sábado, 11 de julho de 2009

Top 10 - Melhores Novelas

Como prometido, começamos hoje nosso Top 10 que estará todos os sábados aqui no blog, escolhidos sempre por um grupo de 10 pessoas. Essa semana o tema é "As Melhores Novelas"

10º Vale Tudo – 1988



Autor: Gilberto Braga
Direção: Denis Carvalho
Protagonistas: Regina Duarte, Antônio Fagundes e Glória Pires

A novela traz a personagem que foi eleita muitas vezes na década de 80 e 90 como a principal vilã de todos os tempos, a famosa Odete Roitman (Beatriz Segall), mulher sem escrúpulos e capaz de tudo para conseguir seus objetivos. Sua vilania fez escola, trazendo vilãs parecidas nesse novo século, como Laura (Celebridade), Nazaré (Senhora do Destino), Bia Falcão (Belíssima) e até Flora (A Favorita).
Mas ela não foi a única figura sem escrúpulos da narrativa. Maria de Fátima sempre soube que ser boazinha não adiantava nada, por isso culpava a mãe, Raquel, por serem tão pobres. Ela dizia que para subir na vida valia tudo, e ela fazia isso de verdade. Desde seduzir homens ricos para usa-los em seu processo de escalada social, até vender a casa da mãe e obriga-la a sair sem nada, uma das cenas mais fortes e emocionantes da dramaturgia no Brasil.
Odete Roitman é assassinada em meio a confusão da trama e muitos querem saber algo formando a primeira grande pergunta das novelas brasileiras: “Quem matou Odete Roitman?”, perguntava o Brasil inteiro no final de 1988. Muitos foram suspeitos, por inúmeros motivos e, quando veio a revelação de que Leila havia matado a víbora por engano, foi uma das maiores reviravoltas já vistas em novelas.
Muitos consideram Vale Tudo a melhor novela de todos os tempos, mas em nossa lista ela fecha em 10º lugar.

9º O Cravo e a Rosa – 2000



Autor: Walcyr Carrasco
Direção: Denis Carvalho
Protagonistas: Eduardo Moscovis e Adriana Esteves

A história é baseada em uma obra de Shakespeare, “A Megera Domada” e traz os protagonistas Julião Petrucchio e Catarina Batista. Ela é uma moça mimada e rica e que não gosta nem de ouvir falar em casamento, espantando com violência qualquer pretendente em potencial. Geralmente ela fazia isso arremessando vasos de porcelana.
Um problema para o pai que sabe que não pode ter a filha solteira para sempre, pois os costumes da época diz que somente poderá casar a filha mais nova quando casar a mais velha. E Bianca (Leandra Leal), a filha caçula, aguarda ansiosamente que sua irmã desencalhe, porque ela mesma já vive um romance tímido e secreto. Então, o pai oferece um dote para quem conseguir se casar com a Catarina.
Julião Petrucchio, um fazendeiro falido, percebe a grande chance de pagar suas dívidas e não perder a fazenda que é o único bem que está em sua família há muitos anos. Ele então diz que vai domar Catarina como se doma uma vaca brava e tenta se aproximar da moça.
Eles se apaixonam logo no primeiro encontro, mas ela não quer dar o braço a torcer e resiste ao casamento, tratando ele com a mesma violência de sempre, mas aos poucos é convencida pela irmã a se casar e fica comovida com a insistência de Petruccio, casando-se apaixonada.
O que ela não sabe é que após o casamento ele a leva para a fazenda e obriga a ser uma dona de casa exemplar, preparando suas refeições, passando a roupa e limpando a casa. Evidentemente, ela fica furiosa.
Amor e humor na dose certa colocam novamente Walcyr Carrasco em nossa lista, agora em 9º lugar.

8º - O Rei do Gado – 1996



Autor: Benedito Ruy Barbosa
Direção: Luis Fernando Carvalho
Protagonistas: Antônio Fagundes e Raul Cortez

Quem nunca ouviu falar dos Mezenga e dos Berdinazzi? O sobrenome ficou famoso em meados da década de 90 graças a novela O Rei do Gado que trouxe inúmeras estrelas em seu elenco encabeçada por Antônio Fagundes e Raul Cortez interpretando os patricarcas das duas famílias que eram vizinhas, sendo proprietários de grandes fazendas no interior de São Paulo e se odiando muito.
Numa história que lembra Romeu e Julieta, os filhos de ambas as famílias, Enrico e Giovanna se apaixonam e acabam tendo um caso, gerando um filho. Bruno Mezenga, filho do casal, cresce e se torna um dos maiores proprietários de criação de gado do Brasil, conhecido em todo o país como O Rei do Gado. Ele sabe a história de sua vida, o ódio que separou seus pais e não conhece ninguém da família de sua mãe.
A história traz ainda Patrícia Pilar num de seus melhores personagens e que a tornou de fato uma estrela da Rede Globo, no papel de uma pobre bóia-fria sem passado que acaba se apaixonando pelo poderoso Bruno Mezenga.
O Rei do Gado marcou época na TV brasileira, sua trilha sonora foi uma das mais vendidas dos últimos anos e até hoje é lembrada com carinho pelos fãs, e por isso ocupa nosso 8º lugar.

7º - Laços de Família - 2000



Autor: Manoel Carlos
Direção: Ricardo Waddington
Protagonistas: Vera Fischer, Tony Ramos, Carolina Dieckmann, Reynaldo Gianechinni

Uma das muitas novelas de Manoel Carlos que traz uma Helena como figura central. A Helena da vez é vivida por Vera Fischer, uma mulher experiente que se apaixona por um homem muitos anos mais novo e não se intimida em viver esse grande amor. Ocorre que muita gente é contra esse amor, inclusive a família dele, e os dois acabam se afastando por conta disso.
Edu (Reynaldo Gianechinni), conhece então Camila (Carolina Dieckmann), filha de Helena e os dois começam a viver uma história de amor. Camila, mesmo sabendo do romance vivido por sua mãe e Edu, não fica nem um pouco constrangida em levar seu relacionamento adiante, causando um mal estar familiar.
Nesse período, Camila descobre ser vítima de uma doença grave, leucemia, e isso a aproxima ainda mais de Edu que decide se casar com a namorada mesmo em dúvida se a ama ou ama a mãe e Helena desiste de sonhar com Edu para apoiar a filha. Cada vez mais debilitada, Camila começa a fazer inúmeros tratamentos, passa meses no hospital, até que chega o momento inevitável. Uma das cenas mais emocionantes da dramaturgia do Brasil é quando Camila raspa a cabeça e chora compulsivamente, sendo recorde de audiência no Brasil.
Helena, como todas as mulheres de Manoel Carlos, batalhadora, decide procurar o pai de Camila e mesmo envolvida com Miguel, passa a noite com Pedro, e por sorte, consegue engravidar. A expectativa é grande e quando ela se torna mãe descobre que a filha poderá doar a medula para a irmã mais velha e doente. O pesadelo da doença de Camila chega ao fim para a alegria de todos.
Laços de Família foi uma história romântica, muito elogiada por críticos e telespectadores e figura em 7º lugar.

6º - Chocolate com Pimenta – 2003



Autor: Walcyr Carrasco
Direção: Jorge Fernando
Protagonistas: Mariana Ximenes e Murilo Benício

A novela conta a história de Ana Francisca, que ficou órfã após o assassinato do pai e passa a morar com a avó no sul do país. Ela é uma moça tímida, feia e que não tem qualquer instrução, já que morava num sítio meio isolado de tudo.
Por isso, é motivo de muitas chacotas das moças da cidade, que são elegantes e bem cuidadas, principalmente de Olga (Priscila Fantin).
Ana Francisca se apaixona por Danilo, um jovem muito popular na cidade, mas cheio de trejeitos estranhos. Ele é rico e por isso cobiçado por praticamente todas as moças do lugar. Por isso, todas armam para que o caso entre a caipira e Danilo vá por água abaixo. Aninha engravida e se sentindo abandonada e no mais completo desespero, encontra apoio em Ludovico, dono da fábrica de chocolates na qual seu tio trabalha. Ludovico a pede em casamento e depois os dois saem do país. Longe dali, nasce Tonico, fruto do caso de amor desastrado.
Após a morte de Ludovico, Ana Francisca retorna, mais madura, chique, imponente e dona da fábrica de chocolates. Ela e Danilo continuam se amando, mas a mágoa de ambos é maior e cada vez mais se distanciam.
A história é cercada por gargalhadas, muita bagunça, doces e principalmente, boladas, tortadas e doce voando para tudo que é lado, fato que deu a Walcyr Carrasco o título de especialista em humor e coloca Chocolate com Pimenta em 6º lugar na nossa lista.

5º - Que Rei Sou eu – 1989



Autor: Cassiano Gabus Mendes
Direção: Jorge Fernando
Protagonistas: Edson Celulari, Giulia Gam, Natália do Vale

1786. Três anos depois da Revolução Francesa, uma trama de capa-e-espada exibe um filho bastardo, Jean Pierre (Edson Celulari), legítimo herdeiro do trono de Avilan, um reino corrompido pela corrupção de seus governantes e incríveis injustiças sociais.
Na ausência do sucessor do trono, os conselheiros reais, que dominam a rainha Valentine (Tereza Rachel), coroam um mendigo – Pichot – como rei. A maldade é obra de Ravengar, o bruxo do condado. Mas Jean Pierre é um rebelde e se arma para derrubar os vilões de Avilan e se apossar em definitivo da coroa que lhe pertence.
Todavia, Jean-Pierre não vive apenas de heroísmo. Sua luta é entremeada por duas mulheres apaixonadas, a jovem Aline e Suzane, esta casada. E ambas disputam o amor do rapaz.
Que Rei sou Eu foi reprisada pouco tempo depois de seu término, na extinta Sessão Aventura. Fazia uma crítica bem humorada e inteligente sobre problemas do nosso país, como a instabilidade da moeda [e um momento muito marcante foi seu final, no qual Jean Pierre, após um belo discurso para o povo de Avilan, termina bradando “Viva o Brasil!”]. Por outro lado, sendo exibida em pleno período de campanha eleitoral, foi considerada como manifestação velada de apoio ao candidato Fernando Collor. Alguns destaques do folhetim foram: a participação especialíssima de Gianfrancesco Guarnieri como o Rei Petrus III, Tereza Rachel em interpretação magistral como a Rainha Valentine [que arrancou risadas do público com sua gargalhada estridente]; Antônio Abujamra como Ravengar e a participação especial de Dercy Gonçalves como Eknésia, mãe de Valentine. Assim, Que Rei Sou Eu? conquista um honroso 5º lugar.

4º - A Próxima Vítima – 1995



Autor: Sílvio de Abreu
Direção: Jorge Fernando
Protagonistas: Tony Ramos, Suzana Vieira e José Wilker

Marcelo (José Wilker) leva uma vida dupla. Casado com Francesca Ferreto (Tereza Raquel), ele mantém outra família ao lado da batalhadora Ana (Suzana Vieira), com quem teve três filhos. Tudo segue normalmente, com Marcelo sempre mantendo as duas famílias, até que ele é descoberto e despertou a ira de sua ciumenta esposa, que se sente rejeitada pelo fato de ser mais velha que ele, e estéril
Paralela à descoberta da bigamia de Marcelo, ocorre uma série de assassinatos: logo na primeira cena, morre Arnaldo Roncalho (Reginaldo Faria), atropelado por um Opala preto que é uma das peças-chave da narrativa. E outras mortes se seguem, inclusive a própria Francesca morre a certa altura da novela. As mortes em série dão início a uma investigação que busca descobrir não só a identidade do assassino e suas razões para mata, mas também quem seria a próxima vítima. A lista das vítimas era baseada em uma lista do horóscopo chinês.
Pode-se dizer que foi uma novela de foco atípico, colocando o mistério acima do romance, que mobilizou pessoas de várias idades, classes sociais (só para citar um exemplo, várias turmas de escola primária chegaram a fazer bolão de apostas sobre quem seria o assassino misterioso) e até países, como a Rússia, que chegava a parar apenas para ver a novela. Por isso, A Próxima Vítima fica em 4º lugar na nossa lista.

3º - Mulheres de Areia – 1993



Autor: Ivani Ribeiro
Direção: Wolf Maya
Protagonistas: Glória Pires

Ruth e Raquel são irmãs gêmeas de personalidades totalmente distintas: uma é boa e outra, má. Marcos Assunção se envolve com as duas que são de família pobre, mas acaba se apaixonando por Raquel, que na verdade não o ama, quer apenas usá-lo para subir na vida e conquistar posição e fortuna. Ela continua seu envolvimento com um amante, tão mau-caráter como ela, e é descoberta por Tonho da Lua, doente mental que é famoso nas redondezas por esculpir mulheres na areia.
Ruth, apaixonada de verdade por Marcos, sofre ao ver as maldades da irmã, mas não sabe como convencer a todos de que Raquel é uma vilã sem escrúpulos e por isso acaba se passando por má.
A novela tem mudanças geniais da autora, como quando Raquel se passa por Ruth e ninguém mais sabe quem é uma e quem é a outra, um dos momentos mais marcantes da história da TV, por isso Mulheres de Areia conquistou o 3º lugar de nossa lista.

2º - Belíssima – 2005



Autor: Sílvio de Abreu
Direção: Denise Saraceni
Protagonistas: Glória Pires e Tony Ramos

“Belíssima” foi uma das muitas novelas elogiadas de Sílvio de Abreu. Contou a história de Júlia (Glória Pires), uma empresária bem-sucedida no ramo da moda; mas uma mulher tímida, cheia de traumas e com auto-estima muito baixa, que viveu sob a cobrança de sua avó, Bia Falcão (Fernanda Montenegro) para perpetuar o mito de sua mãe, essa sim um mito da beleza. Nos primeiros capítulos, Júlia viaja a Grécia para visitar o irmão e a cunhada (vividos por Henri Castelli e Cláudia Abreu) e conhece Nikos (Tony Ramos) tendo uma paixão fulminante.
De volta ao Brasil, Júlia acaba se envolvendo com André (Marcelo Antony), que a princípio se mostra apaixonado, mas na verdade é um contratado para roubar toda a fortuna de Júlia. Um dos grandes mistérios da novela foi saber quem era o chefe misterioso de André.
A novela mostra ainda o primeiro papel de vilã na TV de Fernanda Montenegro, que encarnou Bia Falcão e deixou saudades. Essa personagem chegou a forjar a própria morte (artifício que já havia sido usado em outras ocasiões, como na novela A Próxima Vítima, também de Abreu, quando Francesca Ferreto foi dada como morta e voltou nos momentos finais). Com a revelação de que Bia Falcão era a mandante de André tudo fez sentido e Bia fugindo para Paris, foi um dos finais mais interessantes da teledramaturgia brasileira, por isso Belíssima aparece em 2º lugar.

1º - A Favorita – 2008



Autor: João Emanuel Carneiro
Direção: Ricardo Waddington
Protagonistas: Cláudia Raia, Patrícia Pillar, Mariana Ximenes

A novela trouxe um novo formato do segmento na TV Brasileira. Contava a história de Donatela (Cláudia Raia) e Flora (Patrícia Pillar) amigas de infância que formavam uma dupla sertaneja. Com a morte de Marcelo, marido de Donatella, as duas são suspeitas do crime, porém Flora é condenada.
A novela começa com a saída de Flora da cadeia, insistindo em sua inocência e decidida a provar que Donatella é a verdadeira assassina. Enquanto isso, Donatella vive na mansão dos Fontini, pais de Marcelo, e cria a filha de Marcelo com Flora, Lara (Mariana Ximenes). Com o desenrolar da trama, vem a revelação de que Flora é a vilã e que Donatela é a mocinha.
Os telespectadores voltaram a torcer por uma mocinha, mas também vibraram com a vilã desenvolvida por Patrícia Pillar. Muitos consideram, inclusive, Flora a maior vilã de todos os tempos. Vale ressaltar que quando da ocasião da revelação de Flora era de fato a assassina, muitas pessoas chegaram a se decepcionar com a história e previram um declínio da história, quando o que aconteceu foi justamente o contrário. As seqüências espetaculares e a falta de barriga colocaram A Favorita no topo de nossa lista.

Texto escrito por Daniel César e Evana Ribeiro.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A Era do Gelo 3


Lembro que em meu imaginário A Era do Gelo e Shreck disputavam passo a passo o título de melhor filme de animação de todos os tempos e, quando ambos decidiram-se que haveriam continuações, achei que a disputa fosse ficar mais acirrada ainda e, realmente ficou. Tanto no 1º de cada filme quanto no 2º, ora eu achava um melhor, ora achava o outro.

Não dá pra explicar a grandeza que é A Era do Gelo 3, só quem assiste pode ter uma idéia razoável e, uma vez só não é suficiente para pegar cada um dos inúmeros detalhes que essa obra-prima da animação tem.

Pra mim, o mais interessante nessas continuações de animação é que não seguem necessariamente de onde parou o filme anterior, pode dar um salto na história, o que é muito bom, e foi o que aconteceu em diversos momentos desse filme. A história, além de tudo conta com todos os protagonistas anteriores e continua firme, caminhando sempre na mesma direção e mostrando sempre a mesma luta pela sobrevivência e unidade do grupo.

Um bom texto, e uma animação que beira a perfeição. A ideia das 3 dimensões foi muito boa e ficou perfeita. Deu uma sensação de que estávamos realmente dentro do filme, sensação esta que muitos expectadores comentaram durante o filme em diversos momentos. Foi um passo gigantesco de tecnologia muito bem sucedido que eu ainda não havia presenciado em outro filme.

Uma boa animação precisa ter de fato um bom texto, bom trabalho do animador, bons efeitos e A Era do Gelo 3 teve tudo isso. Mas o que torna o filme excelente não é nada disso, ao contrário, isso passa até desapercebido em alguns momentos, o melhor do filme é que ele de forma incrível mantém o mesmo nível dos dois primeiros.

A sequência de cenas em A Era do Gelo 3 é ainda melhor que nas anteriores e o resultado? Gargalhadas aos montes por todo o cinema, raras foram as vezes que eu vi tanta gente rindo juntas de uma mesma cena. Sempre tudo de forma clara, mas não exagerada, forte, mas sem clichê, enfim, todas as marcas registradas que conhecemos desde A Era do Gelo.

Um filme que eu recomendo e, mais, que deve ficar marcado realmente como o melhor filme de animação já feito até hoje.

Ah, ia esquecendo. E o que é aquele esquilo? Alguém me digam de onde criaram ele? Cada filme que passa fica mais engraçado.

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Só uma observação. Som e Fúria está sensacional e Felipe Camargo está brilhante, incrível, avassalador.

Top 10

Em meio a tantas listas que circulam pela net, por jornais, revistas, e tudo mais, decidi entrar também nessa onda e criar o nosso Top 10 do "TVxTV". Pensei em algo que deixasse isso interessante e que não fosse somente uma lista, mas algo mais diversificado, como são os temas postados aqui.

Primeiro pensei nos temas e decidi que a lista será divulgada semanalmente, todos os sábados vai sair um Top 10 diferente até o mês de dezembro. Eis os temas escolhidos: Novelas, Desenho/Animação, Filmes, Ator Internacional, Atriz Internacional, Ator Nacional, Atriz Nacional, Música Internacional, Música Nacional, Artista Musical Internacional, Artista Musical Nacional, Séries. Desses temas vamos fazer dois Top's 10 para cada um deles, com os melhores e piores de cada tema.

Então tive a idéia de convidar 9 amigos para me ajudarem a fazer o TOP 10. Cada um vai postar seus 10 melhores e piores de cada tema, conforme seu gosto. A partir daí iremos somar, a soma funciona assim: 1º lugar = 10 pontos, 2º = 9 pontos, 3º = 8 pontos e assim por diante, os 10 melhores pontuados em cada lista vão aparecer no TOP 10 respectivo.

Vai ser divertido e os leitores poderão concordar ou discordar da gente opinando nos comentários. Ao final dessas Listas, em dezembro, juntos, público e os 10 do Blog irão escolher os Melhores do Ano de 2009 na TV Brasileira.

O primeiro tema dessa brincadeira será "As 10 Melhores Novelas de Todos os Tempos" e o post é sábado, não perca, hein.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Loucura, Luxúria, Tudo isso tem no Som e Fúria


Com o slogan da série eu decidi começar o texto pelo título e continuar aqui no corpo algo que faltou no slogan: Qualidade, tem muita Qualidade o Som e Fúria, a nova minissérie da Globo.

A minissérie antes da estreia já estava muito badalada, um pouco pelas chamadas que duraram quase 60 dias nos intervalos comerciais da Rede Globo e muito pelo nome que assina a obra, ninguém menos que Fernando Meirelles, um dos gênios da arte de dramaturgia do Brasil.

Na estreia de terça-feira foi preciso alguns minutos após o encerramento do capítulo para que qualquer pessoa pudesse dizer algo em relação ao que havia sido exibido ali, algo raro de ser na TV aberta brasileira, de uma qualidade ímpar. O roteiro de Som e Fúria é simplesmente brilhante, tudo muito encaixadinho e cada frase, cada texto, é colocado na voz de um personagem por um motivo correto, sem cenas fora do eixo.

O foco da narrativa fugiu dos padrões naturais, porém caminha naturalmente para os padrões do grupo teatral que protagoniza a obra. Todos são, de um jeito ou de outro, completamente malucos, e isso dá a exata noção do tanto que a série promete ser divertida.

O grande destaque desses dois primeiros capítulos, sem dúvida, foi o roteiro que é especialmente rico, tão rico, que eu já aposto em fiasco de audiência, visto que é um produto muito refinado para a média geral da população brasileira, o que é uma pena, porque raramente podemos ver uma obra de arte dessas na TV.

Outros destaques são os atores, selecionados a dedo pela emissora carioca e com acerto em quase 100%. Começando por Pedro Paulo Rangel que soube dar o tom correto para o diretor consagrado e, agora, para o fantasma que incomoda o novo diretor artístico da companhia. Ainda podemos destacar a excelente Regina Cazé que está dando show como funcionária da Secretaria de Cultura, juntamente com outro destaque, Dan Stulback, sempre muito bem e cada vez melhora mais.

Em atuação, porém, os principais destaques são Andrea Beltrão que acertou o tom de sua personagem, uma estrela de teatro que é absolutamente frustrada, porém competentíssima, um personagem que poderia ficar facilmente caricata, mas ela está sabendo conduzir. Cecília Homem de Melo (eu não a conhecia) está um espetáculo como a secretária do diretor artístico, ela acertou o tom de tal forma que cada frase que sai de sua boca, mesmo séria, é suficiente para nos fazer rir, e muito.

Mas a minissérie tem um dono até o momento, e ele atende pelo nome de Felipe Camargo. Ao que parece, Felipe não terá em Som e Fúria apenas seu retorno a TV como protagonista, mas um retorno triunfal. Na pele de Dante, novo diretor da companhia e que vai conduzir o grupo a encenar Hamlet, Felipe Camargo encarnou um ator completamente maluco e cheio de manias, cada trejeito, cada olhar é muito bem pensado pelo ator.

Mas nem só de alegrias e acertos vivem as obras. Som e Fúria teve, infelizmente, escalações erradas. Daniel de Oliveira em suas aparições até aqui mostrou-se totalmente desconfortável num papel relativamente simples e ele está destoando muito dos outros. Seu par romântico na minissérie também está em rota de colisão com o restante do elenco, Maria Flor, que normalmente eu elogio muito por ser uma ótima atriz, parece que não conseguiu entrar no clima de uma atriz iniciante numa companhia de teatro. Ela está mecânica e não deu vida a personagem.

Muitos personagens ainda virão, ótimos atores e atrizes, como Rodrigo Santoro e Débora Fallabella, mas o fato é que Som e Fúria foi, provavelmente, o maior acerto da Globo nos últimos anos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Memorial a Michael Jackson

* Foto mostra última imagem do Memorial a Michael Jackson em Los Angeles. Facho de luz e microfone e palco vazios. Sem o rei do pop.


Eu esperava um circo de horrores, com muita pirotecnia, principalmente pela forma como o pai ridículo do Michael Jackson estava lidando com essa situação toda. Pra mim, estava claro que não haveria uma homenagem ao rei do pop, antes, seria um show pra algumas pessoas se aparecerem.

Quebrei a cara e muito bem quebrada. A Organização (brilhante, como sempre organiza o Grammy) foi capaz de realizar um evento memorável, comovente e que teve a dimensão exata do que Michael Jackson representou para a humanidade enquanto passeou pela Terra.

Inclusive, com algumas raras exceções, até a escolha de quem iria discursar foi muito bem feita. O discurso de Brooke Shields foi lindo e me deixou emocionado. Ela mostrou-se amiga de fato dele. O depoimento do dono da gravadora que descobriu os Jackson's Five também foi interessante.

As músicas escolhidas também foram inteligentíssimas, principalmente I'll be there, que foi interpretada com muito carinho. Assistir Steve Wonder cantar uma de suas músicas a Michael Jackson foi de arrepiar, com sua voz espetacular, ele adaptou a letra para caber na ocasião, tocante. Lindo também assistir o irmão de Michael cantando Smile, a música preferida do rei.

Tudo já estava muito bem, dando um tom cinza, como deveria ser, mas o final foi ainda mais lindo. Todos no palco, amigos e família cantando We are the world foi um dos momentos mais emocionantes da tarde e, depois, ao som de Heal the World, novamente todos cantaram e muitos se emocionaram no palco olhando para o caixão com o corpo de Michael.

Eu acompanhei praticamente tudo que foi mostrado no Brasil sobre a morte, o preparo e o velório de Michael Jackson, como dizem alguns amigos, a morte dele me fez virar fã póstumo do cantor e fico triste por ter descoberto o maior artista da história tão tarde. Acompanhando tudo que vi, nenhum momento me marcou mais como dois momentos nesse memorial:

1 - O irmão de Michael discursando já no fim do evento e contando algumas histórias ele se despede do irmão dizendo: "Michcael, eu me lembro que todas as vezes que a gente se encontrava eu dizia: Te amo. E você respondia: Eu te amo mais". Emocionante.

2 - A filha do cantor, Paris, dizendo poucas palavras e resumindo tudo que foi Michael: "Desde que eu nasci você foi o melhor pai que alguém poderia ser. E eu só queria dizer que eu amo muito você, papai". Tocante, foi aí que eu chorei.

Parabéns a organização do evento e finalmente, depois de tanta perseguição que ele sofreu em vida, tantas mentiras, o rei do pop, o gênio dos palcos, vai descansar em paz e, felizmente para nós, seu trabalho é imortal.

Finalmente um Capítulo Digno


Restando pouco mais de 50 capítulos para que Caminho das Índias chegue ao fim, são poucos os capítulos que vão ficar na memória do telespectador por apresentar uma trama recheada de situações dramáticas como um bom capítulo de novela deve ser.

Após uma novela em que todos os dias haviam inúmeras ocorrências dramáticas e que chamavam a atenção constante dos fãs, como foi o caso de A Favorita, é uma tortura ter de assistir uma novela em que a barriga vai praticamente desde o primeiro capítulo e, pelo visto, continuará até o último.

Mesmo assim, a novela tem algumas exceções. Alguns núcleos engraçados e interessantes que salvam a trama, mas não é disso que quero quero falar. o fato curioso é que normalmente num mesmo capítulo, algumas situações são ótimas e outras, péssimas, é raro um capítulo todo que se salva.

E após um longo período assim, no capítulo da última segunda-feira, parece que a autora Glória Perez recuperou sua inspiração após muitos (muitos mesmo) anos. Foi de longe o melhor capítulo de Caminho das Índias, incomparavelmente melhor que qualquer outro.

Todos os núcleos funcionaram porque a autora colocou situações interessantes, fatos marcantes para todos os momentos. No Brasil pudemos ver César se roendo de ciúmes de Aída, Suellen e Castanho sentindo falta um do outro, Zeca aprontando mais uma contra a diretora, Tarso decidindo se tratar, Ivone armando seu bote contra Melissa e Ramiro, Sílvia descobrindo que sua "amiga" também virou amiguinha de Melissa, enfim, situações ótimas e, principalmente engraçadas, como Norminha dando crise de ciúmes de Abel.

Na Índia, onde normalmente tudo é muito lento e parado, foi o oposto, um capítulo sensacional também para os indianos, como Opash batendo em Amithab, depois Maya e Surya brigando, Opash dizendo que ia devolver as duas e dando um jeitinho pra não ter que passar por mentiroso, Opash obrigando Amithab reconhecer que foi ele quem planejou o ataque contra os Dálits e, principalmente, Maya dizendo que ia levar seu filho com ela e, quando a sogra disse: "Maya, ele fica, é o costume. Quando a noiva é devolvida ela só leva o que trouxe de casa", e ela responde: "Justamente, apenas o que trouxe de casa, eu vou levar meu filho".

Foi por pouco que ela não contou toda a verdade e com Raj ali, ouvindo tudo. Gostei porque finalmente a Maya voltou a ser a protagonista dos primeiros capítulos, aquela moça interessante que fazia tudo que fosse necessário pra fazer suas vontades e não essa mosca morta de ultimamente que só sabe chorar de um lado para o outro.

Eu sei que a novela vai voltar a ficar chata, porque a trama é ruim, mas foi interessante assistir um bom capítulo depois de tanto tempo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Os Melhores da Semana

Vamos conferir o que melhor rolou na semana passada. Vem aí, os 10 melhores momentos da TV Brasileira.

10 - Programa Sílvio Santos, no SBT

9 - Episódio de Esquadrão da Moda, no SBT

8 - Prova da semana em Fazenda, na Record

7 - Jantar de aniversário de Rudi, em Poder Paralelo, na Record

6 - Dafne briga com Judith, em Caras e Bocas, na Globo

5 - Caldeirão do Huck, da Globo

4 - Último episódio da Temporada de toma lá, dá cá, na Globo

3 - Ta na Roça, em A Fazenda, na Record

2 - Último episódio da temporada de Tudo Novo de Novo, na Globo

1 - Último episódio da temporada de Força Tarefa, na Globo

Frase da SEmana: "Não é sexual. As crianças deitam, eu conto histórias pra elas, levo leite na cama e canto para elas.
A gente dorme com a lareira acesa e nos divertimos" - Michael Jakcson, em entrevista exibida pela Rede Record

domingo, 5 de julho de 2009

A Volta de True Blood


Em homenagem ao meu amigo Jay vou finalmente conseguir comentar sobre o retorno da série americana mais badalada do momento, "True Blood". A série que teve uma primeira temporada espetacular e voltou a pouco tempo nos EUA e em nossos computadores, evidentemente.

Assisti a primeira temporada da série e, inclusive comentei no blog Neste Link e, esperando o retorno da segunda temporada, o mundo ficou ansioso.

Agora, com três episódios exibidos, já é possível fazer um breve balanço sobre o retorno dessa série. Infelizmente, o primeiro episódio não é o forte de "True Blood", o episódio piloto foi fraco e, agora, o primeiro episódio da segunda temporada também foi muito, muito abaixo das expectativas dos milhões de fãs que a série conquistou ao redor do mundo. Episódio "Nothing but the Blood" foi arrastado, lento e absolutamente cansativo, deu desânimo de ver.

Já o segundo episódio, "Keep this party going" colocou na rota dos episódios ótimos para a série. A história voltou a ser ágil e não apenas macabra. Esse episódio foi uma prova que o roteiro de True Blood deve ser mais elaborado e não se focar apenas em cenas fortes, mas em histórias envolventes. Quando as histórias das personagens desenvolvem, tudo fica mais legal. Mas é preciso dizer, que "Keep this party going" ainda não chegou ao nível de alguns episódios da primeira temporada.

Por fim, o terceiro episódio foi o melhor até o momento. "Scratches" é o típico episódio que mostra ao mundo porque todos os telespectadores que assistem são fãs apaixonados pelo roteiro da série. Recolocando os protagonistas em sua principal forma, a história foi ágil, interessante, com cenas tanto macabras quanto divertidas e, principalmente, não faltou tensão e emoção ao longo do episódio.

A expectativa fica agora por conta do quarto episódio, exibido na próxima segunda-feira nos EUA, "Let's take a trip together" e, pela promo, parece que vem outro episódio sensacional que, aliás, parece ser recorrente. Tanto na primeira como agora, na segunda temporada, a série melhora muito a partir do terceiro episódio.

Eu recomendo.

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