domingo, 27 de dezembro de 2009

Sopro de modernidade a caminho?


Tenho acompanhado com certo interesse as notícias relacionadas a próxima novela das 19h00 da Rede Globo, Tempos Modernos. Aliás, devo confessar que me enchia muito mais os olhos o primeiro título que surgiu para a imprensa – Bom Dia, Frankenstein. Mas mesmo com a mudança de título, regida por razões evidentemente mercadológicas, o folhetim de autoria de Bosco Brasil tem acenado como merecedora de um voto de confiança. Neste breve texto, vou tentar enumerar algumas das razões que me fazem pensar dessa forma.

Primeiramente, por ser a ocupante do horário que pessoalmente considero mais atrativo e é considerado por alguns como problemático, dados os problemas com audiência sofridos por algumas produções em temporadas anteriores. Em segundo lugar, por ser novela de um autor relativamente novato – pelo menos no que diz respeito a trabalhos solo na TV: até então, os trabalhos de Bosco Brasil se concentraram na colaboração em novelas da Globo [Anjo Mau, As Filhas da Mãe, Coração de Estudante] e na Record [Essas Mulheres e co-autoria em Bicho do Mato]. E revendo a lista de trabalhos do autor, chama a atenção justamente As Filhas da Mãe, novela que primou por uma linguagem ligeiramente diferenciada [como esquecer dos raps interligando as cenas?], sendo bastante incompreendida pelas grandes massas.

O que leva ao terceiro motivo pelo qual Tempos Modernos merece atenção.

Inovação no gênero telenovela é um investimento de risco. Pode dar muito certo, como foi com Vamp; ou pode dar completamente errado [o caso de As Filhas da Mãe e Bang Bang, por exemplo]. De toda forma, os tropeços não devem ser motivo para acomodação. Pelo contrário, deve-se buscar o equilíbrio entre a vanguarda e a tradição, para não acabar espantando todo mundo.

Assistindo ao clipe de lançamento do folhetim, pude notar que a história é leve o bastante para uma novela desta faixa; com doses de romance – destaque para os casais formados por Fernanda Vasconcellos e Thiago Martins [dejavú?] e Vivianne Pasmanter e Felipe Camargo; humor; ação e drama.

E finalmente, Tempos Modernos deve chamar atenção por ser uma espécie de teste para boa parte de seu elenco: conseguirá Priscila Fantin [citada na lista de piores atrizes brasileiras neste blog] fazer o público mudar de opinião com relação ao seu desempenho? Grazzi Massafera se sairá bem como vilã? Muitas pessoas em forums de discussão têm respondido previamente a segunda pergunta com um sonoríssimo NÃO, mas não custa nada dar uma chance a moça e conferir os primeiros capítulos.

Até porque, ao lado do grande ponto de interrogação que é o desempenho vilanesco de Massafera, o espectador terá agradáveis surpresas, como a volta de Vivianne Pasmanter às novelas, depois de Páginas da Vida e Alessandra Maestrini, depois de três anos de Toma Lá, Dá Cá, mostrando uma faceta até então desconhecida do grande público. Pelo pouco que pude conferir na prévia, tem tudo para ser um dos grandes destaques da produção. Ainda podemos conferir rostos relativamente novos na telinha, como Isabel Lobo [com participações em episódios de Sob Nova Direção, Cilada e Essa História Dava Um Filme]; Naruna Costa [participou da novela Dance, Dance, Dance], Joana Lerner [teve participações em Agora é Que São Elas e Senhora do Destino] e Luciana Borghi, entre outros, egressos de carreiras sólidas nos palcos.

Rostos novos, facetas novas, autor “novo”: será que essa combinação vai segurar os pontos que Caras e Bocas angariou para o horário, quiçá até elevar o ibope? Não sabemos. Mas não custa nada sintonizar na Globo no dia 11 de Janeiro de 2010 e assistir à estreia de Tempos Modernos. Eu estarei lá, e vocês?

*Por Evana Ribeiro

2 Quebraram tudo:

Anônimo disse...

Estou anciosa pra ver como será...
Realmente parece diferentee

Unknown disse...

Estou muito otimista em relação a tempos modernos. Me parece uma novela que pretende inovar... Gosto disso. Agora é esperar para ver!

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