Retorno Triunfal de As Meninas do Jô

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Após um longo e tenebroso inverno de mais de ano e, sem grande divulgação por parte da emissora, retornou para a TV um dos quadros mais inteligentes, bem humorados e que sabe aliar como poucos: debate de qualidade, informação e entretenimento. Trata-se de As Meninas do Jô. Criado por Jô Soares, o quadro estreou há alguns anos dentro de seu programa, semanal - todas as quartas-feiras - ele reúne quatro grandes jornalistas do país, sem vínculo com a TV aberta, diga-se, para debater os principais temas do país naquele momento.

Um programa assim faz tanta falta na TV aberta e, seu encerramento precoce era uma perda inestimável, principalmente levando-se em consideração a superficialidade dos debates que temos assistido na TV nos últimos tempos. Por isso, a notícia do retorno deveria ser muito comemorada, pois, usando o slogan de um outro programa, ele é a prova de que há vida inteligente na madrugada.

O retorno, ainda que sem grande divulgação - este espaço somente soube do quadro minutos antes do programa começar e via twitter - foi um oásis no deserto de criatividade que é a TV nacional quando o assunto é debates. Mesmo tendo ficado mais de um ano fora do ar, o quadro mostrou-se atual, concentrado e, principalmente, nada didático. Tudo isso graças as 4 profissionais que sabem utilizar a linguagem correta para atrair e não afugentar a audiência.

Lúcia Hipólito, Lilian Witte Fibe, Cristiana Lôbo e Ana Maria Tahan mostraram a mesma química com que o telespectador estava acostumado e debateram todos os tipo de assuntos possíveis. Desde os problemas na economia grega, passando pela pacificação das favelas no Rio de Janeiro, chegando a queda de Ricardo Teixeira e, claro, até a cor da tinta no cabelo das pessoas. Ou seja, discutir, informar e prestar um serviço ao público, mas nunca se afugentar do bom humor, das brincadeiras com nível e respeito.

Ao final do excelente programa de quarta-feira, Jô Soares informou que o retorno das Meninas do Jô é consumado e o quadro se mantém no programa ao menos uma vez por mês. É pouco, mas é melhor do que nada. O que espera-se, a partir de agora, é uma divulgação mais organizada por parte da Rede Globo, assim, o telespectador tem condição de acompanhar uma das melhores criações da TV aberta nos últimos tempos.