Desde que mudou de horário em virtude da exibição da 2ª temporada de A Fazenda, a novela Bela a Feia deu uma boa melhorada no texto e na agilidade da história que andava bem truncada antes disso acontecer.
Sabe-se que é muito complicado colocar no ar uma novela com um tema tão batido, afinal, a saga de "mulher feia por fora e bonita por dentro e que passar por uma transformação" é extremamente batida e não apenas no Brasil como em todo lugar do mundo, por isso eu fui um dos que criticou a Rede Record na escolha da novela a ser adaptada na nova parceria com a Televisa, emissora mexicana.
E tudo que era esperado acabou acontecendo. A novela foi arrastada, com uma história absolutamente previsível e afastou o público. Um fator determinante para as críticas pesadas em cima da trama se deveu a interpretação forçada, quase em formato pastelão de alguns atores e atrizes que tiraram a excência cômica da novela e deram a ela um quê de ridículo.
Mas aí entrou a mão da autora que percebeu estar perdendo o controle da situação e escrevendo uma novela que caminhava a largos passos para o fracasso. Com uma mudança completa na trama, mais agilidades, acontecimentos interessantes e que nunca haviam sido abordados antes em nenhuma versão anterior dessa história, a autora foi a única responsável por colocar Bela a Feia novamente nos eixos e ganhar fôlego na audiência.
Depois dessas mudanças a novela melhorou bastante, com novos personagens, aprofundamentos de facetas das personalidades que antes não haviam sido mostradas e, principalmente, com uma situação nova para mudar a postura da protagonista, todos esses elementos fizeram da Bela a Feia brasileira uma novela única, quase inédita e muito atraente de se assistir.
E aqui cabe uma observação. Não estou relacionando a mudança da trama a nenhum tipo de violência. Ao contrário de outras produções da casa que apostavam na violência para ganhar ibope - como Vidas Opostas - Bela a Feia inseriu situações interessantes e que acontecem em todas as novelas, mas sem tirar a cor, o brilho e o humor da trama, méritos da autora.
O ponto baixo do folhetim ainda é o elenco que não acerta a mão. Salvo raríssimas exceções todos estão muito maus em Bela a Feia. Desde o elenco consagrado como Gisele Itiê que não acerta o tom da protagonista e Jonas Bloch que parece morto de tanta preguiça para atuar, como os mais novos que, aparentemente não estão dando conta do recado.
Mesmo assim, no quesito interpretação, Bela a Feia tem uma dona e atende pelo nome de Sílvia Pfeifer. Sem dúvida é o melhor trabalho da atriz em muitos anos. Encarnando, Vera, a mãe do protagonista, a atriz tem segurado as cenas com emoções fortes, sejam de drama, suspense e até o humor e conseguido dosar corretamente cada aparição, roubando a cena. Não é a toa que seu personagem cresceu tanto ao longo da história.
Bela a Feia se tornou uma opção interessante para quem, como eu, não gosta de Viver a Vida e afins. Ainda não é a novela ideal, mas já caminhou bastante.
2 Quebraram tudo:
Eu concordo em absolutamente tudo com você Daniel.Principalmente na questão do elenco que parece muito forçado.Mas aqui no nordeste a Globo fez uma pequena mudança de horário por causa do horário de verão,então Bela,a feia é exibida no mesmo horário que passa aqui Tempos Modernos.Por isso q eu há duas semanas venho assistindo.Comecei a assistir depois dessa agilidade e tembém poque não suporto Tempos Modernos.
Uma obs.:Bosco Brasil conseguiu fazer eu detestar o casal de protagonistas de sua trama e odiar o horário das 19:00 que aqui em Maceió no caso passa depois do JN.
Daniel
Outro dia estava comentando exatamente isso, de como Bela A Feia transformou-se nos últimos dias.
É uma pena que os atores, como tu bem disseste, parecem não estar à vontade com os seus personagens.
Outro dia vi algumas cenas do Iran Malfitano e fiquei pensando se ninguém chega pra ele e diz: "menos, menos...". O cara parece totalmente descontrolado até nas falas mais simples. Parece um personagem de paródia do Casseta & Planeta.
Quem sabe a autora inova mais, e dá um final diferente à novela?
Um abraço.
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