Em 2011 quem ficou em casa ao invés de sair para a festa (?) e preferiu acompanhar a transmissão do Carnaval pelas emissoras de TV teve uma grata surpresa. O salto de qualidade que a TV aberta brasileira enfrentou em 2011 é, não apenas digna de nota, como motivo para comemoração, principalmente num período em que tanto se critica as emissoras de TV aberta em detrimento dos canais a Cabo.
Vamos, portanto, fazer uma análise sucinta da transmissão que cada emissora realizou nestas 05 noites de festa (?):
Rede TV: Um verdadeiro presente para os fãs de carnaval e de qualquer cobertura trash. Se, há alguns anos, a emissora primava pela transmissão amadora e sem qualidade, isso mudou. A transmissão assumiu toda sua capacidade de ser trash e optou por divertir o telespectador. Entrevistas animadas, comentários espetaculares e momentos ótimos para os fãs.
Band: Já tradicional na cobertura carnavalesca, a Band continua pecando pela falta de profissionais de câmera. Erro em alguns closes e principalmente a imagem tremida - provavelmente oriunda do jornalismo cão que a emissora tanto defende - incomodaram bastante. Ainda assim, as entrevistas sempre se salvaram, neste quesito, foi a opção mais interessante, com perguntas que sempre fugiam do senso comum e mantinham o telespectador sempre alerta.
SBT: Um passo importante na história da emissora. Apesar de alguns equívocos graves - como cancelar a transmissão para levar ao ar Ana Raio e Zé Trovão, provavelmente por conta dos patrocinadores - a emissora mostrou ousadia e capacidade de entrar no Mercado. Se antes, todos acusavam o SBT de ser a rede de televisão que ignorava os acontecimentos no país, agora não pode mais. E a transmissão do Carnaval baiano foi até que acima das expectativas, mesmo que a audiência não tenha correspondido, afinal, o telespectador precisa se acostumar com esse tipo de transmissão ali, o salto foi importante.
Record: A emissora que realmente frustrou. Quase sem cobertura nenhuma, a emissora ocupou sua grade muito mais na tentativa sem graça de divulgar sua nova novelinha, Rebelde, a acompanhar de perto a maior festa (?) do país. Os noticiários bem que tentaram, mas tudo muito seco, sem sal. Deu até a impressão que houve interferência da IURD. Porém, quis o destino, que o caso mais falado do Carnaval fosse da Record com o tombo de Ana Hickmann (risadas aqui).
Globo: Nova frustração. O Padrão Globo de Qualidade foi para o espaço com a transmissão do Carnaval de São Paulo. Repórteres e apresentadores tentando falar ao mesmo tempo, informações equivocadas sobre as Escolas, além de entrevistas que nunca fugiam do senso-comum, até o típico pedido de "dá uma sambadinha aí pra gente ver" houve. Na transmissão carioca, o charme de Glenda Koslowsky ajudou, mas não foi tão diferente assim. Pena. E a apuração? Não vi a apuração carioca, mas a paulista foi um sem número de erros que dá desânimo até relembrar.
2 Quebraram tudo:
Senhor Daniel, você não gostar da Record é um direito seu,mas daí em deixar o fígado se expressar dessa maneira contra a emissora é di lascar.
Que história é essa de "tentativa sem graça de divulgar sua nova novelinha"??? Não há nada de sem graça e ela está certíssima.
Meu,o que vc queria??? Que a Record deixasse de divulgar um produto que é dela pra ficar divulgando carnaval,coisa que ela nem transmite??? Façavor. Pergunta a dona Globo se ela permite que outra emissora vá para a avenida entrevistar as pessoas.
Não vejo nada de sem graça nisso,muito ao contrário,e acho até que a Record exagerou em falar de carnaval nos seus telejornais. Fosse a Globo na situação da Record nem isso ela fazia, como ela fez nas transmissões dos jogos de inverno e tenciona fazer no Pan e nas Olimpíadas.
A Record está certíssima na estratégia de divulgar sua novela. Isso é de praxe em qualquer emissora.
Vamoquivamo
Daniel
Tenho que concordar com o Ary, pelo menos em termos.
Primeiro gostaria de dizer que teu post está, no mínimo, confuso, ou tentaste uma ironia que eu não alcancei. Salto de qualidade e praticamente só apontaste erros?
Não assisti aos desfiles de São Paulo, pois assisti aos de Porto Alegre (por falar nisso, com uma transmissão muito boa da RBS), mas nos do Rio achei a transmissão bem legal. Particularmente gosto de quando explicam o significado dos carros e alas, e isso os apresentadores fizeram direitinho.
Quanto ao Ary: é óbvio que uma emissora DEVE fazer propaganda de seus produtos - novelas, séries, etc. - e, como ele bem colocou, a Rede Globo faz isso ostensivamente quando prestes a estrear nova atração, inclusive colocando no final de TODAS as chamadas de outros programas aquela frase: "e dia tal estreia, PAFÚNCIA, a nova novela das sete". Só lá pode?
Um abraço.
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