terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu me vi na estreia de A Vida da Gente

Não é fácil escrever um drama. Muito mais difícil ainda é escrever um drama familiar que exige uma série de fatores para que, no ar, possa transmitir a verossimilhança necessária para atrair o telespectador sem utilizar artifícios menos complexos. Foi com esta proposta de apresentar uma história absolutamente familiar que estreou nesta segunda-feira a nova novela das 18 Horas na Rede Globo, primeira obra longa assinada por Lícia Manzo - que já havia sido responsável pela excelente Tudo Novo de Novo.

Pelo primeiro capítulo ficou muito clara a proposta da autora em apresentar um drama completamente familiar. O objetivo não é utilizar elementos de ficção que atraiam o público. A proposta do folhetim é inversamente proporcional a de sua antecessora, Cordel Encantado, que teve como objetivo transportar o público para o universo dos sonhos e conseguiu com maestria isso. A novela atual muda o foco, o caminho é fazer com que o telespectador se identifique e se enxergue como um dos personagens. A autora que fazer da novela um espelho de nós mesmos.

O desafio de estrear uma novela após um sucesso é difícil, mais difícil ainda quando a proposta é completamente oposta ao que o público se acostumou nos últimos meses. Certamente A Vida da Gente não terá vida fácil enquanto o telespectador estiver de luto pelo fim de Cordel Encantado, porém é preciso entender que ser diferente não é ser ruim. Quem disse que há apenas um jeito de se fazer televisão?

O primeiro capítulo provou que não. A começar pela sensacional abertura que, de fato, teve cheiro de família reunida para ver o álbum de fotografias, todo o capítulo foi estruturado para pegar o público pela identificação. De alguma forma, cada um dos personagens é como um membro de nossa família, seja pai, mãe ou um tio distante, ou até nós mesmos. Se o primeiro capítulo de uma novela deve apresentar as personagens e conquistar o telespectador, o folhetim conseguiu. Me pegou para valer, afinal, eu me vi e vi minha família em cada uma das cenas. Tenho certeza que a gente viu nossa vida em A Vida da Gente.

2 Quebraram tudo:

Nada disse...

Eu achei a novela boa, tomara que continue assim, sem diálogos chatos e irritantes como outras novelas das 6

Victor disse...

Eu não sei se alguém percebeu, mas o Marcos Bernstein, que dividiu a autoria de A Cura com o JEC, é colaborador da Lícia Manzo nessa novela... Estilos completamente diferentes!

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