Com 04 episódios exibidos já é possível fazer uma análise mais segura de O Aprendiz 7, reality cujo faturamento é o maior da Rede Record, conforme a própria emissora fez questão de frisar durante o seu lançamento. Foram muitas as mudanças para esta edição, a começar pelo apresentador e seus conselheiros, com a saída de Roberto Justus que mudou de emissora, a atração passou a ser comandada pelo empresário João Dória Júnior.
Um programa neste formato, quando recebe tamanhas alterações, a começar pelo apresentador que é o carro-chefe da atração, normalmente passa por um período de adaptação e é necessária paciência por parte do público para não fazer um julgamento precipitado. É exatamente o que vem acontecendo em O Aprendiz 7. Quem assiste a atuação edição cai no lugar-comum triste para os fãs do reality que é a constatação de que o programa piorou muito em comparação com as edições anteriores.
Essa é a análise simplória. De fato, houve um regresso sem precedentes, principalmente se a comparação for com o programa até a sua 5ª edição - a 6ª já mostrou uma substancial queda de qualidade - e o público começou a perceber que, talvez, o formato somente se manteve bem e com sucesso por tantas edições graças ao estilo imposto por Roberto Justus.
Mesmo considerando um erro a escolha de João Dória Júnior como apresentador, é também um erro julgar o formato como ultrapassado no Brasil e sem chances de melhora. O próprio Justus foi alvo de duras críticas em sua primeira edição a frente do programa, portanto, é preciso que se dê tempo ao novo apresentador. É bem verdade que esta edição é para se esquecer, porém, pode ser que ela dê a maturidade e o conhecimento necessário ao apresentador para que ele melhora nas próximas edições, exatamente como ocorreu com seu antecessor.
O formato de O Aprendiz é um dos melhores já criados para a televisão e o público e a crítica brasileira não podem simplesmente condenar um Reality de tamanha qualidade ao fracasso, querendo até colocar em risco suas próximas edições. A TV brasileira necessita de produtos de qualidade e não se pode julgar precipitadamente toda uma estrutura apenas por causa de uma edição.
Todas as críticas a Dória e a 7ª edição de O Aprendiz são válidas e reais, porém não definitivas. É possível realizar ajustes necessários e melhorar o programa recolocando-o nos trilhos. Ao menos, essa é a torcida. Uma edição mal produzida não pode entregar a um programa o título de ruim, quando seu formato é comprovadamente muito bom, é preciso calma na análise e entender que todas as mudanças realizadas geraram problemas que podem - e certamente serão - corrigidos. Torcer contra não é o caminho.
5 Quebraram tudo:
Daniel
Concordo plenamente contigo no que diz respeito à paciência que se deve ter com o programa.
Tua preocupação com a aniquilação do formato é a mesma que tenho (inclusive comentei sobre isso em outro post teu sobre o assunto). Quem sabe o ano que vem melhora.
Acho que realmente há muitas pessoas que não estão analisando o programa, e sim comparando os apresentadores. E eles são incomparáveis. João Dória Jr é, realmente, pior que o Justus, mas ele tem o seu estilo e já vem melhorando. No começo era o mesmo chato do talk que ele fazia, agora já está se soltando um pouco. Acho que no começo ele queria ser meio bonzinho, sei lá. Tem que melhorar ainda o momento da demissão. Parece que ele fica com pena dos caras!
Agora não podemos deixar de falar na seleção dos candidatos. Quem foi que fez esta seleção? Pelo amor de Deus! Fiquei com vergonha assistindo à sala de reuniões do episódio de ontem.
Será que aqueles são os representantes dos universitários brasileiros ou os bons não quiseram participar do programa? Tomara que a segunda opção seja a verdadeira, ou nosso futuro está ferrado!
A última edição com o Justus não foi tão boa, mas em compensação os participantes eram muito bons, com raríssimas exceções (e que foram demitidos logo no começo).
Nesta edição estou com vergonha de ver a ignorância de alguns participantes. Não sabem falar, não sabem escrever... o que é isso? "Eu devia ter CHEGO" como disse a demitida de ontem. Em um certo momento eu achei que ela fosse chamar a mãe e dizer: "gentalha, gentalha!".
Se fosse em um programa com o Justus ele teria "descido o sarrafo" nela.
Além disso, se este programa passasse na Globo, coitado do cara que discriminou o deficiente físico. Hoje haveria 200 comunidades na internet crucificando o cara. Volto a dizer, se fosse com o Justus...
Mesmo com tudo isso, ainda dá pra perder um tempinho assistindo o programa, mesmo que com alguma vergonha.
Um abraço.
Gabriel eu concordo com vc, porém, em outras edições já tivemos candidatos tão ou mais fracos. Lembro de, na 2ª edição, NENHUM dos candidatos saber responder uma pergunta simples feita por Roberto Justus: "Qual o PIB do Brasil?"
Uma pergunta que qualquer empresário deveria ter a resposta na ponta da língua e o fato de ninguém saber deixou o Justus muito bravo.
Eu acho os candidatos desta edição tão fracos quanto os de outras, a diferença é que eles são universitários com um nível cultural um pouco abaixo do que se espera deles e no ano passado isso não ocorreu, foi a vantagem.
Nossa, também fiquei passada com o português da demitida de ontem. Um horror! Até imaginei o Justus esculhambando isso. E ele provavelmente demitiria os 2, ela e o que não atendeu o deficiente. O Dória é meio inexpressivo. Mas eu fico boba mesmo é com a cara de boneca inflável da Arcangeli! Que boca é aquela? E as bochechas? Tento prestar atenção no conteúdo, mas a bizarrice me distrai. Se eu fosse ela, processaria o cirurgião plástico....
Eu gosto do Joao Doria, acho ele mais educado, nao acho que seja necessario pisar tanto nas pessoas. Mas o que os outros gostam de ver é isso né, desde que nao seja com eles...
O Justus como apresentador era melhor? Sim. Mas eu prefiro a classe do Joao Doria. Os conselheiros também são bons, eu particularmente gosto da Cristiana Arcangeli. Agora a verdade seja dita, por mais que em outras ediçoes houvesse candidatos fracos, nesta parece unanime, todos pecam.
Nair
A crítica que faço sobre o João Doria é, sim, baseada em uma comparação com o Justus. Talvez não seja o mais correto, mas é impossível não haver alguma comparação.
Concordo contigo que o Justus é mais apresentador, e que o Doria é "mais educado". Acontece que nos acostumamos com a "tolerância zero" do Justus e com seus rompantes de "dono do mundo". E gostamos. Enfim, temos que nos acostumar com um cara mais "paz e amor".
Quanto aos conselheiros, acho eles fracos, assim como os participantes. Acho que houve uma simplificação no programa. Na época do Justus eles falavam mais em termos técnicos, agora parece que ficou mais didático.
Um abraço.
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