Aquele Beijo encaminha-se para sua última semana. A trama assinada por Miguel Falabella certamente não deixará muitas saudades à cúpula da Rede Globo. Com 25 pontos de média, cinco abaixo da meta para o horário, o folhetim não conseguiu segurar os bons índices alcançados pelas duas últimas novelas do horário, mas sai de cena de maneira curiosa.
Após um início arrebatador, com audiência em alta, a trama foi perdendo telespectador dia após dia. Isso porque sua trama, muito elitizada, não conseguiu prender a audiência em nenhum ponto. Nem o núcleo principal, com uma história pouco chamativa e muito menos os núcleos paralelos e cômicos, com piadas e situações complexas demais para o telespectador mediano, foram capazes de atrair a população.
Porém, é inegável que Miguel Falabella acertou em cheio nesta reta final. As situações mais amalucadas ganharam espaço e o folhetim deixou de levar-se a sério para tornar-se uma novela deliciosa de se assistir. Com o mesmo humor afiado com que o autor nos acostumou, porém com situações absolutamente mais fáceis de se compreender, a reta final encorpou-se e tornou-se impossível assistir a novela sem soltar gargalhadas a todo instante.
Não apenas a solução para mãe Iara (Cláudia Jimenez) transformando-se em fantasma foi excelente e divertida. Mas uma história dramática ganhou ares de humor e foi o maior acerto da história. A revelação de que Agenor (Fiuk) era filho bastardo do cantor Fábio Jr. foi extremamente corajosa, mas muito divertida e bem colocada.
Aquele Beijo pode até não deixar saudades, mas certamente será lembrada por uma reta final corajosa, divertida e que ainda nos permitiu lembrar dos grandes momentos de Marília Pêra, retirada das vilanias e levada ao núcleo cômico com todo o cuidado e destreza.
5 Quebraram tudo:
Miguel Falabella é muito inteligente pra produzir obras direcionadas as classes mais populares. As pessoas, infelizmente, não compreendem o que ele quer mostrar e não refletem.
Um gênio incompreendido pela massa.
Adoro as novelas do Falabella. Essa piada com o Fiuk foi só a cereja do bolo. Na verdade, a novela toda seria muito boa. O problema foi justamente o quadrado amoroso principal, em que só Ricardo Pereira foi bem. Giovana Antonelli entrou naquela personagem engraçadinha de 3 Irmãs e nunca mais saiu. O filho da Marushka é fraquíssimo e Grazi, além de não segurar o trabalho, saiu antes. Ou seja, comprometeu a estória. Não fosse isso, poderia ter sido como "A Lua Me Disse", que nos brindou com o talento e charme de Wagner Moura, muito antes de Olavo e Capitão Nascimento.
Não acho que a história desagradou por ser elitizada e sim pela total falta de acontecimentos da mesma. Sempre fui fã das novelas do Falabella e adorei A Lua me Disse e Negócio da China. Mas em Aquele Beijo o autor não foi feliz. Os personagens, em sua grande amioria, eram ótimos, porém, nada acontecia com eles. Em todos esses meses de novela no ar podemos selecionar nos dedos o que aconteceu de importante.
A novela não teve uma reviravolta, uma trama envolvente e os vilões pouco fizeram. A história seria exibida com facilidade por dois meses e olhe lá. Uma pena porque gostei muito quando vi as chamadas na época.
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Esta novela para mim foi a melhor de todas que o Falabella já escreveu, teve a leveza correta para o horário, o humor de bom gosto e acima de tudo um final bem fechado como a muito tempo eu não via. Parabéns ao Miguel Falabella e a todo elenco da novela.
Eu gostei e descordo do que citaram, poisuma novela das 8 tem que ser engraçada vilão e pra novela das 9, gostei, pós teve humor que e típico desse horário, romantismo, otimas histórias e concerteza vai sim deixar saudades.
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