"Ele pediu pra ela não trabalhar fora. Só trabalhar dentro"
As Cariocas segue mostrando uma peculiaridade interessante e que não me lembro de já ter visto na TV brasileira. Apesar de, a cada episódio, sermos apresentados a um grupo novo de personagens com características e vivências próprias, o que chama a atenção fundamentalmente do público é a mesma seqüência narrativa e o foco mantido.
Para uma série conseguir ser construída dentro de várias histórias e manter-se como única, é necessário muita habilidade no roteiro e também na direção, pois o telespectador pode acabar enxergando várias histórias soltas e sem nenhuma ligação. Não é o caso de As Cariocas que tem um padrão único e uma deliciosa forma de se narrar.
A Internauta da Mangueira, contudo, deu a primeira vista a impressão que teríamos novamente um episódio cheio de equívocos, como foi o anterior A Invejosa de Ipanema, pior da série até então. O quinto episódio começou mal, com um primeiro bloco completamente estranho, apresentação corrida da protagonista, Gleicy, uma esposa feliz com o casamento e que faz questão de se mostrar fiel ao marido, porém, o trai virtualmente acessando a internet.
A despeito do primeiro bloco em que as personagens foram muito mal apresentadas, o episódio teve um saldo positivo. Apesar da quase nenhuma exploração aprofundada dos sentimentos, das características das personagens, a agilidade foi um ponto positivo porque contribuiu para mostrar que o desespero, a pressa, faz as pessoas cometerem erros sem pensar.
Cíntia Rosa bem que tentou segurar a bronca da personagem, mas ela não tem, nem de longe, o mesmo talento de suas companheiras que já protagonizaram outras histórias e acabou passando desapercebida diante do talento inequívoco de Du Moscovis, de volta a TV após alguns anos. Du encarnou muito bem o marido devoto, apaixonado e extremamente feliz por ter sido escolhido por um "avião". Além do que, ele esteve ótimo na pele do flamenguista fanático e marido maluco que decide matar a esposa infiel dentro do Maracanã após comemorar o Hexa do Flamengo.
O final da história, com o marido arrependido e decidindo perdoar a esposa, afinal, ela não o traiu de fato, apenas virtualmente, foi absolutamente clichê, mas muito bem conduzida e situada pelo ótimo narrador da história que continua com grandes frases. O episódio ficou abaixo dos três primeiros, mas conseguiu retirar do público a péssima impressão que o quarto episódio havia deixado. Esperemos os próximos.
4 Quebraram tudo:
Eu já achei esse último episódio o pior de todos.
O foco esteve totalmente centrado no Eduardo Moscovis, e 'A Carioca' da vez não teve muito destaque.
Sobre o episódio da semana que vem, não espero muita coisa também... Sônia Braga... sei não. =/
Bom, concordo em gênero, número e grau com o que foi dito acima! Esse episódio ficou bem abaixo dos três primeiros, porém conseguiu retomar os 19 pontos na audiência, que no episódio passado chegou aos 14!
E aqueles personagens periféricos, o ex-namorado (André Gonçalves) e a irmã (Preta Gil)? Ou foi encheção de linguiça ou não sei dizer qual foi a deles.
Para mim, em 'A Atormentada' todos os personagens apareceram na medida certa. A mãe foi bem explorada, o ex-marido apareceu o que divia etc.
Até agora, todos os episódios corresponderam, na minha modesta opinião. É evidente que alguns episódios agradam mais do que outros, mas gostei de todos, embora o episódio da Adriana Esteves tenha sido o melhor da temporada até aqui.
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