Após um começo absolutamente promissor, uma primeira parte assombrosa de tão intensa e boa, uma segunda parte que assustou pela qualidade e também pelo grau de tristeza por todos os lados, a última parte de A Vida da Gente perdeu em qualidade, ganhando uma barriga que, ao que parece, atrapalhou toda a estrutura narrativa e tirou a trama do eixo.
Não se pode julgar um todo de um folhetim exclusivamente por conta de uma parte, mas é preciso inserir todas estas parte na composição de uma obra e, mesmo sendo fã do trabalho, é preciso levar em consideração os erros que ocorrem numa novela, pois somente assim pode-se realizar uma análise distanciada e com um mínimo de imparcialidade.
E o momento atual de A Vida da Gente não vem merecendo elogios. Já faz algum tempo que o roteiro de Lícia Manzo apresenta intermináveis cenas de discussão psicológica, social e até mesmo emocional entre as personagens sem avançar em nada na trama. Personagens que transitam pelos núcleos, conversam entre si vem acontecendo bastante, mas o avanço da linha narrativa parece ter acabado.
Depois que Ana abandonou Rodrigo, a autora parece não ter mais história alguma para contar. Primeiro era Ana e Rodrigo, dois adolescentes apaixonados. Depois era Ana em coma e Rodrigo tentando ser pai com a ajuda da cunhada Manu. Em seguida foi o momento de Manu e Rodrigo construírem uma linda história de amor. Em seguida acompanhamos o retorno de Ana do coma e a situação constrangedora entre os três. Logo depois veio a situação em que Manu abandona Rodrigo e corta relações com Ana por se sentir traída. Por fim, foi a vez de Ana e Rodrigo tentarem viver sua história de amor, sem sucesso. E depois? Depois nada.
A partir daí, a história passou a andar em círculos e nada acontecer. A vida profissional de Ana voltou à tona nessa altura do campeonato, faltando um mês para o folhetim terminar. Manu virou uma figurante de luxo, após todo o show que Marjorie Estiano deu emprestando vida à personagem, ela merecia um pouco mais de cuidado e Rodrigo está feito barata tonta, sem saber para onde ir.
As tramas paralelas também estão em banho-maria. Dr. Lúcio perdeu completamente a função quando se separou de Ana e ficou aparecendo apenas por ser interpretado por Thiago Lacerda que ganhou até um romance relâmpago com uma personagem interpretada pela própria esposa. Agora, volta a se envolver com Ana. De fato, não está fácil para ninguém.
Com muitas mudanças em um curto período de tempo - a trama teve 110 capítulos exibidos - o momento atual vem mostrando que Lícia Manzo contou toda essa história rápido demais e esgotou o tema bem antes do fim previsto para sua novela. Uma pena porque o fim de A Vida da Gente caminha para ser tão morno que pode ofuscar todo o excelente trabalho da novela.
4 Quebraram tudo:
Olha, Daniel, acho nada a ver essa novela. Eu a chamo de Depressão da Gente, pois é uma novela totalmente deprê.
Sobre a barriga, talvez seja porque a história aguente 100 capítulos e quando se ultrapssa isso, acaba-se deixando a novela morosa.
E realmente, a Marjorie Estiano que está atuando muito bem virou uma figurante de luxo na novela. E aquela história do pai biológico da Stepanie Brito achei bem sem sal tb. Esses dias teve a morte do tal Lui, que entrou e saiu na novela sem chamar atenção.
Pra mim, Lícia Manzo ainda não está totalmente madura para escrever longas novelas.
Concordo plenamente, Daniel. A novela se perdeu, mas creio que essa não foi a intenção. Eu, particularmente, deixo de assistir a maioria das novelas quando chega nesse momento entre o meio e o final. Quando gosto da novela, costumo não ligar quando não dá para assistir os capítulos (justamente o que vem acontecendo). Qdo não gosto, deixo para assistir as semanas ou os dias finais.
A novela é intimista, introspectiva, então grandes eventos e os "barracos" não combinam com a narrativa. Mas estranho como a saída de Manu e o amor de Rodrigo e Ana não pegaram, heim?! Porque coisas estão acontecendo ... mas todas perderam a graça.
Enfim ... Vamos ver como será esse último mês. Quero uma resolução digna para Manu, a personagem que mais gosto e com a qual mais me identifico!
O estilo desta nova uma narrativa da vida cotidiana é mais arrastado mesmo. Tem quem goste, tem quem não goste. Acho essa novela bem interessante. Não acompanho todos os dias, mas quando assisto a acho bem densa (talvez demais para o horário das 6) e bem contada. Ela gera muitas discussões. Afinal quem tem razão Manu ou Ana? E o Rodrigo? Tem o Lúcio tbm, como ele fica? Enfim fase ruim a maioria das novelas passam. Mas é melhor que a absurda Fina Estampa, isso é.
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Luana
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