Mês que vem completa exatamente 02 anos que o programa sabático da Rede Record, O Melhor do Brasil, surgiu como o grande diferencial da TV brasileira. O programa existe há muito mais tempo, desde 2005, mas foi naquele junho de 2009 que Rodrigo Faro transformou-se num fenômeno de audiência ao homenagear o cantor Michael Jackson, após sua morte, ao dançar um de seus sucessos no quadro Vai dar Namoro.
Com o sucesso instantâneo do quadro, a equipe de produção não pensou duas vezes e manteve a dança dentro do quadro com o título de Dança Gatinho. Em dois anos, o apresentador imitou diversos cantores do cenário musical mundial, alguns inclusive brasileiros. Entre outros, foram homenageados Madonna, Lady Gaga, Fergie, Zezé di Camargo e Luciano e Rita Lee. O sucesso do quadro foi tão grande que Rodrigo Faro transformou-se, principalmente em 2010, no grande fenômeno brasileiro de repercussão entre os programas de auditório.
Além disso, a audiência especificamente do quadro atingia índices tão altos que, em alguns momentos, chegou a incomodar a Rede Globo. Por mais de uma vez, ao longo de 2010 e do início de 2011, foi cogitada a possibilidade de Rodrigo Faro transferir-se para os domingos a fim de disputar a concorrida audiência. Isso nunca se concretizou e, prestes a completar dois anos de se transformar no centro das atenções da TV brasileira, o apresentador já não é mais o mesmo.
O Dança Gatinho ainda está lá. O programa ainda dá uma audiência respeitável, mesmo não conseguindo, nem de longe os mesmos índices - a média vem caindo de forma significante e os picos já não são tão altos - mas a repercussão desapareceu. Tudo isso vem para mostrar que poucas coisas tem fôlego suficiente para se manter no ar, de forma idêntica, por muito tempo - aqui a exceção cabe a Sílvio Santos, que se torna o centro de seus programas e deixa os quadros em segundo plano.
Por quase 02 anos Rodrigo Faro conseguiu chamar a atenção com um único quadro, mas a tendência era de desgaste natural. Afinal, não é fácil conseguir ser os centros das atenções por tanto tempo sempre dançando. Por mais caricata e divertida que seja a apresentação, chegou num momento em que não era mais surpreendente e não havia mais o que explorar do quadro, dramaturgicamente falando. Ainda assim, tanto o apresentador quanto a produção insistem na dança, ultrapassando o desgaste e levando-a ao enfado, o que já vem acontecendo.
Se a produção de O Melhor do Brasil não der um descanso para o formato, a tendência é de que a audiência diminua ainda mais, principalmente se a Rede Globo mantiver em suas novelas capítulos tão densos nos sábados e, com o esvazeamento do público, a tendência é que o quadro morra por falta de público e, pior, sem dar tempo para a produção planejar um substituto. Tudo por falta de Faro.
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