Estreou na noite da última terça-feira mais uma temporada do programa A Liga. Controverso e sem medo de apresentar os temas mais polêmicos, o programa que tende muito mais para jornalístico do que para entretenimento, teve temporadas que chamaram a atenção do telespectador e da crítica, com episódios que nunca tiveram vergonha de colocar o dedo na ferida.
Porém, o retorno da produção mostrou que não há mais a mesma força. Por mais que hajam diversos assuntos a serem abordados e todos muito interessantes, aparentemente o elenco perdeu força e, tanto com problemas de roteiro quanto de carisma, o show não parece mais conseguir manter a atenção da audiência sem usar recursos um tanto quanto apelativos.
A estreia foi extremamente discreta e contou com dois novos nomes. Lobão e Cazé. Ambos não disseram ao que vieram e tentaram fazer muito mais uma abordagem imparcial e distante do tema do que se aprofundar no assunto e tentar vivenciá-lo para que o telespectador pudesse ter qualquer tipo de identificação. Pareceu uma reportagem vazia e sem sentido que não conseguia explorar todos os ângulos das situações.
Um programa com a qualidade de A Liga nunca pode se contentar em apresentar modelos de quaisquer temas e jamais seus participantes devem mostrar uma abordagem isenta. Não é isenção que o telespectador busca ao sintonizar a Band às terças-feiras neste horário. O público quer se afundar no tema sem cortinas, sem pinturas e, para isso, os participantes devem estar dispostos a irem além do que eles foram capazes de fazer ontem.
Se no CQC a presença de Rafinha Bastos não fez qualquer falta. Impossível dizer que a mesma frase se aplique A Liga. Ele sempre se mostrou muito mais ousado e disposto a levar o roteiro além do que simples abordagem, ele vivenciava as situações com densidade em todas as nuances, por isso a audiência se chocava. Enquanto os novos participantes não entenderem isso, o programa está fadado ao fracasso.
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