Estreou nesta segunda-feira na Rede Globo a nova novela das 9, substituta de Insensato Coração e com o objetivo de manter a audiência ascendente no horário depois de anos de queda, Fina Estampa traz a assinatura de Aguinaldo Silva, um dos mais aclamados novelistas do público, conhecido por obras como Tieta, A Indomada e Senhora do Destino.
Uma das novelas que menos repercutiu nos últimos anos antes da estreia, o folhetim teve uma estreia um tanto quanto diferenciada do convencional, a começar pelo único break durante os quase 90 minutos em que esteve no ar - Insensato Coração apresentou dois breaks em sua estreia. O que certamente serviu para contribuir nos números de audiência.
Porém, não apenas na estratégia de breaks se viu o diferencial desta estreia. Sem dúvidas, a produção teve o primeiro capítulo mais fora do comum para o horário nos últimos anos. Um horário que sempre apostou no folhetim mais clássico e tradicional, usando e abusando de todos os elementos do drama e das inter-relações que permeiam a vida dramática de suas personagens, nunca viu tamanha ousadia ao fugir-se desse caminho numa estréia como Aguinaldo Silva fez atualmente.
Fina Estampa usou e abusou do humor pastelão, o melhor estilo popular que tenta agregar conteúdo ao humor e às caricaturas. Apresentou personagens muito bem delineados e com tamanho exagero que, certamente, fogem da realidade a que o público está acostumado. Aguinaldo Silva e sua equipe não tiveram medo de ousar ao fugir da dramaticidade e apostar todas as suas fichas no humor escrachado para conquistar a audiência do telespectador.
Ainda assim propôs uma apresentação profunda de cada uma de suas personagens, deixando claro quem é do bem e quem é do mal. Afinal, de bobo o autor não tem nada e sabe que é necessário haver identificação entre telespectador e obra para haver sucesso. De qualquer forma, é impossível analisar e apostar no sucesso ou fracasso de uma obra em sua estreia, porém, é possível ver detalhes, como a personagem Tereza Cristina (Christiane Torloni) que certamente irá cair nas graças do público, principalmente formando dupla com Crodoaldo (Marcelo Serrado) - o ator, aliás, o grande destaque da estreia.
Lília Cabral defendeu bem sua protagonista, porém é uma personagem complexa e que não é tão fácil de cair no gosto do público. A tirar pela estréia, creio que ela não agradará tão facilmente quanto o autor previu. Griselda é uma personagem sem nenhum apelo popular ou dramático e, pelo que se sabe da sinopse, a tendência é só piorar.
De qualquer forma, Fina Estampa caminhou pela 25 de Março sem medo de ser feliz e conseguiu atingir o objetivo, fazer o público rir e se interessar pela história. Bom sinal, afinal, poucas novelas conseguem chamar a atenção. O problema é que, com um humor assim, é difícil pensar que uma novela das 9 possa sobreviver por sete meses. O jeito é esperar para ver.
Em tempo: Fina Estampa estreou com média prévia de 41 pontos. Melhor estréia no horário desde Viver a Vida
6 Quebraram tudo:
Achei Fina Estampa 100% com cara de novela das 7 HUSAUHSA .. Isso não é uma crítica, mas com toda a certeza, não era o que eu esperava.
O Capitulo na minha opinião acabou com saldo positivo. Acho que a audiencia de Fina Estampa sera a lá walcyr carrasco, ruim no inicio e do nada, quando menos imaginarmos, estará bombando.
Acho que hoje foi muito ajudada pelo share, em fim, é aguardar pelo menos duas semanas para tirar alguma conclusão.
Gostei da estreia, tava faltando mais humor no horário das 21 hs depois de 3 novelas seguidas com alta dose de drama.
Concordo com vc que a personagem de Marcelo Serrado roubou a cena principalmente quando contracenava com a ótima Christiane Torloni, mas ao contrario do que vc escreveu, penso que a personagem da Lilia Cabral tem tudo para cair nas graças do público. Eu pelo menos gostei muito, pelo menos nesse 1° capítulo. As tiradas dela foram ótimas!
Então é esperar os próximos capítulos e pelo que o Aguinaldo já disse a virada da Griselda não vai demorar muito e por volta do capítulo 44 ela fica rica...
Eu achei Lília incrível, na medida certa. Masculinizada quase que o tempo todo, mas com uma beleza e charme repentinos na cena em que conhece o futuro pretendente, Dalton Vigh. E a cena em que é humilhada pelo filho, só ela mesmo pra passar aquela emoção. No mais, não vi muita graça. Principalmente em Cristiane Torloni, que não conhece voz normal. Ou sussurra ou grita muuuuitos decibeis acima do aceitável. E o figurino em geral estava bem feio.
Quase nem vi essa estréia. Quanto à personagem da Lília, acho que tem tudo pra estourar, porque tem uma coisa que realmente pega os novelistas de jeito nela: mudança. Ela vai mudar pra uma versão mais 'apresentável' de si mesma e ter um conflito ao se deslumbrar com esse novo mundo. O básico. Mas funciona.
Acho que existem grandes chances de Fina Estampa ter uma boa audiência. Gostei do primeiro capítulo apresentado.
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@cascudeando
Também achei Fina Estampa com uma baita cara de novela das 7. E achei divertido, confesso. As cenas da Torloni e do Serrado foram muito legais, e por uns momentos eu estava esperando aqueles sonzinhos que costumam colocar em cenas engraçadas nas novelas da sete.
Acho que o personagem da fantástica Lília Cabral deve sim cair no gosto do público; gostei das tiradas dela, e o apelido "Pereirão" vai ficar popular rapidinho. Enfim, estou gostando da novela.
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