terça-feira, 25 de agosto de 2009

Tempos de Paz - Que Paz?


Com toda a boa vontade do mundo eu decidi assistir Tempos de Paz um filme que tinha a história que me pareceu interessante quando vi trailers e comentários a respeito e - ainda por cima - tinha no elenco um dos nomes da interpretação atual que muito me agrada, Dan Stulback.

Devia estar preparado para o que eu ia ver, e muito preparado. O filme não é ruim, ele é muito ruim. A começar pelo roteiro que inclui uma série de situações irritantemente clichês. Existem dois tipos de clichês, aqueles que depois de ver você percebe que foi muito clichê e o outro, que no início da situação é possível prever o que vai acontecer. É deste segundo estilo que o filme é entupido, a maioria das cenas é totalmente dispensável e cansativa.

Um filme de roteiro fraco já tem grandes possibilidades de fiascar, mas nas mãos de um bom diretor talvez haja salvação. Não é o caso de Tempos de Paz. Daniel Filho novamente errou a mão e prova a cada novo trabalho ser um cineasta apenas mediano e incapaz de conduzir uma super-produção nacional dando um bom resultado. Daniel Filho errou ao conduzir o filme de forma equivocada quando optou por tentar a todo custo criar climas de comoção ao público, pois o roteiro não aparentava ter essa intenção.

Para completar, o elenco do filme - que aparentemente era de peso - foi todo errado. Interpretações completamente equivocadas marcaram o tempo todo do trabalho o que contribuiu para o filme ser o fracasso que é. Tony Ramos mais uma vez demonstrou sua capacidade de criar tipos e a mesma capacidade de exagerar na dose, tornando o personagem irritante e cansativo. Por sua vez, Dan Stulback, a quem eu depositava grandes expectativas, criou um sotaque exagerado, mas mais do que isso, suas expressões eram todas previsíveis e a composição do personagem ficou devendo profundidade.

Muitos diziam que Tempos de Paz seria o melhor filme de 2009 e erraram por muito, muito mesmo. Ele está, na verdade, entre os piores do ano. Mulher Invisível, apesar de tudo, continua sendo o mais interessante dos lançamentos do ano.

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Tudo bem que a realidade das duas emissoras é bem diferente, mas a Record insiste tanto que está a caminho da liderança. A Fazenda, principal produto da emissora em 2009, registrou em sua final uma média de 21 pontos com picos de 32, enquanto Caminho das Índias, num capítulo comum nesta segunda-feira, registrou uma média de 49 pontos e picos de 53, mais que o dobro da concorrência. Interessante, não?

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