* spoilers
Terceiro episódio de Força Tarefa trouxe um terceiro estilo na forma de narrativa que os autores decidiram trabalhar. Isso comprova que os autores dispõem de uma gama de formatos para contar suas histórias que nos permite concluir que a série não se tornará cansativa.
O primeiro episódio foi totalmente centrado no lado emocional de uma investigação, nos mostrando o sofrimento da mulher do policial corrupto. O segundo foi tenso, trouxe a realidade de várias mortes e da ansiedade do Tenente Wilson e cia. na busca por salvar a vida de outras pessoas. E agora, nesta noite, o terceiro episódio teve como foco a dificuldade de relacionamento e o quanto isso pode atrapalhar o cotidiano.
Este episódio foi realmente muito diferente dos outros dois, ele foi até mais arrastado na história principal que parecia não engrenar nunca, já que o foco da noite era no relacionamento de Wilson e sua namorada. Ainda assim, a forma de infiltração do tenente e de Selma na qudrilha que roubava carga de caminhão foi muito interessante. Não houve clichês para que eles se infiltrassem, tudo muito simples.
O fato é que os roteiristas de Força Tarefa estão inspirados. Três episódios e acredito eu que sequer foi gasto uma carga total de uma arma com os tiros que foram vistos até o momento. Só há tiro quando é de fato necessário, não há buscca por audiência.
Neste terceiro episódio foi possível se deleitar com um texto bem escrito e com situações interessantes, como a cena em que um dos bandidos agride a funcionária que estava roubando produtos contrabandiados, a violência do chute doeu até em mim. E a pobre da Selma nada pôde fazer.
A atuação de Murilo Benício continua impecável e não dá pra ignorar o conflito que o personagem dele vive. Tenente Wilson nasceu para ser policial - e dos bons, que fique bem claro - ele adora o que faz. Mas ele também adora sua namorada Jacke, que demonstra cansaço em ser sua segunda opção e, ainda aparece o "fantasminha camarada", o padrinho de Wilson na polícia, que se matou quando foi flagrado pelo tenente praticando crime e agora, morto, aparece para ele como seu "auter ego", afirmando que ele é muito chato. Esse conflito é bacana.
Mas nem só de cenas boas vive a série. A cena em que Selma tenta ligar para o Coronel a fim de localizar Wilson foi ridícula. Como uma policial treinada para ser disfarçada liga para seu chefe em pleno covil dos bandidos? Tava na cara que ela ia ser descoberta.
Enfim, o terceiro episódio de Força Tarefa cumpriu bem o objetivo de caminhar com a história da vida de Wilson e mostrar que existem conflitos também em cada personagem e não apenas a história policial.
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O melhor do episódio foi Bárbara Paz que estava divina em sua participação. Ela cresceu muito como atriz.
De novo Milton Gonçalves apareceu muito pouco. Precisava de um ator desse naipe pra fazer essas participações minúsculas?
Por que o Tenente Wilson só assiste programas da Globo?
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