domingo, 23 de maio de 2010

Alguém aí viu O Aprendiz? Não

O título é, evidentemente simbólico, antes que a legião de fãs da emissora comecem a falar asneiras. Porém, já é possível concluir o óbvio: a Record deu um tiro no pé com esta edição de um dos melhores Realities Shows já produzidos no Brasil. A versão atual de O Aprendiz, não é apenas ruim, é muito ruim, mas tem uma vantagem, pode ser testada com todo o tipo de loucura, afinal ninguém vê mesmo.

O equívoco na escolha do apresentador foi ficando cada vez mais visível a tal ponto que, em alguns episódios, o despreparo de João Dória é constrangedor. Qualquer pessoa com um pingo de senso fica com vergonha alheia da incapacidade que o apresentador tem para conduzir o programa de forma minimamente competente e que atraia a audiência.

João Dória nunca teve carisma. Sempre foi um entrevistrador frio e sem graça, tanto que seu programa nunca havia atraído a atenção de ninguém. A Record sabia que era um risco escolhê-lo, mas apostou no fato dele já ter noção de televisão. Equívoco completo. O Aprendiz necessita de alguém com pulso e que tenha dinâmica, mesmo que não tenha domínio da câmera e empostação na tela. É preciso saber conduzir os aprendizes, e Dória não sabe.

A edição do programa é tão amadora que chega a ser divertida. Aparentemente toda a equipe perdeu a mão e não consegue mais recuperar os áureos tempos em que dava gosto assistir. Os takes de câmera são mal escolhidos, os cortes são em momentos errados, mas principalmente as provas são infelizes. Provas sem nexos e que não leva ninguém a lugar algum fazem parte desta edição e certamente irritam o telespectador que tenta sobreviver (se é que ainda há algum).

A emissora notou que esta edição foi prejudicada de tal forma, que praticamente não faz anúncios em sua grade, jogou os episódios para começarem quase meia noite (beirando o ridículo de terminar a uma da manhã) e considera a edição toda perdida. Não há solução para O Aprendiz. Ao menos não neste ano, o jeito é tentar melhorar tudo em 2011, mas com um apresentador ruim, com uma edição porca e com o público perdendo o interesse, vai ser muito, muito difícil.

Enfim, O Aprendiz se tornou um programa para completar a grade porque público mesmo, certamente não em.

4 Quebraram tudo:

Marcos Tony disse...

E o Zagari, onde deve estar escondendo sua cara depois de dizer que o programa alcançaria entre 15 e 80 pontos? Nunca chegou aos 10...
Acho que o Max Gehringer se sairia melhor na função do que o João Dória, ele tem uma postura bem mais parecida com a da Justus e não está paralisado pelo Botox, como o Dória.

Daivison Tavares disse...

Eu concordo em partes,quando se fala na edição e nas provas eu concordo,mas eu não acho o Dória tão ruim assim,no início eu poderia concordar com o texto todo,mas neste momento discordo em alguns pontos.

O Aprendiz é uma boa opção para quem quer aprender alguma coisa de interessante,ou bom ou ruim ele não é só um reality de entretenimento barato.
E quem viu um comentário meu em um post anterior sobre o programa pode ver que eu não o defendi e que não sou graças à Deus fanático pela Record,só se eu fosse louco.Só expressei minha opinião sobre O Aprendiz neste momento.

@BrunoSNN disse...

certíssimo!

Anônimo disse...

Tu bem sabe o quanto eu defendo o formato de 'O Aprendiz'... mas tu tá mais do que certo. Acho que até foi sucinto demais em sua crítica.

Os participantes, que certamente saírão do reality com um mérito maior que o próprio nariz, não merecem tal reconhecimento, pois o que se vê atualmente na versão brasileira daquele que, eu acredito, ser o melhor reality do mundo, é uma prática de avaliação sub-humana, com raras exceções como as palavras de Cristiana Arcangeli que, notavelmente, é muito melhor que João Dória Jr. e por vezes tem sua opinião desvalorizada pelo apresentador, que caiu de paráquedas por ali.

É uma babaquice! Até os participantes parecem desanimados. Ah... como seria bom se a Globo adquirisse o formato.

Postar um comentário

Twitter Facebook Adicionar aos Favoritos Mais

 
Tecnologia do Blogger | por João Pedro Ferreira