A 5ª edição de A Fazenda, principal Reality Show e um dos carros-chefes da programação da Rede Record, estreou na última terça-feira, 29, com a difícil missão de tentar salvar a emissora da catástrofe anunciada. Nas últimas semanas a TV vinha sofrendo uma queda impressionante nos números de audiência e já perdia a vice-liderança para o SBT.
Por conta da crise sem precedentes enfrentada nos bastidores da emissora, era complicado fazer um prognóstico do que viria pela frente nesta estreia. Quem apostou baixo - e este que vos fala foi um deles - foi surpreendido por todos os lados. A começar pelo expressivo resultado na audiência, segundo dados prévios, A Fazenda estreou com 17 pontos de média, perdendo para a Rede Globo por apenas dois pontos e garantindo a vice-liderança folgada.
Se a audiência foi um alívio para a cúpula da Record, mais do que isso, o que precisa ser comemorado é o que foi ao ar. Com um grupo de praticamente anônimos participando da atual edição, o show corria o grave risco de se tornar enfadonho logo na estreia por se tratar de pessoas que não atraem audiência. Diferente do Big Brother, este formato exige pessoas conhecidas para atrair os olhares do telespectador. Mas todos puderam respirar aliviados, mesmo com sub-celebridades das mais desconhecidas, foi impossível não se interessar por esta estreia, graças a excelente direção que deu o ritmo correto para este primeiro programa.
Com praticamente uma hora no ar a impressão de que se teve foi de que A Fazenda permaneceu por dias e não por ser arrastada, mas por conseguir pintar um quadro geral do que será esta edição. Houve a apresentação do elenco - um tanto quanto rápido demais - primeira prova, mudança nas regras e explicações sobre estas mudanças e um vislumbre do que está por vir, com uma edição ágil e já conseguindo - mesmo com um dia do elenco na casa - retirar trechos que indicassem a personalidade de cada um.
É bem verdade que o formato não primou pela criatividade. A primeira prova, que serviu para indicar quem entrava na sede e quem iria para o celeiro foi idêntica a uma das provas da última edição do Big Brother Brasil, o próprio celeiro é uma livre inspiração na antiga xepa que ficou famosa em edições passadas do Reality global. Mesmo sem criatividade, tudo isso serviu para dar um novo fôlego para um formato já desgastado que o programa enfrentava.
Brito Júnior é o único elemento estranho em cena. Com sérios problemas de dicção, exagero ao falar do show, como se fosse a melhor coisa da TV mundial, e um tom de voz que não consegue soar natural para quem ouve, o apresentador continua deslocado e não acerta. Uma pena, pois a direção apresentou uma maturidade importante para esta edição que, se o elenco contribuir, poderá ser muito interessante.
2 Quebraram tudo:
A Penelope e o Capella, que eram da MTV, me fizeram ter vontade de assistir. Acho que colocaram eles lá par atrair o público jovem. Acho que deverá funcionar.
Ah, e eu acharei chato se os dois grupos forem ficar separados assim o tempo inteiro. É um desperdício. Sacrifica algumas possíveis dinâmicas que poderiam acontecer. Espero que isso mude e todos fiquem mais juntos.
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