Lembro-me como se fosse hoje como eu era um crítico voraz da atriz Juliana Paes. Não posso dizer que acompanhei fidedignamente o seu trabalho ao longo dos anos, mas posso dizer que acompanhei seus papéis como atriz, uns com mais destaques que outros, é bem verdade.
Se eu não me engano, o primeiro papel da atriz na TV foi na novela Laços de Família, interpretando Ritinha, papel pequeno que ganhou destaque ao longo da história. Logo no ano seguinte a atriz estava novamente na Globo e no horário nobre, em O Clone, a atriz foi Karla, novamente um papel de tamanho razoável, mas ali a atriz começava a ganhar críticas, eu mesmo a chamei algumas vezes de mais um rosto bonitinho e sem talento da TV.
Minhas maiores críticas a atriz, contudo, se deu em 2003, quando Juliana foi escalada para a novela Celebridade, de Gilberto Braga e deu vida a espevitada Jackeline Joy, o maior papel de sua carreira até então em novelas. O autor, a direção e a própria atriz criaram uma personagem ruim, que exagerava na caricatura e na exploração da sexualidade e, por isso, Juliana foi alvo de duras críticas por aceitar explorar seu corpo, o que mostrava que talento não havia algum.
Em 2005 um novo personagem com apelo erótico. Em sua segunda novela de Glória Perez - a primeira havia sido O Clone - Juliana interpretava a religiosa Creuza, uma mulher muito católica, mas que tinha um segredo, a noite saia para seduzir os homens com seu corpo estonteante. O papel ganhou destaque pelo fato da personagem seduzir o protagonista, vivido por Murilo Benício, mesmo assim Juliana foi alvo de críticas por não saber criar um personagem mais denso.
Mas este seria o último trabalho de Juliana Paes em que ela seria duramente criticada. A partir daí, com o nome feito na TV, a atriz decidiu que não mais aceitaria papéis em que houvesse exploração de seu corpo e sensualidade. Em 2007 foi convidada pela direção da Globo e, pela primeira vez, deixou o horário nobre ao aceitar interpretar Guinevere, em Pé na Jaca. Novamente parceira de Murilo Benício, numa história pra lá de maluca, Juliana Paes conquistou o público e a crítica. De fato, ali a atriz comprovou seu talento. Livre de qualquer apelo sexual, Juliana soube conduzir a personagem com maestria e se mostrou uma boa atriz.
Em 2008 ela voltou ao horário nobre na pele de Maíra em A Favorita, personagem que ganhou destaque ao longo dos capítulos, mas que teve sua história encurtada por conta do convite que Juliana recebeu de ser protagonista da novela de Glória Perez. Mesmo assim, nos últimos capítulos em que a atriz participou da novela, deu um show de talento descobrindo as armações de Flora (Patrícia Pilar) e Dodi (Murilo Benício).
Agora, no papel de Maya em Caminho das Índias, como todo o elenco, a atriz passou boa parte da novela apagada, sem ver sua história andar. Pior, a personagem passou boa parte da trama chorando de um lado para o outro com seu filho no colo e repetindo: "Eu estou perdida, vão descobrir meu segredo", e nunca acontecia nada.
Mas desde sexta-feira vem acontecendo tudo. Maya vem sofrendo tudo que não sofreu a novela toda e a cada capítulo mais a personagem se torna dependente da boa atuação de Juliana Paes e quanto mais isso acontece, mais a atriz corresponde. Sua atuação no capítulo desta terça-feira, ao descobrir que seu marido Raj (Rodrigo Lombardi) havia morrido no acidente de trem foi exuberante. Juliana Paes tomou conta da novela em dois capítulos e, ontem, provou ser uma atriz de verdade. Por tradição indiana, uma viúva deve ficar sem nenhum enfeite e vestida apenas de branco, e assim, vazia de sensualidade Juliana Paes mostrou a atriz que se formou, dona de um grande talento. Parabéns a ela por sua atuação primorosa.
Veja Maya recebendo a notícia da morte do marido e iniciando o ritual de viúva
2 Quebraram tudo:
Realmente é uma atriz que merece o sucesso que está tendo. Sua interpretação é ótima bem diferente de algumas atrizes.
Eu adoro a Juliana Paes!!Ela é minah atriz predileta!
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