Um dos melhores episódios da temporada até o momento, isso se não for o melhor, isso é um fato. Força-Tarefa sabe dosar a cada semana o tom correto para não se tornar nem violenta demais nem excessivamente pacata para uma série policial, e esse é o diferencial entre todas as séries do gênero.
Após um episódio absolutamente psicológico, como foi o da semana passada, nessa semana em "Pais e Filhos" vimos finalmente o Serviço Reservado da Polícia em ação e ação prática, como faltava até o momento. O sequestro do Coronel Caetano colocou a equipe do tenente Wilson pela primeira vez na linha de frente de uma ação, com envolvimento emocional, o que tornou tudo ainda mais instigante.
O primeiro bloco do episódio foi todo desenhado para capturar o telespectador e torná-lo tão refém quanto o Coronel Caetano e sua família. A forma como os primeiro ladrões e depois sequestradores agiram e, princicpalmente, a forma como a direção optou por filmar as cenas, deu uma sensação de angústia para todos nós. Quando descobrimos que um dos sequestradores tinha alguma história pendente com o Coronel, tudo ficou ainda melhor.
A maneira como o tenente Wilson conduziu o acompanhamento do sequestro foi muito bacana. Adorei o "fica quieto isso é uma ordem" que ele deu a um policial. Boa, Wilson! Mas, como ele nunca nos decepciona, tinha uma carta na manga.
O mais instigante em todo o episódio não foi o desenrolar dos fatos, mas saber que o sequestrador tinha um senso de justiça, estranho, mas tinha, afinal ele perdeu toda a família simplesmente por uma corrupção quando era policial. Filho se suicidou e esposa o abandonou, de fato, como ele disse, ele cumpriu uma pena muito pesada.
A atuação de Milton Gonçalves foi perfeita e finalmente um episódio em que ele pôde usar todo seu talento e em que ele teve destaque merecido. Gostei de ver a família dele, apesar da atuação do menino que fez o filho dele (acho que se chama Thiago alguma coisa) foi horrenda, deplorável.
Feliz por rever Leonardo Medeiros, o nosso querido e eterno Elias de A Favorita. Ele deu um banho de interpretação na pele do ex-policial e sequestrador.
Bonito ver o Tenente Wilson pela primeira vez perder o controle, quando soube do sequestro de seu chefe, bem interessante.
Um episódio acima da média, aliás, como é moda em Força Tarefa e que mostra o porque a Globo acertou com a série e também acertou em confirmar uma segunda temporada.
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