Estreou na noite de segunda-feira, 12, a 5ª temporada do humorístico da Band, o CQC. O retorno da trupe era muito aguardada por parte da mídia após a emissora confirmar a contratação do Pânico, uma vez que todos queriam acompanhar a reação do humorístico concorrente. E o que se viu foi um programa leve, descontraído, bem humorado e com um roteiro quase que impecável.
Quadros novos, mudanças de repórteres à frente dos quadros e, principalmente, a criatividade marcaram presença na estreia do programa. A começar pela bancada, em que Marcelo Tas, Marco Luque e, agora, Oscar Filho, mostraram segurança, naturalidade e bastante improviso. Aliás, este ponto deve ser tratado com cuidado e a afirmação pode parecer prematura, porém, a tirar por este programa, Rafinha Bastos não fez qualquer falta ao grupo.
Os quadros foram todos acertos categóricos - ou quase - e mostraram que, mesmo com tantos anos no ar, o humorístico prima pela criatividade. Exceção feita ao tal de "Nemfu" que não fez qualquer sentido e não mostrou razão em existir, todos os outros quadros foram oásis no deserto do humor brasileiro. Neste ponto, é preciso destacar o magistral trabalho de criação que fizeram com o Proteste Já, transformando-o num quadro de denúncia social e o deixou ainda mais interessante.
A presença da trupe do Pânico no programa foi a tacada mais sensacional dos últimos anos. A discussão forjada entre Tas e Emílio Surita foi muito bem bolada e, provavelmente, primou pelo roteiro criativo e capacidade de improvisar de ambos. A forma nada sutil com que eles trataram o tema da rivalidade entre os programas funcionou sobremaneira e mostrou muito resultado, além de ainda terem conseguido dar algumas cutucadas no rival.
Outro ponto baixo do programa foi a escolha de Ronald Rios, novo integrante da trupe, para o quadro de política. O humorista é esforçado e mostra que pode funcionar dentro do grupo, porém, jogá-lo diretamente no quadro mais complicado foi um tanto quanto crueldade, pois é preciso um preparo um pouco maior e conhecimento da linguagem do programa.
No mais, a volta do CQC mostrou que o humorístico ainda tem muita lenha para queimar e pode se manter facilmente no topo dos programas deste formato no país. Humor de qualidade, bem colocado e que sabe se posicionar diante dos mais variados assuntos.
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