Foram anos de planejamento na busca pela liderança de audiência. Em meados da década passada quando a emissora da Barra Funda passou a investir pesado em todos os pilares de sua programação, colocou-se uma meta para a liderança: 2009. Ousado pensar que uma TV brasileira seria capaz de ultrapassar a consagrada e consolidada Rede Globo em tão pouco tempo.
Mas, em algum momento, é indiscutível que todos acreditaram que isso seria possível. Com um crescimento vertiginoso, a Rede Record provou a todos que o telespectador brasileiro não era, necessariamente, alienado à uma única Rede de Televisão. A programação alternativa e de qualidade apresentada deu provas de que era possível assistir televisão fora da Rede Globo.
A vice-liderança se consolidou de maneira rápida. O SBT, emissora tradicional, sequer pôde reagir e perdeu o segundo lugar de audiência. A partir daí algo aconteceu com a Record. Todo o planejamento foi jogado no lixo e a emissora caiu na armadilha de olhar para o lado. Enquanto todos os envolvidos se focavam no caminho, em olhar para frente, tudo caminhava perfeitamente: programação de qualidade, crítica positiva a seus produtos e fidelização do público. A partir do momento em que olhou para o lado, a cúpula da emissora perdeu-se por completo.
Ao perder o foco, a direção da Record vislumbrou um novo caminho e não se apercebeu que tratava-se exclusivamente de um atalho e atalhos nunca são confiáveis. Ao enxergar uma audiência alta e rápida, sem investimento e sem fidelização de público, começou a ruína. Os jornalísticos deixaram de serem aprofundados e passaram a ser imediatistas e a exagerar na exposição da violência. As novelas perderam o foco no texto e direção e buscaram a violência e, a partir daí, a Record passou a depender da violência urbana para obter audiência. Sem isso, ficou estagnada e sem crescimento.
Ao invés de olhar para trás e buscar os próprios erros, os diretores olharam para o lado errado novamente. As constantes mudanças na grade de programação servem para mostrar que todos ali estão completamente perdidos. A obstinação pela Rede Globo cegou os envolvidos e, aparentemente, os equívocos não tem fim. Programas entram no ar sem planejamento algum e são tirados do ar sem qualquer respeito ao público. O termômetro é a audiência imediata: deu audiência hoje, está mantido, não deu amanhã, está fora.
A Rede Record que, muita gente acreditou superaria a Rede Globo, se apequenou. Não houve falência financeira como aconteceu com a TV Manchete. Não houve investimento alto da concorrência como aconteceu quando o SBT perdeu a vice-liderança. Houve obstinação. O problema da Rede Record é que ela, tal qual todo invejoso, é doente pela Rede Globo. A Record não quer superar a Globo, ela quer ser a Globo. A partir daí, a ruína começou e parece não ter fim.
5 Quebraram tudo:
você meteu o dedo na ferida, você foi pegou pesado, mas você está certo ao falar de que o que a Record tem inveja Globo, foi a melhor descrição, parabéns essa foi a melhor matéria sua que eu ja li
Materia espetacular!!!!!
Adorei o texto! Tudo verdade. Também achei as críticas pesadas mas ainda assim verdadeiras. Me constrange ver a Record tentando imitar os programas da Globo, principalmente os jornalísticos. E isso até no nome. "Esporte Espetacular" lá vira "Esporte Fantástico". É realmente constrangedor ver os telejornais da Record com o cenário imitando os da Globo com a redação ao fundo. A única prejudicada é a Record pois fica evidente que é uma cópia e aí as pessoas preferem o original, né? Só pra finalizar os exemplos (pois não há nada a acrescentar, você já disse tudo) meu irmão até hoje só se refere a revista eletronica da emissora do bispo como "o Fantástico da Record" hahahahaha lamentável!
Sensacional!!! Disse TUDO!
Não importa quantos milhões uma empresa tenha, principalmente dinheiro sujo, de pessoas honestas, simples e sem qualquer orientação, seu uma emissora não sabe planejar, não sabe fazer tv e sim enganar e ludibriar pessoas.
Postar um comentário