentindo e outro dizendo a verdade, ambos defendem a sua própria verdade, aquilo que acreditam ser o real, e, como não conhecemos toda a história e toda a característica que os rodeiam, ficamos sem saber para qual lado torcer.

O sétimo episódio serviu para revelar muitas coisas, como por exemplo que, quanto mais Dimas (Selton Melo) grita para seus "inimigos" que é um curandeiro, que pode curar as pessoas, menos ele acredita nisso, pois seus conflitos internos se tornam quase impossíveis de conciliar mesmo diante das provas de seu dom. Conhecer Oto e saber que o homem forjou a própria morte e, mais, o acompanhou de longe a vida toda, é extremamente assustador para ele e isso fica claro a cada atitude. Como agir diante de tantas informações desencontradas? Um grupo, que conta com o apoio de sua própria mãe, Margarida (Nívea Maria) afirma categoricamente que Oto é um monstro e mereceu a morte, inclusive com a confissão dos assassinos, o outro grupo idolatra o Oto e apoiou quando o curandeiro forjou a própria morte. Todos mentem, todos mostram falhas no caráter.

Conflito que segue também para João Camilo (Caco Ciocler), sem noiva e descobrindo que não apenas seu pai, mas sua mãe também fez parte da conspiração para matar Oto, ele perde toda a estrutura emocional que contava, sentindo-se completamente sem rumo. E aqui cabe outra indagação: por que a família não contou toda a história a ele, mas contou a sua irmã?

Enquanto isso, no século XVI, José Silvério (Carmo Dalla Vecchia) seguia piorando de sua maldição lançada pelo índio e já dava sinais de fraqueza física para falar e andar. Ainda assim, recebeu uma tropa real e, novamente, tentou enganar a coroa, porém, não conseguiu, pois Ezequiel, aprisionado, conseguiu chamar a atenção do capitão e mostrar diamantes. Será o fim do monstro?

Neste penúltimo episódio vale destacar novamente o roteiro impecável que mostra o tamanho da genialidade de João Emanuel Carneiro, o melhor autor da televisão brasileira na atualidade, além de brindar o público com um elenco afinado e impecável, tão impecável que se torna impossível escolher um destaque, todos estão acima da média. E o destaque mesmo fica por conta da fotografia que nem de longe lembra outras séries brasileiras, estando muito superior.

Quais são os segredos de A Cura? Quem diz a verdade? Quem mente? Oto é um deus ou um monstro? Afinal, foi realmente ele quem deixou a mãe de Rosângela (Andréia Horta) naquela cama e aleijada? Quem é o herói e quem é o vilão? E Dimas? Santo ou problemático? O que está nas sombras de Diamantina neste roteiro que faz um pai matar o próprio filho para que ele não revele tudo que sabe? As respostas - esperamos que boas - encontraremos apenas no último episódio, que será exibido daqui duas semanas, já que na próxima terça não teremos exibição devido ao Debate Presidencial. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Linha Direta volta em 2011 e Globo quer Cabrini

A Rede Globo já praticamente bateu o martelo. O jornalístico policial Linha Direta, sucesso da emissora na década e que saiu do ar há alguns anos, está previsto para retornar a grade da emissora em 2011. A cúpula decidiu pela volta do programa por ter apelo popularesco e atingir os públicos da classe D e E e também por mostrar a tal jornalismo real.

Diferentemente do que se esperava, Domingos Meirelles não será o apresentador da nova versão do Linha Direta que será exibido por temporada. Ao que tudo indica, serão 12 episódios anuais que contará a história de grandes crimes do país (a Globo quer abrir o programa em agosto de 2011 relembrando o caso de Suzane Richthofen). Para isso, o único nome indicado pela direção global é o de Roberto Cabrini, maior jornalista investigativo do país e que atualmente está no SBT.

Fontes garantem que o jornalista não está satisfeito com sua condição na emissora de Sílvio Santos e muito arrependido por ter trocado a Record pelo SBT. O contrato de Cabrini vence em Abril, mas a Globo está disposta a pagar a milionária multa para retirar o jornalista do casting da concorrente.

Além das 12 reportagens especiais, Cabrini iria fazer matérias investigativas para o Fantástico, pois com a credibilidade e capacidade de fazer amplas matérias investigativas, todos acreditam que ele será capaz de resolver o problema de audiência do programa. 

SBT: Dois em um

Este é um tema bastante delicado, pois trata-se de uma realidade e peculiaridade de uma das maiores e mais tradicionais emissoras do país, portanto, é preciso que se discuta de forma madura e, esquecendo-se da paixão que permeia algumas pessoas pelo SBT. Não se pode nem fazer crítica levianas, porém, também não é possível que se esconda ou fuja da realidade complicada que a emissora de Sílvio Santos atravessa no ano de 2010.

O SBT está atualmente dividido em dois. É como se um empresário houvesse comprado pare da estrutura e montado uma outra emissora, que funciona exclusivamente aos finais de semana na mesma sintonia da Rede da família Abravanel. Porque parece claro a todos - crítica, público e até mesmo funcionários da Casa - que existem diferenças gritantes na programação diária e na programação de fim de semana.

Durante a semana, o que se vê ao sintonizar o SBT é uma programação fraca, cheia de enlatados e que, pior do que tudo, não tem o menor senso de lógica e organização. A impressão que se tem ao assistir ou ler a programação é de que temos um amontoado de programas apenas com a função de cumprir o extenso horário de programação. Não há qualquer sentido de continuidade ou de migração de público entre os programas da Casa, além do que, certamente não existe qualquer pesquisa junto ao telespectador para verificar os ajustes necessários.

De segunda à sexta é possível dizer sem medo de errar, que ele possui uma grade muito inferior a de Globo e Record, aliás, em estrutura lógica, a grade da emissora pode ser comparada a de Redes pequenas de televisão, pois parece estar jogada mesmo, sem ninguém dar grande importância ao assunto. Em contrapartida, nos finais de semana, tudo muda e o SBT trabalha numa lógica incontestável e, por conta disso, obtém bons resultados.

A programação de sábado é sólida e bem organizada e, principalmente, os domingos da emissora são os que conquistam os melhores resultados. Alguém há de dizer que é preciso lembrar a tradição e que o SBT tem tradição nos domingos, porém, ele também tem tradição no país todo durante a semana, pois, foi durante anos vice-líder de audiência e já incomodou a Globo em qualquer dia da semana. Tradição não dá audiência. O que dá audiência é programação de qualidade e, isso, infelizmente, o SBT possui apenas nos finais de semana. Melhor do que a programação ruim que ela oferece nos dias úteis, seria melhor que mantivesse o sinal apenas para o sábado e domingo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Audiência SP x Audiência Brasil

O domingo é um dia muito interessante na TV aberta brasileira. Afinal, é praticamente o único dia da semana em que, de fato, há disputa pela audiência de forma acirrada e sem desnível como ocorre durante os outros seis dias em que a Rede Globo domina com tranqüilidade todas as faixas de audiência com sua programação.

Neste último domingo foi possível notar um dado curioso e que deve fazer os fãs, interessados, críticos e funcionários da televisão refletirem sobre uma particularidade que acontece. SBT e Record travaram uma interessante batalha na busca pelo segundo lugar de audiência durante todo o dia de ontem, sempre na cola da Globo e tentando beslicar minutos de liderança.

O que se viu durante o dia foram os programas das duas emissoras tentando a todo custo ficar como vice-líderes na preferência do público. E se pôde notar um gosto diferenciado do brasileiro. Exceção feita ao Domingo Legal que foi vice nas três Praças com Real Time (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, Porto Alegre também conta com Real Time, mas não houve divulgação dos dados) e o Tudo é Possível que ficou em 3º lugar nas Praças, toda a programação do SBT e da Record revezaram-se na vice-liderança. 

O programa Eliana foi vice nas três Praças, porém, em São Paulo fechou em empate na disputa de uma hora que travou com o Tudo é Possível, em compensação, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte obteve vitória fácil. Para se notar a discrepância, a média do programa em São Paulo foi de 10,2 pontos contra 9,2 da Record, no Rio de Janeiro a vitória foi fácil por 13,2 a 10,4 e em Belo Horizonte diferença ainda maior, SBT 10,4 e Record 5,8.

O mesmo exemplo serve para o Programa do Gugu e Domingo Espetacular que conquistaram a vice-liderança para a Record em São Paulo, porém foram derrotados com margem considerável nas outras duas Capitais. O Programa Sílvio Santos, derrotado com larga vantagem em São Paulo, conquistou a vice-liderança tranquila em BH e no Rio.

Para finalizar o raciocínio, um bom exemplo, é a Média-Dia de domingo, em que a Record ficou com a vice-liderança em São Paulo, mas perdeu para o SBT no Rio e em Belo Horizonte. Mais do que isso, se somarmos as 03 Praças e fizermos a média o resultado seria curioso: Globo 15,0  SBT 8,8  Record 7,6. Com isso, fica a pergunta: é mais importante vencer em São Paulo ou no resto do país?

É evidente que São Paulo é a principal Praça de medição de audiência do país por diversos motivos e, principalmente, porque todo o Mercado Publicitário se concentra ali e também é preciso lembrar que existem outras Capitais no país em que não há medição de audiência em Tempo Real e os resultados somente aparecem dias depois e poderia modificar este panorama. Ainda assim, o que se viu a princípio, é que, exceção feita a São Paulo, o público brasileiro parece preferir o SBT aos domingos. Como se pode notar pelas médias dos três programas dominicais da emissora, com destaque para Eliana que chegou a abrir 12 pontos de vantagem para o Gugu em Belo Horizonte e 8 pontos no Rio.

E você, acha que é mais importante conquistar a vice-liderança em São Paulo, principal Praça de audiência, ou vencer na média das três Praças?

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