quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

la x: O retorno (literal) de Lost

* Este texto contém spoilers. Se você não viu o episódio e não quer saber o que acontece, evite o texto.


Saber que Lost está de volta já é suficientemente legal para que todo o resto se torne mero detalhe. Pouco importa se o episódio foi visto por 12,1 milhões de pessoas nos EUA (mais gente do que a estréia da 5ª temporada) e importa pouco também as novas teorias que irão surgir. O importante é que Lost voltou e trouxe isso tudo consigo.

O episódio duplo foi bem dividido - em todos os sentidos. Os primeiros 42 minutos da 6ª temporada de Lost foram eletrizantes a tal ponto de mal conseguirmos respirar e, uma piscadela fora de hora, significaria perder cenas muito importantes - ou não, depende do ponto de vista, como tudo em Lost.

O ritmo alucinado do episódio deu a dimensão do que será a temporada. Mas quem esperava o começo das respostas, afinal a série está chegando ao fim, se frustrou. O que a volta da série trouxe foram novas perguntas, novos mistérios, novas situações que ninguém esperava.

Depois dos flash-backs e dos flash-forwards que revolucionaram a forma de se fazer televisão, os produtores mais criativos do Planeta nos surpreenderam criando duas dimensões, duas realidades paralelas. Isso significa o que? Sim, vimos o avião 815 da Oceanic Airlines descendo normalmente em Los Angeles. Vimos um Jack Sherpard ainda tentando enterrar o pai, vimos um John Locke ainda de cadeiras de rodas, vimos um Hurley ainda divertido (e agora com sorte), vimos um Sayd ainda buscando sua realidade na Terra, vimos uma Kate ainda fugitiva (e muito ágil, diga-se), vimos um Sawyer sempre sarcástico, vimos Sun e Jin ainda afastados, mas também vimos Charlie ainda vivo, e drogado, e vimos, mesmo que rapidamente Claire e Desmond.

Em contrapartida, na outra realidade, nada deu certo. O grupo continuou na ilha, a bomba não serviu para nada - além de matar a Juliet e deixar Sawyer sem chão. Essa nova realidade não me agradou porque trouxe consigo novos personagens. O tal templo com um povo muito estranho que, aparentemente era protegido por Jacob, soou muito fake, muito forçado a essa altura do campeonato.

O monstro de fumaça também está de volta e agora muito mais pomposo, imponente e cruel. Ah, e descobrimos que o John Locke-não-Locke é, na verdade o tal monstro de fumaça que também é o tal amigo de Jacob que apareceu no último episódio da temporada passada.

Tudo isso em um episódio. O importante de Lost neste momento foi a divisão das realidades que pelo jeito continuarão até o fim da temporada - e da série, um minuto de silêncio - uma tacada genial dos produtores, afinal, estamos tendo a chance de saber o que ocorreria com os personagens que tanto amamos se o avião não tivesse caído, e, de uma forma ou outra, novamente a vida das personagens se encontraram.

De qualquer forma é impossível dizer se gostamos ou não deste episódio - e até nisso Lost é diferente. O ritmo do episódio foi ágil, tudo impressionou, as mudanças, os choques, as novidades, tudo muito bem feito. Mas somente saberemos se isso tudo funcionou mesmo, no fim da série, quando as respostas virão. Ou pelo menos é o que esperamos.

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Alguém poderia parar todas as séries, todas as transmissões e aplaudir de pé Michael Emerson? O que foi a atuação dele encarnando o bom e velho Ben de sempre?

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As duas realidades são agora, mais confusas que o flash-back e o flash-forward e as viagens no tempo. É preciso muita atenção para não nos perdermos, porque aparentemente a bomba "funcionou" como disse Juliet, mas criando uma nova dimensão e não os livrando da dimensão na ilha.

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A ilha debaixo d'água? Damn it!

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Lost nos brindou novamente - como já havia feito no fim da temporada passada - com uma das mais emocionantes cenas da TV mundial. A cena da morte de Juliet é de uma sensibilidade impressionante. O texto, a fotografia e a atuação da dupla Juliet e Sawyer fizeram dessa a melhor cena de Lost neste retorno. "Deveríamos tomar café uma hora dessas". Bye Juliet, te amamos para sempre.

1 Quebraram tudo:

Anônimo disse...

TEXTO LONGO!

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