quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

BBB 13 estreia como se sempre estivesse entre nós

A estreia da 13ª edição do Reality Show mais popular do Brasil não foi simplesmente um recomeço, foi um acontecimento. Desde o início da semana anterior, quando foram divulgados os nomes dos participantes da competição e, posteriormente, no final de semana com a Casa de Vidro sendo colocada num shopping, praticamente não se falou de outra coisa, o Big Brother Brasil tomou conta do país.

É difícil medir o nível de entusiasmo do telespectador quando este é o assunto. Enfrentando uma crise de audiência no horário nobre, a Rede Globo vê todos os seus produtos sofrendo queda nos números do Ibope. A estreia do Reality rendeu 25 pontos de média, o que é a pior audiência da história de uma estreia para o BBB. Contudo, é interessante lembrar que a meta da novela das 21 Horas é de 40 pontos e da Faixa I - horário posterior ao da novela - é de 25 pontos, ou seja, queda de 15. O BBB estreou derrubando apenas 08 pontos de Salve Jorge que, na terça, marcou 33 pontos - todos os números são prévios e podem sofrer alterações.

Independente da audiência e da repercussão - que aparentemente manteve o mesmo nível de anos anteriores - o que se viu nesta estreia foi  a ousadia presente no show. Sem pompas, o programa foi levado ao ar como se sempre estivesse entre nós. Com 12 edições já realizadas, a maturidade permitiu que a produção criasse intimidade entre telespectador e show, por isso, Pedro Bial já chegou apresentando os novos participantes, sem qualquer delonga.

A estreia foi ágil, sem o lenga lenga tradicional de primeiro programa de Realities em que demora-se tempos apresentando os participantes. Apenas uma breve introdução de cada um dele - coisa de segundos - em seguida, o grupo já estava na casa conversando com o apresentador, no mesmo clima de intimidade, como se todos fossem amigos há anos. A conversa com o pessoal da Casa de Vidro e que também almejam um lugar na casa mais vigiada do Brasil foi rápida, tal qual a explicação de que o público pode votar e escolher quem quer no programa.

O momento mais aguardado da noite foi a entrada dos ex-participantes que retornam a disputa, uma leve alteração no formato, pois coloca-se em disputa ilustres desconhecidos com pessoas que já estão na memória afetiva do público. Independente de quem foi escolhido para voltar ao show, é inegável que colocar 6 ex-participantes vai movimentar e muito a disputa, certamente rendendo grandes momentos.

A estreia do BBB13 foi movimentada. Com aproximadamente 60 minutos de duração e dois breaks, a impressão que se teve foi de menos de 30 minutos, o que é positivo, visto que não ficou monótono em nenhum momento. O único ponto baixo foi, quem diria, Pedro Bial. O apresentador tentou transmitir tamanha intimidade com o formato e com o público que, exagerou na dose e acabou passando um ar de desinteressado e de alguém enfadado. Esperamos que essa postura mude e ele volte a ter o brilho das edições passadas.

Independente da torcida - e elas vão se formar em breve - o Big Brother Brasil começou bem, ágil e com a mesma competência da direção e da edição. Fica a expectativa de em quanto tempo começarão os conflitos que, a bem da verdade, é o que movimenta o programa.

1 Quebraram tudo:

Paulo Montanaro disse...

Olá,

Gostei bastante do seu texto, principalmente sobre o esmero técnico do programa, mas tenho uma visão um pouco diferente sobre o BBB, principalmente na sua relação com o público contemporâneo. Se puder dar uma olhadinha depois no meu post, eu ficaria grato:
BBB e a espetacularização do zoológico humano
http://pensandoimagemesom.blogspot.com.br/2013/01/critica-bbb-big-brother-brasil.html

Abraços

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