terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Amigos da Onça é pobre, mas engraçado

Estreou na noite da última segunda-feira a nova atração humorística da TV aberta brasileira. Amigos da Onça entrou na grade do SBT em substituição ao Reality Show Astros que viveu altos e baixos - tanto em qualidade quanto em audiência - ao longo do último ano. Como praticamente tudo que é levado ao ar na emissora, o objetivo da produção tornou-se vencer a concorrente Record na disputa pela vice-liderança.

Desde o primeiro minuto do programa duas coisas ficaram bastante claras para o público: não há qualquer intenção em revolucionar formato de humor ou apresentar um programa de qualidade técnica e de produção apurada e nunca antes na História da TV aberta brasileira um programa foi tão mal divulgado quanto esta estreia.

O humorístico é bastante convencional e tradicional em seu formato. Explorado desde os anos 80 por Sílvio Santos, a ideia de pegadinhas é velha na TV, principalmente ao se colocar um - ou mais - apresentador para comentá-las. Neste caso específico, o grupo de humoristas se perde justamente neste momento muito mais por conta da produção e direção. A fragilidade do roteiro de palco tira qualquer naturalidade e não permite que haja interação necessária e que um programa de humor necessita, deixando claro que o show depende exclusivamente das pegadinhas, o que torna a apresentação de palco absolutamente desnecessária e boba em alguns momentos.  As gargalhadas do trio incomodava, pois dava a impressão de existirem apenas para explicar ao público que o quadro apresentado era de humor e engraçado, pura falta de confiança no próprio quadro.

A pobreza do roteiro e da direção de palco estiveram claros o tempo todo. O aparente despreparo da produção não foi com o programa em si, mas especificamente com o formato. Desde o primeiro minuto ficou claro que os produtores sabiam que levariam ao ar pegadinhas - uma artimanha que sempre funciona - porém, a forma como o programa foi conduzido demonstrou que não houve muita criatividade na criação do formato que levaria os quadros ao ar. Um equívoco grave para um produto numa emissora deste porte, pois  em alguns momentos parecia um programa caseiro.

As pegadinhas em si, embora longas demais por alguns momentos, foram bastante engraçadas. A escolha da estilística mostrou-se acertada e conseguiu agradar. Mas aí caiu na segunda obviedade transmitida pelo programa, a falta de divulgação do produto. Mesmo antes da estreia especulou-se muito sobre a possibilidade do programa ser armado, ou seja, não serem pegadinhas, mas encenação das mesmas. A divulgação, inclusive, deu a entender que era isso mesmo. Porém, o que se viu no ar foi bem diferente, a maior parte das pegadinhas deixou bastante clara de ser reais, ou seja, uma polêmica desnecessária.

Amigos da Onça não é o melhor humorístico da TV aberta e nem tem a intenção de sê-lo. Utilizando uma fórmula antiga, mas que nunca se desgasta, o show aposta em fazer o riso fácil, despreocupado, para o público e atinge o objetivo. Precisa corrigir problemas técnicos e de produção, como a apresentação, pois sem isso, seu prazo de validade tende a ser bastante curto.

1 Quebraram tudo:

"DesignAndo" disse...

Post mal feito, reserve as críticas técinas para os diretores de TV, pois o programa marcou o dobro de audiência sobre mulheres ricas e mateve a vice-liderança isolada da record. No facebook, todos elogiaram.
Acredito que o programa cumpriu seu papel e foi um subistituto a altura do ja consolidado Astros.
Sem contar que foi muito mais diverto do que a milésima reprise de x-mem wolverine da globo.

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