quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um exagero chamado Aline


Estreou nesta quinta-feira na Rede Globo a nova série brasileira, "Aline". Série que foi testada primeiramente como Especial de Fim de Ano e a direção da emissora decidiu apostar no formato para alguns episódios. Aline é protagonizada por Maria Flor e conta a história da personagem que dá nome a série, uma moça tresloucada, de bem com a vida e que tem dois namorados, vivendo com ambos num apartamento e mostrando que a relação dos três segue em perfeita harmonia.

Assim como foi no Especial de fim de ano, o primeiro episódio dessa temporada inicial de Aline conseguiu ter um enredo muito próximo ao enredo que imortalizou a personagem nas tirinhas de humor, o que por si só já é um feito, afinal levar uma personagem complexa como Aline para a TV e conseguir manter todo o sentido de inocência e sensualidade simultâneos vivos, é um feito.

A série estreou mostrando todo o exagero possível para uma história. Todos os tipos de exageros estão ali, ou seja, a série lida com o inimaginável, com o que não é possível, e para isso não cair na fantasia exagerada e tosca é muito difícil, principalmente quando se usa elementos como a direção usou, como mostrar a imaginação de Aline.

Isso em qualquer outra série seria um defeito, não em Aline. Essa característica singular da série em exagerar tudo é, na verdade, a grande tacada dos roteiristas e que prendem a atenção do telespectador durante todo o episódio. Ao telespectador não importa muito saber que ela e seus namorados não estão com dinheiro para pagar as dívidas, também não importa muito que a publicação do livro contando o diário dela tenha sido exagerado. O que importa mesmo ao público, é ver Aline e suas excepcionais tiradas, respostas bem dadas e, em alguns momentos principalmente, seus devaneios.

É difícil analisar todos os personagens apenas pelo primeiro episódio. Me parece que os dois namorados de Aline vão funcionar muito bem na série, mesmo com dois atores que podem a qualquer momento comprometer o desempenho, mas isso ainda não aconteceu neste episódio. Os pais da menina são personagens que mereciam por si só uma série, excelentes histórias e divinas atuações.

Mas o melhor mesmo é Maria Flor. Ela encarnou a personagem com uma desenvoltura que impressiona e mostra sua maturidade como atriz. Maria Flor já coleciona bons papéis, como na novela Belíssima, em que esteve muito bem. Mas em 2009 teve uma participação apenas discreta na 1ª fase de Som & Fúria. Agora, como Aline, Maria Flor deve roubar a cena e já começou a fazer isso, num ano em que a Rede Globo não teve nenhum grande destaque feminino em atuação, Maria Flor pode salvar 2009.

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