quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Mulher Invisível e uma temporada impecável

Terminou na última terça-feira a segunda temporada - e provavelmente a última - de A Mulher Invisível, série exibida pela Rede Globo e que obteve os melhores índices de audiência em sua faixa de horário em todo o ano. Apenas a título de curiosidade, a audiência de A Mulher Invisível - considerando as duas temporadas - ficou em 21 pontos de média geral, ou seja, acima de todas as séries da segunda faixa da emissora e, inclusive, acima de O Astro, novela exibida nesta faixa na primeira metade do segundo semestre.

Audiência e repercussão mais do que merecida. Se na primeira temporada a produção já mostrou ser superior ao filme, a segunda avançou ainda mais em direção à teledramaturgia de qualidade e planejada exclusivamente para TV, com linguagem própria. Ao fim da exibição ficou claro que os roteiristas beberam da fonte de criatividade das produções americanas, sem perder a essência tipicamente nacional e mantendo o estilo da TV brasileira, deixando de lado apenas o tom folhetinesco, marca maior de nossa dramaturgia.

Num ano em que as séries nacionais estiveram todas muito bem, A Mulher Invisível se destacou pela ousadia em trabalhar formatos diferentes, bem mais complexos do que os vistos na TV. Aliado a isso, uma direção forte e que também apostou ser o momento de ousar e inovar, o resultado não poderia ter sido melhor ou mais recompensador. Entre tantos episódios em que direção e roteiro estiveram afiados, destaque para o 4º episódio desta temporada, com direção corajosamente inspirada no filme O Poderoso Chefão e que funcionou perfeitamente.

O elenco dispensa comentários. Se Selton Melo já era um dos maiores atores brasileiros de sua geração antes da série, nela, ele mostrou todas as opções que ele tem em mãos e fez de Pedro uma personagem inesquecível, provavelmente a melhor atuação masculina do ano. Débora Fallabella mostrou toda sua versatilidade e fez de Clarise uma personagem divertida, leve e conseguindo se contrapor muito bem ao tom sonhador da série. E Luana Piovani, dos três a que tem menos recursos, mostrou uma performance muito superior a da primeira temporada e construiu uma Amanda quase que impecável. Um trio inesquecível.

O melhor para a dramaturgia é que uma produção saia de cena no auge, deixando saudades, ao invés de ser utilizada até se desgastar e o público quase que clamar pelo seu fim. Mas no caso de A Mulher Invisível, a impressão que ficou é que havia muitos caminhos, muitas possibilidades a serem exploradas e o fim da produção na segunda temporada foi prematuro. Mesmo que Débora esteja escalada para a próxima novela das 21 Horas, a torcida é que, ao menos em 2013 a produção possa ser retomada, enquanto isso, vai deixar saudades;

2 Quebraram tudo:

VLG disse...

Foi muito legal A Mulher Invisível, sem dúvida. As homenagens deles também eram sensacionais (principalmente ao Poderoso Chefão); no último episódio também fizeram a mesma coisa com o filme Traídos pelo Desejo. Mesmo com tudo isso, o texto teve um ponto fraco: em praticamente todos os episódios, o Pedro brigava com a Amanda e/ou Clarisse, era muita briga, muita: "você vai ter que escolher, eu ou ela..." Destaque também para o Wilson e a Silvinha, amigos do Pedro/Clarisse que serviam de contraponto nas histórias, sempre com muito humor.

comentario disse...

eu adorei a serie tomare que façam a terceira to torcendo

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