Quando a Rede Record anunciou que o 1º remake produzido pela emissora em parceria com a Televisa - emissora mexicana - seria Bela, a Feia, logo eu fiz pouco caso, afinal a história é uma das mais manjadas da história recente da dramaturgia mundial. Afinal, já vimos Beth, a Feia e A Feia mais Bela como novelas, e a ótima Ugly Betty, a série americana de sucesso global.
Colocar no ar um folhetim tão manjado e que o público já conhecia todos os parâmetros da história era um risco grande, mesmo com o elenco sendo escolhido a dedo pela emissora. O resultado em princípio mostrou que o telespectador não demonstrava o menor interesse pela novela. Bela, a Feia apresentava números pífios de audiência, chegando a registrar 6 pontos. O principal problema era que o remake transferia apenas o texto mexicano para o português, mantendo praticamente os mesmos acontecimentos, o que fazia tudo perder o interesse.
A partir do momento que a Record permitiu que a autora Gisele Joras tivesse mais liberdade para produzir seu texto, é que a trama ganhou novos ares. Gisele foi autorizada a inovar, a criar personagens, situações e mudar completamente o rumo da novela e conseguiu resultado. A audiência voltou a assistir Bela a Feia e se interessar pelos rumos da história.
É evidente que isso aconteceria, pois a história principal tem pegada e é muito interessante, isso aliado a elementos distintos e inovadores atrairia o público e foi o que aconteceu, era algo absolutamente esperado. Com os novos rumos dos núcleos se montando e a história se redesenhando, A novela deixou de ser sem graça para se tornar uma opção interessante para o horário.
Ainda hoje, está longe de ser a melhor novela no ar, e tampouco é a melhor produção da Record, mas também, a história não é a melhor do mundo, é muito interessante, mas simples. Ainda assim, Gisele Joras conseguiu o que poucos esperavam, transformou o remake da história da moça feia que trabalha com pessoas lindas e se apaixona pelo chefe bonitão na melhor história contada. Bela a Feia é infinitamente superior às duas novelas vistas na tela do SBT e é mais interessante que a série.
Muitos vão discordar porque há uma idolatria por trás de Ugly Betty e eu sei que, como humor, a série é divina, mas analisando no contexto geral, com histórias paralelas, com drama e suspense no núcleo principal, Bela a Feia se tornou a melhor da franquia - se é que podemos chamar assim. E isso se deve não apenas a autora que fez um belo trabalho, mas também ao amadurecimento do elenco que melhorou muito ao longo da trama. O grande destaque do folhetim ainda é Sílvia Pfeifer em, de longe, seu melhor trabalho na TV, porém, Gisele Itié melhorou muito e já convence como Bela.
A grande decepção do elenco é, sem dúvida, Simone Spoladore, que não convence ninguém no papel da vilã Verônica. Com uma interpretação pífia, caricata e mal produzida a atriz não é nem sombra do que foi em outros trabalhos.
De qualquer forma, Bela, a Feia foi exatamente o que eu esperava no início, mais uma repetição de tudo que já vimos antes, até o enfoque mudar e a história passar a convencer e, atualmente, mais do que apenas convencer, mas chamar a atenção.
1 Quebraram tudo:
Você sabe Daniel que eu estava comentando por esses dias aqui em casa que a produção da Record estava melhorando e estava dando até pra assistir.Eu que estou aqui sempre comentando e criticando a Record,dessa vez estou aqui para dar um crédito.Bela,a feia está melhorando e sinceramente eu assisto com vontade.
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