Desde meados de Maio vem sendo exibido o programa Festival SBT 30 Anos. A produção que vai ao ar semanalmente aos sábados, tem por objetivo fundamental apresentar para o telespectador, através de diversos temas, os principais programas que passaram pela Grade do SBT ao longo dos 30 anos de existência da emissora paulista.
Independente dos problemas que haja na direção e produção, o programa foi uma uma idéia válida, principalmente porque não resta dúvidas que, ao longo de sua trajetória na TV brasileira, a emissora mais marcante, que o telespectador mais mostrou afinidade. Mesmo que nunca tenha sido líder absoluto de audiência, o SBT sempre foi a rede mais querida pelo público e todas as pesquisas realizadas até hoje com este tema comprovaram isso.
A estes fãs e aos novos fãs, o Festival SBT 30 anos é uma chance única de rever programas que foram consagrados na telinha. Até o momento já foram mostrados tradicionais programas como A Praça é Nossa, Bozo, além de programas infantis e alguns programas de auditório. Se, para os mais saudosistas essa foi a grande oportunidade de rever o excelente conteúdo popular que a emissora apresentava, principalmente em suas duas primeiras décadas de existência, ela também permite uma análise um tanto quanto preocupante.
A comparação é inevitável. E, ao fazê-la, torna-se impossível não concluir que o SBT vive sua pior fase histórica no que concerne o conteúdo de sua programação. Ainda que, em 2011, a emissora venha tentando acertar e esteja produzindo produtos de qualidade, é nítido que a atual grade é anos-luz inferior a tudo que já foi apresentado ao longo dessa rica história que está entrando na terceira década.
Mais do que problemas na Grade de Programação, o SBT enfrenta um problema ainda mais grave, a malfadada crise de identidade que muitas pessoas, alguns críticos especializados inclusive, vem notando. Falta à emissora uma compreensão clara de quem é seu público e do que exatamente ele gosta de assistir. Sem isso, o que se vê atualmente, é um amontoado de programas que, até podem ser interessantes, mas sem ligação ou identificação alguma e, sem isso, não há credibilidade entre público e emissora.
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